CASTELOBRUXO - O Início de Uma História escrita por JWSC


Capítulo 21
CAPÍTULO 4 – Descobertas




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— Olha só quem acordou — disse Eduardo para os outros amigos, enquanto Hugo se aproximava.

— Vocês madrugaram? É sábado gente — defendeu-se o amigo.

— Mas justamente por isso temos que aproveitar — respondeu Eduardo animado. — Estamos planejando o que fazer hoje. Tem planos?

— Me inscrevi para uma palestra sobre o modo eficiente de segurar e disparar feitiços, no fim do dia. Só isso.

— Então o Roberto tem palestra depois do almoço, o Miguel agora de manhã e você no fim do dia — ponderou Eduardo. — E eu? Como fico nessa história?

— Você não agendou nada? — Perguntou Hugo.

— Não, eu esperava que a gente fosse fazer algo junto.

— Podemos fazer, só que em partes — explicou Roberto.

— Que chato. Vou ficar sem nada para fazer.

— Que tal fazer as lições de casa?

— Não vou me castigar assim.

— E a Maria? — Perguntou Hugo. — Onde ela está?

— Não sei, não a vi hoje — respondeu Eduardo.

— Ela tem sumido faz algumas semanas — comentou Hugo. — Onde será que ela vai?

— Talvez alguma das amigas dela saiba — apontou Roberto.

— Amigas? Quem são as amigas dela? — disse Hugo procurando pelo Saguão, onde alguns alunos ainda terminavam o café da manhã.

— Bem, ela tem... — Eduardo olhou ao redor. — Tem a... Elizabeth? Ela é amiga de todos, não?

— Eu vou perguntar para ela — disse Miguel. — Depois eu vou para a palestra. Vejo vocês depois.

Miguel imaginou que sabia onde a Elizabeth estaria. Geralmente ela reservava o sábado de manhã para fazer os trabalhos nas Salas de Estudo do dormitório.

A sala estava quase vazia, a não ser por um grupo de três jovens em um canto. Miguel não viu Maria entre as garotas, mas ainda assim aproximou-se.

— Bom dia.

— Bom dia — as garotas responderam.

— Vocês viram a Maria hoje?

— A Maria Salvatori ou a Maria Camila? — perguntou Anahí, uma jovem de rosto roliço e voz suave.

— A Maria Camila.

— Hoje não, mas ela tem ido muito para o Jardim das Estátuas — respondeu Elizabeth.

— O Jardim das Estátuas?

— Sim, eu a vi ir algumas vezes para lá, depois do jantar.

— Obrigado — disse Miguel e saiu da sala.

Ainda tinha cerca de uma hora até o inicio da palestra que havia se inscrito, então decidiu ir procurar a amiga. Estranhava a atitude dela nas últimas semanas, pois havia se afastado de todos, inclusive das garotas da sala. Preferia fazer as lições sozinha e evitava falar sobre o que fazia quando desaparecia.

Logo afastou-se da escola, pegando o caminho que levava ao Jardim das Estátuas. O caminho de ladrilhos fazia uma bifurcação, onde de um lado caminhava para as estufas e posteriormente o campo de quadribol. Seguindo pelo caminho da esquerda passava por uma série de árvores frutíferas, onde os caiporas costumavam ficar.

Os caiporas estavam relativamente animados naquela manhã.  Miguel teve que se esquiva de algumas frutas que eram jogadas de um lado para o outro, em uma intensa guerra cítrica das criaturas. Entre risos e reclamações, Miguel teve usar de sua agilidade para evitar uma maçã que foi atirada diretamente na sua direção.

Após sair da confusão gerada pelas pequenas criaturas peludas, ele vislumbrou o jardim na colina. Conforme aproximava-se, o ambiente ficava mais quieto. Os gritos e risos dos caiporas ficavam cada vez mais distantes, enquanto o único som audível era uma melodia calma e tranquila, quase uma sinfonia baixa.

