Livro 1 - Alvorecer de uma nova era escrita por MsMistery


Capítulo 2
Cap 3 - No mundo espiritual...


Notas iniciais do capítulo

Korra encontra Zaheer no mundo espiritual para um momento de esclarecimento.



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No passado, ela estaria se tremendo de medo. Repetindo em sua mente qualquer mantra que fosse útil na tarefa de mantê-la calma.  Zaheer era como um monstro, tirado do pior dos seus pesadelos, e só a ideia de encontra-lo num lugar em que a dominação era inexistente, fazia o corpo da Avatar estremecer involuntariamente. Agora, no entanto, ao encarar aquele homem face-a-face, depois de tudo o que aconteceu... O antigo receio de ficar na presença da pessoa que mais a atormentou não se fez presente nem por um uma fração de segundo. Ela nem se preocupava mais se Zaheer a jogaria no vale das almas perdidas... O pior de seus pesadelos já estava em sua realidade.

Quando sua mente estava conturbada, e Korra precisou de ajuda para entrar novamente no mundo dos espíritos, Zaheer solicitamente ajudou-a a superar seus medos. Talvez essa tenha sido uma das razões que encorajou-a na busca pelo vilão: ela queria ouvir o que ele tinha a dizer.

O silencio prevaleceu por mais alguns segundos, enquanto Zaheer e Korra avaliavam-se mutuamente. Suas expressões eram neutras, não entregando o que se passava em suas mentes.

“Eu consigo ver o vazio em você” Zaheer comentou, finalmente. Sentando-se embaixo da árvore, no mesmo local em que se encontraram pela primeira vez.

Korra, não surpresa com o comentário aleatório de Zaheer, tomou uma posição de meditação na frente do dominador de ar, e retrucou com uma pergunta que estava em sua mente desde que descobriu sobre o relacionamento entre ele e P’li. “Como fez pra superar a morte dela?”

Zaheer sorriu, humoradamente, finalmente entendendo o porquê do comportamento da Avatar estar tão distinto. Tomando mais um tempo pra avalia-la, agora com o conhecimento da razão pela qual os olhos de Korra estarem tão vagos, Zaheer se pôs a formular uma explicação que não fosse terminar de vez com aquele encontro inusitado. Ele era um homem astuto, e sabia que a Avatar não tinha ido atrás de conforto; Ele percebeu exatamente qual foi o intuito por trás daquela pergunta aparentemente inofensiva. “Eu achava que minha missão seria bem-sucedida... Transformei meu pesar em força, e segui com minha cega determinação tentando aniquilar você.” Ele estreitou os olhos, ficando atento as mudanças sutis na jovem à sua frente “Não é a dor que tem potencial de destruir sua vida, Korra. É a maneira como lida com ela. Isso vale pra qualquer tipo de problema.”

Korra concordou com a cabeça, encarando Zaheer como um igual pela primeira vez na vida. “Meu propósito nessa vida parece vão, quando percebo que não há sentido em consertar algo que não vai permanecer inteiro”

Zaheer arregalou seus olhos, surpreso com o significado das palavras da Avatar, porém antes que ele pudesse dizer algo, Korra continuou “Eu vejo sentido no que você tentou me dizer sobre a ordem do mundo, Zaheer. Mas tem algumas coisas que discordo de você, e vim aqui debater meus pontos, algo que deveria ter feito a muito tempo, e que poderia ter evitado todo esse desastre.” Ela abaixou a cabeça, desapontada consigo mesma por um instante, mas logo voltou a focar no homem à sua frente, avaliando sua reação sobre o que ela tinha dito.

“Eu esperava muitas coisas desse nosso encontro hoje, Avatar, mas nunca sequer pensei que você diria que eu tenho razão em algo” Ele sorriu novamente, de uma maneira amigável, fazendo Korra se perguntar se realmente aquele homem era tão inescrupuloso quanto ela sempre acreditou que fosse.

