Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Oi, peoples!!! Como eu disse no capítulo anterior, eu vou marcar um dia pra postar os capítulos e para mim ficaria melhor na sexta, por que tenho a semana para escrever. Espero que para vocês também :D!!!
Desculpem a estrutura do capítulo, mas eu ainda continuo postando pelo celular e ainda não consegui parar no computador pra ajeitar :(
Sorry os erros!!



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Alaric desmontou e observou o céu fechado que se erguia a cima de sua cabeça. Corvos o cumprimentaram quando andou a passos lentos em direção a Igreja imponente, passando pelo arco adornado por pequenas estátuas de anjos que se erguiam no alto. Seu olhar recaiu sobre a fonte seca e congelada no centro do pátio e ele sentiu um mal estar o preencher aos poucos.
Parou e olhou em direção ao pequeno cemitério atrás da Igreja. Olhou de relance novamente para a fonte, porém esqueceu qualquer pressentimento ruim quando recomeçou a andar em direção aos dois homens que se encontravam ajoelhados sobre a terra molhada e repleta de neve.
Ele atravessou as lápides e sentiu o vento gélido e cortante do inverno arranhar a sua face. Sebastian ao longe reconheceu a sua presença e caminhou em sua direção, deixando dois soldados para trás que circulavam pelo cemitério olhando cautelosamente cada lápide, cada galho caído.
— Eu juro que no próximo inverno estarei bem longe destas terras, não suporto mais ter que levantar cedo para averiguar essas malditas pistas sem sentido. - Falou esfregando as mãos e levando a boca para aquecê-las. - Estou quase propenso a achar que este clã é amaldiçoado.
— Do que está falando? - Alaric ergueu os ombros e olhou ao redor.
— Estou falando que este clã tem paredes vivas e que elas falam. Você só precisa escutar. - Sebastian sussurrou com o olhar correndo pela neve.
Alaric franziu o cenho.
— Quanto você bebeu ontem?
Sebastian bufou.
— Estou falando sério, Sebastian.
— E eu também. - O loiro se aproximou e voltou a falar com a voz baixa. - Ontem a noite eu estava bebendo com alguns homens na taverna, já era tarde. Eu me separei deles para pegar uma outra caneca no bar, no mesmo instante começou uma briga. As pessoas se dispersaram e eu acabei caindo em cima de algo, especificamente, uma figura pequena. Talvez, fosse uma das cortesãs. Não sei com exatidão. - Sebastian passou os dedos nos cabelos. - E eu ouvi, como um sopro, com essas exatas palavras: os segredos se escondem onde os mortos descansam.
Sebastian estremeceu como se a lembrança o fizesse ter calafrios de pavor.
Alaric semicerrou os olhos. As peças começavam a se encaixar aos poucos na sua cabeça. O cemitério era o lugar óbvio para procurar, o que quer que fosse para ser procurado. Mas que espécie de segredos poderiam ser procurados em um lugar onde as únicas pessoas que existiam eram corpos sem alma enterrados embaixo da terra?
— Isso não tem sentido. - Afirmou. - Tem certeza de que não fruto da sua imaginação?
Sebastian recuou indignado.
— Acha mesmo que eu me levantaria ainda antes do sol raiar para ir passear em um cemitério praticamente abandonado? É óbvio que é verdade. Não teria todo o seu trabalho se não tivesse certeza.
Alaric acentiu com a cabeça. Porém, não conseguia entender. Quem era este pessoa e o que ela queria que eles encontrassem?
— Isso não faz sentido. - Rangeu os dentes, frustrado. - E se for só uma forma de nos colocar na direção errada?
— Também pensei assim. - Sebastian olhou para os dois soldados que, naquele momento, haviam parado em frente a uma lápide. - Porém, não temos nada. Estamos há semanas correndo as cegas por este clã, sem absolutamente nada. Ao menos, agora, temos alguma pista para seguir.
Alaric reconheceu que era uma boa linha de pensamento. Ainda assim, nem ao menos sabia pelo o quê procurar. Como se adivinhasse os seus pensamentos, um dos soldados acenou do alto do Vale, perto de um enorme carvalho.
Ele acompanhou os passos de Sebastian a medida que a massavam a neve com as botas de couro. Mesmo de longe, Alaric notou como aquela lápide se projetava de maneira estranha na terra lamacenta, como se tivesse sido colocada nas pressas.
O ar formava uma pequena névoa branca ali no alto, como se estivesse se condensando aos poucos, nublando a visão da lápide.
— Encontraram algo? - Sebastian falou assim que pararam perto do carvalho, semicerrando os olhos para enxerga melhor através da névoa.
Um dos soldados, talvez fosse Henry, um dos guardas da Fortaleza, coçou a nunca e acenou em direção a lama envolta em neve.
— Há algo de errado com essa aqui. Parece ter sido colocada a pouco tempo.
Alaric abriu espaço entre os homens e se agachou perto da lápide. Com as mãos afastou um pouco da névoa espessa.
Ele recuou aos poucos, os olhos ainda assentando sobre as letras marcadas na pedra cinzenta, recusando-se a acreditar no que estava escrito.
Em um movimento rápido ele retirou a lápide. A terra ainda estava molhado no local onde a pedra descansava.
— Cavem. - Ordenou largando a lápide.
— Alaric…- Sebastian tentou comtrargumentar. Os olhos cravados na pedra fria que acabará de ser largada sobre a terra fria.
— Eu disse cavem. - Rosnou entre dentes. - Agora.
