Infinite escrita por Skye Miller


Capítulo 7
As Ondas.


Notas iniciais do capítulo

OI GALERA!!!
Eu sei que ontem eu deveria ter postado, mas acabei esquecendo, DESCULPEM-ME POR FAVOR.
Bom, como vocês são tão lindos e maravilhosos, aqui estou eu, com esse capitulo novinho e lindo e cheirosinho saindo diretamente do forno, hahahaha
Obrigadaaaaaa vocês que estão acompanhando e comentando! Não imaginam o quão grata eu sou por isso! Sério, principalemnte Zooey, Alnix e Tay que comentaram no capitulo passado.
Se você não é muito fã de comentar, ou sei lá, não precisa fazer um textão nem nada, manda apenas um coraçãozinho no comentário, e eu saberei que você está gostando da história, pleeeaaasseee.
Queria mandar um beijo pra Manu, autora de "A Exceção" (Super indico, Nina e Marjorie, shippo mt, e o Pedro é meu bebê) que está acompanhando a história também! é tão bom saber que alguns leitores de cph estão acompanhando.
Gente, sei que a nota já tá grande, mas eu queria pedir que, se você sabe fazer conta no amor doce, faz pra mim pfvr PQ EU NÃO TO CONSEGUINDO e eu queria muito jogar pqpqpq aff que sdds desse mundo virtual cheio de boys.
Bom, é isso, boa leitura.



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Casa do meu pai. Varanda, onde há flores vermelhas e amarelas com um perfume que invade todo o ambiente.  Sábado de manhã.

Meu cabelo já não está mais tão azul, agora é apenas uma cor triste e desbotada. Uma parte de mim pensa em retocar as mechas, enquanto a outra quer loucamente deixar da maneira mórbida que está. Se fosse Juliet, já teria retocado ou colocado alguma outra cor, mas quando eu me olho no espelho penso em deixar exatamente como está, combina muito com meu humor.

Acho que ainda estou de castigo, apesar de papai não ter mais tocado nesse assunto uma vez sequer. Por enquanto, ele apenas liberou a internet e poucos dólares que não pagam nem sequer um café, mas isto não me adiante de nada, pois todos estão me evitando, inclusive Mayune e Anne. Apesar do que disse na carta para Juliet poucos dias atrás, estou muito arrependida. No fundo, eu realmente me importo, e minha consciência pesada faz com que eu queira pedir perdão á Amanda Monkey , mas minha parte orgulhosa faz com que eu continue na mesma, receando meu ato insensato.

A parte boa disso, é que tenho tempo para pesquisar quais as bibliotecas públicas existentes em Atlanta. São quase trinta, de tamanhos e conteúdos diferentes. Já estou chegando a vigésima e ainda não encontrei á qual pertence o cartão de Juliet. Pelo que a conheço bem, acho que ela iria para a maior e mais famosa, porém estava terrivelmente enganada. Não faço a mínima ideia de onde ela quer chegar com isso, o que isso realmente significa.

 Estou entrando em mais um endereço de pesquisa quando noto uma sombra sobre mim. De início, fico tensa, pois papai e Natalie estão na igreja, mas então Colin surge em meu campo de visão com um sorriso de orelha a orelha e eu relaxo por dois segundos antes de levantar uma sobrancelha e pergunta o que ele quer. Minha voz saí rude, mesmo que eu não queira.

— Só estava dando uma volta pelo bairro e vim ver como estava. – Ele levanta ambas as mãos, mostrando que veio em paz. – Você não é de sair muito, né?

— Depende de qual destino você está se referindo. Eu saio de casa, eu vou a escola, eu faço uma corridinha com o Flock, eu...

— Não, não foi isso o que eu quis dizer. – Sem pedir licença ele senta no banco ao meu lado e estica os pés, de maneira confortável. Não sei bem se eu estou confortável com a situação, mas tento me manter calma. – Você só vem aqui nos fins de semana, e nunca a vi dando uma fugidinha para as rave que acontecem no salão de festas.

— Aqui tem um salão de festas? - Pergunto surpresa, mas então lembro-me que Juliet sempre me falou desse lugar, de como era bom estar lá, com tantas pessoas, tantos corpos juntos ao seu. – De qualquer maneira, não importa, eu não iria mesmo.

