—Acha que vamos chegar em quanto tempo no aeroporto?-Adrien se segurava na ciclista enquanto ela começara a se ajustar com os pedais e as marchas nos guidões.

—Acho que uns 20 ou 30 minutos,ta apressadinho,ein?

—Eu disse que era algo urgente.-Adrien bufou com aquela pergunta recheada de ironia.

—Olha,já vou avisando que eu não sou um dos seus motoristas,tá legal?Então é melhor segurar a onda.-A mesma começou a tentar repreender grosseiramente o Agreste,que por sua vez já estava se arrependendo amargamente de ter aceitado aquela carona.

—Com certeza você não é um deles,moça.-A conversa entre os dois continuaria entre trocas de farpas e ironias se não fosse o som de um carro preto em alta velocidade e aparentemente desgovernado dobrando a esquina e indo na direção da cafeteria.

—Aposto que aquele motorista deve estar bêbado.-A ciclista se virou para encarar o veiculo se aproximando,com a maior tranquilidade do mundo.

—Um motorista bêbado jamais faria uma curva tão estreita como aquela sem bater.-Adrien sentiu que aquele suposto motorista estava muito ciente do que estava fazendo e por isso não perdeu tempo em alertar a ciclista- É melhor a gente sair daqui agora!-Por algum motivo seu pressentimento estava lhe dizendo que aquele motorista não era muito amigável,principalmente quando um dos vidros da janela do veiculo fora abaixado revelando uma calibre 22 pronta para ser descarregada.

—Espera aí,você já dirigiu bêba....AI MEU DEUS!-Surpreendentemente o susto fez com que a ciclista pedalasse o mais rápido possível e entrasse em uma pequena ruela para despistar o carro,o que no primeiro momento não deu muito certo já que o motorista estava na cola deles,mesmo assim foi favorável  já que a rua era estreita demais para a um carro daquele porte.

—VOCÊ TA DEVENDO PRA ELES?!-Ciclista gritava com o Agreste enquanto descia uma ladeira enorme dentro daquela ruela.

—NÃO!EU NÃO SEI QUEM ELES SÃO!-Adrien se segurava mais forte ainda na mulher,só imaginando os dois se esborrachando e caindo ladeira abaixo naquela descida tão íngreme ,por sorte, a ciclista(apesar de não ter muito bom senso com as palavras)era extremante habilidosa em suas manobras e desviava de quaisquer obstáculos que surgiam no seu caminho.

—OLHA SÓ SEU EU MORRÊ TU JÁ SABE,NÉ?-A mesma segurava firma no guidão,tentando ao máximo manter o foco e procurando inúmeras rotas na sua cabeça para poder despistar aquele carro.

—CLARO QUE EU SEI!EU VOU MORRER JUNTO!

—NÃO É DISSO QUE EU TAVA FALAN...ABAIXA!!-Em questão de segundos a mulher conseguiu visualizar um varal de lençóis que se estendia por toda a rua e conseguiu abaixar a cabeça a tempo de desviar deles.

—ÉOQUE?!-Adrien não teve a mesma sorte e prensou sua cara no lençol rosa,por sorte,não se soltou em nenhum instante da ciclista,saindo daquela cortina rosa com o cabelo todo desgrenhando,arrancando gargalhadas da moça.

—Pelo menos eu vou morrer feliz!-Naquele exato momento em que a ciclista pronunciou aquelas palavras,Adrien se lembrou de imediato de quando repetia aquelas mesma frase em uma certa noite quando estava visivelmente alcoolizado enquanto tentava encontrar um volante em uma moto.

“Que belo momento pra lembrar disso,Adrien.”O loiro só não deu um tapa na própria testa,porque precisava se segurar com as duas mãos para não cair.

