Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoinhasss!! Desculpa pela demora, de novo rsrs. Queria dedicar esse capítulo a Kaoani Costa Silva, menina esse capítulo é todo seu rsrs! Muito obrigado pela recomendação, eu quase tive um colapso!
Sorry qualquer erro ;)



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—Fora.

O comando autoritário ressoou no cômodo como um latido ameaçador. Os criados rapidamente se colocaram sob os pés, fugindo em direção ao corredor como se houvessem criaturas mordendo seus calcanhares.

Alaric se aproximou do leito de Roslyn, pousando o olhar furioso sobre o homem que segurava sua mão em verdadeira devoção.

Edward  se agarrou aos dedos pálidos e frios de Roslyn, olhando para a sua face adormecida e frágil. Dentro do seu interior, tudo aquilo era culpa daquele homem de olhos febris e mente diabólica.

Era o culpado por estar desgraçado ainda mais a vida de Roslyn.

—Eu falei todos para fora.

Edward nem ao menos se virou para olhar para Alaric. A única pessoa que importava naquele quarto era Roslyn.

Alaric tentou encontrar paciência para não avançar para cima de Edward e arrancá-lo para longe de Roslyn. Já havia ficado fora de si ao saber que algum imprestável havia permitido a entrada dele, e, ainda mais, depois de descobrir que ele havia ficado todo o dia ao lado da Sua Esposa.

—Edward eu estou sendo paciente, até mesmo, benevolente em consideração ao acidente de Roslyn. Mas, se não sair desse quarto, agora, irei quebrar osso por osso seu até Roslyn acordar com seus gritos.

Edward ficou ereto com a ameaça, sentindo a adrenalina correr por suas veias. A idéia de descarregar toda aquela frustração e raiva no culpado por toda aquela situação era no mínimo, irresistível.

Ele se ergueu da cama, ainda de costas. Deixando um beijo casto na testa de Roslyn, antes de se virar para Alaric.

O homem de face angulosa e bruta o olhava com fúria crescente. Afinal, o sangue de mercenário nunca abandonaria aquele homem que já havia sido banhado em sangue inocente e pisado em cima de almas puras.

Roslyn era apenas uma pobre moça que por injustiça da vida acabou nas mãos daquela pedra desprovida de sentimentos.

Se fosse por Edward, ela estaria casada com ele. Pois, sabia que um amor fraternal era o melhor para ela que já havia sofrido demais com seu maldito pai.

Ele podia lhe dar isso.

No entanto, Alaric só poderia lhe dar dor e sofrimento. Talvez, alguns filhos que logo seriam educados para matar como o pai. Para se tornarem matadores, que nada se assemelhariam a doçura e pureza de coração de Roslyn. Ele não permitiria isso, nem que precisasse sequestrá-la.  

—Não é digno dela.

—E o que o faz pensar que me importo com os sentimentos de Roslyn?-O homem riu com escárnio,  cruzando os braços na frente do peito realçando os músculos rijos de anos de batalhas. -Ela é apenas um peão em minhas mãos que preciso ter ao meu lado para conseguir o que quero.

Edward não conseguiu conter o sorriso irônico que se desenhou em seus lábios.

—Devo supor que sua reação ao saber do acidente de Roslyn foi apenas um lapso de humanidade em você?

    –Se não tomar cuidado com o que fala, acabará sem língua até o final do dia. E, não tomarei a afeição de Roslyn por você em consideração.

    –Não esperaria por menos.

    Alaric descruzou os braços e semicerrou os olhos em sua direção, dando um passo ameaçador em sua direção.

    Edward não recuaria, Roslyn era tudo que tinha naquele mundo. E, aquele homem de olhos febris como os de um demônio, acabaria com toda a felicidade que ainda restava dentro da pobre menina.

    Os dois se encaram em uma disputa mútua de fúria incontida. O silêncio opressor tornava qualquer movimento brusco demais para aquela situação. A tensão palpável rondava entre eles como se fosse uma pessoa.

    Um toc na porta e a voz apreensiva de Marion ressoou atrás da porta.

    –Entre. -Disse Alaric.

    A velha criada abriu a porta com um rangido, esgueirando-se pela porta pesada rapidamente sem ao menos deixar um feixe de luz do corredor iluminar o cômodo. Como se sentisse a tensão no ar, Marion deu um passo para frente, deslizando o olhar temeroso para a figura frágil deitada na cama.

