Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Heyyy :))))!! Não deu pra revisar muito, então se tiver algo incoerente sorry :(
Coloquei a segunda opção da Roslyn:3
Espero que gostem amorecass S2



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Roslyn tentou não gritar quando foi erguida abruptamente pelas mãos de Alaric. Ao menos se conteve, deixando apenas uma exclamação assustada sair de seus lábios.

Ela sentiu a sela oscilar quando Alaric montou, deixando a encurralada no pequeno espaço entre o cavalo e o peito do marido.

Depois que pareceu um longo tempo, Roslyn sentiu o momento em que ele desmontou a levando junto.

Alaric voltou a agarrar o seu braço com a mesma delicadeza com que dominava o seu cavalo.

Um cheiro familiar a invadiu depois de ter dado várias passadas nas quais quase precisou correr para acompanhar o ritmo acelerado do marido.  

—Estamos no salão?-Perguntou depois de vários segundo debatendo se deveria ou não falar.

Mas, precisava. Todo aquele silêncio parecia alimentar o medo que crescia em seu peito. Ela esperou expectante a resposta do marido, no entanto em vez de respondê-la, Alaric a varreu em seus braços, fazendo-a soltar um grito afogado.

—O que está fazendo?!-Indagou aflita com as mãos suadas de puro terror.

Ela sentiu a tensão dos músculos dele quando apoiou as mãos nos ombros largos devido ao movimento brusco, sentindo toda a raiva que praticamente pulsava como uma segunda pele em volta de Alaric.

Ele permaneceu mudo diante do seu sofrimento como se apreciasse o seu medo.

Sua respiração se agitou ainda mais quando notou que ele subia em um ritmo incansável as escadarias do que supunha ser da fortaleza. De repente, constatou quase apavorada, massacrada por um sentimento aterrador de pânico e terror que ele a levava em direção às masmorras.

Um lugar fatídico, esquecido pelos homens, destinado apenas aos piores seres. Não precisava ter estado lá para saber que quem passava pelo fosso das masmorras não teria história para contar, porque nenhuma alma viva voltava daquele lugar asqueroso.

Um estremecimento percorreu todo o seu corpo quando as paredes gélidas e úmidas do corredor permitiram a passagem de um brisa fria que se agarrou aos seus membros e atravessou a sua pele se agarrando como uma mão de ferro em volta do seu coração.

Ela se sentiu humilhada e usada quando imaginou os beijos que haviam trocado, apenas para ele tratá-la como se fosse um brinquedo em suas mãos que havia perdido a graça e ele resolvesse se desfazer a jogando nas masmorras.

Sentiu lágrimas pesadas e grossas deslizarem por suas bochechas mesmo que odiasse ter seu sentimento de fraqueza a mostra à Alaric.

Depois do que pareceu uma eternidade, ele parou ainda com ela em seus braços. Roslyn escutou um rangido e pensou quantas homens haviam ouvido aquele mesmo som antes de serem esquecidos, jogados nas masmorras para esperarem noite após noite até a morte vir buscá-los.

Alaric deu vários passos para dentro do ambiente antes de colocá-la novamente no chão.

Ela realmente tentou. Tentou conter o choro de medo, tentou conter os soluços que se acumulavam em sua garganta, tentou não ser fraca. No entanto, falhou. Ela odiou chorar daquela forma desesperada, com os soluços preenchendo o silêncio naquele ambiente fatídico, as lágrimas descendo pelo seu pescoço até alcançar o seu colo parcialmente descoberto.  

Ela odiou, principalmente, chorar na frente do homem que estava deixando-a ali para morrer.

—Roslyn. -O chamado suave a fez lutar ainda mais para controlar o choro.

—Deixe-me!-O grito engasgado e sofrido soou alto demais para os seus próprios ouvidos.

Sentiu dedos calosos e quentes contra suas bochechas, enxugando o rastro das lágrimas, aquilo fez ela o odiar ainda mais, se é que era possível.

—Já fez o que queria! Agora, deixe-me!

Ela fugiu do seu toque dando passos para trás, enxugando as malditas lágrimas que pareciam não ter fim.

—Pare com isso. -Ele voltou a sujeitá-la pelo braço, mas ela cansou de ser arrastada para todos os lados.

Tinha vontade própria!

—Qual é o seu maldito problema?!-Ela rugiu dando alas a loucura que guardava a sete chaves. -Já não é bastante me deixar para definhar nesse lugar bestial?! Precisa me torturar ainda mais sendo terno apenas para me abandonar no próximo segundo?! Se irá me deixar aqui para morrer, faça de uma vez e deixe-me!

Ela terminou com a respiração ofegante, os fios ruivos soltos da trança  grudados no pescoço como tentáculos, e o tecido da saia esmagado entre os dedos inquietos. E para o seu total desespero, as lágrimas voltaram com uma força ainda maior.

