Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!!! Só queria dizer o quanto esse capítulo NÃO queria ser postado, gente sério eu tentei postar esse troço umas três vezes, mas a net não tava colaborando(insiram uma carinha irritada rsrs). Enfim, o bendito capítulo aeaewww!!



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Roslyn acordou com uma respiração em seus cabelos, pernas entre as suas e uma pele quente sobre seus dedos.  

Ela inspirou fortemente sentindo o funcionamento de todos os membros, tentou lembrar o porquê de sentir tanta dor em suas costas, principalmente em suas costelas. Porém, nada lhe veio a mente.  

Sentiu o corpo de Alaric ficar tenso de repente, então reparou que ele despertava, apertando involuntariamente o braço que tinha ao redor da sua cintura.

—Acordada? -O sussurro seco e mal humorada foi acompanhado pelo afastamento de Alaric.

Uma corrente de ar frio percorreu os seus braços e suas bochechas deixando a com frio imediatamente. Não deveria, mas sentiu falta do corpo largo e esbelto que a aquecia há alguns segundos.

Recriminou o pensamento rapidamente.

—Sim. As minhas costas doem. -Murmurou tímida e desconfortável por ter Alaric na mesma cama.

Era consciente que dormiam juntos, mas praticamente todas as noites Alaric chegava em algum momento da madrugada e acordava sem lhe dirigir uma palavra.        

Roslyn gostava que fosse assim, não havia emoções para se tornarem complicação depois. Depois que passasse o inverno e lutasse pela liberdade de seu clã.

—Você caiu dentro do rio e bateu nas rochas.

Roslyn permaneceu em silêncio, buscando na memória os momentos agonizantes que passará no rio, mas apenas um sentimento ruim preenchia o seu interior. Como se a sua cabeça se negasse a lhe revelar as memórias, uma forte dor de cabeça explodiu atrás dos seus olhos.

—Não me lembro de nada. -Falou com as sobrancelhas franzidas.

—Deveria. -Roslyn se remexeu na cama, tentando achar uma posição sem que suas costelas protestassem. Alaric viu a camisola austera mostrarem braços pálidos e esbeltos pela abertura da manga, o que fez ele ranger os dentes e desviar o olhar rapidamente. -Foi empurrada.

—Empurrada?!-Roslyn horrorizada com a revelação tentou se erguer,  mas foi impedida por duas mãos quentes em seus ombros.

—Lembra-se de alguém?

—Não.

A respiração errante de Alaric foi o suficiente para Roslyn saber que aquela resposta o aborreceu.

Mas, ela era a que mais queria saber, uma vez que tinha sido a vida dela em perigo. Se ao menos lembrasse da voz.

—Tente se lembrar. -A voz fria e distante a fez se encolher contra o alcochoado macio das almofadas, fazendo a sentir uma pontada aguda nas costelas por ter se movido.

Ela ouviu o som de lençóis sendo puxados e pisadas no chão quando a cama afundou e voltou ao normal novamente.

—Você não fará nada de mal a ninguém, não é mesmo?-Roslyn tentou se controlar para não falar, no entanto já era tarde demais, a sua preocupação por algumas daquelas pessoas que praticamente a criaram não a deixou ficar em silêncio.

Sabia que ele estava esperando o menor dos erros para culpabilizar alguém e colocar como exemplo do que aconteceria se alguém se  atravesse a quebrar as suas regras.

Precisava ter certeza de que todos estariam seguros, mesmo que um deles tenha praticamente a empurrado para a morte certa naquele rio traiçoeiro.

Ela ouviu a movimentação de Alaric no quarto, o som de tecido sendo vestido. Ao menos em imaginar que ele dormia sem as vestimentas de cima, já era o bastante para fazer as bochechas de Roslyn ficarem em chamas.

Ela esperou com a respiração suspensa a sua resposta, mas o silêncio de Alaric foi pior do que os seus ataques de fúrias quando fechou a porta com um baque brusco.

Roslyn sentiu um sentimento ruim a invadir, medo misturado com confusão faziam um redemoinho de emoções em seu interior.

Alaric não se atreveria a fazer mal a eles. Tinham um trato.

Não que isso fosse muito seguro vindo de um mercenário que provavelmente brincava de matar durante o desjejum.

Mas, até que provasse o contrário não poderia fazer nada mais do que confiar naquele homem que fazia seu coração acelerar de uma forma assustadora.

                                                       …………

—Marion! Já falei que estou bem.

A voz de Roslyn diminuiu drasticamente quando tentou se erguer para provar que tinha condições de ficar sentada, porém novamente a maldita dor em suas costelas a fez grunhir e voltar sem resistência a posição em que estava.

—Menina teimosa. -A velha criada resmungou, olhando de forma preocupada para a expressão retorcida de dor de Roslyn. -Não pode ficar se movendo desse jeito, já falei três vezes que precisará de mais tempo até poder andar.

—Andar?!

—As suas costelas precisam se recuperar Roslyn. Aquelas rochas poderiam tê-la matado, deveria agradecer por estar viva.

—Sei disso. -Roslyn retrucou emburrada, deixando Marion voltar a empurrá-la para as almofadas.

