My nasty boss escrita por Milena


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas! Fiquei super feliz pelos acessos! Continuem comigo e boa leitura ♥



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Eu batia a pontinha do meu salto no chão enquanto aguardava ser chamada para a entrevista. Beatrice havia insistido para que eu calçasse esses instrumentos de tortura, pois pareceria mais elegante e formal.

— Moça, pode passar. O Dr. Blossom está lhe aguardando – Suelen levantou e abriu uma porta silenciosamente.

Levantei, tomando todo o cuidado possível para evitar um novo constrangimento em frente ao meu professor. Ao atravessar a porta, pedi em voz baixa:

— Com licença.

— Bom dia, Srta. Marin – disse meu professor com aquela voz rouca.

Ele vestia uma calça jeans escura e uma camisa azul Dudalina, absolutamente sexy. Eu tentei evitar olhar aquelas coxas marcadas no jeans, observando que ele devia malhar. Como arrumava tempo para tudo? Que homem...

De repente ele limpou a garganta, arrancando-me de meus devaneios.

— Bom dia, Professor... digo, Senhor – cumprimentei, me confundindo com a forma como devia me dirigir a ele e querendo me estapear – Doutor Blossom – concluí, sentindo o sangue fluir para minhas bochechas.

Seu olhar desceu rapidamente pelo meu corpo e eu senti um calor se espalhar pela minha pele, entretanto seu tom de voz foi profissional.

— Sente-se, por favor – pediu ao se dirigir à sua cadeira.

Sentei e senti a onda de ansiedade passar por meu corpo. Inspirei profundamente ou o máximo que consegui sem deixar transparecer e fechei minhas mãos com força para que parassem de tremer. Aquilo não poderia acontecer, minha voz iria falhar, eu não conseguiria responder nada inteligente e perderia completamente minha credibilidade. Não, não, não... Olhei para frente e o semblante de Alexander Blossom era frio, ele não estava ali para ser gentil, nem confortar ninguém.

— Estive analisando o seu currículo – começou ele – é interessante – ele colocou um óculos preto retangular que, em minha opinião só o deixou mais sexy, e passou a analisar uma folha em sua mesa – Você é minha aluna na faculdade, já frequentou mais de um grupo de pesquisa, escreveu e publicou artigos, apresentou trabalhos em Congressos e... fez curso de verão na Universidade de São Paulo? – ergueu suavemente as sobrancelhas – É de lá?

— N-não, sou de Nova Petrópolis. Eu me inscrevi pela internet e acabei ganhando uma bolsa para cursar três meses lá – falei rapidamente, com medo de tropeçar nas palavras.

Meu professor assentiu e me encarou.

— Certo. E por que você optou por estagiar conosco? – questionou.

Engoli em seco. Eu não poderia dizer que era pela necessidade de dinheiro, com certeza não. Então achei que seria aceitável alimentar seu ego e após uma pausa respondi:

— Desde que me mudei para a cidade, ouvi falar muito positivamente sobre a companhia. De fato, a Blossom&Seligman vem há anos prestando serviços jurídicos qualificados para fazer prevalecer os direitos e interesses dos clientes. Quero aumentar meu conhecimento na área e não vejo lugar mais adequado para isso – não era uma mentira.

Ele não pareceu impressionado. Ou ele era pretensioso, ou era mesmo acostumado a ouvir isso de todos. Talvez as duas opções.

— Agora fale sobre você, Srta. Marin – exigiu. Senti minhas mãos suarem e tentei manter o foco na conversa, sem deixar que o nervosismo me atrapalhasse.

— Eu... ãh... bem, não sei o que dizer sobre mim – Por que eu não conseguia pensar em nada? Havia ensaiado tantas vezes em frente ao meu espelho! Fale, fale, Ayla!

—  Eu gostaria de saber suas qualidades. Por que acha que merece estagiar conosco? – Dr. Blossom insistiu com menos paciência, olhando em meus olhos, enquanto flexionada o braço sobre a mesa e apoiava o queixo em seu punho. 

Entrelacei meus dedos e desviei meu olhar do seu. Após alguns segundos em silêncio, o observei pegar uma caneta em sua mesa e deslizá-la sobre uma lista de nomes.

      – Ok, Srta. Marin – foi aí que minha ficha caiu. Ele estava riscando meu nome e eu estava sendo dispensada. Eu não podia deixar isso acontecer se havia chegado até ali. Eu era melhor do que aquilo – Obrigado por.. – ele não pode terminar.

      – Dr. Blossom, eu sou a pessoa certa para esta vaga, porque sou extremamente responsável, tenho consciência dos meus deveres e busco sempre cumprir os meus propósitos. Além disso, ajo com empenho, dedicação e foco nos resultados. Sei lidar com críticas construtivas e quero sempre me desenvolver pessoal, profissional e academicamente.

      De início, ele pareceu incomodado por ser interrompido, mas ao longo de minha fala seu interesse pareceu crescer.

      – Pois bem, Srta. Marin. Seja bem-vinda ao nosso escritório – disse ele com uma expressão indecifrável – Começará amanhã mesmo, portanto converse com Suelen para definir seus horários.

Nesse momento, uma alegria brotou no meu interior e eu senti vontade de gritar. Não acreditava ter conseguido uma vaga tão concorrida após três fases de seleção. Mordi meu lábio para controlar meu impulso e, em seguida sorri.

— Obrigada, Doutor. Não irei decepcioná-lo.

— É o que espero – concluiu, levantando de sua cadeira.

— Ayla, aqui você será instruída diretamente pelo Dr. Blossom – informou Suelen – Isso não é comum, pois ele é bastante ocupado, como você deve imaginar. Acontece que ele não acha que tem sido eficiente o método em que apenas os próprios estagiários mais antigos ensinam os mais novos, pois faz com que muitos erros apenas se repitam.

Ao mesmo tempo em que prestava atenção, pensava em todo o tempo em que passaria com aquele homem rude. Estaria em sua presença no escritório e durante as aulas também, entretanto só o que esperava era uma convivência pacífica. Já havia recebido amostras da ira do advogado e recusava mais destas.

Lembrei-me da forma com que ele saíra de sua sala no dia anterior sem mais palavras. Custava um pouco de gentileza? Franzi o cenho, pensando. De qualquer modo, combinei comigo mesma de afastar qualquer medo e iniciar meu estágio com positividade, já que estava disposta a dar o melhor de mim.

— Certo, Ayla? – perguntou pelo que parecia não ser a primeira vez. Eu limpei a garganta e assenti – Então você fará petições iniciais, contestações, réplicas, memoriais, apelações e recursos. Além disso, você auxiliará o Dr. Blossom e outros dos nossos advogados no que for preciso. Horas extras são comuns por aqui, mas sempre bem remuneradas. Não se preocupe.

Assenti mais uma vez.

— Por onde devo começar?

Suelen pensou por um momento até ver alguém atrás de mim. Ela estreitou os olhos e acenou, chamando:

— Christian! Venha aqui, por favor.

Virei para ver quem era e nossos olhares se encontraram. Fiquei boquiaberta.

— Ayla?!


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Notas finais do capítulo

E aí? Quem será esse Christian?
Gente! Amo qualquer leitor(a), mesmo sendo fantasminha, mas vou me sentir bem melhor se vocês aparecerem... Mesmo que seja só pra dar um oi, hehe.



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