A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 13
Outros Lados


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Aqui estou eu com mais um capítulo, dessa vez mais rápido, mas eu meio que tinha esse capítulo todo quase que pronto na minha cabeça, por isso fluiu perfeitamente!
Espero que gostem, uma boa leitura!



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b o s q u e d o u r o

A sala era bem decorada, tinha cadeiras acolchoadas, tapeçarias bonitas para cada uma das esposas de Lorde Alvo. Azul celeste para Falyse, laranja para Jenny, vermelho para Seline, sua mãe, e por fim branco para Isobel. Todas morreram fatidicamente deixando para o pai de Aeden crianças sem mães. Ele perguntava-se como o pai havia conseguido dar conta de três garotas e ainda ele, mesmo com a ajuda das amas parecia algo impossível.

Seu pai, Alvo Rowan, sentava-se a sua frente. Em um enorme cadeirão de pinheiro, vestia roupas douradas, as cores da Casa Rowan. Já era um homem de idade, com uma barda grisalha bem feita e cabelos negros que começavam a ficar brancos. Escrevia cartas e mais cartas, Aeden achava aquilo um tanto entediante, mas tinha de suportar seus deveres como herdeiro.

— Quando iremos para a Corte? — O jovem questionou para quebrar o silêncio. Olhava fixamente para as janelas as costas do pai, altas e largas, estavam abertas deixando luz e sons de espadas entrarem.

Ele gostaria de estar no pátio também, treinando para a guerra.

— Logo, estou resolvendo os assuntos pendentes... — Respondeu seu pai com calma. — Nunca deixe suas terras sem antes colocar tudo em ordem Aeden.

— Sim pai! — Ele tratou de fixar aquilo na mente.

Alvo suspirou cansando, passando uma mão pela têmpora. Andava muito ocupado ultimamente, até mesmo para as meninas, seus tesouros inestimáveis.

— Por que Garth e Gerold inventaram uma guerra a essa altura da vida, no que isso vai dar? Dorne nunca se curvará perante nós, Gerold não consegue entender isso. Já Garth ao invés de resolver isso de uma maneira pacífica resolve nos enfiar em mais uma guerra sem sentindo. Já não bastava tudo que já perdemos nas Montanhas Vermelhas?! — O mais velho desabafou cansado de tantas guerras e perigos para a Campina, sem forças para lutar mais uma vez numa guerra que não tinha nada haver com ele.

— Por que não diz isso a ele? Talvez ele mudasse de ideia sobre essa guerra? — O mais jovem questionou, erguendo uma sobrancelha.

Lorde Rowan da uma risada seca.

— Garth é orgulhoso para isso, o conheço, cresci com ele. Agora o Rei só vai parar quando ver Gerold ajoelhado perante seus pés ou quando tiver a cabeça dele nas mãos. De qualquer forma, creio que essa guerra ainda vá se prolongar por mais alguns anos.

— Sei que vamos vencer, temos mais homens, comida suficiente para muito tempo, cavalos e cavaleiros. — Diz Aeden com convicção.

— É bom que pense assim meu filho, mas temos de ser realista. Essa guerra pode mudar de lado em apenas uma batalha. Muita coisa ainda vem pela frente.

 

 

Aella rodava pelo quarto com seda e vestidos nos braços. Arrumava tudo em um enorme baú, tão grande que Eyla acreditava que dois homens teriam de carregá-lo. Aquilo deveria ser responsabilidade das aias, mas Aella fazia questão de arrumar tudo sozinha, dizia que tinham de levar os melhores vestidos e joias. Tudo para impressionar a Corte.

Já ela não estava tão animada para ir até Jardim de Cima, lá teria de ir a banquetes e festas eventualmente, preferia à calma e sossego de Bosquedouro. Até mesmo Ayla estava ansiosa para viajar o quanto antes, ela que era a mais contida das três Rowans.

— Não será maravilhoso? — Falou Aella de repente chamando a atenção das duas mais novas. — Ir até a Corte, ver a família real, dançar em bailes com vestidos estonteantes. Será mais perfeito se papai finalmente arrumar casamentos para nós três e é claro para Aeden, ele não pode nos manter aqui para sempre, por mais que tente.

A mais velha riu com o próprio comentário, já Ayla endireitou a postura contrariada.

