My nasty boss escrita por Milena


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Cada vez mais feliz com as visualizações, mas insisto muito pra que deixem qualquer comentário. Qualquer mesmo! É muito importante pra mim.
Mais uma coisinha: esse capítulo possui algumas músicas como tema, então sintam-se a vontade para clicar nos links. Boa leitura ♥



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O resto da semana passou sem grandes incidentes. Ainda não tinha provas na faculdade, cometia mais acertos do que erros no estágio e estava aprendendo muito. Estar com meu chefe era sempre complicado, pois, além de ser impaciente e exigente, ele me deixava nervosa sem que eu soubesse exatamente o porquê. Mas devia ser normal, certo? Na primeira semana todos deviam se sentir assim. Será?

Abandonei meus devaneios, pois tinha de decidir a roupa que vestiria à noite. Era sábado e Beatrice insistira para que conhecêssemos a nova balada da cidade, a Sky. Inicialmente, eu havia recusado, pois com certeza seria cara. Pelo que sabíamos, a maior parte dos frequentantes do local era a "nata" da sociedade. Realmente não parecia ser lugar para mim. Acabei optando por um  vestido preto e saltos altos.

Fomos de táxi. O lugar era glamoroso, luzes coloridas na ampla pista de dança, balcões de bebida nas laterais e uma área VIP, onde se encontravam mesas, sofás, pole dances e, evidentemente, pessoas ricas. Eu não costumava beber, mas decidi que alguma coisinha suave seria boa para que eu me divertisse mais.

— Você pode pegar um drink – sugeriu Beatrice ao nos aproximarmos do bar – É docinho, você nem vai sentir o álcool.

Concordei e pedi um Sex on the beach; ela uma cerveja. Fomos para a pista de dança e começamos a dançar. Dando uma olhada no lugar todo, qual não foi minha surpresa ao ver o Professor Alexander na área VIP? E com uma ruiva em seu colo. Aquela mulher era digna de capa de revista, possuía corpo de modelo e as pernas mais longas do mundo, possivelmente. Eu nunca imaginaria ver uma cena daquelas, ainda mais quando a ruiva colou sua boca na do meu chefe e ele a abraçou firmemente pela cintura, segurando também a sua nuca.

Não percebi estar olhando tão indiscretamente até que uma menina desconhecida se aproximou de mim e de Bea.

— Eu queria estar no lugar dela, e vocês? – disse, rindo.

— Com certeza – concordou minha amiga, desviando o olhar para o casal.

— Prazer, meu nome é Ravena – se apresentou a menina baixinha de cabelos claros e olhos castanhos – Meus amigos me abandonaram, estão por aí se pegando com alguém.

Eu conhecia a sensação, Bea frequentemente me abandonava nas festas, então a convidei para se juntar a nós. Depois de algumas músicas, dois mojitos e um blue lagoon eu já me sentia confortável e mais solta. Estava tocando Swish Swish da Katy Perry quando Ravena começou a acenar, animada, a três pessoas que entravam na área VIP.

— Meninas, aqueles são meus amigos. Vamos para lá!

Tentei explicar que não éramos VIP, mas ela deu de ombros, conversou com um dos seguranças e nós entramos no espaço mais sofisticado.

— Ei! André! Augusto! – chamou Ravena – Essas são minhas novas amigas – nos apresentou, rindo. Já estava um pouco bêbada.

André foi o primeiro a se aproximar. Era moreno, tinha a pele bronzeada e aparentava ter poucos anos a mais do que eu. Nos cumprimentamos e, em seguida, Augusto tomou seu lugar. Imaginei que fossem irmãos, pois eram semelhantes, mas Augusto era mais velho e parecia gastar boa parte de seu tempo em uma academia. Nos encaminhamos à mesa deles e eu olhei, furtivamente, para o meu professor, que permanecia com a ruiva alta, mas agora ria ao conversar com outro homem sentado ao seu lado.

Ravena se aproximou de mim e indagou qual seria minha próxima bebida. Em dúvida, pedi sua opinião e ela sugeriu uma dose de tequila.

— Vamos lá, você vai gostar! Vamos todos pedir uma dose – exclamou animada.

— Isso, isso – concordou Beatrice e, assim, chamaram o barman.

