O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 57
O atentado


Notas iniciais do capítulo

Olaaa meus amados!Vortei(de novo)com mais um capítulo pra vcs,eu pensei em desistir dessa fic porque estava sem inspiração,mas sinto que não posso deixar vcs sem um final descente pra essa hsitória,então decidi continuar:)Espero que gostem e tenham uma boa leitura.



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Aquele lugar não era nada parecido com o banheiro do avião,o espaço era mais amplo e as paredes eram mais altas.A turbulência que se fazia tão presente,agora era obsoleta.

Era uma estranha sensação de conforto para alguém que só esperava o caos.

Marinette poderia sentir suas mãos tremerem como se estivessem sendo eletrocutadas,seu corpo estava imóvel embora seu cérebro enviasse os devidos comandos para que se movimentasse.

Ela não lembrava ao certo de como tinha parado naquele lugar,mas lembrava com clareza dos últimos segundos que estava no avião.Recordava de como o chão tremia abaixo dos seus pés,dos gritos que ecoavam do lado de fora do banheiro e por fim do apagão.Isso era tudo que ela conseguia lembrar,mas as memórias esquecidas apareciam com os hematomas em seu corpo e pontadas de dor em seu crânio,lembrando-a de que ainda haviam mais coisas a serem descobertas.As luzes não podem se apagar se alguém não pressionar o interruptor.

Com as incerteza rondando sua cabeça,logo um nó se formou em sua garganta enquanto uma estranha aflição se instaurava em seu peito.Apesar daquele belo e luxuoso quarto com cores neutras e uma janela que tinha uma vista para um bosque fosse um lugar aconchegante,ainda sim tinha algo estranho em sua atmosfera,algo que Marinette não poderia identificar,mas que certamente não era algo que a fazia se sentir totalmente a vontade naquele lugar.

O silencio era “decorado” com o som dos pássaros cantando e do farfalhar de folhas das copas das árvores,o que ao mesmo tempo era relaxante e um pouco amedrontador.

Mesmo olhando ao redor do quarto,Marinette tentava juntar forças para se levantar da cama em que estava e buscar mais informações a respeito daquele local.Obviamente aquilo não era o hospital e muito menos a casa de algum conhecido.

Naquele momento a azulada desejava que tudo aquilo fosse um sonho e que ela acordasse no banheiro do avião novamente.Mas aquilo era real demais para ser uma simulação,não tão real quanto o barulho da porta do quarto abrindo pelas suas costas.

—Você acordou!-Uma voz familiar ecoou nos tímpanos de Marinette,fazendo-a sentir uma  onda de alivio,desfazendo o nó de aflição que acabara de formar.

—Mãe!-A azulada correu na direção de Sabine,abraçando-a fortemente.-Você está bem?!Se machucou?

—Eu estou bem,querida.-Sabine abriu um sorriso para apaziguar a sua filha.-Ficamos muito preocupados com você,imaginamos que algo pior poderia ter te acontecido depois daquela turbulência horrível.

—Eu que pensei que algo pior tinha acontecido,ouvi tanta gente gritando do lado de fora que achei que o avião tinha caído.

—Nós também achamos que iria cair,mas no final das contas só foi uma turbulência muito forte.

—Teve alguém mais que se machucou?

—Algumas pessoas se machucaram,mas não foi muito grave.

—Que bom...Isso me deixa um pouco mais calma.-Marinette se sentou novamente na cama,respirando aliviada.Mas ainda sem entender direito o porquê de estar naquele lugar ou como tinha parado lá.

—Eu também estava nervosa antes com tudo que aconteceu,mas depois que sua amiga nos acolheu aqui as coisas ficaram mais tranquilas.

—Que amiga?

Sabine respondeu com um olhar confuso a filha,como se não estivesse entendendo o porquê dela ter feito aquela pergunta.

