The Queen - A Star Wars Story escrita por Lily


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Ola estrelinhas! Como vão? Espero que bem. Aqui está mais um capítulo da fanfic, espero que gostem, e se quiserem digam-me o que estão achando ok? Boa leitura a todos!



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— Ótimo! - esbravejou o jovem rapaz de cabelos negros e longos presos em uma trança a frente do grupo de sete pessoas,  enquanto andavam pelos corredores da base Starfire. - Finalmente isso está acontecendo.

— Você está bem animado não é mesmo Mu? - indagou a moça de coque azulado que caminhava logo atrás.

— Exatamente Sies, estou muito animado e não é para menos. Finalmente vamos por em prática o que fomos treinados para fazer, chega de ficar espionando, vamos entrar em ação! - comemorou Mu ao estalar os dedos de ambas as mãos.

O grupo caminhava bastante falante pelos corredores da base, embora um deles permanecesse calado, apenas acompanhando seus amigos.

— Estou louco para ver o que a Mestra fará com aqueles bárbaros, já estava na hora dela dar uma lição naquela escória. - comentou o rapaz de pele morena mais alto do grupo.

— É, você tem razão Ocnic. - disse Mu.

— Será que ela permitirá que entremos em ação? - perguntou a jovem moça de longos cabelos castanhos pouco esperançosa. Até que o moreno deu uma breve pausa em sua caminhada e a encarou sério.

— Não diga isso nem de brincadeira Siod! Fomos treinados para lutar, é isso que sabemos fazer, ela não pode simplesmente nos colocar de lado e não autorizar nossa participação como se fôssemos criança! - esbravejou Ocnic fazendo Siod encolher os ombros um pouco ressentida de ter feito uma pergunta tão tola.

— Não precisa falar assim com ela Ocnic! - rebateu a jovem de curtos cabelos vermelhos, fitando seriamente seu companheiro.

— E como eu falei com ela, exatamente, Ortuaq? - indagou Ocnic com uma voz baixa porém com sinais de ameaça.

— Não é por que você se pareça com um ogro que você deva agir como um. - respondeu Ortuaq ao moreno sem cabelos que cerrou os dentes e fechou os punhos.

— Como é?!

— Ei, vamos parar com isso! - esbravejou Mu encerrando a breve discussão de seus companheiros, todos fitaram o pequeno rapaz de olhos puxados antes que ele voltasse a falar. - Ocnic tem razão, a Mestra não vai nos deixar de fora dessa situação, foi para isso que ela nos treinou e para isso que servimos a ela. Vamos apenas ser um pouco mais pacientes, certo?

Todos concordaram com as suas cabeças e Mu sorriu.

— Então, Ocnic, seja um pouco mais delicado com Siod, é normal fazer perguntas tolas.

— Você manda, Mu. - disse Ocnic ao cruzar os braços.

— E voce Ortuaq, não precisa iniciar uma guerra civil no nosso grupo só para defender sua amiga, eu tenho certeza de que Siod sabe se defender muito bem, ou ela não estaria aqui conosco.

— Você tem razão Mu, falha minha. - respondeu Ortuaq meio contragosto, mas não querendo estender aquela discussão a níveis desnecessários, ela puxou Siod pelo braço para que ela se distanciasse de Ocnic.

— Isso! Não é a toa que você é o líder do Exército dos Sete, Mu! - sorriu o rapaz branco se cabelos negros espetados ao passar um de seus braços em torno do pescoço de seu líder que também sorriu. - Você sabe muito bem como por ordem em todos.

— Não é bem assim Sert...  - Mu respondeu sorrindo. - Eu prezo pelo bem está desse grupo, somos fortes separados porém juntos somos o mesmo que uma máquina mortífera, então é assim que devemos ser, unidos.

Sert soltou seu lider e bateu palmas sorrindo largamente.