— Não diga isso, tenha mais respeito por nosso pai, o Livro de Sete Pontas nos diz para honrar e respeitar nossos pais. — Diz Ayla ainda com a uma leve carranca.

— Ora Ayla, você diz isso porque quase se casou, se não fosse pela guerra já estaria em Casasolar com seu marido barbudo. — Aella já estava com as faces ruborizadas por conta da raiva.

— Meninas vocês não vão brigar não é mesmo?

Eyla sobressaltou-se com a voz masculina, virou a cabeça para a porta branca onde Aeden observava encostado ao batente.

— Claro que não iríamos brigar! — Falou Ayla recuperando a compostura.

— Isso mesmo, somos ladys da nobreza, ladys não brigam! — Informou a mais velha já com um sorriso. — Então já sabe quando iremos?

— Em alguns dias, uma semana talvez. — Informou seu irmão.

— Oh, é uma grande pena. Perderemos o casamento de Cecily, ela foi tão gentil com nós três pedindo para sermos parte das Sete Donzelas. Sinto tanta falta de minha amiga! — Aella falava com seu habitual drama, ela gostava de ter atenção.

— Sinto muito, mas ainda temos de encontrar Lorde Oakheart e Sor Crance na Estrada do Oceano. Seguiremos juntos até Jardim de Cima.

Eles dois continuaram conversando sobre alguma coisa, mas ela não prestou atenção. Na verdade sentia-se deslocada ali. Desde criança sempre se achou a mais diferente da família, tinha cabelos ruivos como os da mãe, mas os de Aella e Ayla eram loiros, os olhos delas eram azuis e os seus verdes.

E sem falar nas personalidades, Aella era alegre e eufórica, Ayla por mais que fosse séria e fechada era mais aberta com o resto da família do que ela. Aeden parecia sempre puxar conversa com as mais velhas, o pai também dava mais atenção a elas.

Haveria algo de errado nela? Sentia-se como uma sombra, sempre atrás das irmãs. Temia que talvez nunca deixasse de ser.

 

 

c a r v a l h o   v e l h o

Ele olhou satisfeito para o moinho que agora voltava a funcionar. Rickard pensava que fosse um grave problema quando o fazendeiro foi pedir ajuda, mas foi algo fácil de resolver. O fazendeiro acenava alegre do outro lado do riacho, Rick acenou em resposta, feliz por ajudar.

— Já podemos voltar para o castelo, sor? — Charles questionou, ele segurava as rédeas dos cavalos.

— Não sou cavaleiro para me chamar de sor! — Disse o Oakheart mais velho, não era uma reclamação em si, apenas um fato.

— Perdão, senhor! — Charles era alto para a idade, já estava do tamanho de Rick, o que fazia seu perdão sair um pouco ridículo.

— Também não precisa me chamar de senhor, somos primos e você pode me chamar de Rick ou Rickard.

O mais novo riu.

— Aprendi que um escudeiro deveria mostrar respeito para seu cavaleiro. — Explicou Charles ainda com um sorriso na face.

— Por acaso foi meu pai que te ensinou isso? — Agora foi à vez de Rickard sorrir com o próprio comentário.

Era muito do feitio de seu pai todo aquele conservadorismo e normas antigas. Na verdade foi ideia de Lorde Jannos que Charles virasse seu escudeiro, mesmo que o primo distante fosse muito melhor na espada do que Rickard. O mesmo era dado para os livros e invenções, era um construtor hábil no lugar de um espadachim, tinha uma mente cheia de informações e um vocabulário extenso, mas não era o melhor com estratégia militares.

— Creio que seja melhor voltarmos logo para o castelo, temos de estar descansados para a viajem de amanhã! — Avisou o mais novo, agora alisava a crina de seu cavalo.

— Quando mais tempo demorarmos para chegar naquela corte cheia de veneno, melhor. — Disse Rickard recolhendo algumas ferramentas.

— Porque diz isso?

— Prefiro me manter longe daquela família real e de Garth, do que jeito que ele governa o reino vai acabar em ruínas rapidamente!

Charles parecia desconfortável, afinal quem não ficaria. Ele estava falando mal do rei e só isso já era motivo para alguém perder a língua, contudo Rickard Oakheart sabia muito bem quando era a hora de conter as palavras.

