(Pov Bella)

           Depois de quase um CD inteiro, Emmett me liberou e foi dançar com sua esposa. Foi divertido, mas minha mente não parava de pensar em Jasper. Eu queria encontra-lo, pedir desculpas, dizer o que eu sentia e nunca, nunca mais sair dos seus braços. Minha decisão de ficar com Edward se dissolveu completamente quando nossos olhos se encontraram naquela noite. Como pude ser tão cega e não perceber o que estava bem diante de mim? Todas as coisas que eu sentia, sonhava, falava... era ele. Tudo era tão natural entre nós, como se sempre tivesse sido assim, como se devesse ser assim. Até sua sede pelo meu sangue parecia ter sido superada, o que era algo bem grande vindo do mais novo vegetariano dos Cullen. Meu erro foi achar que o tempo poderia curar um sentimento tão intenso quanto esse. Era como se um click tivesse feito dentro de mim, esclarecendo tudo. Era por isso que eu não conseguia mais olhar para Edward direito, era por isso que aquela dor estava me matando a cada dia. Era ele, era Jasper. Sempre fora e agora, com toda certeza do mundo, posso afirmar que sempre será.
— Jas... – Murmurei, pousando a mão sobre o meu peito, tentando controlar meu coração. A necessidade que sentia de vê-lo era tão grande quanto a necessidade de respirar. Eu precisava encontra-lo agora ou eu enlouqueceria. – Me espera... – Pedi, abrindo a porta da casa abruptamente.
Sai da festa e me embrenhei pela floresta, disposta a encontra-lo de qualquer jeito. Menos de um minuto depois, Edward me encontrou. Ele não disse nada e nem me deu a chance de dizer, apenas me puxou para suas costas e correu como o vento. Em menos de cinco minutos estávamos em meu quarto.
— Edward! O que aconteceu? Por que me trouxe para cá? – Perguntei, irritada. Ele não respondeu, apenas fechou a porta.
— Sente-se, por favor. – Ele pediu muito seriamente e eu obedeci. Olhando-o andar pelo quarto, notei que suas roupas e seus cabelos estavam sujos de terra; aquilo estava me deixando assustada. – Eu já sei de tudo. – Ele cuspiu.
— Tudo o que?
— De tudo, Isabella! Do seu final de semana romântico com Jasper, da sua traição... de tudo. Como pôde fazer isso comigo? Eu fiz de tudo para ficar com você, enfrentei minha família, enfrentei minhas concepções de certo e errado e você me retribuí ficando com o meu irmão? – Disse ele. Apesar da sua voz baixa, parecia que ele estava gritando em minha mente. Como ele descobriu esse segredo? Tudo girou. Não, isso não estava acontecendo.
— Como você sabe? – Sussurrei. Seria inútil tentar negar e, mais do que nunca, eu queria resolver essa situação. Eu queria ficar com Jasper, doa a quem doer.
— Jasper me contou hoje, dizendo que está disposto a lutar por você.
— O que? – Senti meus olhos se arregalarem e embaçarem; malditas lágrimas.
— Bella, me diz que você não gosta dele. Por favor. – Ele implorou, ajoelhando-se em minha frente. Olhei-o no fundo dos olhos e reuni toda a coragem que eu tinha dentro de mim.
— Eu estou apaixonada por ele. – Cuspi, sem titubear. Havia sido mais fácil do que eu pensava. Edward recuou como se eu tivesse o chutado, caindo sentado para trás. – Nada disso é culpa sua, não escolhemos isso e eu sinto muito mesmo, mas.... eu o amo.
— Não... vocês não podem ficar juntos... – Ele murmurou para si mesmo, passando as mãos pelos cabelos com força.
— Por favor, Edward... não fica assim.
— Parem de me pedir para ficar de um jeito diferente! – Ele explodiu e eu estremeci, com medo de Charlie ouvi-lo. – Vocês dois me traíram!