— É exatamente disso que estou falando, você não vai a festas. O normal seria que você saísse escondida hoje a noite, que tal?

— Você está me convidando ou me ensinando como fugir de casa no meio da noite?

— Depende do seu ponto de vista. – Olho para ele, no sentido totalmente literal da coisa toda. Eu o encaro. Seus ombros são largos, o peitoral definido se destacando na blusa verde de gola polo, que estranhamente combina com seu cabelo loiro. Seus olhos não deixam o meu um segundo sequer. – Você é irmã de Juliet Singer, irmã gêmea de Juliet Singer, as pessoas aqui gostariam de conhecer você. 

Antes que eu possa evitar, as palavras escapam da minha boca.

— Não sei se quero conhece-las. – Não é totalmente mentira, mas a realidade é que só conversei com Colin umas três vezes desde que nos conhecemos, e não passaram de “Oi” e coisas do tipo, então não entendo porque ele está aqui, agora, ao meu lado, como se fossemos totalmente íntimos. Talvez ele veja a mesma coragem de Juliet em mim, talvez ele acredite que realmente somos idênticas e está tentando se aproximar de mim. Ou, ele é apenas inconveniente, e para falar a verdade, acredito mais na segunda opção. – Além do mais,Juliet e eu não somos gêmeas, ela era dois anos mais velha do que eu. E eu estou de castigo.

Há um pouco de humor em seus olhos quando ele me encara. Ficamos em silencio por bons cinco minutos e é tempo suficiente para que eu encontre o endereço exato da biblioteca que pertence o cartão de Juliet. Eu solto um suspiro de alivio e sorrio contente. O seu nome é Rascunhos, e fica no centro da cidade. 

— Colin. – Ele está distraindo, puxando levemente as mechas desbotadas do meu cabelo. Eu fico incomodada pela maneira como ele é tão invasivo, pois não estou sequer acostumada com a sua presença. Nunca tivemos uma real conversa além desta, então não sei nem como reagir com a maneira que ele me trata. – Você tem um carro?

— Hum? - Ele ainda está com os dedos sobre meu cabelo, então eu me remexo em meu lugar e a sua mão caí sobre o console. Ele pigarreia, como se só agora se desse conta do que estava fazendo. – O que você disse?

— Você tem um carro? - Quero saber por que ele me encara tanto. Quero saber por que ele fica perdido em pensamentos quando me olha, como se estivesse relembrando de coisas. Quero saber por que ele ainda continua a olhar para meu cabelo. Quero saber o que se passa em sua cabeça. Quero saber porque ele é tão invasivo, porque age como se fossemos grandes amigos. Quero saber por que ele conversa comigo como se fossemos íntimos. Quero... eu quero uma carona. – Preciso ir ao centro da cidade. Biblioteca Rascunhos.  Fica na rua St. Ma...

— Eu sei onde fica. – Ele me corta, olhando para o relógio em seu pulso e ficando de pé novamente. Ele não é tão mais alto que eu, porém seu corpo volumoso faz com que ele tenha uma aparência de bem mais velho do que ele realmente é. Garotos como Colin nunca fizeram o meu tipo, mas sempre foram os favoritos de Juliet. – Eu sempre levava a Julie ali, ao menos duas vezes por semana.

Julie. Julie. Julie.

O apelido fica lá, grudado na minha cabeça, feito um chiclete velho e ressecado. Juliet nunca deixou que eu colocasse um apelido nela, o mais próximo que cheguei foi quando escrevi uma fanfic sobre duas irmãs, com nome de Blue e Red. E foi tudo muito confuso, mas ela gostou de ser chamada de Blue. E, quando eu via que ela estava realmente de bom humor e a sós, sem suas companheiras de festa, eu a chamava de Blue.

Eu faço uma careta tão estranha que Colin faz um comentário sobre eu ter chupado limão. É então que eu percebo que gosto de Colin, que ele é uma das únicas coisas que torna o meu final de semana divertido, pois ele fica desfilando pelo condomínio e piscando os olhos para cada senhora que passa, e é tão engraçado a reação delas, é tão engraçado como ele parece um galã. Às vezes, acho que ele fica treinando cantadas baratas na frente do espelho, e graças a Deus, ele nunca dirigiu nenhuma para mim.

— Você pode me levar lá?

— Contanto que você vá a festa hoje a noite.

