“Porque você aparece quando eu te esqueço?” — Motoshima.

15 de fevereiro

Lebanon, Kansas

24:05 Meia noite e cinco minutos

Nuria não soube ao certo que horas eram ou o porque estava acordando mas quando olhou para o pé da cama que estava deitada viu Castiel, e então se lembrou da promessa dele de voltar e levar ela para resolver alguns problemas.

Ela se levantou em silêncio sentindo o seu corpo cansado e dolorido, e parou em frente ao anjo do senhor pronta para ir contra o que fosse imposto para ela.

— Não temos tempo para brigas, temos que ser rápidos ou você não vai conseguir voltar a tempo de fingir que não fez nada para os seus admiradores. -Castiel falou naquele tom de quem não se importava ou não entendia o mundo.

— O que você quer que eu faça? -Nuria perguntou indo até as roupas que já estavam separadas no pé da cama para que eu usasse pela manhã.

Ela começou a tirar a sua roupa ali mesmo no quarto, na frente do Castiel não se importando se ele estava ali olhando ela ficar pelada ou se já tinha saído dali do mesmo jeito silêncio e estranho que entrou; ela estava pronta mas não se sentia pronta para fazer qualquer coisa que não fosse ficar deitada ali naquela cama sozinha.

— Vamos, não temos tempo para cuidar de coisas chatas. -ele falou quando a morena se aproximou dele já pronta e então tocando a sua testa os dois sumiram daquele quarto da mesma forma como Castiel tinha aparecido.

24:20 Meia noite e vinte minutos

Eles apareceram em um lugar mais quente e distante do Kansas de onde estavam porque mesmo sem saber ao certo o lugar mas sabia pela temperatura que era diferente, lembrava uma fazenda antiga com pouco proteção o que fez com que Nuria começasse a pensar o porque que ela estava ali.

— O que você quer de mim? -ela perguntou se virando pra ele vendo ele parado ali olhando a casa como se tentasse entender alguma coisa.

— Me parece óbvio, eu quero algo que está na casa. -ele falou simples e objetivo e sem dar muitas informações, deixando bem claro que ela teria que fazer tudo sozinha; e ela ainda não conseguia pensar em uma maneira de resolver aquilo.

01:00 Uma hora da manhã

Nuria já tinha circulado toda a área da casa analisando tudo com cuidado quando voltou até a parte de trás onde Castiel ainda estava parado como se nada estivesse acontecendo, e tudo aquilo já estava matando ela por dentro; seu corpo doía e a caminhada em volta da casa só piorava a situação.

Ela tirou um elástico de cabelo que estava no bolso da calça e prendeu seus longos fios escuros em um rabo de cavalo alto assim impedindo que eles atrapalhem em seus próximos passos; ela já sabia onde estavam as câmeras de segurança mesmo sendo poucas e em direções que ela não via motivo até começar a montar um plano de invasão.

— O QUE VOCÊ QUER QUE ESTA LÁ DENTRO? -ela gritou colocando o dedo no peito dele tentando tirar qualquer informação que pudesse.

— Você vai saber quando entrar, mas sugiro que você corra, Sam sempre acorda cedo em dia de viagens e tenho certeza de que ele vai até o seu quarto te procurar. -ele falou apontando a casa sem nem ao menos se importar por estar ameaçando alguém com tanto poder quanto a morena.

Castiel vinha observando ela nos últimos dias então sabia que ela estava usando com mais frequência do que estava acostumada então ele sabia que ela estava esgotada, mas mesmo que no fundo aquele anjo bom que queria parar com tudo e voltar a viver escondido no bunker porém ele estava seguindo regras e essas ele não sabia e nem conseguia ignorar.

Ele queria enfrentar e seguir a sua vida, ela queria matar ele e fugir; para bem longe onde não poderia ser encontrada por ninguém, onde poderia ser ela sem se esconder de ninguém.

— Se eu morrer lá dentro, quem vai contar pro Dean e para o Samuel? Porque como você mesmo disse, eu tenho que estar naquele quarto até um deles ir me procurar. - Eu desapareço com o seu corpo e nunca mais vão ouvir falar de Nuria Hickman ou seja lá quem você for. -ele falou tentando se convencer de que iria vencer aquela discussão.

