A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Muito bom dia para vocês! Obrigada suas lindas pelos comentários : Victória, Nathi, Bianca, Valarie e Chatastrophe ♥! E um oi para os fantasminhas, pois ja estamos com 38 leitores e mais de 1000 vizualisações :D! Comentem fantasmasss



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Pov Alexa

Preocupação e carinho . Duas palavras essenciais na vida de uma pessoa, nas quais eu estive sobrevivendo por muito tempo sem a necessidade nem a oportunidade de te-las. A realidade de agora tinha me moldado de um jeito que não existia amor, nem esperança, apenas eu contra tudo. E eu não sabia se estava preparada para voltar a ter isso.

Depois de algum tempo checando mais algumas coisas em mim, Hershel saiu de meu quarto, e o observei em sua lenta caminhada até a porta. Soltei um suspiro, agoniada. Ele disse que eu estava desidratada, desnutrida e cheia se machucados, mas o ponto positivo é que agora ja estava bem menos debilitada.

Um pouco antes disso, uma mulher chamada Patrícia tinha deixado um prato de comida em cima da minha cama, e logo saiu correndo sem nem dizer nada.  Ela usava um vestido até os joelhos , verde com rosas vermelhas, e logo assimilei a estampa com a cortina de minha vó. Dei de ombros com isso, tentando não rir, e movi o olhar, lambendo os beiços.

O prato era da mesma cor das paredes, e deduzi que a família era muito estilosa. Em minha frente tinha batatas cozidas, ovos, e até arroz com frango, todos com uma aparência maravilhosa. Senti minha barriga roncar, soltando um barulho alto, e não preciso nem dizer que devorei tudo em cinco minutos e ainda tomei o copo todo de agua que veio junto, extremamente rápida. Lembrei de todas as comidas enlatadas e carne de esquilo que tinha comido nesses anos, e soltei um sorriso, comparando com agora.

Depois dessa refeição maravilhosa me recostei na cama, satisfeita e de barriga cheia, pois fazia muito tempo que não comia tanto. Acabei me sentindo meio mal por ter comido tudo, não sei como é o estoque de comida deles. Mesmo estando tensa com tudo, estar alimentada e medicada mudou completamente a situação, me deixando mais calma e mais apta a pensar claramente. Estava me sentindo bem menos fraca e mais disposta, e ja sentia uma melhora em meus machucados, proveniente dos cuidados certos. Soltei um suspiro, nem tinha pensado na possibilidade da comida estar envenenada, mas ela estava tão boa que afastei esse pensamento.

Eu ainda estava algemada, e ainda não tinha contado nada a Hershel, mas também não tinha tirado nenhuma informação dele. Ainda não tinha decidido se contava minha história, ou se tentava fugir. Soltei um suspiro longo. A indecisão me deixou triste, não queria deixa-los para trás, mas eu sabia muito bem como poderiam fazer comigo  se descobrissem tudo ou se me achassem.

— A bela adormecida acordou então.- Uma voz familiar chegou aos meus ouvidos, o que me fez franzir o cenho. Pensei em atacar a pessoa, mas não seria uma boa ideia no momento. Virei a cabeça na porta, lentamente e cuidadosamente. - Fico feliz em ver você bem. - A voz continuou, e foquei meu olhar na direção dela.

Na porta, uma mulher morena e uma menina loira me olhavam, as duas sorrindo levemente. A morena deduzi ser Maggie, a mulher na qual eu ajudei, e soltei um sorriso para ela, aliviada. A menina em seu lado aparentava ser sua irmã, pelas feições levemente parecidas, e ela me olhava com uma cara desconfiada e ao mesmo tempo sorridente. Soltei uma risada leve. 

— Digo o mesmo- Respondi, sorrindo para as duas. Eu estava feliz de ver um rosto comum, mesmo que fosse uma pessoa vista por uns 3 segundos apenas em um mercado fechado, mas sabia que ela tinha me ajudado muito também.

As observei mais algum tempo, enquanto elas se movimentavam pelo quarto pegando algumas coisas. A loira era menor que Maggie, usava uma blusa branca solta e uma calça jeans, e era extremamente bonita. A mais velha também era linda, e aparentava ser mais forte do que sua irmã, que tinha aparência frágil e delicada.