E eu penso: Por que não? Sim, certo, tenho muitos motivos para não ir, começando pelo fato de eu não saber quais são as reais intenções de Colin. Mas, eu preciso conviver um pouco com pessoas que Juliet estava próxima, eu preciso ter um contato com o contexto em que ela estava vivendo, para que eu possa entendê-la. Pois, desde que ela começou a mudar, na verdade, desse que ela entrara para a faculdade no inicio do verão, senti que não a conhecia mais.

E eu preciso voltar a conhecê-la.

—.-.-.-

Centro de Indiana. Céu azul sem nuvens. Sol escaldante. Pessoas andando de um lado para o outro. O cheiro de cachorro-quente impregnado no ar. Sábado, três e quinze da tarde.

Colin me deixa uma rua antes da biblioteca, pois assim ele não precisa fazer um grande retorno para conseguir voltar para casa. Ele diz que se eu quiser, ele pode vir me buscar, mas eu prefiro ir a pé, pois sinto que tenho muitas coisas para pensar, e o melhor momento que faço isso é quando estou caminhando por diversas ruas. Eu agradeço a ele, e ele apenas sorri e diz que vai estar a minha espera hoje á noite. Colin parece um boneco Ken, e eu quase digo isso á ele, mas apenas desço do carro e espero até ele ir embora para começar a ir até a biblioteca.

Eu atravesso o sinal e quando passo para o outro lado da avenida, vou seguindo pelo caminho do estacionamento, pois parece ser o mais rápido, porém, menos seguro.  Carros entram e saem a todo momento, e mesmo que tenha uma placa com um vermelho chamativo dizendo “Pare” as pessoas a ignoram. E eu estou tão concentrada observando esse fato que não percebo que estou no meio de uma vaga quando um carro para abruptamente em cima de mim, os faróis cegando-me. Por Deus, quem liga o farol em plena tarde em Atlanta? A buzina soa e eu me encolho como um tatu indefeso. O carro dá a ré, mas eu continuo na mesma posição.

— Qual é o seu problema? - Ainda estou encolhida e antes que eu me lembre de respirar novamente, um par de botas de couro para na minha frente. Não preciso levantar a cabeça para ver quem é, pois, puta merda, eu conheço essa voz. E eu fico tão eufórica e confusa que levanto a cabeça rapidamente e olho para cima. Nunca estive tão próxima dele em três anos. – Você poderia ter morrido.

Quando ele finalmente olha para o meu rosto e se dá conta de quem eu sou, sua boca se abre ligeiramente. Eu ainda estou paralisada, pois sim, eu poderia ter morrido, e não sei se fico feliz ou triste por isso. E, meu Deus, ele está tão igual e tão diferente ao mesmo tempo. E o seu cabelo está tão curto e tão escuro quanto eu me lembrava, os olhos azuis agora me avaliam e se desviam para a entrada da biblioteca quando nossos olhares se cruzam.

— Precisa prestar mais atenção por onde você anda. – Ele me fulmina com seus olhos azuis de uma perfeição que não dá para explicar, e parece por um segundo desejar que eu não estivesse ali. Mas o seu tom não é de raiva, está surpreendentemente calmo. Ele não espera nenhum tipo de reconhecimento ou resposta, mesmo que eu esteja tão brava e confusa que poderia lhe dar uma, mesmo que não seja de agradecimento.  Antes que eu abra a boca, ele já se afastou e entrou dentro da biblioteca, como se os últimos três minutos não tivessem acontecido.

Eu encaro suas costas largas. E as lembranças inundam meus pensamentos. Lembranças de Juliet e eu na sua casa, comendo o bolo que sua mãe preparava casualmente todas as sextas-feiras á tarde. Nós dois andando de bicicleta, enquanto Juliet corria atrás, declarando que um dia correria mais rápido que qualquer ser humano. E tudo isso me deixa com uma sensação estranha.

Assim como ele, ajo como se nada tivesse acontecido. Eu ando pela biblioteca, perdida ao meio de tantos livros. A vontade que sinto é de pegar qualquer um deles, sentar-me em uma mesa qualquer e lê-lo. Mas há um triste fato sobre mim: Tenho perdido o encanto pela leitura. Isso nunca me ocorreu antes, mas ultimamente tenho estado tão cansada e com pensamentos tão tubulosos em minha cabeça que a simples ideia de cogitar em ler algo se torna cansativa. Eu nunca fui assim, sempre estive apita á ler qualquer livro que me interessasse de verdade, e saber que aos poucos a minha vontade de ler está se esvaziando, faz com que eu fique ainda mais triste comigo mesma.