— Se você acredita que vai ser assim tão fácil, acho melhor a gente deixar algumas coisas bem claras; eu não vou simplesmente sumir assim então saiba que algo muito maior vai acontecer com você e a única pessoa que poderia te proteger vai morrer aqui nessa casa. -Nuria não estava brincando enquanto dizia aquelas palavras, ela sabia que ainda iria acontecer algo maior do que estava acontecendo agora.

Ela sentia seus olhos começando a ficar nebulosos, aquela tempestade que não as vezes mas agora sempre tinha um admirador ou às vezes até mais de um; ela não podia simplesmente matar um anjo e sair dali.

— Eu vou entrar. -ela falou dando as costas pra ele tentando se controlar para somente se manter focado no que iria fazer.

— Você vai precisar de armas, e agilidade não temos mais muito tempo. -Castiel falou puxando duas armas e um pente extra que a mesma tratou de verificar uma arma por vez antes de guardar na parte de trás da calça escondendo a mesma com a camisa.

01:20 Uma hora e vinte minutos

P.O.V Nuria Hickman

Deixei Castiel sozinho ali parado como um idiota, e fui até a frente da casa parando em frente ao portão principal que estava com seguranças que me olhavam estranho pelo fato óbvio de que uma garota não deveria estar sozinha naquela área e principalmente naquele horário.

Ela se aproximou do portão vendo que quando chegava mais perto do portão podia sentir a energia sobrenatural que vinha dos dois seguranças que estavam parados ali e podia ver símbolos desenhados mas sabia que eles não poderiam parar ela.

— O que a linda garota faz aqui nesse horário, sozinha? -um dos seguranças perguntou se aproximando do portão sorrindo de forma nojenta.

— Eu estava saindo com um cara mas ele era muito idiota e quando chegou no momento certo não soube o que fazer, então acabou me deixando aqui sozinha ainda bem que eu tenho você que é ainda melhor. -falei me aproximando do portão ficando bem próximo do primeiro segurança mesmo que pela grade, o cara era um idiota mas eu conseguia ver na sua cintura uma arma com silenciador e era exatamente do que ela precisava.

Com cuidado comecei a usar os meus poderes para sem que os seguranças perceberam para que eu pudesse entrar na casa e seguir com o plano que ainda não existia mas que eu estava otimista em que iria dar certo porque era uma necessidade.

Todo o plano seria mais fácil se ela soubesse o que estava procurando e pudesse usar os seus poderes para invadir aquele local, mas ela sabia o que iria encontrar e também não estava forte o suficiente.

— Por que você não entra, e eu te deixo usar o meu telefone pra ligar para um táxi e enquanto você espera podemos conversar. -o segurança falou acenando para o outro que falou algo no rádio e então abriram o portão que já não estava mais enfeitiçado, assim permitindo que eu entrasse.

Passei pelo portão sorrindo e antes que qualquer coisa pudesse acontecer, me aproximei do primeiro segurança passando um dos meus braços em volta do seu pescoço enquanto que com a outra ia até a cintura dele puxando a arma e batendo com ela na cabeça do próprio levando ele ao chão e já atirando na cabeça do outro.

— Menos dois.

01:35 Uma hora e trinta e cinco minutos

Arrastei os dois corpos para onde as câmaras não podiam ver e recolhi as armas que estavam com eles, assim me deixando com quatro armas e um radio; comecei a dar a volta na casa observando janela por janela vendo todas fechadas e com a cortina abaixada com exceção de uma que ficava próximo a onde estavam mais dois seguranças.

01: 45 Uma hora e quarenta minutos

Me escondi atrás de uma árvore no jardim e atire nos dois seguranças perto da janela mas não conseguindo derrubar eles de primeira, tive que atirar mais de uma vez em cada um deles até ver os dois no chão; corri até a janela verificando se os seguranças estavam mortos e então passando pela janela encontrando um banheiro mas diferente de todos os banheiros comuns, aquele a porta parecia se fechar somente pelo lado de fora.