— Não foi planejado! Apenas... aconteceu. Eu sinto muito, mas... nosso namoro acabou. Não posso enganar a você ou a mim mesma mais do que já o fiz.
— Agora você não quer me enganar? Depois de todos esses meses?
— O que? – Arregalei os olhos. – Edward, eu não estava tendo um caso com o seu irmão. Eu me dei conta do que sentia por ele essa noite. – Eu disse, me aproximando para toca-lo, mas ele me empurrou contra a cama.
— Vocês não vão ficar juntos. Nem que isso seja a última coisa que eu faça na minha vida. – Ele rosnou, segurando-me pela nuca. Antes que eu pudesse protestar, ele se fora como um vulto.
— Você vai se arrepender disso, Edward. Venha comigo! – Alice? Olhei em volta, desnorteada, e a vi segurando Edward pelos ombros, perto da janela.
— Como você pode ficar tranquila com isso tudo? – Urrou Edward. Ela sorriu e piscou para mim, puxando-o um pouco mais.
— O amor não é egoísta. Um dia você entenderá isso. – Ela virou a cabeça, me olhando novamente. - Boa noite, Bella. – E, como se não tivesse acontecido, eles desapareceram. Sentei na cama, tentando me orientar. Edward sabia de tudo assim como Alice e Jasper aparentemente me queria tanto quanto eu o queria, mas uma sensação estranha em meu coração me dizia que ficarmos juntos não seria tão fácil quanto começava a parecer. Edward tentaria mata-lo?  Fechei as mãos com força. Alice não deixaria isso acontecer, não é? Carlisle o impediria. Ele não poderia passar dos limites desse jeito... eu jamais o perdoaria. Uma raiva tremulou por mim e eu travei o maxilar, me imaginando inconscientemente vingando a sua morte.
Uma pequena cor em cima da minha cadeira de balanço me chamou atenção e eu me levantei, cruzando o quarto; Alice havia deixado minha bolsa com meus pertences. Abri um pequeno compartimento e peguei o celular, tentando conter o tremor em meus dedos para digitar o mais rápido possível.
Bella: Te espero em meu quarto, estranho.
Sorri e guardei o aparelho, me sentindo estupidamente ansiosa. As borboletas voavam livremente pelo meu estômago e eu voltei para a cama, tentando me acalmar. Era só o amor da minha vida que poderia chegar a qualquer momento; eu posso lidar com isso.

                                                (Pov Jasper)

      Minha mente girava tão rápido que eu estava começando a me sentir tonto. Uma eternidade parecia ter passado desde que eu e Edward nos encontramos e eu não conseguia parar de pensar em possibilidades e alternativas de lutar por Bella de um jeito não tão danoso para ninguém, mas a principal questão me atormentava: ela havia escolhido ficar com ele. Eu não tinha como fazê-la mudar de ideia e ela não parecia aberta a opções. Como isso poderia funcionar? Eu não queria passar a eternidade observando-os e não poderia ir embora. Meus pensamentos me levaram para um caminho inesperado e eu suspirei. É o seu fim, Jasper. Tudo bem, eu já vivi demais, já experimentei quase todas as coisas possíveis na terra, inclusive um grande amor, daqueles que os humanos sonham a vida toda. Eu poderia morrer em paz. Definitivamente, eu morreria por Bella. Se eu tivesse certeza que meu irmão estava fazendo-a feliz e que ela estava plena e satisfeita ao seu lado, eu não seria uma pedra em seu caminho, eu a deixaria livre. Ela ficaria triste por um tempo, mas a eternidade é algo inenarrável e tenho confiança em dizer que ela superaria. Meu celular vibrou, arrancando-me dos meus pensamentos.
Alice: Como você é dramático.