—Seu marido…-Roslyn percebeu o tom nítido de amargura na voz de Marion. -…ordenou que não deixassem sobre nenhuma cogitação a senhora deixar o leito.

—Ordenou?! Bem, eu mesma posso falar quando devo ou não sair da cama.

Roslyn aceitava as ordens do pai antes da morte dele, mas aceitava apenas por medo e terror do que poderia fazer a ela caso soubesse de suas transgressões. Porém, não sabia explicar, quando Alaric lhe ordenava algo sua primeira vontade era desobedecê-lo.

Percebeu pela primeira vez algo sobre si mesma, tinha o mesmo instinto de rebeldia que a de um cavalo selvagem quando se tratava do marido.

—E, no momento, nem ao menos consegue ficar sentada sem sentir dor. -Marion falou carregando a bandeja com a sopa quente até estar sentada na beirada da cama. -Vamos, precisa se alimentar.

Roslyn não pos resistência quando Marion encheu sua boca de sopa.

—Marion estive pensando.

—Hum.

—Você estava comigo quando me empurraram no rio?

—Sim, não se lembra? -Marion franziu o cenho ao notar a perda de memória de Roslyn.

—Não, não me lembro de quase nada antes de cair no rio.

—Será que alguma rocha bateu na sua cabeça?

Marion rapidamente deixou a sopa de lado para tocar na cabeça de Roslyn, tentando sentir alguma elevação ou corte, apavorada com a idéia da sua menina sofrer ainda mais com alguma sequela além da cegueira.

—Não, mas deveria ter batido.

—Roslyn!-O ofego de horror de Marion fez Roslyn se retrair e se amaldiçoar por ter aberto a boca. -Sabe que amo você como minha própria filha, além disso muitos desse clã amam você…

—Marion, não estou falando sobre isso.

Ela queria saber como poderia explicar o quanto a visão de pequenas coisas faziam falta, o quanto reconhecer as pessoas pela sua fisionomia e não pela voz deixava um vazio em seu coração. Queria poder explicar a tristeza que a acompanhava todas as manhãs por não poder lutar as lutas do seu clã com algo além de um mísero trato.

Era além de frustrante.

—E do que está falando, então? Além, claro,  de querer ter sido morta naquele rio asqueroso!

—Lembra-se daquela história que um dos trovadores contou sobre a menina que recuperava a visão?

O coração da menina disparava com apenas a menção de ter a dádiva de poder enxergar.

—Pare de falar bobagens e coma logo antes que esfrie. -Marion enfiou uma colherada em sua boca, afobada. -Esses trovadores só contam mentiras para iludir meninas como você. O senhor deveria proibi-la de ouvir esses bastardos. Aí, sim ele teria meu apoio.

A velha senhora condenou todas as vezes que fora leviana e deixará Roslyn ouvir aos malditos trocados. Só falavam esterco de cavalo.

—Ela recuperou a visão depois de ter sido atingida por uma pedra.

A ruiva negou a comida por estar enjoada e furiosa demais por não ter sido ela essa menina.

—Ora, você deveria agradecer de joelhos frente ao altar até sentir dor o quanto Nosso Senhor Todo Poderoso fora misericordioso por poupar sua vida, não ficar reclamando feito uma velha.

Marion terminou de falar sem se importar se aquela a sua frente era a sua senhora. Desde que limpará o bumbum gorducho daquela menina quando não passava de um rechonchudo bebê, jamais deixou de falar com Roslyn em um tom no mínimo maternal. E as favas com o tratamento submisso que deveria ter frente a Roslyn.

—Não quero mais, Marion. -Roslyn não quis soar aborrecida, mas ficar enfurnada dentro de um quarto mexia com seus nervos.

Sentia-se uma prisioneira.

—Mas, minha senhora mal comeu.

—Apenas não estou com fome, agora. Talvez, mais tarde.

Roslyn virou o rosto para o outro lado para ter certeza que a mão desgovernada de Marion não iria parar com uma colherada cheia de sopa na sua boca.

—Mais tarde. -A criada bufou em rebeldia, erguendo o pesado corpo da beirada da cama. -Conheço bem esse seu mais tarde, minha senhora.

Um sorriso travesso surgiu no canto dos lábios de Roslyn ao ouvir o tom ultrajada de Marion. Sentia falta do jeito que eram antes de tudo acontecer e Alaric invadir as suas terras. Sentia falta de acordar com os cafunés de Marion em seu cabelo e de andar livre pelas masmorras do castelo até conhecer com a palma da mão cada declive e curvas. Sentia falta de tantas coisas que, naquele momento, lhe parecia inalcançável.

—Se não comer mais tarde, terei que mandar chamar o seu marido para alimentá-la. -A ameaça pareceu surtir efeito quando Marion viu com satisfação o sangue escapulir das faces da ruiva.

—Não ousaria

—Não me teste criança.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, mas eu estou escrevendo pelo celular e eu escrevo atropelando as palavras as vezes, então se tiver muito erro SORRY!!
Gente, só queria dizer o quanto eu amaria ter vocês se comunicando comigo :D
Até o próximo capítulo amorecas!!!!!!!!!