Encostei minha mão na porta me concentrando e depois de muito esforço ao ponto de sentir meu nariz sangrando então abrindo o trinco e deixando a porta encostada de forma que eu conseguia ver se alguém estava passando no corredor ou se estava em frente a porta; joguei uma das armas na privada depois checando que estava com o pente vazio, e peguei mais uma vendo que depois só me restaria mais duas que estavam sem silenciador.

Abri a porta com cuidado a porta vendo que no mesmo momento um segurança vinha em minha direção e antes que eu pudesse fazer alguma coisa para tentar me esconder ele correu na minha direção, me deixando sem escolha a não ser atirar nele mas antes conseguindo ver os seus olhos negros.

— Se são demônios, por que morrem com balas comuns? -falei comigo mesmo enquanto arrastava o corpo até o banheiro e tranquei a porta novamente.

01:53 Uma hora e cinquenta e três minutos

Usei a mão mesmo para limpar o sangue que ainda escorria do meu nariz, enquanto tentava ficar em pé no corredor mesmo sentindo o meu corpo implorando por um descanso ainda maior agora; não sabia que lado seguir mas algo dentro de mim me dizia que seguir os meus poderes era a decisão certa.

Olhei para o meu lado esquerdo sentindo uma vibração estranha e borboletas no estômago como se meu corpo sentisse a necessidade de seguir naquela direção, como se fosse chamado por algo maior. Fui encostada na parede até a esquina da mesma certificando que não tinha ninguém ali e seguindo o corredor vendo que todas as portas naquele corredor estavam trancadas, me enchendo de curiosidade e suspense.

Me arrastei até a primeira porta soltando o trinco e abrindo a porta com cuidado vendo que ali dentro parecia vazio mas por trás de tudo eu sabia que algo estava errado, tentei me concentrar para tentar entender o que estava errado mas nada saia; quase fui me arrastando até os próximos cômodos abrindo todos eles vendo que estavam todos do mesmo jeito, vazios.

— Por que está fazendo isso comigo, Castiel? -perguntei com a boca seca voltando a seguir o caminho mas antes que eu pudesse continuar andando, três seguranças vieram na minha direção me fazendo usar as armas para derrubar dois mas no ultimo fui obrigada a usar mais força do que queria para derrubar ele usando luta corpo a corpo.

Antes que conseguisse afastar o demônio levou um chute na barriga e só pelo movimento inesperado de dor nas costelas conseguiu usar seus poderes para somente afastar ele o tempo suficiente para puxar outra arma da cintura e atirar nele.

02:05 Duas horas e cinco minutos

Não me importei com o sangue que voltava a sair do meu nariz e continuei o caminho segurando a arma em uma das mãos enquanto que mantinha a outra nas minhas costelas doloridas; estava chegando em um ponto da casa que fazia o meu corpo formigar mas quando quase cheguei na cozinha sabia que tinha passado do lugar que estava procurando e que meu tempo estava acabando o que significava que eu tinha que ser mais rápida.

Me encostei na parede tentando pensar em onde poderia estar e o que seria, quando senti que estava tudo perdido e estava prestes a sentar ali no chão e esperar mais seguranças chegarem até em mim quando em um ato de desespero olhei para o teto vendo uma escada retrátil que parecia ser minha última chance.

Estava de roupa preta e agradeci por isso mas também podia sentir que minha roupa estava colada e deveria ser de sangue que eu achava que não era meu mas com as dores no meu corpo, já não tinha certeza de nada; antes de pegar a corda usada para puxar a escada escutei passos lá em cima me deixando mais alerta sobre tudo que iria acontecer.

02:12 Duas horas e doze minutos

Puxei a escada de uma única vez revelando um segurança e não dei a ele tempo o suficiente de revidar atirando primeiro vendo ele cair lá de cima em cima de mim me fazendo ir de encontro com o chão; empurrei ele pro lado com cuidado me levantei começando a subir as escadas em direção a um lugar escuro e totalmente fechado, o que explicava o porque eu não tinha visto aquele andar quando fiz a ronda no começo da noite.