— Exatamente, um ajuda o outro. Se não fosse para ser assim a Mestra não teria nos selecionado e nos treinado pessoalmente. - disse Sert. - Não se preocupem, é claro que vamos acompanhar a destruição da facção do Norte e vamos participar também. Como disse o Mu, temos que ser pacientes galera.

— É até estranho ver você falar algo sensato, Sert... - comentou a ruiva com um sorriso de lado.

— Ah, eu posso ser sensato sempre que você quiser meu amor. - Sert piscou um dos seus olhos para Ortuaq que cerrou os dentes em irritação, puxou uma de suas armas e apontou para o companheiro.

— Não me chame de "meu amor" seu idiota!

— Legal pessoal! Acho que por hoje já deu de ameaças não é mesmo? - falou Sies ao forçar Ortuaq a abaixar sua arma enquanto Sert ria por mais uma vez ter conseguido tirar a ruiva do sério. 

Os relacionamentos dentro do grupo nem sempre eram os mais amigáveis, porém todos se respeitavam como aprendizes de Lady Arba, se estavam lá é por que tinham algo especial e ela havia notado. Então eles reconheciam isso entre eles. Apesar de inúmeras vezes ocorrer ameaças entre eles, nada havia se concretizado ainda e isso era bom para eles, a soberana não gostava da ideia do seu pequeno exército está em conflito interno. Então eles faziam sempre por onde não desaponta-la.

— Sies está certa, não podemos mais perder tempo com bobagens, temos muito o que fazer. - respondeu Mu se preparando para voltar a caminhar quando Sert o segurou novamente pelo ombro.

— É claro, é claro, temos muito trabalho pela frente. - ele balbuciou. - Mas não antes de nos dizer como foi que você perdeu seu sabre de luz.

— Shhhhh!!!! - Mu usou sua mão para tampar a boca de seu companheiro rapidamente. - Não fale isso aqui dentro, essas paredes tem ouvidos e tudo chega de algum jeito até Mestra!

Naquele momento os sete se silenciaram quando alguns stormtroopers passaram por eles em sua inspeção rotineira, até os soldados estavam distantes o suficiente para os jovens retomarem o assunto.

— Nós não podemos tocar nesse assunto aqui, se a Mestra descobrir eu estarei encrencado! - o rapaz de trança negra encolheu os ombros. Imaginado o que Arba faria com ele ao descobrir esse seu descuido.

— Como foi que isso aconteceu Mu? - indagou Ortuaq.

— É, você sabe que a Mestra fica furiosa quando algo acontece aos nossos sabres de luz. - Ocnic comentou ao fitar seu lider cruzando os braços.

— Seu sabre de luz é a sua arma e sua vida!

Todos falaram em uníssono, certificando que lembravam bem da mais importante regra de sua Mestra. Mu não poderia se sentir mais temeroso com a ideia de ter perdido seu sabre de Luz, porém ele sabia onde seu sabre estava e estava disposto a consegui-lo de volta o quanto antes.

— Eu sei! Foi um descuido, o líder da facção do Norte acabou pegando-o quando ele caiu do meu cinto naquela fulga. - explicou Mu fazendo todos seus companheiros olharem descrentes para ele.

Como alguém simplesmente perde a única arma em uma fulga?

— Logo o Líder da facção?! - Sies quase gritou pasma.

— Se a Mestra descobrir você estará muito ferrado. - ponderou Sert recebendo um olhar irritado de seu líder.

— Olhem, eu sei disso. Eu vou recuperar meu sabre de volta antes que ela descubra. - prometeu Mu confiante. - E se eu der sorte poderei arrancar a cabeça do líder com ele.

O mais quieto do grupo entao revirou os olhos em desaprovação as palavras de seu líder, mas isso não passou despercebido por Mu.

— O que você tem Etes? - perguntou Mu estranhando o comportamento quieto do jovem de cabelos curtos e negros, de pele clara e altura média. - Não falou nada o dia todo, você tá legal?

Etes suspirou e cruzou os braços.