Quando nossas bebidas chegaram, aprendi com eles o ritual. Lambi a pele entre o polegar e o indicador, coloquei um pouco de sal na pele úmida, lambi o sal em minha mão, virei a dose de tequila em minha boca e chupei uma fatia de limão. O líquido ardeu em minha garganta. Bea e André já estavam mais do que animados e levantaram para dançar. Encarei mais uma vez meu chefe e Ravena percebeu.

— Gostou, é? O nome dele é Alexander. Está sempre aqui, cada dia com uma mulher diferente. Ouvi que é um dos donos da Sky. Augusto conhece ele.

Aquilo me surpreendeu, pois o professor Alexander não parecia fazer o tipo festeiro, mas nem mencionei que já o conhecia. Levantamos para dançar e, algumas músicas depois, decidimos pedir mais tequila. Eu, certamente, já estava alcoolizada, mas me sentia apenas feliz e disposta, então a ideia apresentada por Beatrice não pareceu absurda.

— Ay! Por que você não dança no pole? Você é ótima nisso! – ela batia palminhas.

— Ah, mas faz tanto tempo que não faço isso! Nem aulas eu faço mais – queixei-me.

De repente, iniciou Naughty girl da Beyoncé e todos em nossa mesa me incentivaram a dançar. Levantei da mesa e me aproximei do pole dance, iniciando uma performance timidamente. Em pouco tempo, estava dançando sem perceber que atraia diversos olhares. Em dado momento, encontrei um certo par de olhos azuis. Um que parecia enfurecido, mas não só isso, tinha algo a mais. Sem saber exatamente por quê, comecei a sensualizar no pole dance. Subia e descia lentamente, deixando que meu cabelo balançasse junto aos movimentos. Nesse meio tempo, Bea avisou que iria buscar mais bebidas e logo retornaria.

Quando encerrei meu "show", já ofegante, um homem alto e magro se aproximou de mim, passando o braço por minha cintura.

— Oi, gostosa – falou próximo ao meu ouvido. Não gostei daquilo e tentei me desvencilhar, mas ele apenas me segurou mais firmemente – Você é demais, sabia?

Olhei em volta, procurando por meus amigos, mas de repente tudo ficou meio borrado e eu não os encontrei.

— Por favor, me solte. Não estou muito bem – pedi lentamente, me sentindo desorientada.

Ele não me escutou, passando a beijar meu pescoço. Tentei empurrá-lo sem sucesso e sua outra mão desceu à minha bunda. Comecei a me sentir desesperada, pronta para gritar, quando ouvi aquela voz grave às minhas costas.

— Vamos, solte-a. Ela já está acompanhada – consegui virar meu rosto e me deparei com o professor Alexander, mas não sem me sentir ainda mais tonta.

O cara que me segurava hesitou por um momento, desconfiado.

— Não parecia acompanhada, cara. Dança como uma puta.

Aquilo me deu náusea e eu o empurrei. Meu chefe pareceu ainda mais furioso e disse algo que não ouvi, mas muito eficaz, pois o cara me soltou e se afastou rapidamente. Nesse momento, perdi o equilíbrio e teria caído caso o braço firme do professor Alexander não tivesse me amparado.

— Ayla, o que é isso? Quanto bebeu, menina? – indagou com um misto de preocupação e irritação – Você está sozinha aqui?

Eu não consegui me concentrar muito em suas palavras, já que a proximidade entre nossos corpos me deixara entorpecida.

— Cadê meus amigos? Não estou encontrando! E agora? – perguntei, perdida.

Ele se afastou um pouco de mim e segurou apenas meu braço, a fim de me firmar.

— Como não sabe onde estão? Já imaginou o que poderia ter acontecido? Você não costuma beber, não é?

Neguei com a cabeça e mordi meu lábio com força. Nesse momento, me senti mal e culpada por ter bebido daquela forma, mas meus pensamentos ainda estavam embaralhados. O professor Alexander, então, pediu ao barman que trouxesse uma garrafa d'água e essa chegou imediatamente.

— Vamos nos sentar, venha – indicou uma cadeira em sua mesa. Enquanto me acomodava e bebia goles de água, meu chefe conversou brevemente com a ruiva das pernas longas. Ela não pareceu contente e os cantos de sua boca se curvaram levemente para baixo, o que, infelizmente, não a deixou nada feia. O professor Alexander falou mais alguma coisa e eles se levantaram juntos – Fique aí, Ayla.