Sebastian recuou com a expressão contrariada, porém auxiliou os dois homens quando eles voltaram rapidamente com enormes pás e cravaram com força na terra. E a medida que eles tiravam pedaços do que um dia já foi terra seca, um enorme buraco, completamente vazio, se revelava aos pés deles.
Os segredos finalmente começavam a se revelar.
♡♡♡
— Está muito calado.
Roslyn comentou a medida que caminhavam pelos corredores da fortaleza após a refeição da noite no salão.
A corrente de ar passava com um sonoro gemido por eles. Ela ainda conseguia ouvir as conversações nos salão a medida que se distanciavam.
— Impressão sua.
Ela sentiu a mudança no ar quando eles tomaram uma direção contrária que não fosse o quarto deles, porém não contestou o caminho que tomavam. Queria um pouco mais de tempo com Alaric, nos últimos dias eles só conseguiam ficar juntos depois do jantar quando não havia nenhum soldado ou aldeao para retê-lo. Não que Roslyn achasse ruim, apreciava a forma como ele estava estabelecendo relação com os outros do clã. Ainda assim, sentia falta das vezes que ele a interceptava no meu do dia somente para brigar com os seus soldados e tirá-la da Guarda deles com a desculpa de que eles não eram capazes de cumprir a função.
— Três. - Falou quando sentiu o ar se tornar mais fresco, especificamente, com cheiro de chuva.
— O que?
— Falou somente três palavras durante a refeição. - Cosntatou entrelaçando os dedos deles com mais firmeza. - Tenho uma boa memória.
— E eu poderia saber quais foram elas? - Ela ouviu nitidamente a diversão na voz dele.
— "Cale-se, Sebastian" e "Acabou?" - Ela tentou imitá-lo engrossando a voz e colocando um pouco de irritação no timbre.
— Estou particularmente impressionado com a quantidade de deboche que cabe dentro de uma pessoa tão pequena. - Roslyn abriu a boca ofendida, prestes a replicar. - E não falo assim.
— Sinto lhe dizer que fala justamente assim, meu senhor. E não sou pequena. - Emendou.
Ela mantinha uma expressão série, ou ao menos tentava, para não denunciar que na verdade achava extremamente divertido implicar com ele. Seus dedos entrelaçados, agora, pareceram criarem vida e provocavam um ao outro, deslizando e acariciando.
— Permita-me discordar. Mas é tão pequena quanto um grão de areia.
— Quem está debochando, agora?
— Estou apenas revidando o ataque. - Ele parou e Roslyn o acompanhou.
Os dedos masculinos encontraram alguns fios encaracolados que fugiram da sua trança, colocando-os gentilmente atrás das suas orelhas.
— Mesmo que você persista em me criticar por causa da minha altura, quero dizer que gosto de ser pequena, por que quando me abraça consigo ouvir seu coração. Forte como o próprio dono. - Falou quando ele a enlaçou com os braços e ela pousou a cabeça contra o peito dele. - Aonde estamos?
— Em um dos corredores que ligam as torres. - As mãos deles deslizaram pelas costas dela em um movimento rítmico e familiar. - Gosto de ficar aqui.
— Por que?
— É silencioso.
— Claro. - Roslyn riu e girou entre os braços dele.
Descansou o corpo contra o dele e fechou os olhos. Sentiu os braços de Alaric se fechar ainda mais ao redor dela como se quisessem a proteger contra o frio e contra todas as coisas.
Ele encaixou o queixo contra o ombro dela e ela se moldou a ele. O hálito dele cedendo calor a sua pele.
— Você nunca fala do seu pai.
Roslyn se esticou ereta no abraço apertada. Um vinco se formou entre as suas sobrancelhas.
— Conte-me um pouco sobre ele.
Ela mordeu o lábio e se obrigou a relaxar contra Alaric. Seu pai era uma lembrança agora, somente uma lembrança, se obrigou a pensar. Ele não tinha como atingi-la. Nunca mais. Não tinha com que se preocupar.
— O que quer saber?
— Ele era muito ligado ao clã?
— Não. - As lembranças voltaram em ondas para Roslyn. Cada vez mais amargas. - Passamos inúmeros invernos sem nada nos estoques, com crianças morrendo por falta de roupas e com as plantações secas por falta de cuidado. Todos os invernos eram uma tortura.
— E os aldeões?
— O odiavam.
Ele silenciou.
— E quanto a você? - Ele apertou os braços ao redor dela, com renovada força. - Ele a…machucou?
Roslyn sentiu, mais do que qualquer outra coisa, a dor nas feridas já cicatrizadas. Pulsando em sua pele como uma marca daquilo que já sofreu.
— Não precisa responder.
Ele a girou e segurou seus ombros com firmeza.
— Escute-me…- Roslyn trincou os dentes e se negou a chorar. Ergueu o queixo. Nunca mais iria chorar por causa daquele homem abominável. -…nunca mais ninguém encostará o dedo em você. Ninguém, ouve-me?
Ela acentiu com a cabeça e engoliu em seco.
Ele a puxou contra si e ela foi de bom grado, aferrando-se ao peito dele com força.
— Ele não voltará a pertubá-la nunca mais.


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Notas finais do capítulo

E a gostaram ou non? Espero que sim ;D
Eu sei que, talvez, as pessoas que tenham matado a charada estejam se perguntando como é possível. Mas, eu irei explicar no próximos capítulos, que aliás estão perto de chegar ao fim:'( (affe meu coração já está se partindo de saudade desses dois e de vocês amorecas) .
Comentem!! Amo ler os comentários de vocês!!
Bjs e até o próximo capítulo♡♡!!
P.S: me desculpem mesmo os erros do capítulo, mas eu prefiro postar logo do que segurar ele e não fazer ideia de quando poderei postar. Vou tentar revisar logo!!!