De repente Miguel percebeu que não era o vento que emitia aquele som. Compreendeu que era algum tipo de canção baixa. Se Maria estivesse no jardim, ela poderia esperar um pouco enquanto ele investigava aquele som estranho, aliás, a jovem havia ido para o local diversas vezes e nada de ruim poderia acontecer por lá.

Miguel se entranhou pelas árvores e buscou a origem daquele som. Por cerca de quarenta minutos ele vagou, seguindo a melodia fraca, que se sumia de tempos em tempos. Então começou a ouvi-la mais forte e alta, conforme se aproximava a canção ficava mais nítida e as vozes mais claras, cantando sobre a dor da perda.

Antes mesmo de sair do meio das árvores, ele viu a floresta do outro lado do campo aberto. Um vento invisível balançava a copa das árvores de um lado para o outro. A cantoria trocou de música e passou a cantar uma canção tranquilizante, sobre esperança e superação. Miguel sentiu-se em paz.

Percebeu então que não estava só. Metros a sua frente duas pessoas estavam sentadas na grama, próximas as árvores. Reconheceu uma das pessoas, uma jovem de cabelos negros ondulados e pele bronzeada que sem dúvida alguma era Maria. Porém, a outra pessoa ele não conhecia vestia um manto negro que cobria tudo, rosto, braços e pernas, mas era alta. Mesmo sentada na grama parecia ser um adulto mediano de pé. Ambos conversavam calmamente, Maria fazia gestos com as mãos e sorria com as respostas da outra pessoa.

Pareciam amigos conversando em uma manhã, mas Miguel não conseguiu ficar calmo com a situação. Algo estava errado e ele suponha que tinha relação com a figura encapuzada. Os dois passaram alguns minutos mais conversando e depois a figura encapuzada levantou-se. Com certeza era maior que uma pessoa normal, faziam uma sombra enorme. Caminhou até as árvores cantantes e entrou no meio delas, sumindo na escuridão destas. As árvores pararam de cantar e Maria levantou-se. Entrou pelo meio das árvores e voltou para a escola, sorrindo de satisfeita.

Miguel caminhou até o local onde os dois estavam sentados. A grama estava levemente amassada onde Maria esteve sentada, mas no lugar em que a figura estivera a grama estava cinzenta, parecia meio morta e sem forças.

O jovem voltou correndo para a escola, tinha que contar para os amigos.

 

Um gato do mato saiu de dentro da floresta. Suas orelhas permaneciam em alerta, pois naquela hora da noite havia sempre a possibilidade de algo perigoso aparecer. A estrada estava deserta, a não ser por um pequeno camundongo que remexia em algumas folhas do outro lado.

O felino caminhou com cuidado, não podia deixar que a presa escapasse dele, seria sua refeição da noite. O vento balançava levemente as folhas no sentido contrário ao roedor, permitindo que o gato se aproximasse cada vez sem ser percebido pelo roedor.

De repente tudo mudou, um som de estalo ressoou pela estrada quando do nada um homem surgiu. O gato disparou de volta para as árvores e o roedor sumiu entre as folhas, a caçada havia fracassado por um bruxo alto que surgiu no meio da estrada.

O professor Giuliano saiu da estrada e caminhou por entre as árvores, usando uma antiga trilha já desgastada pelo tempo e pela falta de utilização frequente. Após minutos de caminhada, uma casa velha, sem teto, portas ou janelas surgiu. A calçada estava destruída e o portão estava preso por apenas alguns pregos.

— Sou eu — ele anunciou para a casa.

Houve um estampido de dentro e um som de algo se desfazendo. A casa destruída logo sumiu e em seu lugar estava uma casinha com uma porta e teto de madeira. A calçada estava em prefeito estado e o portão de ferro ficou firme e reto.

O professor entrou na propriedade e subiu os degraus até a porta de entrada. Quem o recebeu foi a bruxa com sotaque alemão. Ela abriu a porta com um sorriso debochado e fez uma reverência exagerada para que ele passasse. Apenas um cômodo possuía luz, a sala de estar da casa. Lá se reuniam outros cinco bruxos, inclusive o bruxo grande como um urso. Acima deles, pulsando no ar, havia uma esfera de luz que iluminava o cômodo.