“Tendo um pai como líder da tribo da água do sul, sendo seguidora do chefe da nação do ar, e amiga da matriarca da cidade de Zaofu, é obvio que jamais concordaria com sua ideia de acabar com todos os governadores, reis e rainhas do mundo” Ela se atreveu a brincar, sentindo-se muito mais à vontade na presença de seu antigo antagonista.

Zaheer indagava se a ausência de hostilidade na atitude da Avatar duraria, quando o debate deles alcançasse um ponto em que não haveria conciliação para as suas desavenças. Mas se ela estava disposta a tentar, porque ele não usaria de seu tempo para tentar explicar a sua filosofia que o moveu por tantos anos? “Eu percebo agora que foi tolice minha pensar que os humanos são capazes de viver sem governo nenhum; ao me livrar da Rainha da terra, uma tirana ainda mais perigosa se levantou com apoio de muitos que se sentiam seguros com seu governo. Eu aprendi que é da natureza humana buscar direção através de outras pessoas; assim como o caos é inevitável, sempre existirá um alguém que se levantará como líder para ajudar quem se sinta necessitado e desamparado. ”

Korra concordou; já tinha pensado nisso antes. Amon só se tornou grande pois os não dominadores se sentiam perdidos, e excluídos pelo concelho que deveria estar tomando conta da segurança deles. Da mesma forma, Kuvira fez um bom serviço pela nação da terra. A única coisa que a tirou de seu objetivo principal de guiar uma nação perdida, foi sua sede de poder. “Se Kuvira não tivesse enlouquecido de vez, seu projeto seria mais uma prova de que governos justos são benéficos à sociedade; São um dos pilares pra manter o equilíbrio do mundo... A tribo da água do sul tem vivido sem grandes crises desde que meu pai assumiu o comando.”

Zaheer deu de ombros “Mas o poder cega as pessoas. Kuvira apenas prova que, uma vez que alguém tem a sensação de estar no controle de tudo, ele é consumido pela ganância.” Ele franziu o cenho e refletiu sobre todas as pessoas poderosas que ele encontrou na vida. Fossem eles meros senhores de guerra, que só por ter poder sobre algumas terras se sentiam no direito de escravizar pessoas, ou até mesmo governadores de grandes estados, que davam as costas pras necessidades do seu povo, roubando até o que não era necessário para seu uso pessoal. A rainha da terra não era a única ladra, escondida atrás de um trono. Existiam muitos outros anônimos ao redor do reino da terra (do mundo) que faziam o que queriam por estarem no poder. E tudo o que Zaheer queria era acabar com esses homens e dar a liberdade pro povo fazer o que julgavam necessário para a própria felicidade. Ele achava que o caos seria só uma bagunça na vida dos que não soubesse se adaptar ao novo mundo. “Não me arrependo de ter matado aquela megera, apesar das consequências.”

Korra, de novo, apenas mexeu a cabeça positivamente e cruzou os braços na frente do corpo “Eu acho que sua atitude, por mais que tenha instaurado um verdadeiro terror no reino da terra, foi mais do que bem-vinda. Eu também não aturava aquela mulher.” Ela fechou os olhos e refletiu sobre sua mudança. Naquele mesmo mês ela estava relutante em tirar uma vida, por mais repugnante que a pessoa fosse. Agora, ela aplaude o feito de Zaheer, e pensa em tomar umas atitudes que confronta o que as pessoas julgam como correto. Ao abrir os olhos novamente ela se explicou ao líder da lótus vermelha. “Minha visão do que é certo e errado era baseado nos conceitos vãos de justiça compartilhado pela maioria das pessoas.” Os olhos de Korra eram frios e inflexíveis quando ela se pôs a falar novamente “Eu ainda acredito que toda a vida é preciosa, afinal de contas, quem sou eu pra julgar quem merece ou não morrer? Não é dever do Avatar decidir essas coisas. Mas se, por deixar pessoas como a rainha da terra viva, põe em risco vidas de outras pessoas que-“ Ela se interrompeu, quando sentiu que estava perdendo o controle de suas emoções. Ela respirou fundo, e ignorando a ríspideis na sua voz, se pôs a falar novamente: “Eu mataria a rainha da terra mil vezes se fosse preciso.”