Sentiu um toque em seu ombro, mas como um gato eriçado ela se esquivou. Alaric tentou tocá-la novamente, mas ela estava possessa demais para parar de se retorcer sobre seu toque.

—Deixei-me, deixe-me, deixe-me!-Ela gritou novamente como um mantra enquanto Alaric a envolvia com os braços fortes e o corpo esguio.

Era um grito rouco, sofrido e gutural que saia do mais profundo do seu ser. Quase como um apelo por socorro.

Em um movimento súbito, ele a teve contra a parede, forçando o seu corpo contra o dela.

—Já chega, Roslyn! Basta!!

Alaric sentiu uma mão pequena bater em seu rosto no que pensou ser um tapa. Encarou perplexo a pequena ruiva a sua frente, esbaforida e furiosa. Um vulto passou por seu rosto e acertou o seu nariz de raspão. Praguejou violentamente, tentando dominar o ataque violento e repentino.

—Mas o que há com você?!-Ele rugiu sentindo uma pequena bota desgastada pisar em seu pé.

—Seu bastardo!

Ela lutou para se libertar, mas Alaric havia sujeitado seus pulsos contra suas costas e colado seu corpo contra o dela para impedir que se movesse.

—Eu disse basta!

O grito masculino ecoou pelas paredes do cômodo. Alaric jamais pensou que Roslyn teria o espírito de um cavalo selvagem, mas sentia que no momento em que ele a largasse ela começaria o ataque novamente antes mesmo que ele desse um passo para trás.

As lágrimas, graças aos céus, haviam cessado. Ele não sabia lidar com a Roslyn sensível e chorosa. Mas, sabia lidar muito bem com a ruiva furiosa a sua frente.

—Faça logo. -Roslyn ergueu o queixo como se estivesse se oferecendo em sacrifício.

Alaric não acreditou quando os seus lábios se esticaram até os seus músculos faciais protestarem formando um sorriso. A visão de Roslyn era a coisa mais doce e mais cômica que ele já havia visto há anos, se arriscava a dizer que era a primeira visão de doçura e comicidade misturadas de uma forma única. Lutou para reprimir o riso, desviando o olhar para a cama macia. O seu sorriso se desfez com a mesma rapidez com que apareceu. Ele se tornou muito mais consciente do corpo feminino pressionado contra o seu.

—Do que está falando?-Falou por fim, tentando recuperar um pouco de sanidade mental que sempre lhe escapava perto de Roslyn.

—Trouxe-me aqui para que eu definhasse aos poucos até morrer. Mas, eu peço ao menos uma morte digna.

—Eu não vou matá-la, Roslyn.

Sem precisar de mais estímulo, a raiva voltou a inflamar seu íntimo.

—Não estamos nas masmorras?!-Ela piscou confusa, relaxando minimamente.

—Não. -Murmurou suavemente não revelando o tumulto de sentimentos furiosos que inflamavam os seus olhos.

—Eu p-pensei que por estar furioso comigo iria me punir me jogando nas masmorras.

—Deveria por tudo que fez hoje.

Ele olhou intensamente as feições adquirirem um tom ainda mais vermelho, subindo pelo pescoço delgado.

—Então, aonde estamos?-Indagou suavemente.

—No nosso quarto.

A afirmação tranquila provocou uma expressão de choque na face avermelhada.

—Sabe o que me deixou particularmente irritado?

Comentou com a voz inexpressiva, ainda segurando os pulsos firmemente entre seus dedos. Ela sacudiu a cabeça lentamente em uma fraca negação.

—Ver aquele bastardo a tocando como se fosse dele.

Ele sentiu o peito de Roslyn expandir contra o seu quando inspirando fortemente. Ela umedeceu os lábios secos e Alaric não resistiu a seguir o movimento inocente e nervoso com o olhar.

—Edward é apenas meu amigo. -Roslyn murmurou sob a respiração.

—Desculpe-me, Roslyn. Acho que escolheu a palavra errada, talvez amante seria melhor. -Comentou cínico.

—Não se atreva!-Ela puxou a cabeça para trás com brusquidão; indignada. -Pela última vez, eu não sou você!

—Se eu descobrir que há algo entre vocês, Roslyn. A aconselharia colocar a alma dele em suas orações depois de eu matá-lo.

—Fique longe dele. -O sussurro preocupado e apavorado de Roslyn foi como gotas de óleo inflamando ainda mais a chama de ódio cego em seu peito.

Alaric soltou os pulsos abruptamente de Roslyn; possesso. Com vontade de urrar de fúria, machucar os seus punhos até sentir os nós dos dedos dormentes. Mas, ele faria melhor. Mostraria para Roslyn quem era seu marido, a quem ela pertencia, até fazê-la esquecer daquele bastardo.

