Together Again escrita por Cristabel Fraser, Bell Fraser


Capítulo 16
Noivado


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, boa noite... estou de volta com mais um capítulo revelador rss... ao menos espero que ajude a desvendar esse mistério todo... meninas eu vou escrevendo e escrevendo e olha quero que chegue na parte reveladora tanto quanto vocês. Presumo que já dará início no próximo capítulo. Meninas muito obrigada pela interação e o carinho de vocês. Continuem dando opinião, pois é muito importante pra mim, viu? Espero que gostem do capítulo, boa leitura e nos vemos lá em baixo.



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“A ausência está para o amor, assim como o vento está para o fogo, apagando o pequeno e inflamando o grande”.

 

***

— Não entendo, o por quê meu pai insiste em manter contato com este homem. – Peeta e eu, dançávamos na festa de ano novo da empresa Ritchson. Meu namorado, meio que foi intimado a comparecer no tal evento, e fiz questão de estar com ele.

— Talvez não sabe o quão perigo corre, estando com ele.

— Meu pai não é tolo, Peeta. Ele quer ver a WBE fazer sucesso como no início, nada mais que interesse pessoal nesse quesito.

— Seu pai queria que eu o atualizasse, trouxesse novas ideias de uma forma sustentável para o marketing da empresa, quando conversamos sobre eu trabalhar com ele. - The Magic of You, de Chris Welch ecoava pelo salão enquanto muitos casais apaixonadamente dançavam. Peeta me colou mais ao seu corpo, e as próximas palavras foram sussurradas em meu ouvido. – Michael quis saber, se meu pai tinha deixado a fórmula pra mim.

— Por que essa obstinação com a fórmula, que nem pertence a ele? – Mesmo a música estando alta, percebi que elevei a voz mais do que deveria.

— Porque, Michael sabe que o tal combustível renderia bilhões de dólares, fora os status, e acrescente um prêmio Nobel à lista que receberia. – De repente, meu namorado bufou aparentando estar furioso, e o encarei enigmaticamente. – O filho do Ritchson, não tira os olhos de você desde que chegamos. 

— Vem, vamos tomar um ar. – O arrastei para o jardim que tinha na cobertura, que ficava frente ao salão, onde acontecia a festa.

Há quatro meses, Peeta vinha passando apertado com o tal Michael, que se dizia ter sido um grande amigo de seu pai. Eu não confiava nele e se estava tirando o sossego do meu namorado, já se tornava meu inimigo.

— Me distraia, para que eu não entre lá e arrebente a cara daquele playboyzinho... – bufou indignado e quando girei meu pescoço para olhar dentro do salão, realmente Gloss me encarava como se eu fosse uma presa.

— Você é o homem mais lindo que eu já vi, e não vejo a hora de chegarmos em seu apartamento para te sentir... – Não precisei continuar falando, pois, suas mãos possessivas seguraram em minha cintura, me puxando para si com certa autoridade, e seus lábios capturaram os meus em um beijo arrebatador.

— Eu não consigo parar de pensar em você, nem por um segundo... simplesmente por me enlouquecer deste jeito. – Uma de suas mãos escorregaram até o fim da minha coluna e bruscamente me puxou e senti sua excitação.

— Se segure até chegarmos em casa, amor. Ainda não deu meia noite.

— Acho que você estar neste vestido dourado, não está me ajudando muito – gargalhei espontaneamente. Meu vestido era frente única, todo trabalhado que tinha um rachado enorme na parte da frente que deixavam minhas coxas à mostra. Sobre meus ombros, havia uma estola gola echarpe de pelo, que me aquecia bem.

— A culpa agora é minha, Sr. Mellark? – fingi desdém.

— Sim, totalmente sua. – Voltamos a nos beijar e logo escutamos a contagem regressiva. – Que seu ano seja repleto de realizações e sucesso – desejou ele, comigo ainda presa em seus braços.

— Já estou me sentindo bem realizada, mas é sempre bom fortalecer isso. Desejo um feliz ano novo, amor. Saiba que, estar com você tem sido uma das melhores fases que estou atravessando.

Uma rajada de vento nos atravessou e rapidamente retornamos para o salão. A neve cobria toda a Capital. Meu sobretudo tinha ficado na entrada, junto com o de Peeta. Com seus braços em torno de mim, senti seu celular vibrando e logo o atendeu e pelo sorriso e conversa, estava falando com seu irmão.

— Feliz ano novo pra você e sua família, irmão. Ficou em casa mesmo? Entendo... quando Prim nasceu tive os mesmos cuidados, você deve lembrar o quanto eu a queria dentro de redoma, não é? – Finalmente Alexander tinha nascido, e já estava com dois meses. Annie e Finnick evitavam sair de casa, por conta do pequeno Mellark ser novinho demais. Fizemos uma baita comemoração, quando Annie chegou em casa com o recém-nascido. – A festa bombou sim, mas não vejo a hora de ir pra casa. Um abraço pra vocês também. Também amo você, Finn. – Logo encerraram a ligação.