Ultimamente, tenho me cansado muito rápido. O principal motivo para isto é a minha necessidade de estar sempre sorrindo, para fazer com que eu pareça ainda mais com Juleit, mas isso é um grande sacrifício para mim, o que faz com que eu prefira ficar debaixo da cama, fugindo de tudo e de todos, até pegar no sono.

Eu vou até a recepção e pego uma lista de todos os livros que Juliet pegara ali. Fico surpresa quando vejo que foram apenas três, e quando vou a procura deles, não acho nenhum. Então fico vagando pela biblioteca, procurando desta vez por livros das autoras desses livros. São elas: Sylvia Plath, Anne Sexton e Virginia Wolf. Nunca imaginei Juliet lendo nenhum livro delas, pois ela sempre foi mais próxima de autores estilo John Green, com romances adolescentes bem clichês, mas que ela sempre adorou.  

Mais uma vez, não tenho sucesso, então volto até a recepção e pergunto á atendente se tem previsão de chegada de algum livro novo. Então ela pergunta qual livro especifico estou esperando, e aí eu lhe explico que gostaria de reler os que já havia lido. E quando lhe digo que são A Redoma de Vidro, As Ondas e Live or Die ela diz que eles provavelmente estariam na sala do secretário, pois é para lá que vão os livros que não estão em amostra.

E agora estou caminhando até uma sala que fica no fundo da biblioteca, segurando o cartão de Juliet com uma euforia imaginária. A porta está aberta e há duas pessoas lá dentro, então entro e dou uma boa olhada ao redor da sala antes de parar no secretário, que está sorrindo para uma senhora á sua frente de uma maneira muito afetiva.

Quando isso acontece, três coisas me atingem em um flash:

1) Os dentes superbrancos bem alinhados dando um charme ainda mais para o sorriso sedutor.

2) As covinhas que se formam em sua bochecha quando sorri.

3) Estou sentindo um calor, e tenho quase certeza de que não é por conta do clima.

Eu fico nervosa, porque sei o que tudo isso significa. Já passei por isso antes, e Juliet é uma especialista nisso também, o que significa que ela sempre me pôs a par desse tipo de coisa o tempo todo. E não sei se isso é bom ou ruim; pois ele é um garoto e faz parte do meu passado e eu não deveria estar pensando nisso, mas, puta merda, ele é lindo, sempre foi. Não lindo tipo bonitinho. Também não é lindo estilo Dean, o cara musculoso e fortão que minha irmã namorava. Não. É como se ele fosse a mistura das duas coisas. Nem tão alto, nem tão magro. Nem tão rustico, nem tão perfeito. É como se fosse ideal.

E agora ele parou de sorrir, pois ele notou a minha presença e a senhora simplesmente desapareceu, o que significa que há apenas nós dois dentro dessa sala. E o clima parece estar simplesmente abafado, e eu não me mexo e muito menos ele. Quando tudo aprece caótico e insuportável demais, eu balanço a lista em minha mão e digo da maneira mais calma possível:

— A atendente disse que eu poderia encontrar esses livros aqui. – Coloco a lista sobre a sua mesa. Seus olhos movem-se lentamente pelos nomes, e quando voltam-se para mim, parecem indescritíveis. Eu engulo o caroço na minha garganta e troco o peso de um pé para o outro. – Preciso deles, tipo, agora.

— Você só pode levar um de cada vez, são normas da biblioteca.  – Ele se levanta e anda pela sala. Há livros por todos os lugares e sinto que estou em um daqueles quartos de pessoas acumuladoras. Ele pula sobre uma caixa de livros de maneira graciosa, some por um momento em meio ás prateleiras e depois volta com um livro nas mãos. – Da última vez que vi Juliet, ela pediu que eu guardasse eles aqui. Mas, por enquanto, só encontrei As Ondas. Quando você decidir voltar, talvez eu já tenha encontrado os outros.

— Juliet e você mantiveram contato? - Tento reprimir a surpresa em minha voz, mas é quase impossível. Ele levanta uma sobrancelha, como se dissesse “Claro, por que não?”— Depois que vocês terminaram, ela jurou que te odiava e que vocês nunca mais se veriam.