— Eu estou bem... Só achei precipitado da nossa parte relatar que descobrimos quem é o líder da facção, poderíamos ter aguardado mais um pouco para termos certeza. - disse Etes um pouco incerto de suas palavras, ele não queria que seu companheiros desconfiassem dele.

— Como assim? Nós temos certeza, Etes. - Mu rebateu ao amigo.

— Exato, não tínhamos que esperar mais nada e a Mestra tinha que saber. - disse Ortuaq.

— Eles podem ter nos enganado, talvez aquele homem não seja o seu lider de fato. - Etes tentou explicar.

Um silêncio se instaurou entre os membros do Exército dos Sete até que se ouviu um pequeno riso vindo de Ocnic, logo todos começaram a rir bem alto, deixando Etes claramente desconfortável.

— O que podemos esperar daquela maldita raça? - indagou Sert risonho. - Se eles nos enganaram, nós vamos descobrir.

— Só estou dizendo que... Ah! - Etes levou uma de suas mãos até sua testa visivelmente cansado. - Não deveríamos exterminar uma cidade inteira por causa de uma facção... Tem pessoas inocentes lá!

— Olha só pessoal, parece que temos alguém que quer burlar as ordens da Mestra. - brincou a ruiva ao cruzar os braços e fitar seu companheiro.

— Não é nada disso Ortuaq!

— Então o que é? - Perguntou Sies curiosa.

Etes entortou a boca, como iria explicar suas opiniões aos seus colegas? Todos eles tinham um mesmo sentido para a vida, servir a Mestra, o que ela falava era lei para eles. Mas Etes não entendia o por que que ele não se sentia bem em seguir essas "leis", ele foi treinado assim como os outros, mas não sabia o motivo da sua aversão às ordens de Lady Arba.

O rapaz gostaria de dizer seus reais motivos para não concordar com o ataque a cidade do Norte, porém o medo falou mais alto e ele deu um goto a seco.

— Não é nada... - respondeu cabisbaixo. - É só bobagem minha.

— Uma bobagem mesmo. Mas não se preocupe, logo tudo vai voltar a ser pacífico em Daimon e poderemos ter mais tempo livre na cidade Central para aproveitarmos como quisermos! - confirmou Mu ao voltar a andar, sendo seguido por seus companheiros.

Etes ficou parado por um curto tempo, se condenou amargamente por não ter tido coragem de falar o que pensava. Se sentiu um fraco.

— Vamos sair para beber alguma coisa antes da Mestra dar as ordens. - disse Sert caminhando logo atrás de Mu.

— Boa ideia, eu estou morrendo de fome. - Ocnic falou ao passar a mão em sua barriga.

— Você vem, Etes? - Siod parou momentaneamente e fitou seu amigo que suspirou.

— Estou logo atrás de vocês...

—________________________

— Duquesa Trizna, que bom que aceitou o meu convite. - disse Arba amigavelmente ao cumprimentar a sua convidada em sua sala.

A soberana de Daimon caminhou até as poltronas almofadadas que haviam em sua sala, indicando o lugar para a Duquesa se sentar, frente a frente a ela. Como era de praxe, Trizna estava acompanhada por dois de seus soldados e uma dama de companhia.

— Foi um prazer Majestade, fiquei até mesmo honrada com seu convite. - disse a Duquesa ao se sentar, procurando uma posição confortável na poltrona enquanto fitava Lady Arba. - Você continua muito bonita.

Arba sorriu ao se sentar em sua poltrona pessoal.

— Você é muito gentil.

O elogio era mais do que sincero, Trizna sempre notou a beleza estonteante de Arba desde a primeira vez em que elas se encontraram. Os olhos amarelos da morena se destacavam na face branca da mesma, além de que ela sempre estava muito bem vestida e naquele encontro não podia ser diferente. A jovem Rainha de Daimon vestia um vestido longo preto, bem trabalhado com traços dourados e suas mangas iam até os cotovelos da mesma, deixando o decote com uma aparência bem avantajada. Usava brincos prateados que se destacavam em seus longos cabelos ondulados que desciam pelos seus ombros.