Zaheer assentiu, e num tom de voz apaziguador, que mostrava exatamente o quanto ele apreciava o que a Avatar tinha acabado de falar, ele afirmou: “Você agora entende exatamente o pensamento que move a lótus vermelha.”

Aquele foi apenas o início de um longo, e bem argumentado debate. No qual eles discutiram as principais diferenças das organizações Lótus Vermelha, e lótus Branca; O conceito superficial do que muitos consideram ser a paz.... Uma conversa em que Korra desabafou sobre o que ela sentia sendo a Avatar, e onde Zaheer foi capaz de conta-la mais sobre os propósitos de sua organização sem se preocupar em entregar nenhum de seus companheiros, pois sabia que a Avatar não os atacaria.

O dominador de ar foi mais do que surpreendido com o fato de que eles não se desentenderam com assuntos de extrema importância, o rumo que aquela conversa tinha tomado era mesmo admirável. Já Korra, estava satisfeita por ter conseguido todas as respostas na qual ela foi atrás. Obtendo até mais do que esperado.

 

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No templo do ar, Jinora, Opal e Kai deixaram temporariamente de acompanhar o treino dos nômades pra observar o corpo imóvel de Korra. Faziam quase 5 horas desde que ela entrou no mundo espiritual, e Jinora não fazia ideia do que sua amiga/quase irmã foi fazer lá. “Você acha que ela foi conversar com Iroh?” Opal perguntou, lembrando de algumas histórias contadas pela Avatar em que o velho general de guerra foi capaz de dar conselhos sábios que a ajudaram ocasionalmente.

Jinora deu de ombros sem desviar o olhar da Avatar “Não faço ideia. Ela não tem me dito nada ultimamente. E quando saiu para meditar, também não me disse uma palavra.”

“Talvez ela esteja na arvore do tempo vendo algumas lembranças antigas com a Asami” Kai disse, imaginando que aquele seria um bom motivo pro Avatar passar tanto tempo no mundo espiritual.

“Talvez – Jinora disse com certa dúvida em seu tom de voz – Mas acho que seria muito doloroso pra ela fazer isso. É uma perda muito recente, e ela ainda está sofrendo muito com a morte da Asami”

Kai franziu o cenho “Mako e Bolin parecem estar lidando melhor com tudo isso”

Opal cruzou suas mãos, entrelaçando seus dedos em frente ao corpo e abaixou a cabeça “Eu não diria que eles estão tão bem assim. Acho que eles são simplesmente mais acostumados, por terem lidado com a perda antes.” A jovem Beifong entristeceu-se ao lembrar do sofrimento de seu namorado “Bolin algumas vezes esquece que Asami está -“ Ela se interrompeu brevemente, ainda não acostumada em dizer aquilo, sacodiu a cabeça, e então continuou “Teve uma vez em que ele conseguiu fazer uma escultura com lava endurecida, algo que ele achou que Asami provavelmente apreciaria... E ao lembrar que não pode mais mostrar a ela, ele ficou muito abatido. Leva um tempo até ele recuperar o animo. Todos estão sentindo a falta da Asami”

Kai concordou “Sim, eu sei, eu consigo compreender até ai. Mas a forma que Korra está reagindo não é normal-“

Jinora escutava o dialogo dos dois amigos do seu lado como um chiado distante, passando a analisar de maneira mais preocupada a garota que meditava. Opal e Kai continuaram a teorizar sobre os porquês da maneira que Korra estava reagindo, porém Jinora só conseguia pensar no quão difícil deve ser pra ela perder o principal pilar que segurava sua força de vontade pra vencer adversidades diárias.

Jinora sabia muito bem que, Asami era uma das razoes que manteve Korra lutando pra sair da cadeira de rodas; A falecida Sato inspirava a Avatar todos os dias. E perde-la foi um golpe brutal.