Ele a atraiu para si, beijando-a duramente, sem delicadezas. Queria mostrá-la que ele não aceitaria que outro homem a beijasse, nem tocasse aquelas madeixas suaves e incrivelmente ruivas, não aceitaria que outro homem sentisse os suspiros de deleite que ela deixava escapar quando era beijava no pescoço como estava fazendo naquele exato momento.

Sem nem ao menos notar, Alaric a beijava com verdadeiro paixão, esquecido da raiva que sentia há segundos atrás. Esqueceu-se até mesmo da pequena traidora que Roslyn se revelará, mas que naquele momento, se derretia em seus braços sem resistências.

Sentiu os dedos da esposa repuxarem os fios do seus cabelos como se não resistisse a não tocá-los.

Ela era uma doce surpresa.

Quando voltou a abrir os olhos se deparou com a expressão emburrada no rosto afogueado pelos recentes beijos.

—O que houve?

—Não pode me beijar quando estamos tendo uma briga. -Falou com a maior dignidade que conseguiu reunir.

—Sim, eu posso. E, com certeza, farei outras vezes. -Alaric não reconheceu o tom de leveza na própria voz, por isso se afastou impondo uma maior distância para recuperar a consciência. Ele pigarreou sonoramente. -Deveria se preparar para dormir, amanhã conversaremos sobre o que houve na clareira.

Ele percebeu o movimento nervoso das mãos da esposa quando percebeu que a conversa tinha sido adiada.

—Faria a gentileza de chamar Marion?-Falou apreensiva.

—Eu posso ajudá-la com o vestido.

—OH, não!-A reação exagerada fez uma das sobrancelhas de Alaric se erguer em um divertimento puro. -Eu preferiria que chamasse Marion.

—Não é necessário. -Declarou resoluto, virando Roslyn de costas para ele.

Em questão de segundos, o vestido de Roslyn já estava caído aos seus pés seguido por um gemido estrangulado. Ela grudou os braços contra o peito em uma reação clara de pudor feminino. Alaric quis dizer que aquilo apenas ressaltava os seus seios cobertos pela combinação branca, mas preferiu apreciar a vista antes de caminhar até o baú da esposa e encontrar uma das suas camisolas de linho.

—Erga os braços, Rosie.

O apelido carinhoso surpreendeu aos dois. Alaric enrijeceu o maxilar e se recriminou por deixar escapar a afeição em forma de palavras que surpreendentemente estava sentindo pela mulher que planejava atacar seu próprio clã após o inverno.

Ele rapidamente a ajudou a vestir a camisola quase desesperado para se livrar daquela imagem ruborizada e ingênua.

Alaric caminhou em direção ao fogo, jogando mais toras para alimentar as chamas. Aproveitou para retirar as vestimentas que pinicavam seu peito depois de um dia longo com elas.

—Poderia chamar Marion, agora?

—Precisa de algo?

—Gostaria de dormir, agora.

Alaric caminhou até ela e em vez de segurar em seu cotovelo como sempre estava acostumado, pegou em sua mão delicada e pequena.

—Me levará até o meu quarto?-A indagação inocente e incrédula fez Alaric parar em seco.

—Irá dormir aqui, Roslyn. Comigo.-Respondeu sem dar aberturas para argumentos.

—Mas, eu gostaria…-O sulco profundo parecia se aprofundar ainda mais na testa lisa de Roslyn a medida que compreendia que não voltaria para o seu atual quarto.

Alaric pressionou os lábios contra os delas como se quisesse fazê-la parar de falar.

—Eu estou no limite, Roslyn. -Ele murmurou contra sua pele, mantendo os corpos juntos. -Eu só quero senti-la comigo está noite.

Ela sentiu os membros amolecerem apenas por estarem pressionados contra o corpo forte do marido.

Aquele homem ainda seria seu fim.

Acenou fracamente em concordância.

Sem mais palavras, ele a conduziu em direção a cama, deitando-se ao seu lado até não haver mais espaço entre seus corpo, colando as costas de Roslyn contra seu peito sentindo a respiração cadenciada se ajustar a sua, os joelhos se dobrarem contra as dobras dos seus. Ele afastou os fios ruivos da nuca da esposa, acomodando seu rosto contra a curva do seu pescoço perfumado. Deslizou o braço contra a cintura curvilínea, sentindo com as pontas dos dedos a barriga lisa e a mão pequena se entrelaçar na sua com timidez.  

Sim, Roslyn era uma doce surpresa.

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Roslyn como a diva da Alina Kovalenko


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Notas finais do capítulo

O que acharam da revolta da Roslyn?!! Bem surtada, heinnn!!