A Duquesa deu uma breve olhada pela sala da soberana de Daimon, era realmente um lugar luxoso, ficou encantada com a vista que aquela sala proporcionava a Lady Arba e imaginou como ficaria aquele design em sua própria sala. Ela não poderia deixar de notar os dois Stormtroopers cuidando da segurança de Arba e a dama de companhia da morena logo ao seu lado.

— Admito que fiquei um pouco curiosa, afinal já faz muito tempo desde que nos vimos pela última vez. - comentou a Duquesa.

— Verdade... - disse Arba sorrindo. - Diga-me Alteza, como está indo Mandalore?

Zero sorriu de canto de boca ao ouvir finalmente o assunto que sua senhora queria tratar com a Duquesa.

— Ah, Mandalore está indo muito bem! O planeta está saindo do status de inóspito para habitável graças o crescimento das cidades cúpulas e da segurança que você nos forneceu. - Trizna então falou exatamente aquilo que Arba queria ouvir. - A propósito, eu nunca tive oportunidade para agradecer formalmente pelos reforços em segurança e mão-de-obra que você enviou a Mandalore, até mesmo os doidres que você mandou foram se suma importância para o fortalecimento do planeta. Muito obrigada por isso Majestade.

A Duquesa Trizna curvou um pouco a sua cabeça para frente em respeito a soberana de Daimon que sorriu. O próximo passo de Arba poderia provavelmente ser o maior desde o enfraquecimento da Primeira Ordem após o ataque da Resistência, ela sabia que tudo precisava sair conforme os seus próprios planos.

— Eu fico imensamente feliz em ouvir isso Alteza, é a prova de que realmente Mandalore está prosperando. - Lady Arba comentou.

Arba olhou para Trizna, ela tinha a inocência de uma jovem de pouco mais de 18 anos de idade mas com uma grande responsabilidade em suas costas de guiar seu povo e os sistemas dos qual ela era regente. A Duquesa era um pouco mais baixa que Lady Arba, vestia um vestido típico mandaloriano que consistia em cores roxas e verdes, com um penteado um pouco mais modesto do que os penteados de suas antepassadas,  prendendo seus longos cabelos loiros. Os olhos azuis da jovem mandaloriana tinham ternura, gentileza e bondade, e aquilo irritava Arba profundamente. Pacifismo era uma ideologia tão ridícula quando a ideologia dos extintos Jedis.

— Sim. Então, qual é o assunto que você gostaria de tratar comigo? - indagou a Duquesa inocentemente.

— Bom, não é algo tão sério mas é de extrema importância. - disse Arba fitando sua convidada. - Duquesa Trizna, você sabe que Daimon sempre foi parceiro de Mandalore, não só para fornecer ajuda mas também por causa das rotas de comércio que ligam ao seu planeta...

Trizna interrompeu:

— Sim, a economia de Mandalore cresceu bastante também com as novas rotas.

Lady Arba abriu um sorriso descontente em ter sido tirada de seu raciocínio antes de terminar o que tinha para dizer, mas foi paciente.

— Ótimo. - disse ela áspera. - Sabe Alteza, na época em que eu ajudei o seu planeta eu não cobrei uma retribuição, até por que eu não previsava. Só que agora eu vou precisar dessa retribuição por parte de vocês, mandalorianos.

Trizna não desconfiou de nada, apenas assentiu com cabeça.

— Claro Majestade, você mais do que ninguém tem todo o direito de pedir algo.

Lady Arba sorriu satisfeita, aquilo poderia ser mais fácil do que ela imaginava.

— É muito bom ouvir isso. - falou Arba calmamente. - Bem... O que eu quero de Mandalore é algo simples.

— E que seria... - ponderou a Duquesa aguardando a continuação da resposta da soberana.