“Jinora? Nora, está ouvindo?” Kai acenou a mão em frente ao rosto de sua namorada, fazendo-a piscar e encara-lo rapidamente.

“Hum? O que disse, Kai?”

A face de kai assumiu a expressão de preocupação que ele sentia; Ele perguntou suavemente “Está tudo bem, Jinora?”

Ela sorriu e concordou, tranquilizando-o um pouco. “Está tudo bem. Vamos, precisamos voltar a observar o treino daqueles dominadores, não podemos deixar eles enfraquecerem a técnica por preguiça... Você sabe como são, geralmente enfraquecendo a técnica, ou fazendo certo, porem de maneira distraída...” Kai conhecia ela melhor do que isso, sabia que quando a menina começava a tagarelar, é porque tinha algo a incomodando. Não era de sua natureza falar mais do que duas sentença por vez.

Kai sorriu, mostrando a jinora que não estava sendo enganado por seu discurso, e segurou sua mão, fazendo-a corar brevemente. Opal vendo que Kai estava se controlando por conta de espectadores, sorriu de lado e disse de maneira brincalhona: “Vou na frente, pombinhos”

Kai riu e observou Opal se retirando. Quando sentiu que realmente ninguém mais estava observando, trouxe Jinora pra perto e beijou-a carinhosamente. “Sabe que pode contar comigo pro que precisar, né?” Ele falou, assim que o beijo acabou.

Jinora, ainda não acostumada com as sensações que Kai despertava nela com um simples beijo, levou um tempo pra reorganizar seus pensamentos antes de responder “Sim, eu sei. – Ela sorriu genuinamente dessa vez – Não se preocupe, não há nada de extraordinário em meus pensamentos. Estava apenas distraída, e um pouco preocupada, pensando no que exatamente Korra poderia ter ido fazer no mundo espiritual.”

Kai aceitou aquela resposta, sabendo que se Jinora realmente estivesse incomodada com algo, ela definitivamente falaria (De maneira simples e objetiva, mas falaria). Ainda segurando a mão de sua namorada, ele começou a conduzi-la pra área de treino, onde eles realmente deveriam estar observando os menos habilidosos enquanto praticavam. “Vamos, eu sei que você estava só tentando me enrolar com aquele papo de que tem que instruir os nômades do ar, mas acho que você realmente tem razão quanto à alguns de nossos estudantes.” Ele olhou um dos dominadores se movimentando de forma desleixada, num simples exercício de postura. “Parece que quanto mais fácil o exercício, mais negligentes eles ficam quanto à técnica”

Jinora soltou uma risada e começou à segui-lo até a área de treinamento. “Eu não estava só tentando te enrolar. Eu realmente tenho que treina-los. Meu pai me deixou encarregada dessa turma, lembra?” A mestre tatuada arqueou uma de suas sobrancelhas em direção ao seu namorado.

Kai revirou os olhos “Tá, tá.” Ele soltou um sorrisinho de lado antes de comentar: “Mas ainda acho que não iria doer você fugir comigo durante uma dessas seções de meditação pra-“

“KAI!” Ela corou, dando um tapa no braço dele, fazendo-o gargalhar de sua reação.

“hahahah nossa, Jinora, só ia dizer que a gente podia dar uma caminhada romântica, sei lá” Brincou, cinicamente, pois o que ele tinha em mente realmente não era tão inocente quanto ele fazia soar.

É obvio que Jinora sabia disso, então ela apenas revirou os olhos e retrucou um “Aham, acredito” dando mais um tapa no braço dele, uma atitude que antagonizava o sorriso em seu rosto.

Quando Kai voltou a focar sua atenção num ponto a sua frente, Jinora aproveitou pra olhar pra trás, checando Korra mais uma vez, torcendo pra que ela estivesse bem.

 

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Embora ambos estivessem apreciando o momento em que eles acertaram suas diferenças, Korra sentiu que tinha de voltar para o seu corpo. O tempo no mundo espiritual funcionava de maneira diferente, então ela não podia se deixar enganar por aquele lindo pôr do sol que parecia estar congelado por horas.