Explodi em uma gargalhada, mas na mesma velocidade em que ela veio, ela se foi. Se Alice viu a minha decisão, significa que provavelmente ela aconteceria, ou seja, Bella será feliz ao lado de Edward e manterá sua escolha. Uma bola se prendeu em minha garganta e meus olhos arderam, caracterizando um choro silencioso. Eu nunca havia chorado por ninguém em toda a minha existência, mas essa era a segunda vez que Bella me deixava assim indiretamente. Meu celular vibrou de novo e eu estava pronto para mandar Alice ir a merda com o seu futuro, mas o remetente quase me fez escorregar da árvore.
Bella: Te espero em meu quarto, estranho.
O que?! Esfreguei os olhos inutilmente, relendo a mensagem. O que ela fazia em casa? Será que Edward foi confronta-la? Eu não queria ir até lá e ouvir da sua boca a confirmação do meu futuro trágico, mas sentia que não poderia ignorar o seu pedido. Me vi confuso, mas impulsionei meu corpo a correr e mais rápido do que eu gostaria, estava em seu quintal. Ela estava sozinha, podia sentir, mas o cheiro de Edward e Alice estavam frescos. O que Alice veio fazer aqui?  Saltei no galho próximo da sua janela, espiando-a antes de aparecer totalmente.
Bella estava sentada na cama, ainda com a roupa da festa. Ela agarrava firmemente um dos seus travesseiros enquanto fitava o nada a sua frente. Aparentemente ela estava calma, mas seus sentimentos estavam uma loucura; passavam por medo, ansiedade, angústia, tristeza e... amor. Porque diabos ela estaria sentindo amor agora?
Respirei algumas vezes antes de me lançar para frente, entrando em seu quarto. Ela levou dois segundos para notar minha presença e seus olhos se arregalaram. Ela soltou o travesseiro lentamente e se levantou, andando em minha direção. Por alguma razão eu não conseguia abrir a boca para dizer nada. Ela parou, olhando no fundo dos meus olhos de maneira perfurante e seus sentimentos clarearam e se intensificaram em apenas um, algo forte e que quase explodiu entre nós no momento em que ela se concentrou: Amor.  
— É você. – Ela sussurrou, colocando as mãos em meu rosto. Franzi o cenho, completamente confuso. Uma pequena ideia me passou pela cabeça... não, não pode ser isso. Ela sorriu, colando nossos corpos de uma maneira em que nossos narizes roçavam um no outro. – Desculpa por ter feito você sofrer, mas eu também sofri. Sou uma humana estúpida que não sabe nem reconhecer quando o grande amor da vida dela aparece em sua frente. – Me afastei subitamente, encarando-a. O que estava acontecendo?
— Bella, eu não estou entendendo nada. – Eu disse, assustado. A ideia que passou em minha mente segundos atrás se reforçou, mas eu me obriguei a não ouvi-la. Era utópico demais cogitar isso. Ela se aproximou decididamente, enroscando as mãos em meus cabelos. Pela primeira vez na história os movimentos de um humano pegaram um vampiro de surpresa e, gentilmente, ela encaixou seus lábios nos meus. O entendimento se fez em mim e eu a envolvi, beijando-a delicadamente. Ela quebrou o contato um tempo depois, buscando por ar.
— Você entendeu agora?
— Não totalmente. – Admiti. Minha cabeça ainda girava e, apesar de ter entendido superficialmente, não conseguia acreditar.
— Eu amo você. Acredito que consigo expressar isso em sentimentos melhor do que em palavras. – Ela respirou fundo e seu sentimento me tocou com determinação, quase como se ela estivesse projetando-o. Mas não foi a determinação que me impressionou, foi a certeza. Ela tinha certeza absoluta que era eu e então pude entender quando suas emoções me envolveram como um elástico. Era eu. Não Edward ou qualquer outro... eu. Não existem palavras para descrever o sentimento que me tomou naquele momento. – Edward já sabe de tudo e ele não encarou muito bem, mas Alice interviu. Podemos fazer isso dar certo, Jasper. Eu não sei como, só sei que não quero ficar sem você. – Mesmo sem ter necessidade de respirar, o oxigênio pareceu escasso. Puxei o ar e o soltei repetidamente em uma velocidade inumana, fazendo meu peito subir e descer visivelmente. Apesar de saber que meu coração estava parado, eu sentia como se ele batesse furiosamente em meu peito. Como isso era possível?