— Eles estão bem? – perguntei enquanto um garçom passava por nós, oferecendo champanhe.

— Estão sim. Prim está com eles e está doida para nos ver. – Peeta pegou duas taças e me entregou uma. – Mais um brinde a nós dois.

— A nós dois – ergui a taça e elas tiniram quando a encostamos. – Pretende ir vê-la?

— Se não estiver nevando muito, podíamos ir até o 4, o que acha?

— Com você, eu iria até a lua, amor.

Peeta e eu conversamos com mais algumas pessoas, dentre elas meus pais, Gale e Madge e logo depois fomos embora cumprir nossos desejos e anseios de nos consumirmos.

***

 

4 meses depois...

 

Era quase abril, faltava poucos dias. Peeta resolveu, em um fim de semana, juntar nosso grupo para irmos a Island Green. Alex estava com seis meses e eu me encontrava sentada no sofá do deque, do iate com ele no colo.

— Você tem jeito com criança, Kat – comentou Annie.

— O Alex é bonzinho, deve ser por isso que ele fica bem comigo.

Eu e as garotas começamos a falar e a falar de crianças. Madge fazia um tipo de trança embutida no cabelo da Prim. Quando me dei conta, o pequeno em meus braços tinha dormido.

— Oi. – Peeta se sentou ao meu lado me dando um selinho.

— Oi – respondi retribuindo o carinho. – Quem está no comando?

— Finnick e o Gale. Vim ver se vocês querem que eu prepare algo para comermos aqui, ou querem almoçar na ilha? – Peeta iniciou um carinho nos cabelos, cor de areia, do pequeno.

— Por mim aguento, mas e a Prim. Ela comeu antes de sair?

— Filha, você quer comer algo aqui, ou almoçar na ilha?

— Quero almoçar na ilha, papai. Vai preparar aquela massa bolonhesa? – perguntou ela toda animada.

— Sim, posso preparar...

— Então só quero tomar uma vitamina.

— Então vou lá preparar. – Ele ia se afastando, mas segurei seu pulso dizendo que ia também. Annie pegou Alex dos meus braços, e de mãos dadas com meu namorado, seguimos para a cozinha do barco. – Você fica mais linda ainda, com meu sobrinho nos braços – disse ele me abraçando por trás.

— Ele é um bebê adorável... – Seus lábios iniciaram uma tortura em meu pescoço. – Oh... Peeta...

— Quero um filho com você. – Me petrifiquei com a sentença. Será que ele falava sério?

— Isso é sério? – Fiquei de frente pra ele e seus olhos pidão me analisaram por um tempo antes de dizer:

— Desde que te conheci, o que eu mais quero é, ter tudo com você. – Senti minhas pernas bambearem e a única reação do meu corpo foi me lançar sobre ele e beijá-lo. Peeta me ergueu e enlacei minhas pernas em sua cintura. Ansiava por tê-lo, mas algo nos impediu.

— Uh, acho melhor irem para o quarto. – Meu irmão tinha uma expressão nada pura ao nos flagrar.

— Vim preparar uma vitamina para a Prim. – Peeta justificou me soltando e indo em busca das frutas e eu do mixer.

— Pois é, estou vendo. – Gale sorriu maroto.

Assim que chegamos na ilha, fui ajudar Peeta na cozinha e Madge também nos auxiliou. Depois do almoço fomos descansar, mas meu namorado me fez um outro pedido.

— Quer caminhar um pouco?

— Quero. – O dia estava quente e talvez ele quisesse dar um mergulho, então coloquei meu biquíni e um vestido soltinho por cima. Minutos mais tarde estávamos fazendo trilha. – Acho que estou me recordando deste lugar...

— Estamos indo até a nossa árvore.

— Nossa árvore? – E, foi quando ele afastou alguns arbustos vi o local onde eternizou as iniciais do nosso nome.

— Hoje está fazendo um ano que te pedi em namoro. O nosso combinado foi de acrescentar um traço, nesta data, lembra? – perguntou tirando um canivete da mochila.

— Você é tão romântico – brinquei abraçando-o pela cintura. Ele beijou o topo da minha cabeça e me encarou com carinho.

— Quer fazer as honras? – apontou para o tronco e peguei o canivete de sua mão indo fazer o segundo traço. //

        K. E.

       +

        P. M.

— Que tal? Agora são dois traços.

— Vem cá... – Ele me puxou prendendo-me com seus braços. – Você e Prim, são meu bem mais precioso. Quero ter as duas pra sempre comigo.