— Que vocês jurem lealdade a mim e a Primeira Ordem.

— Oque?!

A Duquesa levantou-se rapidamente de sua poltrona completamente pasma com o que havia acabado de ouvir. Seus olhos azuis olharam chocados para Lady Arba que permanecia sem expressão.

— Não é nada de mais... - sorriu Arba ao dar os ombros. - Não há motivos para você me olhar assim. Por favor, sente-se.

— Eu não quero me sentar, e você não pode esta falando sério! - esbravejou a Duquesa em fúria.

— Eu pareço esta brincando?

O olhar que a morena lançou a Trizna fez a mesma sentir calafrios em seu corpo, ela nunca tinha visto aquele olhar em Lady Arba desde que se conheceram.

— Isso... Isso é um absurdo! Eu não posso fazer isso! Não podemos fazer isso! - disse a Duquesa irritada ao fitar a jovem rainha a sua frente com descrença.

— Pensei que eu pudesse pedir qualquer coisa que quisesse... - ponderou Arba ao cruzar os braços.

— Mas não isso! Somos um sistema neutro!

— Neutralidade é uma questão de ponto de vista e nos dias de hoje ela não será mais eficaz para seu planeta.

— Ela foi eficaz durante anos! Eu não posso simplesmente entregar meu planeta nas garras da Primeira Ordem como se fôssemos um prêmio! Somos pacifistas, nós pregamos a paz entre os povos a muitos anos! - exclamou a jovem duquesa começando a se sentir ofegante.

— Que eu saiba, Mandalore foi um planeta belicista onde mandalorianos atacaram um templo Jedi e derrubaram a velha República a muitos anos atrás. - contou Arba.

— Não use do passado para beneficiar seus argumentos! Mandalore se tornou um planeta pacifista graças a grande Duquesa Satine, mas na época do Império Galáctico fomos ocupados e servimos de base para treinamento de cadetes, quando o Império foi derrubado nós retomamos o nosso planeta, nosso lar!

— Graças a minha ajuda! - exclamou Lady Arba. - Se não fosse por mim vocês jamais teriam reestruturado Mandalore! Foi por minha ajuda que vocês voltaram a ser o planeta pacifista de antes.

Trizna deu um goto a seco com as palavras de Arba, ela tinha razão. O pior foi ter aceitado ajuda de quem eles não conheciam Para retomar e reconstruir Mandalore. Trizna se culpou, ela havia confiado cegamente em Arba achando que a mesma era uma companheira de ideologias, mas estava enganada.

— Eu não estou pedindo que entrem numa guerra, eu estou pedindo que apenas jurem lealdade a mim e a Primeira Ordem, só para nos assegurar de que estão conosco. - Arba falou.

— Eu não posso fazer isso... - disse a Duquesa com um ar de decepção, Arba não era o que ela esperava que ela fosse. E Daimon era apenas um planeta ocupado e governado por membros da Primeira Ordem, agora tudo fazia sentido para ela.

Daimon sempre fora um planeta fraco economicamente e quase esquecido da Orla exterior, mas de repente ele começa a tomar espaço nas principais rotas de comércio e a ser reconhecido até chegar ao ponto de ser um dos planetas mais ricos da Orla exterior e o principal planeta do Sistema Vinea. Algo deveria esta errado, e estava. Só que ninguém percebeu, mas agora que ela havia percebido, decidiu cortar os laços com Daimon o mais rápido possível para o bem de Mandalore.

Trizna acena para seus soldados e sua dama de companhia que era a hora deles irem embora, mas ao se aproximarem da porta a mesma se fechou rapidamente. A Duquesa arregalou os olhos, então rapidamente olhou para Lady Arba que se encontrava em pé.

— Você pode fazer isso, e vai. - falou a soberana de Daimon com frieza ao fitar a jovem duquesa.

— Mas o que é isso? O que pensa que está fazendo? - perguntou Trizna revoltada.