Gostei de Maggie na hora, pois mesmo sabendo que eu tinha atacado Rick ela se pôs logo a conversar comigo e me distrair. Beth, sua irmã, permaneceu mais afastada , apenas sorrindo e fazendo poucos comentários. Ela não parava de olhar para as minhas cicatrizes . Fiquei vermelha com isso, não gostava nada delas.

— Quanto tempo eu estou aqui? - Perguntei depois de algum tempo, temendo a resposta. Não poderia ser tanto tempo assim, poderia?

—Hoje fazem 5 dias - Maggie falou, dando de ombros, apoiada perto de minhas pernas cobertas. - Chegasse aqui tão debilitada que não sabíamos se iria sobreviver. - Respondeu, me encarando. 5 dias? Eu nunca tinha ficado desacordada por tanto tempo.

—Qual o seu nome? Nos acostumamos a te chamar de platinada- Beth perguntou, agora mais tranquila e próxima de minha cama, corando com a pergunta. Percebi algumas faixas em seus pulsos, mas achei melhor deixar quieto. Eu sabia o efeito que o apocalipse pode ter nas pessoas. 

—Alexa Lee .- Respondi, me engasgando de leve, pois meu nome saiu de um jeito muito estranho de minha boca, como se nem fosse meu. Fiz uma careta.

— Lindo nome .- Beth sorriu, botando a mão levemente em meu tornozelo bom, como se me mostrasse que estava confortável comigo. Sorri, agradecendo com a cabeça. Incrivelmente, eu estava me dando bem com elas, pensei que seria mais difícil. 

—Acho que um banho te faria bem, não acha? - A irmã mais velha falou, depois de mais um tempo de conversa. Ela me olhava curiosamente, e apreciei muito que nesse tempo todo elas não fizeram uma única pergunta sobre minha história, mesmo sentindo a mente de ambas trabalhando de longe.

Assenti com a cabeça, sorrindo. Acho que nunca sorri tanto em um dia, minhas bochechas estavam até doloridas, mas eu estava bem animada na presença delas, que tinham mais ou menos a minha idade.

Maggie chamou Hershel, que pareceu surpreso ao ver nós 3 sentadas na cama conversando, e deu positivo para o pedido da morena me soltar e me deixar tomar um banho. Elas me guiaram a um banheiro do lado de meu quarto, e me estenderam uma toalha. Quase chorei ao ver esse banheiro, e elas gargalharam com a minha reação.

—Ah, esqueci de agradecer por ter me trazido aqui. Eu provavelmente teria morrido sem vocês. - Falei, envergonhada, na porta do local, enquanto segurava a toalha.

— Não me agradeça, agradeça a Daryl, ele que te trouxe aqui correndo.- Ela respondeu, e gravei esse nome mentalmente. Maggie olhou para Beth e deu uma risada, nao entendi direto. Eu  sentia que ela tinha falado o nome desse homem no dia, mas não tinha certeza. Enfim.

As irmãs me deixaram sozinha no banheiro, e felizmente trouxeram minha bolsa para mim, pois falei que tinha roupas la dentro. Observei a mochila preta em minhas mãos, e acariciei levemente o pingente de pinguim no zíper.

—Pelo jeito você é resistente mesmo hein? - Comentei baixinho, dando uma risada leve, botando a mochila no chão e a abrindo.

Como eu já imaginava, tinham retirado todas as armas e possíveis coisas que machucam de minha bolsa, mas pelo que percebi só tiraram isso. Peguei uma muda de roupas ainda limpas que eu tinha e deixei em cima da tampa da privada, como sempre fazia nos tempos antigos antes do apocalipse.

Tirei minha roupa lentamente, sentindo uma leve dor com o movimento, o que indicava mais ainda meu estado detonado. Beth tinha me dado dois sacos plásticos para não ter que tirar as faixas, e me explicou como usar, mas os deixei um pouco de lado.

