A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 6
Ações Trazem Reações


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Como estão vocês? Eu espero que bem ^-^
Estavam com saudade de mim e da fic?
Esse capítulo ia sair amanhã (hoje porque já é 1 da manhã haha), mas ai eu acabei terminando ele hoje mesmo e resolvi postar logo!
Bom, trouxe um capítulo dos Tyrell e com um pouco de "ação", espero que gostem!
Uma boa leitura!



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e s t r a d a   d a   r o s a

Barth observava enquanto o sol ia se pondo e a noite começava a surgir sutilmente, era curiosa a forma de como o dia podia dar lugar para a noite em questões de minutos e vise versa. Ao longe uma pequena comitiva se aproximava, o acampamento se preparava para recebê-los por conta da rosa dourada que tremulava ao vento.

Ele se apoiava em sua bengala de madeira, era de carvalho, mas bem trabalhada. Tinha uma rosa no punho, algo extremamente comum nas grandes casas, tudo tinha de mostrar o símbolo da família. Sua perna não doía tanto como em outros dias. Há muitos anos ela havia sido quebrada em um assalto a sua avó quando a carruagem havia despencado sobre sua perna. No início havia sido terrível, contudo ele conseguiu viver mesmo com as dores e dificuldades.

Barth se preocupava com o rumo que a guerra estava tomando e sua casa.

Seu pai tinha planos de voltar para Solar Rosado, pegar as forças Tyrell e se dirigir para Jardim de Cima prontos para dobrar o joelho ao Rei Garth, mesmo que eles nunca tivessem-se levantado contra ele. Quando a guerra estourou eles se encontravam em Carvalho Velho, Lorde Filip tratava de assuntos diplomáticos e o filho mais velho ajudava.

— Quem você espera ser? — Perguntou Alexander, seu irmão mais novo e também escudeiro, aparecendo repentinamente em a seu lado.

— É obvio que alguém de nossa casa por conta da bandeira — Respondeu ele.

— Deve ser nossa mãe! — Chutou o mais novo olhando para a comitiva que se aproximava.

Ele estava certo. Lady Terresa vinha em um corcel, o que era estranho já que a mesma odiava cavalgar. Ao seu lado vinha Lyra, a irmã mais nova de Barth, vestida com um enorme capuz verde-relva sobre as costas. Assim que a jovem Tyrell o viu desceu logo do cavalo e deu um abraço apertado no irmão mais velho, ele retribuiu, havia semanas que não via a irmã. Logo ela partiu para abraçar Alexander e ele foi para perto da mãe.

— Barth! — Exclamou Terresa dando um abraço apertado no primogênito, mas um pouco mais comportado do que o de Lyra.

— O que aconteceu? Por que a senhora não está em Jardim de Cima longe de toda a guerra? — Questionou ele confuso com a chegada repentina da mãe.

Ela também olhou para ele em confusão com as sobrancelhas arqueadas, todavia logo mostrou um sorriso doce e fraterno.

— Creio que eu deva ir ter com o senhor seu pai... — Murmurou ela para o filho mais velho.

— Claro — Disse ele apontando para a grande barraca do pai no centro do acampamento.

 

 

Eram poucas às vezes em que Terresa ficava com medo, ela sempre fora uma mulher independente e corajosa, pronta para o que der e vier, mas ninguém nunca a preparou para olhar a face de completo desprezo e raiva do marido.

Filip sempre fora um ótimo homem para ela, por todo o casamento tentou de tudo para deixá-la feliz, mas não tinha nenhuma vontade de subir na vida. O simples título de Intendente do Rei e Senhor de Solar Rosado era bom para ele. Mas Terresa sempre sonhou com uma vida de poder e ser uma pessoa grande e importante. Ela era muito mais ambiciosa do que o marido.

Mesmo amando o homem a sua frente, ela se arrependia amargamente de não ter aceitado se casar com Gerold, se ela tivesse aceitado hoje seria uma rainha. Mas sua ambição também tinha seus defeitos, ela queria ser rainha, mas Elizabeth acabou pegando o que ela tanto sonhava. De qualquer forma Lyra poderia seguir o caminho que ela não havia completado e ser Rainha da Campina, sua filha era tudo que ela não fora na juventude, bela, doce e amável, só não tinha sua esperteza e sagacidade. Entretanto isso ela tinha de sobra.

Ergueu a cabeça e sentou-se em frente à Filip, o homem ocupava uma pequena mesa com vários pergaminhos e tinta. Ela teria de convencê-lo a ir para o lado dos Hightower.

— Pelo visto você não disse nada para os garotos, não é? — Questionou com um olhar penetrante.

— Dizer que a mãe deles é uma traidora e que vendeu a própria filha para os inimigos? — Retruca Filip com ferocidade comum quando ele ficava nervoso — Prefiro botar um pouco de juízo em sua cabeça!

Ela se irritou, não gostava de ser insultada e não era uma mulher de receber desaforos facilmente.

— Eu estou pensando no futuro de nossa casa! — Respondeu Terresa.

— Não tente-me iludir! Você só pensou em si mesma e em ganhar poder! — Afirmou ele.

— Não, eu pensava no melhor para todos, você receberia um título melhor e seria o Senhor de Jardim de Cima, meu pai combinava tudo com Gerold...