— Boa noite, professor — disse um home magro, de cabelos louros escorridos.

— Boa noite, James — respondeu Giuliano e continuou falando para os demais. — Paulo, Lucas, Evelyn e Lorenzo.

O homem grande levantou-se de seu lugar e apertou a mão do professor.

— Que bom que pode vir, Giuliano.

— Digamos que não tinha muitas escolhas.

Todos sorriram.

— Bem, tragam algo para o professor beber. Deve estar cansado da viagem. Venha, sente-se aqui.

Lorenzo apontou a cadeira ao seu lado.

— Não é muito, mas gostamos de deixar todos confortáveis.

Risos abafados vieram dos outros bruxos na sala. Giuliano sentou-se e analisou os rostos. James era britânico e diziam que fora expulso de uma escola de magia europeia por ser o cabeça de um esquema de tráfico de produtos proibidos. Paulo e Lucas eram irmãos e conhecidos das autoridades brasileiras, tendo três ordens de prisão decretadas. Evelyn havia estudado em uma escola europeia, sendo uma conhecedora eximia das Magias Negras ou Artes das Trevas, como chamavam na Europa.

Lorenzo era um criminoso argentino, tendo sido integrante de um grupo criminoso chamado Punho de Prata, que age na região do Rio da Prata. Ficou conhecido por estar entre os maiores ataques a embarcações brasileiras, argentinas e paraguaias, sendo considerado perigoso pelas três nações.

— Bem, o que tem a nos contar? O que se conversa dentro dos muros da escola? — perguntou Lorenzo.

— Bom, em relação aos ataques, não houve relato de nenhum novo, mas estão achando que o próximo ataque ocorrerá logo. Não é costume manter um lapso muito grande entre os ataques, então estão esperando o próximo ataque.

— Como estão as coisas na escola? — Perguntou James. — Da última vez, você nos disse que o governo estava pressionando o diretor.

— A escola está tranquila como sempre — respondeu Giuliano sem olhar para o homem. — Mas o diretor está apreensivo. Assim como eu previa, ele não cancelou as visitas junto as vilas vizinhas, mas reduziu a sua quantidade. O governo não vai ficar satisfeito com a afronta, mas já era previsível. Desde o fiasco com o boitatá, a relação da escola com o governo tem ficado cada vez mais tensa.

— Ah, o boitatá, que bela oportunidade perdida — disse Evelyn com expressão triste.

— Não faz mal, conseguiremos algo melhor — disse Lucas.

— De qualquer modo, não conseguiríamos entrar na escola — ponderou Paulo.

— O cara da cicatriz conseguiu — rebateu Evelyn.

— Mas ele tinha apoiadores que ajudaram ele — respondeu Paulo. — Nós não temos tamanha influência.

— Aliás, o que eles queriam? — perguntou a bruxa. — Digo, fazendo um ex-integrante da F.U.L.A.M. se infiltrar na escola e chegar até o boitatá?

— Não é óbvio? — Debochou Lucas.

— Para mim, não! — Respondeu a mulher irritada. — Eu não cresci nesse continente quente e fedido. Não entendo dessas merdas daqui.

— Como você é ingênua, o que eles pretendiam com isso era capturar a serpente — disse Lucas.

— Para que? — Evelyn já se irritava com a falta de informação.

— Eles pretendem dar início a...

— Acho que nosso convidado não está interessado em especulações — interrompeu Lorenzo, olhando para Giuliano que demonstrava mais interesse na conversa do que seria seguro.

Logo o professor recobrou a expressão impassível e fria.

— Mas me interessaria a bebida, a qual ainda não veio.

— Pelos chifres do touro dourado, isso é verdade — disse Lorenzo. — Evelyn, minha cara pegue a bebida do professor e sem truques, por favor.

A mulher olhou para Lorenzo com expressão de combate, mas depois desistiu e cruzou os braços, saindo furiosa da sala.