    –Preciso trocar as bandagens. -Falou mansamente, olhado receosa para Alaric.

    Com o aceno autoritário de Alaric, Marion se apressou a se aproximar da menina levantando com praticidade o lençol para tirar as bandagens. No entanto, ela ergueu o olhar em direção a Alaric, como se perguntasse se realmente era para tirar as roupas na frente dos dois.

    –Marion. -A ordem explícita na voz de Alaric faz a criada se aprumar rapidamente, esperando o momento em que iria ser expulsa do quarto. -Só irá trocar as bandagens de Roslyn quando esse homem sair desse quarto, mais nenhum um movimento.

    Edward inspirou fortemente quando percebeu que aquele homem havia posto uma faca na sua jugular no momento em que pousou o olhar sobre ele. Um movimento errado e estaria morto, assim como aconteceria com Roslyn caso traísse sua confiança.

    Sem saída, o rapaz lançou um último olhar em direção a Roslyn antes de sair do cômodo com passadas lentas e contrariadas.

    –O senhor não irá sair também?-A voz tímida da criada trouxe a atenção de Alaric de volta para Roslyn.

    –Eu sou o marido dela. -Disse com ironia se aproximando da cama.

    –Sim, mas o senhor nunca a viu sem…

    A criada interrompeu a fala na metade sem coragem de continuar sentindo as bochechas gorduchas inflamarem de vergonha pela insinuação.

    Alaric parou abruptamente lançando um olhar que congelaria o próprio inferno em direção a velha senhora. A pobre mulher recuou vários passos assustada pela intensidade da sua expressão ameaçadora.

    Não devia ter falado nada. Mas, sem conseguir se conter acabou despejando o restante das palavras como uma forma de atrasar a sua morte certa.

    –O lençóis não estavam manchados e Roslyn nunca me falou nada sobre a violação, então supus que…

    –Não está na posição de supor nada!-O rosnado raivoso ecoou pelo quarto, enquanto Alaric caminhava lentamente em direção a Marion. -Se quer que a situação permaneça assim, com sua preciosa Roslyn imaculada, é melhor não abrir a boca, porque caso eu sabia de certos boatos espalhados sobre a não consumação do casamento eu mesmo irei dar um jeito de consumar o ato o mais rápido possível. Entendeu?!

Alaric falou ameaçadoramente, mas sabia que jamais iria conseguir fazer o que prometia com tanto ardor para a velha senhora.

    –Sim. -Marion sussurrou com os olhos arregalados, com as mãos nervosas se retorcendo na frente do vestido surrado.

    –Bom. -Alaric murmurou, voltando o olhar para Roslyn. -Eu irei ajudá-la a trocar as bandagens.

    –O senhor?!-A exclamação abismada fez Alaric olhar de soslaio em sua direção e foi o suficiente para calar a criada. -Tudo bem.

    Alaric esperou que Marion voltasse a levantar os lençóis para pegar Roslyn nos braços, erguendo-a da cama contra o seu peito. Ele precisava ver as dimensões dos machucados já que nenhum daqueles malditos aldeões pareciam dispostos a lhe manter informado sobre a situação de Roslyn.

—Mas, o que está esperando para trocar as bandagens,  mulher?

A indagação inflexível fez a criada piscar os olhos nervosa, respirando fundo antes de erguer a roupa de Roslyn temerosa com a reação de Alaric. Rapidamente, tentou cobri-la como pôde deixando os machucados à sua vista. Porém, dedos longos e pálidos a contiveram.

—Não. -Alaric comandou com os olhos fixos sobre os enormes machucados arroxeados no quadril e nas costelas de Roslyn.

—Por favor, meu senhor. -Marion implorou segurando o tecido entre seus dedos desesperada para cobrir a nudez da sua menina.

Alaric suspirou dando se por vencido, mesmo que em momento algum tenho reparado em qualquer coisa no corpo de Roslyn além dos machucados que reviravam suas vísceras de fúria.

—Obrigado. -Murmurou agradecida, pousando o lençol sobre parte do quadril de Roslyn.

Sem se conter, Alaric tocou as costas da menina, sentindo a pele quente e suave sobre os dedos, circulando com os dedos o machucado em sua pele. Alguém havia causado aquilo, tinha certeza. Mesmo que Marion não tenha lhe dito nada, sabia que Roslyn tinha sido atirada por algum traidor no rio. Porém, não imaginava que o ódio daquele clã se estendia até mesmo a Roslyn. Ou que o ódio deles por Alaric fosse tão grande a ponto de tentarem matar Roslyn por se mostrar ao lado dele.