BASTA! — Rugiu Filip com fúria e raiva. — Você tem sorte de não estar presa agora, eu deveria te levar agora para Garth por traição e por se envolver com os rebeldes. Como você pode envolver Lyra nessa sujeira toda, uma garota doce e gentil no meio de uma guerra. Que tipo de mãe você é! Você vai para Jardim de Cima comigo e irá pedir por clemência, reze aos Deuses para que o Rei tenha piedade de você!

Foi então que ela percebeu que não teria como convencê-lo, só existia uma opção. Uma opção que ela não esperava usar, mas algo necessário. Teria de trair o próprio marido, mas ela tinha feito suas escolhas e suas decisões eram ao lado da filha, de preferência com Lyra sendo Rainha em Torralta.

— Não meu amor, por favor, não! — Implorou ela de joelhos e com os olhos lacrimejantes. — Não o deixe fazer qualquer coisa de ruim comigo, vamos tentar outra maneira, pelo amor que tem a mim não me deixe nas mãos daquele homem.

Ela chorava e soluçava, sempre fora uma boa atriz. Filip parecia ter pena dela e pareceu pensar no assunto.

— Iremos para Jardim de Cima ao amanhecer e lá decidiremos as coisas de um jeito melhor...

Pronto, tudo que eu precisava era de tempo, pensou Terresa preparando um plano em sua cabeça.

 

 

Alexander caminhava pelo acampamento na calada da noite. Todos dormiam com exceção da guarda que fazia as rondas. Tinha de acordar a irmã e se juntar com a mãe na saída perto da fogueira. Nem acreditava que estava indo contra o pai e fugindo, mas ele nunca havia tido muito afeto por Filip, o mesmo demonstrava pouco afeto para ele diferente da mãe que sempre esteve ali para ele.

Terresa prometera terras para ele e o garoto não seria apenas um vassalo do irmão. Seria um lorde de suas próprias terras e teria seus vassalos, seria alguém importante.

Tudo estava silencioso e a lua estava escondida pelas nuvens escuras, provavelmente logo choveria. O que seria bom, já que aparentemente ele estava realmente fugindo.

Seguiu cauteloso e silenciosamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Para sua sorte não demorou muito para ele chegar à tenda onde Lyra dormia calmamente. Alec sacudiu a mais velha pelo ombro a acordando.

— Alexander? — Disse Lyra ainda confusa e sonolenta. — O que está havendo? Por que está me acordando a está hora da noite?

— Não tenho tempo para explicações, pegue algumas mudas de roupa e se vista rapidamente para partirmos! — Ordenou ele autoritariamente.

A irmã ainda parecia confusa e sem entender a situação, mas sua mãe havia dito apara o rapaz que Lyra deveria ser omitida da real verdade. Se ela resolve-se ficar ali ou contar tudo para o pai de Alec, todo o plano iria por água abaixo.

— Ande logo, é urgente! — Afirmou ele e a garota finalmente levantou-se da cama.

Ele fez guarda na entrada da tenda enquanto a irmã se trocava e arrumava algumas peças de roupa. Por fim ela estava vestida com uma capa de viagem e um vestido simples por baixo, em suas mãos um pequeno saco com roupas.

— Vamos — Falou Alec puxando a irmã pelo braço.

Os dois seguiram em silêncio e rapidamente, por sorte nenhum guarda entrou em seu caminho, provavelmente por obra de sua mãe. Logo já estavam ao lado do pequeno grupo que estava pronto para partir.

— Barth não vem conosco? — Questionou ele para mãe que bebia vinho de um cantil em sua serenidade.

— Ele nunca iria contra seu pai, agora temos de ir o quanto antes, inventei um rumor de lobos do outro lado do acampamento, mas logo eles vão voltar e temos de estar o mais longe possível daqui. — Explicou Terresa guardando o cantil em uma bolsa.

— Como assim? — Lyra pronuncia-se. — Estamos fugindo de meu pai? O que está acontecendo mamãe?

— Minha querida, as coisas não aconteceram como esperado — Murmurou Lady Tyrell colocando as mãos na face da filha. — Seu pai não apoiará os Hightower e temos de ir antes que ele nós entregue a Garth.

— De maneira alguma! — Disse Lyra se desvencilhando do toque da mãe. — Eu não vou contra o meu pai, já estávamos erradas em ir contra o Rei e agora iremos contra a própria família?! Eu não irei com você!

Terresa acenou para dois guardas que agarram Lyra, ela tentou gritar, contudo um dos homens colocou a mão sobre a boca da garota abafando o som. Ela foi colocada num cavalo junto de um cavaleiro e Alexander também montou. Eram em torno de doze no total. Sua mãe esporeou a égua e o grupo seguiu a mulher.

Galoparam por horas incessantes até que o acampamento Tyrell não estivesse mais a vista. Mesmo após disso ainda continuaram a um galope mais lento, não poderiam ser pegos.

— Aonde iremos agora? — Perguntou ele a mãe que estava ao seu lado.

— Para Vilavelha — Afirmou Terresa — Lyra se casará com Niklaus e se tornará rainha por bem ou por mal!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?Terresa foi vida loka demais?Ou está certa em seguir os Hightower?O Filip ainda vai perdoar ela depois de tudo que ela fez?
E eu tenho outra coisinha pra dizer, o último capítulo teve em cerca de 105 visualizações, e tipo tem um monte de gente ai no anonimato, então se está gostando diga oque está achando ta bom?Não tenham medo, eu não mordo ^-^
Beijos e até os reviews!