— Vamos, é melhor voltarmos.

Os dois montaram nos cavalos e foram rumo norte, até a sede Oakheart.

 

 

l a g o   v e r m e l h o

Evangeline dormia como um anjo. As madeixas castanhas caindo em cascata pelas costas, os cachos eram iguais aos dela, a única diferença era a cor. As madeixas de Amélie detinham um tom escuro como carvão, já os de Evangeline eram castanhos e delicados. “Cachos como os da donzela”, sua mãe continuava a insistir nisso.

Amélie andou com cautela até seu baú, não poderia correr o risco de acordar a irmã e acabar com sua noite. Levantou a aba e pegou um manto negro como a noite que estava bem no fundo, escondido entre um espartilho e um vestido cor de musgo. Colocou o manto sobre si, camuflando-se entre as sombras e as trevas de seus aposentos.

Lago Vermelho era um castelo construído sobre uma colina, fazia sombra para um lago do mesmo nome. As lendas diziam que antes o nome do lago era Lago Azul, até que Brandon da Lâmina Sangrenta coloriu a água azul do lago com o sangue de inúmeros filhos da floresta, fazendo com que o local passasse a ser conhecido como Lago Vermelho.

A sede da Casa Crane era mais fortaleza do que palácio, feito para aguentar cercos, batalhas e invasões vindas das Terras Ocidentais. Um forte circular, com o portão virado para o leste, torres altas com buracos para os arqueiros e piche pronto para ser jogado caso tentassem tomar o local. O lago era outra defesa natural, era tão difícil entrar ali como sair sem ser vista pelos guardas nas muralhas.

Todavia, Amélie tinha seus truques e conhecimentos. Os Crane da antiguidade criaram uma solução caso o castelo fosse tomado, as passagens secretas. Ela conhecia a maioria, mesmo que algumas fossem tão antigas que ela tivesse medo de acabar soterrada por pedras e terra.

Com toda a leveza e silêncio que conseguiu reunir ela empertigou-se para a porta do quarto, as fechaduras rangeram um pouco, mas felizmente Evangeline não acordou de seu sono angelical, ela sentia um pouco de raiva pelo fato de ela ser tão perfeita mesmo dormindo.

Com um suspiro leve ela saiu do quarto, o corredor estava vazio no momento, como ela já sabia que estaria. Estavam no meio da noite, os guardas estavam trocando de lugar, uns iriam para a caserna e outros ficariam em seus lugares.

O silêncio predominava, não ouviu barulho do quarto de seus pais, aproveitou o momento e seguiu rumo às escadas. Tudo vazio, quase todo o castelo estava dormindo, a exceção era os soldados que passariam a noite acordados defendo as muralhas e a família do lorde de qualquer mal. A Crane foi ligeira até o andar inferior que ficava abaixo do grande salão, por uma escadaria pequena. Ali embaixo da terra era onde ficavam as cozinhas e o estoque, ela seguiu até a adega.

Em um armário pequeno estava o que ela precisava, seu arco e aljava, um punhado de ouro e uma sacola com pão, manteiga e mel. Ela sorriu discretamente, Kirlon estava ajudando-a mais uma vez. Era ele quem sempre era cúmplice em suas escapadas, um grande amigo.

Atrás de uma estante de vinho da Árvore estava à passagem secreta. Amélie segurou o castiçal preso à parede e puxou com força. Um pouco de poeira saiu e ela tossiu, logo a poeira se dissipou e ela pode ver melhor o túnel escuro. A jovem Crane pegou uma tocha apagada e a ascendeu, seria sua única luz no meio do breu.

Adentrou na escuridão, sua sombra dançava a sua volta, como se dez pessoas estivessem ali ao invés de uma. Puxou a parede para seu lugar, conferindo se não havia deixado nenhuma brecha visível. Ao perceber tudo em seu devido lugar, colocou a aljava nas costas e seguiu rumo ao escuro.

Conhecia aquele caminho como a palma de sua mão, já havia seguido por ali várias vezes ao longo dos anos. Contudo todas às vezes ela sentia medo, não medo de ser descoberta, mas medo de nunca sair dali. Um frio subiu-lhe a espinha quando imaginou os contos sobre monstros que sua ama lhe contava quando ela era uma criança.