—Ainda deve estar um pouco confusa depois de ter batido a cabeça,não é?-A mãe de Marinette respondeu num tom brincalhão,quase deixando um leve risada escapar de sua boca,levando toda aquela situação na brincadeira.-Acho que você precisa descansar mais um pouco,ainda esta se recuperando e por isso não está lembrando das coisas.

—Mas eu nunca estive aqui,mãe,não lembro qual amiga minha mora aqui.

—Daqui a pouco vai ver ela e vai se lembrar.-Sabine se afastou da filha,indo na direção da porta.-Eu vou buscar um pouco da água pra você,depois de tanto tempo desmaiada tenho certeza que deve estar com a boca seca.

Marinette apenas colocou uma de suas mãos no local onde sentia a dor em sua cabeça enquanto via sua mãe saindo do quarto.A mesma tentava lembrar de quem era aquela quarto ou se algo naquele cômodo lhe lembrava alguma coisa,mas nada vinha na sua cabeça a não ser ser pelas pontadas de dor que aumentavam gradativamente em seu crânio.

Talvez eu precise descansar mesmo.”Marinette se forçou a pensar que estava tudo bem,tentando deitar sua cabeça no travesseiro,mesmo sentindo que havia algo errado.

 Enquanto isso nas proximidades do Aeroporto...====================================================

O congestionamento se intensificou depois do comunicado que passou por todas as rádios.Familiares e amigos dos passageiros que estavam no avião  se amontoavam nos balcões de informações do aeroporto,exigindo alguma noticia que fosse da localização do avião ou de um dos seus parentes ou conhecidos.

Adrien partilhava desse mesmo sentimento,enquanto dava meia volta com o carro sentia seu coração acelerar e seu sangue ficar cada vez mais frio.Sua pele se arrepiava só de pensar no pior,depois de todas as ondas de ataques que Marinette vinha sofrendo desde que se reencontraram era impossível não associar aquele sumiço do avião com algo relacionado a ela.

Mesmo assim,o Agreste tentava ser no mínimo otimista,imaginando que poderia ter só sido um problema de comunicação temporário com a aeronave e nada mais além disso.Mas ainda era difícil pensar daquela forma tão irresponsável e indiferente.As coisas não estavam bem e ele sabia disso.

Enquanto tentava ultrapassar o engarrafamento que se formava no centro da cidade,Adrien apertava suas mãos no volante e respirava profundamente a cada minuto que sentia que estava perdendo,a cada minuto que sentia que poderia estar fazendo alguma coisa para mudar aquela situação.Tentava ao máximo buscar alguma calma,mas até contar até dez era complicado quando praticamente todos ao seu redor naquele trânsito caótico também pareciam estar pensando na mesma coisa.

A cidade parecia ter parado ao mesmo tempo que estava parecendo um formigueiro humano,era uma dualidade perturbadora e assustadora.Na mídia a hipótese de um atentado já era comentada e espalhada por toda a França,mesmo não tendo nenhuma confirmação do que realmente poderia ter acontecido no vôo.

Adrien chegou a desligar o rádio,por mais que quisesse ouvir todas as informações possíveis a respeito daquele sumiço o que só entrava em seus tímpanos era uma onda de desinformação sem base alguma que o deixaria mais desesperado do que já estava tentando não ficar.

Até chegar em um ponto de desistir de ficar parado dentro daquele carro,fazendo o que todos estavam fazendo(que era esperar aquela fila enorme de carros andar)e assim que encontrou um rua qualquer que não estivesse com muito movimento,estacionar o carro na frente de uma loja aleatória que mais parecia uma boutique e procurar um meio mais rápido de chegar até o aeroporto.

Adrien desceu rapidamente do carro e correu por algumas ruas estreitas até encontrar uma estação de metrô que fosse mais próxima dali,mas no final das contas acabou se deparando com uma série interminável de pequenas ruelas que não pareciam levar a lugar nenhum.