Precisava agir, nem que precisasse matar alguns bastardos para vingar aquilo que lhe pertencia.

—Meu senhor?

Alaric olhou para a criada que tinha os dedos molhados por alguns tipo de substância pegajosa.

—Preciso passar sobre as costas dela. -Sussurrou olhando fixamente para os dedos de Alaric sobre a pele de Roslyn.

Alaric afastou os dedos como se a pele da pequena ruiva queimasse. Marion rapidamente passou a substância sobre a pele pálida, enrolando um pano ao redor das suas costelas, com ajuda de Alaric para erguer o corpo leve e delicado de Roslyn.

—Terminei.

—Ela…-Alaric pigarreou desconfortável, erguendo-se da cama para aumentar a distância entre ele e Roslyn,  já que seu coração resolveu bater descompassado apenas por ter tocado a pele suave. -…ficará bem?

—Espero que sim.

—Espera?-A voz intimidadora de Alaric fez a mulher balbuciar palavras incoerentes, olhando nervosamente para Roslyn.

—E-eu não sou uma curandeira, mas os machucados foram superficiais e tenho certeza que logo ela estará acordada. -Respondeu rapidamente, aprumado a postura para passar maior confiança.

Ela rezava para que a sua menina ficasse boa logo, porque quando viu aquele homem enorme, de feições grotescas, debruçado sobre Roslyn, segurando-a como se fosse a coisa mais preciosa, acariciando-a da forma mais delicada que já viu um homem tocar uma mulher, soube que somente ela poderia fazê-lo desistir de quaisquer que fossem os seus planos maquiavélicos.

—Bom.

—Com licença, meu senhor. -Com uma reverência apressada e uma última olhada para Roslyn saiu do quarto.

Alaric, finalmente a sós com Roslyn,  fez o que estava querendo desde o momento em que a pegou nos braços no rio e não teve mais sossego. Retirou as peças de roupa de cima, permanecendo com as calças. Colocou mais fogo na lareira e caminhou em direção a cama, erguendo os lençóis, sentindo os músculos protestarem ao deitar.

Permaneceu deitado, respirando pesadamente e inalando o perfume de rosas que despregava da pequena menina encolhida ao seu lado. Era um cheiro tentador, por isso Alaric raramente dormia no quarto com Roslyn durante toda a noite, pois preferia a companhia de outras mulheres mais dispostas a partilharem a cama com ele.

E, quando dormia no quarto, mantinham a maior distância daquela tentação que aquela menina estava se revelando com seus lábios doces e cabelos acesos. No entanto, de alguma maneira, sempre acordava em um entrelaçado confuso de membros, com as pernas de Roslyn entre as suas como se sentisse frio durante a noite e quisesse roubar o calor da pele de Alaric. Os braços esbeltos enroscado no tronco dele e a cabeleira ruiva sobre o peito desnudo do homem. Era torturante demais acordar com aquele corpo miúdo pressionado contra ele com a maior ingenuidade, como se ele fosse a melhor fonte de calor. Além, daquelas mãos pequenas que pareciam sempre ter vontade própria sobre o seu peito.

A menina brincava com fogo e nem ao menos era consciente disso. Contudo, como sempre, ele precisava clamar por racionalidade, quase de joelhos, para se desgrudar do corpo de Roslyn e deixar o calor do seu corpo para trás. Era quase pior do que uma maldita batalha.

Sem mais resistência, Alaric deixou a respiração suave ao seu lado embalar o seu sono.  

Ao menos por aquela noite precisaria suportar aquela tortura. Mesmo que acordar ao lado de Roslyn fosse como assistir a um pôr-do-sol, cheio de luz e brilhante, cálido e suave assim como ela. Apesar de se sentir um fraco, o pior dos homens, um simples aldeão enlaçado pelas artes femininas, ele precisava admitir que Roslyn era uma verdadeira obra de arte ao amanhecer.

 


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Notas finais do capítulo

Quem está torcendo que a Roslyn fique bemm? Quem quer mais fofurisses do Alaric?!! Se gostaram do capítulo comentem :D
Já estou fazendo outro capítulo, então eu acredito que outro saíra em breveeee!! Muitas beijocas e carinhas felizes pra vocês, amorecass!!!



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