Amélie seguiu com a tocha levantada, tomando cuidado para não tropeçar. Andou ao que pareceu ser minutos até chegar a certo ponto onde o túnel se dividia em dois caminhos. Ela seguiu pelo da direita como sempre fazia. Caminhou mais um pouco, dessa vez com passos largos e apressados. Kirlon deveria estar a esperando no local combinando.

Mais alguns passos até que ela finalmente chegou até uns pequenos degraus que seguiam para cima, eles haviam sido entalhados na pedra e já estavam desgastados, mesmo que só ela e Kirlon o usassem atualmente.

Prendeu a tocha a um apoio na parede e começou a subir cautelosamente até um pequeno alçapão de madeira. Ela levantou e se viu no meio da floresta, dentro de uma árvore grande e oca. Fechou o alçapão sem fazer barulho. Estava bem escondido, com musgo camuflando-o e grama por cima.

Amélie saia da árvore oca e olhou ao redor a procura de Kirlon.

— Você demorou!

Ela quase gritou de susto, mas os reflexos foram mais rápidos e logo ela já estava com uma flecha pronta no arco, mirando para o ser envolto nas sombras.

— Calma, sou eu! — Disse uma voz masculina, uma sombra se aproximando com as mãos levantadas em defesa.

A Crane teve de apertar os olhos para reconhecer Kirlon, com seu cabelo castanho bagunçado e sua habitual armadura.

— Você me assustou — Amélia disse com um sorriso brincalhão abaixando o arco. — Qual foi à desculpa dessa vez?

— Disse que iria visitar o bordel de uma vila próxima e o chefe da guarda deixou.

Ambos coraram, Amélie com a imagem de um Kirlon sem roupas junto de uma mulher e ele com vergonha de ter dito aquilo a ela. O soldado era mais velho que ela com certeza já devia ter ido a esses tipos de lugares como a maioria dos homens, mas porque isso a incomodava tanto?

— Aqui está o cavalo. — Ele disse passando as rédeas para ela e tentando mudar de assunto.

— Obrigada, vai-me esperar hoje?

— Se eu vou te ajudar a fugir de casa creio que seja meu dever fazer você voltar sã e salva, afinal eu não espero sempre?

— Então nós vemos em algumas horas! — Ela falou montando no alazão negro.

Kirlon acenou com a cabeça e deu um sorriso amistoso, ela corou mais uma vez, contudo logo já estava trotando rumo à estrada.

Quem a visse naquele momento com a mistura de negro do cavalo, de sua capa e cabelo, poderia dizer que ela era a própria morte. Indo ceifar almas dos moribundos, na verdade seu objetivo aquela noite era mais nobre do que isso.

Tinha de ir rápido até a vila, aquela possivelmente seria a última vez que poderia se sentir livre antes de ir para a Corte Gardener. Lá teria de seguir as normas chatas de boas condutas e etiqueta, aturar os nobres mesquinhos e ficar presa até aquela maldita guerra acabar.

Amélie bufou só de pensar, entretanto logo focou na estrada e no cavalo, uma queda poderia custar sua vida.

 

 

Com a ajuda do cavalo o caminho de Amélie ao pequeno povoado foi rápido e seguro. Pagou uma moeda a um menino que olhava os cavalos dos viajantes, já que não queria gastar dinheiro com o estábulo da estalagem. Ela até deu uma moeda a mais para o jovem franzino, eles poderiam dizer que já eram conhecidos depois de tantas visitas dela até o local.

Ela olhou para o céu a procura de qualquer resquício do sol, ainda era noite, mas ela sentia como já tivessem passado horas. Cada segundo de liberdade era precioso.

Amélie foi até uma estrutura maior que as outras, tinha a base de pedra e o primeiro andar de madeira. Uma lareira estava acesa, dava para ver por conta da fumaça que subia da chaminé. Ela sorriu imaginando as crianças aninhadas ao fogo.

A Crane bateu a porta três vezes, poucos segundos depois uma moça loira e rechonchuda abriu para ela.

— Lady Amélie, pensávamos que não viria mais hoje! — Falou Septã Ágata com um sorriso.