— Nós sempre estaremos juntos, certo?

— Sempre. - Me perdi em seus beijos. E, só nos afastamos quando o ar nos faltou. – Vamos dar um mergulho. – Caminhamos mais alguns metros até uma cachoeira. O poço era cercado por pedras e muitas árvores. Peeta tirou sua camisa, bermuda e por fim, pulou na água sem peça alguma em seu corpo. – Você não vem? A água está ótima!

Na verdade, a água estava muito gelada, mesmo o sol estando quente, a cachoeira por ficar localizada no centro da mata, a temperatura da água era fria. Mas, depois de vê-lo dar alguns mergulhos, observei seu cabelo respingando e a franja se formar em sua testa, não resisti. Tirei meu vestido e mergulhei de uma vez sentindo cada músculo do meu corpo tencionar.

— Pe-peeta... que água gelada... – Dei algumas braçadas até alcança-lo.

— Mas assim não vale... – O encarei confusa enlaçando meus braços entorno do seu pescoço. – Você ainda tem muita roupa neste corpinho.

— Não falando sério... – Peeta tirou a parte de cima do meu biquíni e arfei em seus lábios quando sua mão desceu até a parte de baixo. – A-amor...

— Sabe que sou louco por você.

— E eu por você. - Meu corpo não tinha resistência alguma pelo dele, e ali mesmo, nos entregamos entre gemidos e juras de amor.

A noite fizemos pizza para o jantar, e quando nos recolhemos em nossos quartos para dormir, fui surpreendida.

— Katniss, quer casar comigo?

— Peta... – Eu tinha acabado de escovar os dentes, e estava com minha camisola de seda, pronta para dormir, enquanto ele se encontrava ajoelhado usando apenas um short, e numa das mãos segurava uma pequena caixinha azul marinho aveludada. Dentro da caixinha um lindo anel, todo trabalhado reluzia.  

— Sei que hoje estamos fazendo um ano de namoro, mas não consigo imaginar minha vida sem você... – Não resistindo à sua declaração, me lancei sobre ele o derrubando no tapete e dei a resposta que precisava escutar.

— Aceito. – O sorriso que iluminou seu rosto, foi o mais perfeito que já tinha visto. Ele colocou o anel em meu anelar, na mão esquerda e em seguida a beijou. Subimos na cama aos beijos e carícias. – Também não consigo imaginar minha vida sem você, Peeta.

Jamais esqueceria aquele dia, ou aquela noite em que fui pedida em casamento. Era um sonho a ser realizado ao lado do homem que eu tanto amava.

***

Finnick, Annie, Gale e Madge se alegraram com a novidade, mas quem mais ficou encantada com o pedido que Peeta fizera a mim, foi a pequena Primrose. Logo foi dizendo que queria levar nossas alianças e fazendo mil e um planos.

— Tenho certeza que o Mellark te fará feliz. Posso ver o jeito que olha pra você e a maneira que te trata, ele te ama irmã, sei disso.

— Obrigada, Gale. Estou feliz por ter você ao meu lado. – Ficamos abraçados por um tempo. Meu irmão sempre me defendeu e me apoiou no que precisei.

Era uma sexta-feira e meus pais tinham convidado Gale, Madge, Peeta e eu, para um jantar em família. E, seria a noite em que comemoraria meu noivado.

— Desculpem, pelo atraso tive que checar algumas peças que chegaram de última hora – disse Peeta se explicando.

Tínhamos combinado de nos encontrar na casa dos meus pais, assim que cada um saísse do trabalho.

— Cara, ainda bem que estou de férias e amanhã viajarei com minha linda esposa. – Meu irmão jogou o braço entorno do pescoço do meu noivo tirando sarro.

— Pois é cunhado, não tenho a mesma sorte que você, e agora terei que cuidar do seu setor – lamentou Peeta entrando na brincadeira.

— Afrouxe o cinto e beba um drink, vai por mim, vai precisar pra enfrentar o que vem agora. – Gale apontou em direção ao escritório e logo foi prepar uma bebida para Peeta. – Toma, é melhor se abastecer antes. Já passei por isso.

— Eu também já passei...

— Oh, Peeta verdade, por um minuto esqueci que já foi casado.

Peeta e eu reviramos os olhos.

— O jantar estará pronto em quinze minutos – anunciou minha mãe ao adentrar a sala, onde estávamos. - Peeta seja bem-vindo – cumprimentou com um sorriso fabricado.

— Boa noite, Sra. Everdeen, muito obrigado pelo convite. – Peeta segurou em sua mão e depositou um beijo.