Olhando de volta para Zaheer, ela percebeu que aquela conversa tirou um peso invisível de seus ombros. E pela primeira vez desde que lutou contra Kuvira, ela sentiu o princípio de algo parecido com a paz que ela procurava. Fechando os olhos, pra armazenar aquela sensação, ela agradeceu o homem que lhe providenciou os concelhos úteis pra seu desenvolvimento pessoal.

“Obrigada pelas respostas, Zaheer. Tenho que voltar pro meu corpo agora, mas acho que estarei de volta a esse lugar futuramente”

O espirito do homem flutuante sorriu de volta e respondeu “Não precisa agradecer, Korra. Jamais pensei que poderia me sentir tão livre, estando em uma prisão. Tudo o que você me disse hoje, me fez sentir menos uma falha; Fico feliz em saber que meus erros são apenas instruções para que você molde sua própria filosofia de vida. Não há liberdade maior do que fazer o que você acredita, e lutar pelos seus ideais.”

“Espero que possamos chegar à um acordo definitivo, Zaheer...” Ela disse, ponderando tudo o que foi discutido naquele dia “Ainda não acho que anarquia é a resposta”

“E eu não acredito em nenhuma forma de governo” Ele riu “Apesar de tudo, não consigo confiar em ninguém que esteja no comando... O poder corrompe as pessoas.”

“Bom, eu estou no poder. – ela sorriu zombeteiramente – E você parece confiar em mim”

Zaheer sorriu de lado “Ah, cara Avatar. Aí é que você se engana, Você não está no poder... O poder é que está em você”

Korra abafou uma risada e sacodiu a cabeça. “Vou sair daqui antes que a gente acabe engajando num outro longo debate.”

“Até a próxima, Avatar.”

“Até, Zaheer”

Abrindo os olhos, Korra suspirou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, pelo o fato de que se sentia próxima de encontrar a resposta que tanto procurava. Na conversa que teve com o líder da Lótus vermelha, ela foi capaz de encontrar a direção pro caminho que queria seguir, se identificando bastante com o pensamento da organização; Não porque Zaheer disse o que ela gostaria de ouvir, não foi isso. Ela não se jogou de cabeça, dando ouvidos apenas ao que lhe era agradável,  ignorando o resto, afinal ela não queria ser manipulada. Cautelosamente, prestou muita atenção na atitude do Zaheer, pra ver se ele estava apenas tentando faze-la lutar suas batalhas (como Amon fez com Hiroshi) ou se ele realmente estava ali para tirar suas dúvidas de maneira genuína. Com perguntas sutís, ela avaliava as reações de Zaheer. Obviamente, ele fazia o mesmo com ela, mas Korra notou que ele em nenhum momento tentou manipular suas opiniões, ou julgou seu ponto de vista, por mais que discordasse em alguns pontos.

Ela estava determinada a voltar, e acertar de vez suas diferenças com Zaheer, pois sentia que era algo importante a se fazer. Depois de tudo o que aconteceu naquele dia, ainda que seu instinto não lhe fizesse sentir que fosse útil, ela iria voltar ao menos para passar um tempo na presença de alguém que realmente compreendesse seu atual ponto de vista.

De repente, restaurar a lótus vermelha pra auxilia-la em sua nova jornada soava como um plano perfeito.

"O que você vai fazer não foi reproduzido por nenhuma de suas vidas passadas." Raava falou na mente de Korra.

"E o mundo continua o mesmo... O pior que pode acontecer com essa minha nova ideologia, é manchar meu nome."

"Não estava te julgando, o que você planeja pode muito bem dar certo."

Korra fechou os olhos novamente “Espero que sim... - Ela abriu os olhos e sorriu - Vermelho é uma cor bem atrativa, afinal de contas.” 

 


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Notas finais do capítulo

Uuhhh Korra sente que é uma boa ideia "converter" Zaheer, por mais que ele esteja preso.

Spoiler pro próximo capítulo: Zaheer é quem vai informar Korra sobre o espírito ancião do tempo.



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