— V-você... quer a mim? – Perguntei, só para checar. Ela revirou os olhos, dando um tapa sútil em minha cabeça.
— Achei que vampiros fossem mais espertos. Mas se você não me quiser mais, eu entendo. – Ela disse, se afastando. A puxei para os meus braços sem cerimônia, rodando-a no ar. Apesar de ainda estar anestesiado, eu nunca havia me sentido daquele jeito antes; era como se eu pudesse sair flutuando por aí. Ela sorria quando a pousei no chão e eu a beijei novamente, um pouco mais urgente dessa vez. Isso tudo não poderia ser real.
— Eu amo você. – Murmurei, ainda em seus lábios. Ela sorriu e me puxou mais para si, me fazendo derreter. Eu era o homem mais feliz do mundo nos braços da minha garota. 



                                           (Pov Bella)


      Quando Jasper entrou no quarto, me afoguei em certezas. Eu já estava ciente do que sentia, mas olhando-o parado eu soube; meu anjo, o meu melhor amigo, o meu verdadeiro amor. Nada do que eu sentira antes na minha vida se comparava ao que estava sentindo agora, ao constatar a imensidão desse sentimento na minha frente. Meu Deus. Nada poderia ser mais forte que isso e eu me aproximei, cautelosamente.
                                                      (...)
      Eu estava de banho tomado e pijama limpo, tentando não surtar com a ideia de que Jasper me esperava em minha cama. Graças a ele Charlie se manteve nocauteado em seu sono, nos deixando a vontade e sem questionar o fato de sua filha já estar em casa.
Atravessei o pequeno espaço entre o banheiro e meu quarto em largas passadas, trancando a porta atrás de mim. Engatinhei na cama até alcança-lo, enroscando-me em seus braços de mármore.
— Não está com frio? – Ele perguntou, roçando os lábios em minha cabeça.
— Um pouco, mas não ligo. Quero aproveitar o tempo perdido.
— Não é como se eu fosse sumir. – Ele me afastou, enrolando um cobertor entre nós. Suspirei, sabendo que seria inútil discutir, mas grata por um lado; em algum momento eu começaria a tremer e seria embaraçoso. Ele começou a acariciar meus cabelos e eu soltei um bocejo involuntário. – Durma, meu amor.
— Estou com medo. – Murmurei. Ele me puxou, me abraçando com mais força.
— Não precisa ter. Eu estarei aqui amanhã, e depois de amanhã e enquanto você me quiser.
— Sempre irei querer você. – Respondi, fazendo uma careta. Ele riu baixinho e eu senti a letargia começar a me envolver. - Não estou com medo de que você vá embora, estou com medo de que te arranquem de mim. – Insisti, obrigando meus olhos a ficarem abertos.
— Bella, nada e nem ninguém tem o poder de nos separar, a não ser você mesma. Não se preocupe quanto a isso.
— Então você não vai se livrar de mim por uma eternidade. – Sussurrei, bocejando novamente.
— Estou contando com isso. Boa noite, estranha. – Tentei responde-lo, mas me afoguei rapidamente no mar da inconsciência. Apesar do medo, eu nunca havia me sentido mais segura; eu estava nos braços certos.

                                                 (Pov Jasper)

      Bella estava mais exausta do que aparentava e dormiu pesado sem ajuda do meu poder. Eu passei a noite toda olhando para o seu rosto, tentando assimilar as últimas horas. Estava difícil de acreditar que ela realmente havia desfeito o seu relacionamento para ficar comigo, o monstro.