Respirei fundo e bebi mais goles de água. Queria ficar bem logo. As demais pessoas à mesa não prestavam atenção em mim, estavam conversando entre si. Pouco tempo depois, Beatrice e André se aproximaram de mãos dadas, rindo um para o outro.

Fui de encontro a eles e Bea falou alto em meu ouvido:

— Amiga, vamos para a casa dele. Você fica bem sem mim? – confirmei rapidamente, sentindo tudo à minha volta girar – Amiga, ei.. Você tá bem mesmo? Eu fico com você, não tem problema.

É claro que eu não queria deixá-la preocupada, nem atrapalhar seus planos, então menti.

— Estou bem. Vá com ele! Já está tarde e eu logo pegarei um táxi – tranquilizei-a.

Assim, eles foram embora e eu continuei ali parada, bebendo minha água. Encostei na parede e inclinei a cabeça para trás, a fim de respirar melhor. Começava a sentir minha fobia se manifestar. Meu coração estava acelerado e eu transpirava.

— Ayla, pedi para aguardar sentada lá! - era Alexander, extremamente irritado.

— Professor – comecei – quero ir para casa, vou chamar um táxi – ia me despedir, quando ele me interrompeu.

— De jeito nenhum você vai voltar para casa sozinha, sua amiga já foi embora? – perguntou ele, franzindo a testa.

Confirmei com a cabeça e me desencostei da parede, me sentindo instantaneamente pior. Ele me amparou com a mão em minha cintura e olhou para o meu rosto com o semblante preocupado. Elevou a outra mão até o meu rosto e afastou uma mecha de cabelo com o olhar fixo no meu. Umedeci os lábios com a ponta da língua e tudo ao nosso redor pareceu parar, só sentia as batidas apressadas do meu coração.

Infelizmente, ele se afastou rápido demais, piscando, como se para afastar o mesmo transe em que eu me encontrava.

— Vou te levar para casa. Preciso apenas me despedir do pessoal.

Não discuti com ele, apenas aceitei e o segui, me sentindo patética. Saímos de lá pela lateral da pista, evitando aglomerados de gente, sendo que durante todo o tempo ele manteve a mão em minhas costas, evitando que eu me desequilibrasse. Na saída, meu chefe cumprimentou os seguranças do local e pediu a alguém o seu carro. Meus pés já latejavam de dor pelo uso prolongado do salto, além disso, com a mudança brusca de temperatura, comecei a tremer de frio a ponto de bater o queixo. O professor Alexander deve ter notado, já que, silenciosamente, retirou seu blazer e cobriu com ele meus ombros.

Assim que o manobrista chegou com seu carro, ele tomou seu lugar ao volante e eu me acomodei ao seu lado.

— Me desculpe – murmurei, encolhida no banco.

— O que? – perguntou porque não havia entendido.

— Me desculpe – repeti – interrompi a sua noite.

Notei que suas mãos apertavam o volante a ponto de seus dedos ficarem brancos. Seu maxilar também estava trincado e ele não disse nada, apenas fez um sinal negativo com a cabeça.

Devo ter dormido ao longo do caminho para meu apartamento, pois recobrei a consciência quando ele já estava fora do carro, soltando meu cinto e me chamando com a voz baixa.

— Ayla, chegamos.

Pisquei várias vezes, assustada com a proximidade de nossos rostos. Ele me ajudou a sair do carro e pediu minhas chaves. Eu entreguei e enquanto ele abria o portão, tirei os sapatos. Acionou o alarme do carro e nós entramos no edifício. Ele também abriu a porta do meu apartamento.

— Certo. Já está em segurança – constatou ele – Aconselho você a tomar um banho e dormir – seu olhar dançou pelo meu corpo.

— Ok, certo – disse, desconcertada – Obrigada... por me trazer.

Nos encaramos por um momento. Olhei para seus olhos, aquela boca... E pensei em coisas estranhas. Com certeza era efeito do álcool. Ele limpou a garganta.

— Boa noite, Ayla – cada vez que ele pronunciava meu nome com aquela voz grave... – Cuide-se.

— Tá. Boa noite – Sorri sem graça e ele se virou para ir embora. Fechei a porta e segui seu conselho, um pouco nauseada.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam desse novo lado da Ayla e do Alexander? Parece que nosso chefe sabe ser gentil de vez em quando...



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