—Retiro o que eu disse!-A voz assustada da mulher cortou o flashback de vergonha alheia do Agreste que logo voltou para realidade ao ver aquele mesmo carro retornando ao caminho deles.De alguma forma,o motorista daquele veiculo conseguiu dar a volta na quadra mais rápido,sendo que o trajeto para dar a volta não era exatamente um dos mais curtos.-AI MEU DEUS O QUE A GENTE FAZ AGORA?!-A mesma paralisou enquanto tentava encontrar uma saída antes que o carro preto bloqueasse a passagem.

—PRA LÁ!-Adrien apontou para uma pequena rua a direita deles enquanto o carro preto vinha na direção oposta naquela mesma rua.

—VOCÊ ENLOUQUECEU?!ELES VÃO ENCHER A GENTE DE BALA!-A ciclista esbravejava,se contendo para não insultar o Agreste dos mais piores nomes.-EU TENHO CARA DE KAMIKASI POR ACASO?!ACHA QUE ISSO É UMA MISSÃO SUICIDA?!

—Suicida é ficar aqui parada gritando,confia em mim!-Adrien repreendeu a mulher enquanto criava uma estratégia mentalmente.

A moça respirou fundo e colocou os pés nos pedais novamente,pedalando o mais rápido que ela podia na direção do carro que já abaixava uma de suas janelas para atirar.

—OQUEEUFAÇO?OQUEFAÇO?-A mesma sentia suas mãos suando nos guidões prestes a ter uma síncope.

—Só continua pedalando,o mais rápido que você puder.

—Mas a gente vai passar do lado da janela do carro!

—Eu tenho um plano!Só vai!-Com a máxima velocidade que seu esforço físico e seus pés lhe permitiam pedalar,a ciclista fechou os olhos rapidamente assim que viu a bicicleta ficar cada vez mais próxima daquele carro.Mas em questão de segundo fora surpreendida pelo que viu assim que ousou abrir uma fresta dos seus olhos naquele momento.

Adrien havia puxado um dos varais que estava acima de suas cabeças para baixo e logo em seguida jogou os lençóis sobre a janela recém aberta do carro,atrapalhando a visão do atirador.Aproveitando que a visão do atirador estava comprometida com um lençol enorme tampando o seu campo de visão,o Agreste ergueu a perna esquerda(que estava do lado do carro)e golpeou a cabeça do homem que estava inclinada para fora da janela(encoberta pelo tecido) com um chute que o fez soltar um grunhido de dor e consequentemente soltar a arma de suas mãos.

A ideia do chute não fora planejada,mas fora um movimento quase involuntário do seu corpo para se defender do atirador.E pelo que pareceu,a ideia funcionou,já que tanto a ciclista quanto o modelo puderam ver o lençol branco ficar vermelho rapidamente.Parece que Adrien acertou em cheio o nariz do sujeito.

Depois daqueles poucos,porém,decisivos segundos o carro acelerou para o sentido contrário enquanto a ciclista acelerava cada vez mais a sua bicicleta pronta pra entrar em uma rua mais movimentada.

—O QUE FOI AQUILO QUE VOCÊ FEZ?!- A mulher se virou para o Agreste visivelmente impressionada com a cena que presenciou.

—Eu sei lá!Instinto de sobrevivência?-Adrien respondeu,também surpreso com o que acabara de fazer.

—Eae 007?Qual é plano agora?- A mulher questionou o rapaz ao se deparar com uma avenida lotada de carros a sua frente.

—Vamos entrar nessa rua o mais rápido possível antes que eles voltem atrás da gente.

—Mas nós vamos entrar na contra mão!

—E temos escolha?- Realmente não tinham,a não ser dar meia volta e provavelmente serem mortos por um homem furioso que acabou de ter seu nariz quebrado.A ciclista também pensou da mesma forma quando voltou a pedalar e se preparou para encontrar um misero espaço para não ser atropelada.