O banheiro era relativamente grande, com um chuveiro espaçoso, um balcão com pia e a privada, bem no centro, além de um grande espelho. Tinha uma pequena janela em cima do balcão, mas era impossível de passar por lá. Praguejei, eu já não queria mais fugir, a vontade de escapar tinha sumido completamente depois do contato com essas pessoas maravilhosas . Ou eu estava achando isso delas por conta do tempo de isolamento?

Soltando um suspiro pesado, tomei coragem e direcionei meu olhar para o espelho, que mostrava meu corpo nu. Soltei um arquejo com o que vi, decepcionada.

Antes eu era uma menina considerada bonita, com meus raros cabelos brancos e meus olhos claros, junto com a pele clara. Tinha uma forte memória dos meus tempos de colégio, agora muito longe, nos quais eu passava dias e dias na biblioteca, me divertindo em meu próprio mundo.

Agora, com meus 24 anos, a imagem refletida na minha frente era irreconhecível. Meus cabelos brancos estavam opacos e com uma aparência cinza, e meu corpo completamente sujo e arranhado. E o pior eram as marcas de mordida. Ah, as mordidas. As frias e intencionais mordidas.

Com todo tempo livre que eu tive nesses anos sozinha, um dos meus passatempos favoritos era contar as marcas em meu corpo e tentar cataloga-las, tentando adivinhar o que ocasionou elas. Tinha 17 mordidas de todos os tamanhos espalhadas pelo meu corpo, desde crianças até velhos, com a maioria concentrada em meus braços e pernas. Não eram tão perceptíveis assim, mas bastava algum tempo observando que ficava obvio.

Observei minha barriga, fitando a grande cicatriz na altura das costelas, resultado de uma facada. Desviei os olhos, triste com a lembrança. A pequena cicatriz em minha bochecha foi feita nesse mesmo dia, dois dias depois do laboratório ter sido destruído. Deixei esses pensamentos de lado, pois pelo menos por enquanto queria aproveitar uma limpeza boa.

Abri o registro do chuveiro lentamente , observando a agua límpida descer pelo ralo. Primeiro encostei minha mão no líquido, tremendo de felicidade ao ver minha mão antes suja , voltar a ser uma mão quase normal. Entrei inteiramente no chuveiro, mal ligando para o impacto frio que senti.

Deixei a água forte bater em meus músculos tencionados, os relaxando e acalmando. Eu podia quase que sentir a sujeira desgrudando de meu corpo, e usufrui muito bem do sabonete que tinha lá. Pelo cheiro, julguei que ele era daqueles feito em casa, e me impressionei com a capacidade da família.

Limpei delicadamente todas as minhas feridas, passando a mão nelas, e passada após passada sorri ao ver minha pele branca aparecendo limpa novamente. E tinha até um shampoo. Isso mesmo, shampoo.

Meus cabelos agora estavam quase na minha bunda, e tentei usar a menor quantidade de shampoo possível neles, tentando economizar. A agua que saia do meu corpo e ia para o chão estava completamente preta, resultado da minha extrema pouca higiene que tive nesse tempo todo. Não tinha contato com ninguêm mesmo, mal sabia como agir com pessoas agora. Corei ao pensar no cheiro ruim que eu deveria ter, torci para eles não terem reparado.

Senti o cheiro bom de cacau dominar meu nariz, e abri um sorriso involuntário. Tinha me acostumado tanto com o cheiro podre que nem deveria ter percebido o quanto eu estava fedida e suja.

Foi quase uma tortura ter que sair do banho, mas eu sabia que não podia abusar. Fechei o registro e , tremendo, coloquei meu pé pra fora, pegando a toalha pendurada. Me sequei levemente , apreciando meu corpo limpo e o cheiro bom que exalava de meus cabelos. E finalmente olhei para o espelho, abrindo um sorriso satisfeita e impressionado.

Meu cabelo cinza tinha voltado a ser branco, e meus olhos azuis agora marcavam muito meu rosto claro. As cicatrizes acabaram ficando menos visíveis, por conta da saída da sujeira que acumularam nelas. Esse banho tinha sido um alívio para mim, pois mesmo sendo uma coisa mais que com efeito psicológico, era um dos maiores sinais de civilização que eu tive em muito tempo.