— O que mais sabe? — Perguntou Lorenzo.

— Sei que o diretor está com medo que algum aluno seja pego em uma das visitas e planeja uma força tarefa de resgate, independente da autorização do governo.

— Quem seriam os bruxos a compor esta força tarefa secreta?

— O professor de Defesa Pessoal, Luís, os professores de Estudo das Criaturas Mágicas, Hermenita e Cauê, os professores de feitiços George e Juan e os dois professores de estudos de Estudos das Artes das Trevas, eu e a professora Betânia.

— Orlando nunca poupa esforços para mostrar que sabe usar as melhores peças — refletiu Lorenzo. — Nossa única esperança é você, pelo que vejo. Todos os outros nos dariam mais trabalho do que o normal.

— O diretor definiu alguma estratégia para agir? — Perguntou Paulo.

— Não, apenas nos comunicou.

— Se nos depararmos com eles seria problemático, principalmente com Luís. Acho que nem você é páreo para ele sozinho, Lorenzo.

— Não me subestime, droga. Eu caçava cadejos antes do Luís sequer imaginar ser um bruxo.

— Aqui está! — Disse Evelyn, quase derrubando as bebidas ao jogar a bandeja no pequeno banco no meio da sala.

— Tão delicada — comentou Lucas.

— Um brinde ao nosso sucesso, senhores e senhora — Lorenzo levantou seu copo e foi acompanhado por todos.

Giuliano bebericou sua bebida, pensando se havia falado demais ou se teria passado tudo que fosse necessário para satisfaze-lo sem se comprometer. A esfera foi reforçada por Lorenzo e conversaram um pouco mais até que Giuliano decidiu que estava tarde. Se despediu dos demais e saiu pela porta.

— Acha ele confiável? — Perguntou James.

— Acho ele útil — respondeu Lorenzo.

— E quando não for mais útil? — Questionou Paulo.

— Faremos exatamente como essa luz que não nos agrada mais.

Com um movimento rápido da varinha, Lorenzo apagou a esfera de luz e todos ficaram no escuro.

 

— Bom dia, classe — a professora Hermenita cumprimentou os jovens que entravam na sala. Usava um vestido longo bege. Por cima usava o sobrepeliz dos professores, negro com as letras CB em destaque de cada lado, verde esmeralda.

— Bom dia, professora — responderam os alunos do segundo ano B.

— Sentem-se, sentem-se. Isso, rápido. Muito bem. Vamos começar nossa aula de hoje. Bem, todos vocês conhecem parte da antiga história de nossa escola e alguns dos pontos que determinaram que ela esteja da forma que se encontra hoje. Há ainda mais a aprender e a aperfeiçoar com os anos que viram, porém, hoje iremos estudar um animal curioso que faz parte da nossa escola, mais precisamente de um dos anos escolares.

A professora apontou a varinha para cima do quadro negro, de onde desceu um estandarte longo que ficou flutuando no ar. No topo havia o brasão da escola, com as letras CB em destaque, no corpo do estandarte estavam dispostos os símbolos de cada ano escolar.

— Bem, vocês estudarão a criação do nosso sistema de separação das turmas e a implementação destes pelas professoras Angelita e Carmen, porém, daremos uma breve revisão dos símbolos que vocês tanto conhecem. Quem pode me dizer quais são os símbolos de cada ano escolar?

Por um momento houve silêncio, até que Elizabeth começou.

— O primeiro ano é representado pela vitória-régia.

— Só a Elizabeth conhece? Vamos alunos todos juntos.

Em um coro descoordenado os alunos passaram a mencionar os símbolos.

“Primeiro ano é a vitória-régia. Segundo ano são os graminions. Terceiro ano é a teiniaguá. Quarto ano é o lobo-guará. Quinto ano é a serpente alada. Sexto ano é a gralha-azul e o sétimo ano é a rã de Tromero.”