Ele sorri, e eu preciso me manter firme para não ofegar bem aqui na sua frente.

— Teatro. – Ele coloca o livro sobre a mesa e se senta novamente na sua cadeira. – Ela deixou de me odiar em menos de um mês. Mesmo que eu tenha me mudado, continuei estudando na Novaski. Nós continuamos na mesma turma, continuei vendo-a todos os dias durante dois anos inteiros, e não foi surpresa pra ninguém quando passamos pra mesma universidade.

— E por que ela nunca me contou nada sobre isso?

Ele não me responde, na verdade, apenas dá de ombros e dirige sua atenção para o computador. Eu fico tão constrangida e incomodada por ter sido ignorada que apenas pego o livro e saio andando. Quando estou passando pela porta, ouço-o dizer:

— Gostei do cabelo, Violet.

Eu olho para trás. Só existe uma única pessoa que me chama pelo nome, e essa pessoa é Aaron McFuller, o meu amigo de infância, o meu vizinho, meu primeiro amor, e que quebrou o meu coração em milhões de caquinhos quando se tornou o namorado de Juliet por quase seis meses inteiros.

Ele está sorrindo, e mesmo que ele tenha mudado, mesmo que ele esteja extremamente arrogante e imbecil e tão tão tão diferente, eu sei o que esse sorriso significa, eu sei que ele está com deboche, eu sei que ele odiou o meu cabelo.

— Por que você parou de falar comigo, Aaron? – Não é o tipo de assunto que eu deveria trazer á tona, mas está engasgando-me há pouco mais de três anos, e agora as palavras saem da minha boca sem nenhuma controle. – Você era meu melhor amigo, e então um dia você e a Juliet não estão mais em perfeita harmonia, e aí vocês terminam, você simplesmente vai embora e então você desaparece. E, pior, mantem contato com ela durante esse tempo todo, durante todos esses anos, mas nunca sequer me ligou, enquanto eu fiquei durante um mês inteiro indo até a droga da sua casa nova e sua mãe sempre arranjava desculpas sobre você estar indisposto.

— Achei que fosse algo sem importância.

— O que?

— Continuar falando com você não iria retirar ou acrescentar algo da minha vida. – Sua pálpebra direita treme, e é exatamente por isso que eu sei que ele está mentindo. Eu o conheço tão bem que sei detectar quando ele está tentando esconder algo. – Não achei que fosse importante.

Meu coração dói de uma maneira tão profunda que se torna quase impossível de respirar.

— Não ir ao enterro de Juliet também foi algo sem importância?

— Eu fui. Só não participei da cerimonia, com aquelas pessoas hipócritas e vazias. E eu sei muito bem que você concorda comigo, Violet, eu fiquei encarando-a o tempo todo e eu sabia que você queria que todas aquelas pessoas simplesmente sumissem. E, acima de tudo, sabia que você queria estar no lugar de Juliet.

— Você não sabe de nada.

Eu minto descaradamente, e não estou ligando a mínima para isso. Saio da sala antes que ele diga qualquer outra coisa,pois saber que ele conseguiu me decifrar de uma maneira tão direta naquele dia horroroso me deixa com uma vontade imensa de chorar, pois acreditava que ninguém, absolutamente ninguém, havia percebido que tinha algo de errado comigo. Eu preciso aprender a fingir mais se vou continuar frequentando esta droga de biblioteca.


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Notas finais do capítulo

Gente, a Vivi falou que as pessoas sempre acham que o nome dela é Vivian, e que lindo saber que na verdade é Violet e apenas o boy chama ela assim.
FALANDO EM BOY AARON MCFULLER É UM PUTO.
Você tem vontade de matar ele a fic inteira mas você o ama, então bate aqui você que sofre com shipper. (Ps: ri horrores com ele debochando do cabelo da Vivi)
Gente, queria fazer um trailer bacana, mas o movie make não abre de jeito nenum, quem aqui conhece um programa fácil pra eu fazer o trailer? Já tem até a trilha sonora sjnejksmejs

é isso meus bebes, espero que gostem, domingo ou segunda, dependendo da reação de vcs nos comentários, eu já posto o outro capitulo de cartas, onde nossa amiguinha vai estar na festinha do colin heheehhehe



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