 A roupa que eu tinha separado estava meio surrada, por conta de ter estado no fundo da minha bolsa, mas mesmo assim sorri ao ver que elas estavam em um ótimo estado. Um sentimento de alívio percorreu meu corpo quando o tecido limpo passou pela minha pele.

Passei as mãos pelos meus cabelos , apreciando o doce cheiro que exalava deles, agora limpos e mais desembaraçados, os deixando mais alinhados, e decidi fazer uma trança. Duas na realidade. Me acostumei tanto em usar ele totalmente solto e descabelado que até tinha esquecido a sensação de ter um cabelo bom.

Eu nunca me senti tão humana. Soltei um sorriso pela última vez ao olhar o espelho, e sai do banheiro. 

Pov Daryl.

Passei praticamente dois dias na mata, com a companhia apenas de uma bolsa e minha besta, para enfim ter um momento para desestressar. Preferia muito mais esse ambiente isolado e quieto do que a reclamação e movimentação constante das pessoas da fazenda.

Nesses dois dias, vi Merle em praticamente todos os lugares, me zoando do jeito que sempre fazia. Até sumido esse idiota não me deixava em paz. Não sei se sinto alívio ou irritação por ter voltado.

Avistei ao longe o acampamento montado ao redor da casa grande, e consegui distinguir algumas pessoas andando por lá. Eu não estava próximo ao grupo, e sim um pouco mais afastado, perto de uma árvore. Era bom ficar mais tempo sozinho, eu geralmente não me controlava bem na companhia do resto, ainda mais por causa dos eventos recentes.

Logo que me aproximei, percebi Carol se aproximando, e a calmaria da floresta se esvaziou completamente. Ela vinha em minha direção com uma falsa expressão de preocupação misturada com um tom de determinação.

Eu tinha feito tudo o possível pela filha dela, e realmente a apoiei, mas agora ela considerava que em tudo eu estava do lado dela. Estava bem enganada. 

— Onde estava? - Perguntou, se apoiando na árvore do lado da minha barraca e me encarando com seus olhos duros, como se eu devesse algo a ela.

—Caçando .- Respondi vagamente, a ignorando e entrando na barraca, liberando a besta de meu ombro. Planejava primeiro ir para a casa, dar uma olhada nas coisas, e dai cuidar da carne, ou pedir para Lori cuidar. Sai da barraca, com passos longos e apressados.

— Vai onde? - A mulher de cabelos curtos continuou a insistir, me seguindo quando me afastei. Soltei um rosnado. Por que ela não se afastava logo?

— Ver a menina , Carol. - Falei seu nome duramente, e ela me olhou com uma expressão de desgosto nítida.

—Você sabe que ela é um perigo, não sabemos exatamente o que ela é, devíamos eliminar ela antes que possível. Posso conseguir isso com sua ajuda, e sei que Shane também esta do nosso lado.- Falou, tocando em meu braço. Uma sensação de vômito veio em minha garganta, e nunca senti tanto nojo de uma pessoa.

—Tu tem merda na cabeça? Ela não é um perigo, você que esta sendo um perigo a si mesma com esses pensamentos . Poderia ser sua filha, tens noção disso? Me deixe em paz e não chega perto dela. Não existe "nosso lado" , não estou nada perto do lado de vocês. - Falei puto da cara, me livrando bruscamente da mão insistente que me segurava e indo logo para a casa, extremamente irritado.

Como era possível ela ter passado de uma mãe meiga e frágil a essa mulher com desejo de sangue? Matar uma menina por conta de que, pensamentos sem sentido? Teria que ficar de olho nela, não ia arriscar a vida da menina por conta de um erro.

Logo que entrei na casa, já consegui ouvir algumas vozes no andar de cima, como se uma reunião estivesse acontecendo. Subi as escadas o mais leve possível, e as vozes aumentaram a medida subi e parei na frente da porta.

Entrei no quarto e me deparei com Maggie, Beth , Hershel e Rick conversando, e pararam quando me viram, todos com uma expressão de surpresa .