Enquanto isso...Na boutique=======================================

—COMO ASSIM ELE ESCAPOU?-O funcionário parecia se contorcer de raiva na dispensa da loja segundos depois de receber a ligação de um motorista frustrado.-Vocês chegaram a atirar nele pelo menos?!-O rapaz diminuiu o tom de voz assim que ouviu a sirene da policia e da ambulância ecoando fora da loja,mas não conseguiu se controlar por muito tempo quando ouviu a resposta que veio do outro lado da linha-O QUE?ELE QUEBROU O NARIZ DO ATIRADOR?VOCÊS SÃO IMPRESTÁVEIS!UM BANDO DE INÚTEIS!-O mesmo socou a parede na tentativa de extravasar toda sua raiva de descontentamento com uma equipe tão despreparada.-Quer saber?Saiam daí de uma vez,a polícia acabou de chegar e vão atrás de vocês....Não!Não insistam em ir atrás dele,agora não dá mais tempo...Eu tenho um plano B na manga.

—VOCÊ AINDA TÁ AÍ?!-O rapaz fora surpreendido pela gerente que quase derrubou a porta dispensa.-VEM LOGO!A policia vai interrogar todo mundo.

—Tem mais algum funcionário lá atrás?-Um dos policiais passou pela maca da ambulância que carregava a garotinha ainda consciente para fora da boutique.

—Não senhor,só esse que tava lá nos fundos.-A gerente apontou para o rapaz que acabara de sair da dispensa.

—Eu preciso que me acompanhe,senhor.-O rapaz sentiu suas pernas ficarem bambas quando o agente se aproximou rapidamente em sua direção.

—Você tá envolvido nisso?!!-A gerente quase caiu dura no chão ao ver um dos seus funcionários sendo conduzido para fora da boutique acompanhado do policial.

—Não,não sei o que tá acontecendo.-O rapaz tentou se desvencilhar do agente,mas logo percebeu que tentar escapar seria o pior jeito de se entregar(mesmo sabendo que não era o único culpado pelo que aconteceu).

Enquanto era acompanhado até uma das 3 viaturas que estava  do outro lado,o funcionário tentava entender o porquê de estar sendo levado,ao contrário dos outros funcionários que foram interrogados sem precisar sair da loja.Será que já tinham descoberto tudo?Grampeado seu telefone durante a ligação?Ou na pior das hipóteses,será que seus outros colegas de trabalho não tinham lhe dedurado assim que foram pegos pela polícia a poucas quadras dali?

Felizmente,nenhuma das histórias mirabolantes eram reais quando se aproximou da janela da viatura e se deparou com a sua cliente,lhe recebendo com um sorriso que se estendia de uma orelha a outra,mesmo que seus óculos escuros escondessem o seu olhar cheio de expectativas:

—Bom trabalho,sabia  que poderia confiar nos seus serviços.-A mulher abriu a bolsa e retirou um pacote cheio de dinheiro,estendendo-o na mão do rapaz.

—Mas Srta.Rossi...Nós não conseguimos matá-lo.-O rapaz recusou o pacote,se afastando aos poucos da viatura.

—Cala essa boca!Acha que eu to usando óculos escuros pra quê?!Pra ser identificada é que não é!-Lila fez o sinal de silêncio com o dedo sobre a boca e depois gesticulou apara que o rapaz voltasse para a janela.-Não importa se não mataram,o que importa é que estão matando a reputação dele e isso já é o suficiente pra mim.-A mulher insistiu que o rapaz aceitasse o pagamento.

—Mas como vamos matar a reputação dele se ele vai estar sendo visto como a vítima?

—Por culpa dele uma criança foi morta a sangue frio,tem certeza que ele é a vítima?

—Mas ela sobreviveu...

—Se eu fosse você,não teria tanta certeza disso...-No mesmo instante o vidro fumê da janela subiu e logo em seguida a suposta viatura saiu em disparada do local,deixando o rapaz a deriva no meio da com um pacote de papel com um valor inestimável de dinheiro nas mãos.