— Você não devia estar aqui, boneca. -escutei alguém no escuro falando e então vendo tudo apagar.

02:30 Duas horas e trinta minutos

P.O.V TERCEIRA PESSOA

Nuria acordou se sentindo cansada e torcendo para que tudo que tinha passado fosse um pesadelo que logo iria sumir de sua mente, mas ao abrir os olhos se viu presa dentro de uma jaula de animais não muito grande ao lado de outra jaula maior que a dela, e as duas dentro de um pentagrama gigante que ela nem se deu ao trabalho de ver do que ele era feito.

Ela se sentou da melhor forma que conseguiu ali dentro daquele pequeno espaço com todas as dores em seu corpo, não se importando em olhar em volta ou pensar em uma saída daquele lugar; tudo que sua mente queria era ficar ali e desistir de tudo que estava acontecendo, com cuidado abriu a sua blusa de botões preta que parecia molhada vendo que sua pele estava manchada de sangue da mesma forma que a sua mão estava ficando mas por baixo de tudo aquilo suas costelas doloridas estavam começando a ficar dolorida ao toque.

— O que você está fazendo aqui? -uma voz atrás dela despertou ela daquela bolha em que ela tinha construído a sua volta, fazendo com que ela se virasse rápido para ver quem era e acabasse gemendo de dor.

— Quem é você? -a morena perguntou se sentindo tensa por estar ali com alguém.

E naquele momento Nuria se arrependeu de não ter dado tanto importância para o agora, ela sabia que não devia ter se mantido ali dentro apenas existindo e reclamando da sua vida enquanto tinha que estar pensando em como sair dali com o seus poderes fracos e levando o que Castiel queria.

Então ao pensar por um momento enquanto encarava aquela pessoa também presa ali ela se deu conta de que talvez ter sido pega foi a solução para aquele problema, porque talvez ela estivesse procurando a coisa errada.

02:45 Duas horas e quarenta e cinco minutos

Olhando bem para aquela pessoa ela caiu em si sobre o como estava encarando tudo da forma errada.

— É você que ele quer né? -ela perguntou já certa de que aquela sensação que ela estava sentindo era referente as armadilhas que estavam ali para manter ele e o que ele era.

— Não importa quem seja ele, eu não preciso de ninguém para me tirar daqui, ainda mais de uma garota que não consegue nem entrar aqui sem ser pego. -ele falou rude se sentindo superior a ela e naquele momento ela quase riu.

Ele já havia conhecido alguém com aquele gênio de superioridade então não precisou de muito para saber que ser sobrenatural ele era, mas ainda não tinha certeza do porque Castiel queria ele, só sabia que seu tempo deveria estar acabando; e observando o local à sua volta viu que não tinha janelas e nem portas, somente uma pouca luz que permitia que vissem o pentagrama desenhado no chão.

Era um pentagrama simples e em dias comuns ele não seria um problema mas naquela situação ela somente conseguia pensar em como aquilo não daria certo e em como ela estava ficando dependente dos seus poderes e com aquele pensamento sua mão foi diretamente aonde costumava estar o seu colar e encontrar o seu pescoço vazio fez com que se lembrasse do que passou com a Amara.

— Eu não vou ficar aqui por mais nenhum minutos.

02:55 Duas horas e cinquenta e cinco minutos

O homem que até aquele momento não tinha nome mas que já tinha sido classificado como um anjo do senhor que já não servia mais a Deus, e ao lado dele a própria sobrinha do Criador, filha de uma mulher poderosa mas com julgamentos ruins sobre o mundo e as pessoas que estavam à sua volta, tanto os anjos que viviam no céu quanto os humanos que ela observava na terra.

Nuria não tinha a certeza de que o que estava planejando iria dar certo ou se poderia confiar em Castiel para ajudar ela quando tudo acabasse e ela estivesse sem forças, porque sozinha ela não conseguiria fazer tudo. A morena se esticou até conseguir manter a mão do lado de fora da jaula sendo observada de perto pelo anjo que tentava entender o que uma garota fraca como a Nuria estava, iria fazer para se livrar de uma jaula e então um pentagrama grande.