— Ah Bella... eu queria tanto poder expressar completamente o quanto eu te amo e o quanto eu sou grato por você existir. Você me salvou de uma eternidade infeliz... eu nunca poderei retribuir isso. Obrigado por me mostrar o que é o amor de verdade, obrigado por ser teimosa, por conseguir ultrapassar minhas barreiras e obrigado por ter se instalado sob minha pele. – Sussurrei, tentando não acorda-la. Um dia ela iria ouvir essas palavras, mas não queria assusta-la com tanta intensidade. Eu sentia que as coisas ainda estavam frágeis demais para serem pressionadas agora.
      Algumas horas se passaram e ela começou a se remexer, dando indícios que iria acordar.
— Bom dia. – Sussurrei, perto do seu ouvido. Ela sorriu, ainda de olhos fechados, e rolou para cima de mim, apoiando sua cabeça em minha clavícula.
— Bom dia. – Ela respondeu, emanando um sentimento de amor tão forte que suspirei involuntariamente, tentando manter aquela sensação presa dentro de mim.
— Dormiu bem?
— Na verdade, acho que ainda estou sonhando. – Ela levantou a cabeça, olhando nos meus olhos antes de me beijar. Era doce e terno, sem nenhuma pontada de sede. O amor realmente era capaz de prover milagres.
— Assim vou ficar muito mimado. – Murmurei, quebrando o beijo. – Qual a programação de hoje, senhora?
— Charlie ainda está em casa? – Ela se remexeu, erguendo o pescoço.
— Ele saiu bem cedo. Acho que escreveu um bilhete para você. – Bella sorriu e se espreguiçou, sentando-se na cama. Apesar dos cabelos para o alto e a cara de sono, ela estava radiante. Era impossível não admira-la.
— Se importa se só ficarmos em casa hoje?
— Por mim tudo bem. – Ela se levantou, abrindo a porta do quarto.
A acompanhei silenciosamente enquanto ela preparava o seu café da manhã e percebi por um momento que aquilo poderia ser o nosso futuro, a nossa casa, a nossa vida... eu queria casar com ela. Sim, eu queria e isso era assustador. Felizmente, eu era muito formal para pedir isso tão diretamente e não queria que ela saísse correndo de mim aos gritos.
— O que está pensando? – Ela perguntou, notando a minha expressão. Essa garota conseguia me ler melhor do que qualquer um, incluindo o leitor de mentes. Respirei fundo, me aproximando e pegando em suas mãos.
— Bella... – Senti um arrepio passar pelo meu corpo. Eu poderia me arrepiar? — É que... então... – Não seja ridículo, Jasper. Você não tem quinze anos!
— Sabe que pode me dizer qualquer coisa, né? – Disse ela, encostando sua testa na minha e me dando o pouco de confiança que eu precisava.
— Quer namorar comigo? – Soltei, em um fôlego só. Ela se afastou, franzindo o cenho e me olhando com surpresa. Droga, droga, droga.
— Está falando sério?
— Eu sei que está tudo recente com o Edward e compreendo que seu pai vai estranhar, assim como toda a minha família, mas eu não poderia deixar de pedir isso para podermos começar da forma certa e tradicional. Desculpa por essa bobagem, eu vou entender completamente se você não quiser aceitar. – Jasper, você é patético. Antes que eu pudesse correr de vergonha, ela começou a rir, completando a minha humilhação. – Não precisa rir da minha cara. – Murmurei, carrancudo. Sua risada cessou e ela se aproximou, segurando meu rosto com as duas mãos.
— É claro que eu aceito namorar com você, seu bobo.
— Sério? – Perguntei incrédulo, mas feliz. Minha emoções mudavam como um interruptor perto dela, isso era tão injusto. Ninguém deveria ter esse poder sobre outro ser.
— Eu sou sua para sempre. – Ela sussurrou em meu ouvido; o alivio foi instantâneo. A peguei em um abraço de urso, girando-a no ar e enchendo-a de beijos. Sim, eu havia me tornado um adolescente, mas o mais incrível de tudo, eu havia me tornado humano novamente.