Durante o voo(poucos minutos antes do acidente)===================================

—Não ouviram o que ela disse?Deixem ela em paz!-Nathaniel perdeu a paciência ao ver que uma pequena multidão de curiosos(incluindo a equipe da jornalista)se aglomeravam na porta do banheiro,prontos para filmar o momento em que Marinette sairia de lá aos prantos,pronta para dar mais uma manchete para a jornalista que estava sedenta por uma matéria sensacionalista.

—Estamos apenas fazendo nosso trabalho.-A jornalista enfrentou o rapaz,que por sua vez se posicionava na frente da porta do banheiro.

—Eu também,estou fazendo o meu trabalho de tirar vocês daqui.-Nath respondeu num tom irônico,tentando ao máximo controlar a raiva que estava sentindo com aquela insistência toda.

—Ah por favor,né?Você não tem mais o que fazer?Porque não volta pra sua poltrona e fica quietinho lá,ein?-A jornalista adotou ainda mais seu tom provocativo,testando ainda mais o controle de Nathaniel sobre suas emoções.

Por sorte,uma das comissárias de bordo surgiram antes mesmo que ambos os lados começassem uma briga,proibindo que a equipe continuasse filmando a cena.

—ISSO É UM ABSURDO!EU TENHO MEUS DIREITOS!-Brigitte começou a fazer um escândalo dentro do avião enquanto a comissária chamava os demais funcionários para recoloca-la em seu acento novamente.

—Assim como tem seu dever de não perturbar os demais passageiros,Sra Margot.-A comissária afirmou num tom de voz autoritário enquanto retirava a jornalista de perto do banheiro,assim como os demais curiosos e a equipe que a acompanhava.

Nathaniel por sua vez respirou fundo e agradeceu imensamente a comissária enquanto esta se dirigia com a equipe de repórteres para os seus devidos lugares.Mas sabia que mesmo com tudo aparentemente resolvido,ainda teria que convencer a amiga a sair de seu “esconderijo”.

—Mari...Eles já foram embora,pode sair.-O ruivo se aproximou da porta da cabine para ouvir a resposta de sua amiga,mas a única coisa que conseguiu ouvir foram alguns sussurros indecifráveis do outro lado.

—Sua amiga está melhor?Eu posso pegar um copo da água pra ela,se quiser.-Uma aeromoça que também  ajudou a espantar o pessoal,abordou o passageiro assim que este estava prestes a voltar ao seu lugar.

—Ela ainda não está 100%,mas vai ficar bem melhor sem eles encima dela.

—Se precisarem de alguma coisa,estarei a disposição.

—Muito obrigado.-Assim que Nath se voltou novamente para a porta da cabine,um estrondo ecoou por toda a aeronave,deixando todos os passageiros em estado de pânico.

—Marinette!!-O ruivo começara a tentar abrir a porta do banheiro desesperadamente quando o avião começou a balançar violentamente,mas fora praticamente impossível escutar a amiga do outro lado da porta quando todos que estavam no avião gritavam ao mesmo tempo.

Enquanto o caos se instaurava,o rapaz percebeu o comportamento estranho de uma das aeromoças que acabara de sair da cabine do piloto.Seus olhos estavam arregalados e sua pele estava mais pálida que seu uniforme.Embora tentasse transmitir uma certa imparcialidade para com seus passageiros,seu olhar não conseguia esconder o quão apavorada estava.

Os demais funcionários do avião tentavam acalmar a tribulação,orientando-os á permanecer em seus lugares e que colocassem as máscaras de oxigênio que caiam sobre suas cabeças.Nathaniel até o momento era um dos poucos que permanecia de pé(ou que pelo menos estava tentando).

Porém,essa tentativa se tornou ainda mais impossível quando o avião começou a se inclinar,como se a aeronave tivesse perdido o controle total e agora caia em queda livre.

Nathaniel viu aquela cena quase hollywoodiana se reproduzir diante dos seus olhos.Malas pareciam levitar junto aos demais pertences dos passageiros,enquanto gritos se tornavam em um grande coral,prevendo a tragédia que nem precisou ser anunciada.