Observei o quarto, confuso. A cama jazia vazia , com os cobertores amassados e a algema ainda grudada no suporte da cama, mas aberta do outro lado. O suporte de soro permanecia no mesmo lugar, com a agulha apoiada na cômoda ao lado, junto com algums remédios

— Ela morreu...?- Perguntei, sentindo um arrepio na espinha , preocupado. Só que nenhum deles respondeu, pois todos olhavam para algo que estava atrás de mim, e não para mim.

—O que você fez com a Alexa que chegou aqui? Raptou e jogou pelo ralo? - Maggie disse, se dirigindo a alguém atrás de mim, o que me fez virar lentamente. "Alexa"? Pensei, e logo arregalei os olhos com o que vi.

Se não fosse pelos longos cabelos brancos e os olhos azuis, eu não diria que era a mesma pessoa. Ela estava linda, com a pele clara a mostra contrastando muito bem com sua blusa vermelha, e que combinava muito bem com a calça que usava. Tinha feito duas tranças em seus cabelos, que desciam preguiçosamente por suas costas. Ela nos olhava com as bochechas coradas, e desviei o olhar, percebendo sua vergonha. Antes ela parecia um bicho do mato. 

—O que um banho não faz, não é mesmo? - Ela respondeu tímida, sorrindo de leve para as pessoas presentes, se apoiando na perna boa. A voz dela era ao mesmo tempo delicada e forte, e percebi pelo tom que ela estava meio desconfortável. 

Observei quando ela passou o olhar por todos da sala, que a olhavam intensamente , e acabou parando em mim, como se tentasse lembrar onde tinha me visto ou quem eu era. A encarei de volta, apreciando os seus grandes olhos azuis , praticamente brancos de tão claros.

"Alexa" , pensei em minha mente, tentando decorar o nome. Comecei a pensar se ela é realmente a menina que eu imagino, ou se não é mais velha. Por que diabos pensei que ela estava morta? Sobreviveu a todas essas mordidas, obvio que ela não morreria tão facilmente.

— Alexa, esse é Daryl, e Daryl, apresento- lhe Alexa- Maggie falou, divertida, se aproximando da gente. Soltei um resmungo nervoso, e observei a menina de cabelos brancos mudar de expressão quando ouviu meu nome.

—Ah! Preciso te agradecer, Maggie contou que foi você que me trouxe até aqui. - Falou, ficando mais vermelha ainda, se aproximando e estendendo a mão para mim, tremendo levemente.

Fiquei encarando aquela pequena e branca mão, tão delicada e ao mesmo tempo não delicada. Ouvi uma tossida falsa , e percebi que eu provavelmente fiquei encarando a mão dela por muito tempo.

—Faria isso por qualquer ser humano que pensa primeiro em salvar uma pessoa desconhecida do que a própria vida. - Falei por fim, ditando a primeira coisa que passou pela minha cabeça, e apertei delicadamente a mão dela. O cheiro de chocolate chegou ao meu nariz.- Isso é raro hoje em dia- Falei depois, percebendo que a frase poderia ter soado de maneira estranha.

Mas afinal, era isso mesmo. Ela se preocupou mais com Maggie, uma completa desconhecida, do que com a propria vida. Senti uma ligeira raiva por isso, o que leva uma pessoa a fazer isso? 

Meus pensamentos foram interrompidos quando percebi que Alexa estava sorrindo para mim, de uma mandeira sincera e gratificante. Soltei um sorriso de canto com o gesto. 

Mas antes que eu pudesse dizer mais qualquer coisa, ouvimos a voz de Shane gritando la em baixo, e logo a paz e a ambiente agradável que nos encontrávamos no momento se desfez.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam amores? Desculpem qualquer erro. Não se sintam decepcionadas pelo pouco contato que os dois tiveram, pois ainda vamos ter alguns encontros deles sozinhos (obvio hehe).
Eu ia fazer um capítulo maior, mas estou meio sem tempo e não queria deixar vocês sem nada por mais um dia.
Comentem fantasminhasss! E obrigada a todos que estão lendo e acompanhando ♥.



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