Ainda sem perder o ânimo e levemente esgotado por conta da corrida pelas inúmeras ruas,o Agreste insistiu mais um pouco,dando a volta em outras ruas até então desconhecidas pra ele que só lembrava dos caminhos que percorria quando estava com o carro.No entanto,não demorou muito para encontrar alguns pontos de referência para se localizar(na maioria deles locais dos quais Adrien como Chat noit havia passado ou lutado com alguns akumatizados)o que contribuiu para que encontrasse,não uma estação de metrô,mas uma bicicleta.

Quando se deparou com a bicicleta verde-água estacionada do lado de uma cafeteria,Adrien sentiu um pingo de esperança.Não era um trem super veloz,mas dava pra quebrar um galho.

—Com licença,desculpe atrapalhar...-Adrien se pôs ao lado de três mulheres que tomavam café em uma das mesas que se encontravam na calçada em frente a cafeteria.-...Sabem me dizer de quem é essa bicicleta?

—ADRIEN AGRESTE?!-Uma das mulheres se levantou aos gritos da cadeira em que estava enquanto as outras duas amigas apenas observavam a cena boquiabertas.

—Sim...eu mesmo...-Adrien respondeu ofegante e um pouco impaciente,enquanto apoiava uma de suas mãos na mesa.

—Posso tirar uma foto com você?!Sou sua a fã desde da escola!-A jovem loira de cabelos ondulados com óculos escuros tirava o celular da bolsa enquanto puxava o loiro para perto.

—Alguém sabe de quem é a bicicle...-Adrien mal conseguiu completar a frase quando escutou um “DIGA X” e logo em seguida um flash queimando suas retinas.

—É minha...-Uma das mulheres que ainda estava boquiaberta com aquela cena tão inusitada,ergueu uma das mãos timidamente,sem mover um centímetro a xícara de café que estava na sua outra mão.

—Eu posso usá-la?-Adrien implorou para a ciclista sentada no lado oposto da mesa.

—Po-pode...fique a vontade,Sr.Agreste.-A mulher dera um sorriso cheio de segunda intenções para o loiro enquanto pegava na mão do modelo.

—...A bicicleta...-Adrien sentiu um extremo desconforto quando sentiu as mãos daquela mulher tocar as suas e as retirou rapidamente da mesa,assim como retirou todas expectativas daquela mulher de que ele queria “usá-la”.

—Desculpa,mas eu vou usar ela.-Logo aquele sorriso no rosto da moça se fechou rapidamente para o Agreste.

—Por favor,eu preciso ir ao aeroporto com urgência...eu pago o quanto você quiser por ela.

A mulher se pôs pensativa por alguns segundos enquanto Adrien tentava dominar sua ansiedade.

—Pode me pagar uma carona se quiser.-Aquela mulher voltou dar aquele sorriso esquisito para o Agreste que por sua vez não conseguia pensar em mais nada a não ser chegar no bendito aeroporto de uma vez por todas.

—Pode ser...-A ciclista dera uma risadinha para as outras duas amigas,levantando da mesa rapidamente e puxando o rapaz pela mão.

—Pode subir na garupa,mas vai ter que segurar firme em mim pra não cair.-A mesma dera uma piscadela para o rapaz que por sua vez nem percebeu que aquela seria apenas uma das primeiras investidas que receberia até chegar no aeroporto.

—Ta legal.-Adrien subiu na garupa e segurou nos ombros da ciclista desajeitadamente enquanto ela se preparava para colocar o capacete,mas não demorou muito para que esta conduzisse as mãos do rapaz até a sua cintura.

—É mais seguro se segurar aqui.-A mulher respondeu com um tom sedutor em sua voz.

—Ah...claro.-Adrien revirou os olhos sem que a ciclista percebesse,antes que partissem na direção do aeroporto.