— Katniss, querida está linda como sempre – elogiou, enquanto me abraçava. – E, que belo anel... deve ter custado uma fortuna – sorri sem graça antes de responder:

— Obrigada, mãe. Está muito elegante também. – Nunca entendi como ela conseguia ser tão superficial em tudo.

Fazia quase uma semana desde o pedido do Peeta, e assim que apareci na empresa usando meu anel, a reação de Cinna e os demais foi pra lá de empolgação. Bem, diferente da hipocrisia de minha mãe.

— Seu pai está aguardando vocês dois no escritório – informou ela.  

Peeta e eu seguimos com nossos dedos entrelaçados. Bati de leve na porta e escutei um sonoro “entre”. Meu pai estava sentado na mesma poltrona, como no dia, em que vi Peeta pela primeira vez.

— Os dois, sentem-se. – Fizemos o que ordenou, e ele ficou um tempo nos observando atentamente. – Então, estão noivos.

— Sr. Everdeen, só quero que saiba que, não tenho nenhum conflito de interesse. Eu amo sua filha e o meu desejo é apenas, fazê-la feliz – suspirei ao escutá-lo e me segurei para não agarrá-lo ali mesmo.

— E você, Katniss?

— Eu o amo pai. E, pra mim não faz diferença se o aceita, ou não.

— Peeta, por favor, nos dê um minuto. – Meu noivo se levantou, deixando apenas eu e meu pai. – Sei o quanto sofreu com o James e o Luke. Tem certeza de que, quer se envolver com ele?

— Esqueceu de acrescentar o Thom, a essa pequena lista de desastre. Tudo o que mais quero é estar com ele, pai. Ele é bom pra mim. Me sinto protegida quando estou com ele.

— Mas, eu te acho tão nova, Katniss. Poderia estar viajando por conta do seu trabalho. Se quisesse eu bancaria cursos intensivos na sua área no Distrito 8...

— Daqui a algumas semanas faço vinte e cinco. E, outra você nunca permitiu que eu morasse longe e sozinha, por que está me propondo isso agora?

— Porque me preocupo com você.

— Se preocupa tanto que ao invés de pagar os caras que queriam me sequestrar, preferiu pagar seguranças que não me deixavam em paz... – De repente, aquela conversa me deixou alterada.

— Eu estava cuidando de você!

— Cuidando não, me prendendo! – Me levantei bruscamente e comecei a andar de um lado para o outro.

— Você se tornou uma mulher linda, Katniss.

— Me sentiria elogiada, se dissesse que eu estava mais inteligente.

— Isso também, mas está prendendo seu futuro em um casamento.

— Não estou prendendo nada. Eu posso fazer cursos na área em que trabalho aqui mesmo...

— E ficar dependente da Asprey pra sempre?

— Não!!! – gritei. – Quem sabe um dia lanço minha própria grife, mas por hora o que eu quero é estar com ele.

— Está bem, se quer assim, então case-se com ele e seja feliz. Vejo o quanto ele ama você.

Meu pai se aproximou de mim e me abraçou desejando toda felicidade. Quando estávamos à mesa ele propôs um brinde ao nosso noivado.

— Onde ficou, enquanto eu estava com meu pai no escritório? – Após o jantar convidei Peeta para sentarmos no balanço de madeira que ficava na varanda dos fundos.

— Estava com a Greasy e a Bonnie, na cozinha.

— Greasy descobriu que você cozinha muito bem, mas ela disse que depois que descobriu isso ficou triste. Achando que fui embora de casa por esse motivo.

— Ela é adorável. Podíamos sequestra-la depois de nos casarmos, o que acha? – brincou apertando de leve minha bochecha.

— Minha mãe te mataria. Ela trabalha conosco antes mesmo de eu nascer.

— Então não a sequestramos – riu me abraçando. – Foi muito tenso com seu pai?

— Ele só temia que você me machucasse com meus ex-namorados.

— Bem, quanto a isso ele pode ficar tranquilo, pois amo você mais do que qualquer coisa.

— Também amo você. – Me sentei em seu colo e o beijei. – Juntos?

— Sim, sempre juntos.  

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Coloquei um banner pra terem ideia do lindo anel que Peeta presenteou a Kat, ai, ai, estou nas nuvens meninas, amo o Peeta rss. Hum... perceberam que eu dei um salto no tempo? O filho do Finn nasceu, e a Kat já, já fará 25 anos e lembrem-se que no prólogo ela está com 27, ou seja dois anos depois dos acontecimentos, então se preparem para as avalanches que virão. E aguenta coração... Queridas ótima semana a todos e por favor, comentem.

Obs: Eu postei minha One na coletânea, deem uma passadinha lá pra lerem, quando puder, ok? E, caso tudo ocorra bem, hoje à noite tem Os Voos de Madison. Beijinhos e até.



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