— Você é a líder do Conselho dos sistemas neutros, você tem influência sobre milhares de mundos, se Mandalore jurar lealdade então todos seguiram o exemplo.

— Isso jamais vai acontecer! Eu não vou abaixar a cabeça para vocês da Primeira Ordem! - esbravejou ferozmente a jovem loira e a sua impetuosidade fez Arba sorrir mais ainda.

— Ah, vai sim. - confirmou Arba. - Por que seu planeta precisa dos meus reforços, e eu posso tira-los quando eu bem quiser. O que será de Mandalore sem a segurança e a mão-de-obra que lhe foi enviada? Um planeta a mercê da criminalidade galáctica e inacabado. Apenas com uma ordem eu retiro todos os meus homens de Mandalore sem pensar duas vezes.

A Duquesa estava pasma, não conseguia impedir sua boca de se abrir em descrença ao ouvir aquela ameaça. Trizna raciociniou rapidamente, os Mandalorianos poderiam lidar com a falta dos reforços de Daimon, eles poderiam se treinar para defesa pessoal, poderiam pagar soldados de outro planeta e poderiam construir sua própria cidade sem ajuda de Arba. Era isso, ela não precisava aceitar aquela chantagem descabida.

— E se isso não for o suficiente para você aceitar o meu pedido, tomarei o seu planeta a força, ocupando-o mais uma vez nem que para isso seja necessário um derramamento de sangue e acredite, meus homens estão loucos por isso, há tempos não fazemos uma ocupação ofensiva. - concluiu Lady Arba voltando a se sentar. - Você não vai querer ser a responsável pela morte de pessoas inocentes, vai? Várias mulheres e criança, jovens e idosos...

Trizna sentiu seu corpo tremer novamente, só em imaginar seu povo novamente nas mãos do lado sombrio, sofrendo por sua decisão fez suas pernas perderem a força, fazendo-a cair no chão. Ela não via saída, não havia uma boa escolha, não havia chances para Mandalore se ela negasse tudo. Sentiu seus ombros tremerem. Logo ela estaria piscando os olhos para conter as lágrimas que haviam se formado, apertando a barra da saia do seu vestido. A Duquesa não queria dar o prazer de Lady Arba ve-la chorar em desespero interno, mas não conseguiu impedir das primeiras lágrimas caírem por seu jovem rosto.

Trizna levantou seu rosto molhado, cerrou os dentes ao olhar para o rosto da mulher que lhe chantageava de maneira tão covarde e disse:

— Você... Você é um monstro!

— Lealdade pacífica... ou invasão, você escolhe. - propôs Lady Arba ao olhar sua convidada aos prantos no chão.

Ela gostava de ver o desespero nos olhos de outras pessoas, era como se sua vitoria estivesse chegando mais cedo.

— Alteza? - a dama de companhia da Duquesa ajoelhou-se ao lado de sua Senhora, pondo suas mãos naqueles pequenos ombros.

Até que em um suspiro pesaroso, Trizna tomou a fôlego para responder.

— Está bem... Você venceu. - disse a Duquesa cabisbaixa. Os lábios da morena se abriram em um largo sorriso. - Eu... Duquesa de Mandalore, em nome do meu planeta, juro lealdade a você e a Primeira Ordem.

O som de aplausos invadiu aquela sala, Arba batia palmas como se fosse uma criança que acabava de ganhar o brinquedo que queria a muito tempo.

— Ótimo Alteza, eu sabia que você não iria me decepcionar. - ironizou a jovem de olhos amarelos. - Você fez uma escolha muito sábia e pensou no seu povo, você está de parabéns. Só há mais uma coisinha para você fazer...

— Oque? - perguntou Trizna ao fitar o chão sentindo-se derrotada.

Lady Arba respirou fundo e olhou para sua subordinada rapidamente.

— Prepare uma chamada de holograma, vamos contactar o Líder Supremo Snoke para que ele saiba dessa novidade. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Falem pra mim estrelinhas :3



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