A poucos metros dali...======================================================

—Eu juro que eu vi o Adrien Agreste saindo daquele carro,pai!-Uma garotinha puxava o braço do pai para mostrar o carro preto estacionado na frente da boutique.

—Se for mesmo o carro dele eu quero tirar uma foto nele-O irmão mais velho da garota pegava o celular do bolso da calça,indo na direção da porta da loja.

—Deve ter sido impressão sua,capaz que um cara tão rico quanto o Adrien agreste ia deixar o carro em qualquer lugar.-O pai respondeu em um tom de deboche enquanto olhava alguns suéteres nos cabides.

—Mas pai,eu juro que era ele!-A garotinha pulava em volta do pai enquanto apontava incessantemente para a vitrine que mostrava o carro do Agreste logo atrás.

—Ta bom,filha...-O pai cedeu a filha e concordou com tudo que a garotinha falava,era a melhor forma de fazer com que ela lhe deixasse fazer suas compras sem paz.

—Vou lá com o mano,ta bom?-A garotinha corria na direção do irmão enquanto balançava o seu ursinho de pelúcia animadamente.

—Ta bom,só toma cuida...-No mesmo instante que o pai iria terminar de falar um estrondo tomou conta da pequena loja,os vidros da vitrine se quebraram em pedaços e todos na local se abaixaram(incluindo o irmão mais velho que pulou na direção da irmã mais nova para protegê-la).

Segundos antes do silêncio que estaria prestes a vir,todos que estavam no local puderam ver um carro preto(aparentemente blindado)fechando uma de suas janelas e quase derrapando na rua para sair dali rapidamente.

—TODOS ESTÃO BEM?!-A voz de uma da vendedoras  que acabara de se levantar detrás do balcão de atendimento ecoou por toda a boutique,até responder uma única resposta.O grito desesperado do irmão que naquele exato momento estava tentando socorrer a irmã mais nova.Aparentemente ele não conseguiu protegê-la do tiro que a atingiu no estômago ,manchando seu vestido azul-claro e respingando no seu bichinho de pelúcia.

Todos os funcionários,assim como o pai e outros clientes que estavam na loja correram para ligar para a ambulância e outros para tentar estancar o sangue da garotinha que lutava para manter seus olhos abertos.Enquanto o caos se instaurava na entrada da loja,um dos funcionários apenas observava por trás da porta dos  funcionários com o celular em mãos,esperando que o aparelho tocasse.

—O QUE TA FAZENDO PARADO AÍ!LIGA LOGO PRA EMERGÊNCIA!-A gerente da loja esbarrou no funcionário,aparentemente desesperada enquanto carregava uma  dúzia de toalhas até a entrada da boutique.

—Eu iria fazer isso agora,Senhora.-Assim que a gerente saiu das proximidades,o celular tocou e o funcionário atendeu rapidamente:

—Atiraram na pessoa errada.-O rapaz sussurrou antes que alguém pudesse ouvi-lo.-Não!Ele nem chegou a entrar aqui!-O mesmo rangia os dentes enquanto ouvia alguém do outro lado da linha chamando a sua atenção.-Eu já disse que eu não sei pra onde ele foi!-De repente o rapaz viu uma nova notificação em seu celular,uma das suas amigas havia postado uma foto com o Agreste a alguns minutos atrás numa cafeteria próxima dali.

Sem pensar duas vezes,o rapaz tratou de usar aquela informação a seu favor.-Espera...vocês estão aqui perto ainda?é melhor não terem ido muito longe,o Agreste pode estar aí perto.-O mesmo mandou a foto da postagem com a localização da cafeteria.-E vê se não erra a mira dessa vez,imbecil!-O rapaz desligou o telefone,esfregando a mão em sua testa,parece que cumprir  o plano seria mais difícil do que ele imaginava.


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Notas finais do capítulo

Agora estamos chegando nos capítulos finais,estou tentando preparar um final massa pra vcs:)Muito obrigada por lerem e bjs da Vick ♥