— Eu nunca deixo de vir, não é mesmo! — A jovem respondeu abrindo um sorriso.

Amélie sentiu um puxão em seu vestido, olhou para baixo e viu a pequena Lisa, com seu urso de trapos nas mãos. Ela era uma menininha morena e tímida, felizmente sua timidez não existia com Amélie.

— Eu disse aos outros que você viria! — A jovem órfã falou com um sorrisinho doce. — Vou chamá-los agora mesmo!

Logo Lisa já estava rumo ao primeiro andar com seu ursinho sendo arrastado pelo ar.

— Septã. — Chamou Amélie indo para um canto mais abastado. — Quem são todas essas crianças? — Perguntou se referindo ao amontoado de crianças dormindo perto da lareira.

Era obvio que eram órfãos, mas de onde haviam surgido tantos desde a última vez que estivera ali?

— Algumas semanas atrás veio um homem em nome do rei, todos com mais de dezoito dias de seu nome e aptos para lutar teriam de ir para a guerra. Muitas crianças não tinham mais ninguém com quem ficar, sem pai, tio, irmão... — O semblante da senhora era triste enquanto olhava para as crianças. — Não sei como eu e Lana vamos conseguir cuidar de tantas, as mais velhas estão tendo de olhar as mais novas e ajudar com as tarefas domésticas, mas o alimento vem faltando. Tudo que é colhido deve ser dado mais da metade para a Coroa, tem sobrado pouco, os fazendeiros não podem doar mais como antes. Agora que a guerra fechou as estradas o Alto Septão não pode enviar mais alimentos nem dinheiro, estamos sozinhas.

Amélie ruborizou-se, dessa vez por raiva, raiva da guerra e os nobres que a comandavam. Mal havia começado e tantos estragos já haviam sido feitos a tantas pessoas. Ela se perguntava como seriam as coisas para os mais pobres quando o ápice do conflito chegasse. Com um suspiro longo ela tentou acalmar-se.

— Aqui. — A Crane disse puxando a sacola com a comida e o punhado de moedas de ouro. — Não é muito, mas é o que eu consegui arrumar sem grandes suspeitas do Meistre e dos cozinheiros.

— Já é muito gentil de sua parte nos ajudar sempre que pode, milady. — Disse Septã Ágata pegando em sua mão. — Mas porque tanto de uma vez?

— Tem outro assunto que gostaria de falar com a senhora... — A morena começou. — Estou indo rumo a Jardim de Cima, não sei por quanto tempo, temo que até o fim da guerra ou até que me case. — Disse a última parte com muito desgosto. — Não poderei vir mais por um bom tempo, se precisarem de algo mande qualquer um até a Corte, eu vou fazer o meu máximo, mesmo que seja pouco comparado a tantos orfanatos que existem por Westeros.

— Milady, a senhorita é uma bênção enviada para esse mundo pelos Sete. Só com esse dinheiro já poderemos nos manter por meses se racionarmos, eu lhe agradeço muito!

Ela não acreditava muito naquilo de ser uma bênção, se os deuses fossem tão bons àquelas crianças não seriam órfãs, não haveria pobreza e nem guerras. Contudo, preferiu guardar sua opinião para si, não queria desagradar a Septã que sempre foi bondosa e simpática com a garota.

— Amélie, leia a historia de Maris, a Donzela para nós! — Lisa apareceu de repente, seguida por um grupo de crianças sonolentas, provavelmente ela haveria acordado todos para ouvir a história que tanto gostava.

— Claro! — Ela sentou-se perto da lareira onde conseguia distinguir as letras no meio do ambiente escuro.

Logo começou a narrar a historia de uma das filhas de Garth, Mão Verde. As crianças observavam tudo com olhinhos curiosos.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado!
Eu meio que extrapolei na parte da Amélie, mas tudo saiu tao facilmente que acabou ficando enorme, eu até que ia escrever mais um pouco, mas ai achei que ia ficar grande demais kkkk
Quero saber oque acharam das novas casas, como o próprio titulo da fic diz é um outro lado dos apoiadores Gardener!
Tudo vem culminando para que os próximos capítulos saiam rápido, eu estou com uma ideias empolgantes e acho que não vou ter nenhum bloqueio, então se preparem!
Beijos e até mais!



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