Ela estendeu a mão sobre uma das linhas do desenho sentindo que ele não era pintado de forma simples, era feito com magia de forma quase perfeita e profissional; Nuria se concentrou em tentar o usar os seus poderes mas no primeiro momento nada aconteceu, era como se ela fosse humana.

03:00 Três horas

Precisou de muito mais do que somente se concentrar e então se sentindo esgotada e praticamente sem conseguir respirar, seu nariz já estava voltando a sangrar e suas costelas doerem quando seus olhos ficaram escuros como tempestades o que assustou o anjo que se encolheu na sua jaula quando sentiu o chão tremendo.

E quanto mais o chão tremia mais preocupado o anjo ficava e mais se encolhia em sua jaula e Castiel do lado de fora se sentia da mesma forma, Nuria não tinha somente os olhos em tempestade como também estava iniciando uma tempestade do lado de fora, raios e trovões estavam caindo, ventos fortes como um tornada em volta de toda a propriedade.

Porém todo aquele poder estava esgotando ela e então como um grito, um raio pegou em toda a casa quebrando as janelas, acabando com a energia e então com um grito ainda mais alto a morena se livrou de sua jaula e começou a flutuar dentro do pentagrama destruindo o feitiço que prendia os dois ali.

Quando Castiel sentiu o feitiço sendo quebrado e olhou para o céu viu Nuria flutuando em cima do que deveria ser uma prisão escondida e se sentiu tranquilo por ela estar viva mas ao mesmo tempo preocupado com a imensidão de poderes que a garota tinha, com toda a chuva que caia seu sobretudo estava ensopado e seu cabelo mesmo curto grudava em sua testa.

03:06 Três horas e seis minutos

Ele sumiu debaixo daquela árvore que estava a tanto tempo apenas observando e esperando a sua oportunidade, surgindo novamente ao lado da jaula do anjo que ainda estava preso e assustado, no mesmo momento em que Nuria voltava para o sótão caindo de joelhos ao lado do moreno.

— Finalmente nos encontramos Matiel, foi mais difícil do que todos esperavam encontrar você, hoje é um dia de vitória para o céu.  -Castiel falou direto para o anjo ainda preso ignorando completamente a morena que tanto não se sentia bem e não parecia bem.

— De vitória para o céu? Olha bem a sua volta, quem me encontrou não foi você, foi ela. -O anjo agora com nome de Matiel falou apontando para a morena que ainda estava encolhida no chão.

— Ela trabalha para o céu, então trabalha para mim e você vai para a prisão do céu onde nunca mais vai sair. Castiel falou se aproximando da jaula e ao tocar nela a mesma sumiu restando somente a morena que estava prestes a desmaiar quando ele a tomou nos braços, e então surgindo no mesmo quarto em que a Nuria foi tirada no começo da noite.

Estavam os dois molhados ao ponto de estarem formando poças quando chegaram ao quarto, ele ainda estava escuro como todo o bunker mesmo o dia já estando próximo a amanhecer e ali parados frente a frente com as roupas pingando Nuria quis um abraço de conforto ao se lembrar de tudo que passou naquela noite, foram mais de cinco seguranças mortos e uma casa destruída sem contar o anjo que estava mais uma vez preso.

— Você está feliz por tudo que aconteceu? -ela perguntou com a voz fraca assim como seu corpo mais dolorido do que quando saiu dali.

— Concluiu sua missão, mas não foi será somente essa, quando precisar espero que esteja pronta. -Castiel falou e logo sumiu deixando ela sozinha ali com a sua dor.

Ela não tinha certeza do que iria fazer da sua vida, só sabia que naquele momento ela queria deitar naquela cama e dormir o máximo que conseguisse até que um dos meninos fosse até ela informando que era hora de iniciar a viagem. Nuria não se deu ao trabalho de tomar um banho quente, ela apenas tirou aquela roupa deixando a mesma jogada ali e se deitou com cuidado sentindo o seu corpo se acalmando aos poucos e sem demorar muito dormiu mesmo com tudo que estava em sua mente.