—MOSTRAR AS GARRAS!-O ruivo não pensou duas vezes antes que uma luz esverdeada consumisse o seu corpo,ele sabia que poderia ser arriscado usar o miraculous daquela forma,mas preferia arriscar a sua inexperiência como chat-noir do que arriscar a vida de mais de 300 pessoas dentro daquele vôo.

A única coisa que os passageiros conseguiram ver fora um vulto preto praticamente deslizar pelos corredores(já que o avião já se encontrava no ângulo de 90°).Nathaniel mal pode ver como tinha ficado com aquele uniforme, a adrenalina era tanta que ele nem sabia mais se estava respirando.

Seu nervosismo misturado a sua euforia fazia com que seu cérebro mal processasse os comandos para o resto do seu corpo. Era como se seus pés corressem involuntariamente até chegar na cabine do piloto.

Assim que adentrou na cabine, não teve nem tempo de analisar a cena ou tentar acordar o piloto e o copiloto que se encontravam inconscientes, Nathaniel apenas fora tomado pelo impulso e assumiu o comando da aeronave, puxando o manche na direção do peito com uma força que nunca imaginou que teria.

Aqueles poucos minutos foram mais que decisivos para todos naquele momento, a adrenalina fora substituída pelo peso da responsabilidade que carregava em suas costas, o peso de inúmeras vidas que agora estavam em suas mãos.

A medida em que sentia a pressão da aeronave tomar conta do seu uniforme preto, sentia que seu coração sairia de sua boca a qualquer momento e que não poderia nem pensar em soltar sua respiração ou se distrair com qualquer outra coisa que cruzasse com seu campo de visão.

Com os olhos vidrados na direção da janela, dedos fincados no manche e os batimentos cardíacos tão rápidos que poderia até ouvi-los ecoarem em sua cabeça, Nathaniel finalmente conseguiu enxergar os raios de sol acima das nuvens e estabilizar a aeronave novamente, permitindo que o ar saísse de seus pulmões.

O silêncio tomou conta da cabine depois que os equipamentos do painel de controle pararam de apitar estridentemente, assim fazendo com  que uma onda de alívio tomasse conta de todos os a passageiros, que mesmo em choque, comemoravam o milagre que acabara de acontecer.

—E-estão todos bem?- O ruivo ainda como Chat-Noir se virava para trás para verificar se havia mais alguém machucado ou inconsciente além dos pilotos.

—M-Muito obrigada...-Uma das aeromoças que ainda se encontrava incrédula com o que viu,agora tentava encontrar forças para agradecer o herói que havia salvado as mais de 300 pessoas em poucos minutos.

Nathaniel ficou em choque quando ouviu aquilo,mesmo depois de ter colocado a aeronave no piloto automático,ainda não conseguia acreditar no que tinha feito,não conseguia acreditar que pela primeira vez ele foi um herói de verdade.

Embora não tivesse usado todos os poderes de Chat-Noir,Nathaniel sabia que só a velocidade que aquele traje lhe deu para se movimentar e praticamente saltar dentro da cabine fora o suficiente para evitar uma tragédia.Mesmo assim,ainda era difícil acreditar que ELE tinha sido responsável por isso e não outra pessoa.

Depois que os pilotos foram tomando a consciência novamente e sendo atendidos por alguns funcionários que se dirigiram rapidamente até a cabine,Nath fora conduzido pela aeromoça para fora da cabine enquanto era ovacionado por todos a bordo.

Suas pernas bambas mal conseguiam sustentar o seu corpo e seus braços estavam tão doloridos que o rapaz mal poderia senti-los, embora seu corpo doesse por conta da pressão depositada em seus músculos, era fácil ignorar a dor com o êxtase que lhe dominava em ter salvo a vida daquelas pessoas e de ter finalmente conquistado seu status como super-herói.