— Ótimo. Quinze pontos serão dados para a sala. A vitória-régia representa a pureza e inocência daqueles que iniciam seus estudos na escola, tendo branco como sua cor. Os graminions do segundo ano possuem a curiosidade, criatividade e a incessante busca por novas descobertas como característica natural, tendo o verde como sua cor. A teiniaguá conhecida por trazer fortuna e sucesso para aquele que a tem. Representa o acumulo de conhecimento que se tem e que irá conseguir, pois conhecimento é a maior fortuna que vocês possuem. O lobo-guará, uma criatura curiosa que durante toda a vida tem vislumbres do outro lado e recebe premonições, demonstrando a busca por conhecimentos novos e a ampliação da sabedoria adquirida.

— Já a serpente alada, sempre idolatrada, temida e respeitada pelos povos antigos, representa o crescimento, o fogo e a vida, uma forma de demonstrar o elevado grau de conhecimento que os alunos possuem nessa fase. A gralha-azul, um pássaro que de acordo com a lenda teve a missão de plantar toda a floresta de araucária no sul do Brasil, demonstra a dedicação e determinação em cumprir com sua tarefa, o que deve ser o objetivo dos alunos do sexto ano. Por fim, a rã de Tromero, uma pequena criatura das florestas, representa o fim da idade juvenil e o início da idade adulta e será este o animal que estudaremos.

A professora posicionou-se atrás de sua mesa, onde havia um pano cobrindo o que pareciam ser caixas de tamanhos variados. Com um aceno da varinha o pano moveu-se para o lado, revelando três caixas de vidro que estavam envoltas por um feitiço translucido, como um tecido em movimento.

— Estes aqui são os girinos da rã de Tromero. Podem ver que alguns são mais rosados que os outros, mas todos nascem esbranquiçados e o tom rosado determina o nível de crescimento. São difíceis de se encontrar na natureza, mas possuem muitas propriedades mágicas em sua pele, sendo usado, de forma ilegal, no preparado de poções. De acordo com o decreto presidencial mágico número duzentos e treze, são animais protegidos por lei, assim como os norques, portanto, capturar ou utilizar algum deles no preparo de poções é ilegal. Aqui são os girinos um pouco mais velhos e vejam que alguns são quase rãs adultas, possuindo a coloração escura. Nessa fase, eles permanecem a maior parte do dia escondidos em buracos, saindo somente durante a noite para se alimentar. Por fim, ao tingir a maturidade a rã realiza a sua primeira aparatação. Sim, isso mesmo, ela aparata para outro lugar, deixando a pele rosada vazia para trás. Aqui, vejam.

A professora segurou em sua mão a casca vazia de uma rã. Possuía as feições da rã, sendo em tom rosado, com várias pequenas protuberâncias roxas por sua extensão.

— Essa é a casca em que viveu até a sua maturidade, sendo deixada para trás quando chega sua vida adulta. Agora, se não perceberam, deviam estar tomando nota de tudo que falo, pois, quem sabe, pode cair em alguma prova. Bem, ela vai primeiramente descoberta pelo grande magizoologista Norberto Tromero Assunção, mas foi estudava com mais afinco pelos estudiosos Geraldo e Newt...

Roberto sentiu uma cutucada em sua cintura e quase saltou da cadeira. Um pequeno avião de papel havia passado por baixo de sua cadeira e planava ao seu lado. Ele puxou o avião de papel e o abriu com calma, prestando atenção para que a professora não o visse.

Hoje nós vamos esperar do lado de fora da cozinha e vamos seguir a Maria.

Você vem.

                                 -M

Ele respondeu logo abaixo.

Não acho que seja uma boa ideia.

Vou estudar.

                                 -R

Ele mandou o avião de volta, passando por baixo das cadeiras. Pouco depois recebeu outra cutucada e o avião estava lá, planando.

Não foi uma pergunta ou um pedido.

VOCÊ VEM!

                                 -E


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Notas finais do capítulo

Olá, espero que esteja tudo bem com vocês!
Desculpem o atraso para publicar, espero que me desculpem!
Vou tentar retomar o fluxo de antes, vamos ver se consigo XD



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