Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 39
Capítulo 39 - Deixando Para Trás...Seguindo Em Frente.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Ponto de vista: Castiel Blancherd.

Só agora percebi o quão grande aquela cobertura era, o quanto tinha espaço para abrigar a solidão que por anos fez parte de mim, solidão que eu consegui por escolha minha. Enquanto observava a maioria de suas paredes de vidro me lembrei de quantas farras aconteceram aqui, de quantas garotas saíram irritadas daqui quando as dispensei na cara de pau. Ri dessas lembranças, porque agora elas não passavam de recordações divertidas, não era mais minha realidade.

Um meio sorriso permaneceu em meu rosto quando fitei cada quadro da sala e depois ele só se tornou mais verdadeiro quando observei a adega que um dia Lindsay tentou com entusiasmo destruir. Caminhei até lá e toquei as bebidas restantes, era um belo arsenal. Mas, ele ficaria para trás.

Muitas coisas ficariam para trás, mas, depois do que passei nessa última semana eu descobri que às vezes deixar algo para trás é a única maneira de verdadeiramente seguir em frente.

Caminhei até o balcão da cozinha onde uma caixa se encontrava exposta em cima dele e suspirei. Aquela era caixa que continha momentos meus com Debrah, um dia pedi para minha empregada escondê-la porque não queria lidar com a dor, mas, eu aprendi, e não vejo porque remoer mais isso. É só uma caixa. É um passado que não será revivido. Não fiz questão de abri-la depois que a encontrei escondida surpreendentemente na minha adega, a deixei ali ignorada pois logo minha atenção se focou na guitarra que Lynn me deu e que estava no meu sofá.

Fui até lá e a peguei, sabendo que era a única coisa que eu precisava dali. Com ela em mãos olhei em volta mais uma vez e então fechei os olhos para me despedir em silêncio. Foi nesse momento que mais uma onda de lembranças me atingiu.

Era a primeira vez que Lindsay havia invadido minha cobertura, e estava me desafiando de um jeito que nunca ninguém havia feito comigo e eu a olhando com o máximo de desdém que podia.

— Acho que deve ter alguma lei que me protege de você invadir minha casa assim. — comentei irritado por todo deboche dela.

—Eu tinha a chave. Não foi invasão. — justificou com mais deboche, seus olhos verdes brilhando para mim.

— Desculpe me intrometer nisso, mas, Castiel, essa mulher, estava me ofendendo antes de você chegar. Pode fazer algo a respeito? — a ruiva aguada com quem eu tinha transado e estava lá, questionou irônica.

—O que essa adorável mulher, te disse? — não estava preocupado em saber realmente. E só agora notei que essa foi a segunda vez que eu ironizei sobre Lynn ser uma mulher adorável.

 

[...]

 

Naquela mesma sala eu a encarei após um tempo de nosso convívio.

—Por que está fazendo isso? Por que está aqui? — dei um passo para frente, encarando ela irritado, emocionado e confuso. Ignorando completamente a presença da garota que havia trazido para cá.

Porque eu sinto muito. — senti o impacto daquela frase, tanto que ofeguei. — Porque, eu preciso que me desculpe pelo que eu fiz a você, por ter traído a sua confiança, e...Por ser cruel...Manipuladora...Egoísta...É só que, eu não sei ser diferente disso, é o que sou...E até te conhecer, estava acostumada a ver as pessoas pouco se ferrando para meus defeitos, porque até então, nunca ninguém se preocupou, em tentar me mudar...E você quer fazer isso, tanto quanto eu quero que você mude, e isso é insano. — ainda estava digerindo o fato de que ela tinha me pedido desculpas.

Abri os olhos comovido com o fato de perceber que muito mais que um antro de perdição esse lugar também foi fruto dos momentos mais sinceros que já tive com Lynn, foi aqui que brigamos, que fizemos as pazes, que eu disse que a amava, que terminamos, que ela me disse que seriamos definitivos. Podia ser o nosso lugar, mas, o nosso lugar é muito mais que isso, o nosso lugar é qualquer lugar que possamos estar juntos.

Dei as costas a cobertura de um moleque que só queria chamar atenção e que queria que as pessoas não se importassem com ele e dei um olá ao homem que naquele instante prometi ser, o homem que realmente trabalharia na gravadora como venho fazendo nos últimos tempos, o homem que arcaria com cada escolha que fizesse, o homem que uma mulher como Lindsay Gilbert merecia.

Apaguei todas as luzes do local antes de abrir a porta e me colocar para fora dali. Simplesmente deixei aquela pessoa para trás e tudo que a fazia ser quem era.

No térreo encontrei o porteiro que de certa forma fez parte da minha história com Lynn e acenei para ele antes de abrir a porta do carro e colocar a guitarra lá dentro.

—Você tinha razão; Lindsay não merece um babaca. — foi o que gritei antes de adentrar e acelerar rumo a um lugar que por tanto tempo fugi. Joguei a chave da cobertura em um canto qualquer e sorri enormemente enquanto dirigia.

A casa dos meus pais não era tão longe da minha ex casa o que fazia eu parecer um ingrato por nunca ir visitá-los, na verdade eu era isso mesmo.

Chegando lá entrei sem precisar ser anunciado pelo mordomo, a cena que encontrei na sala foi digna de admiração; Noah e Valérie estavam abraçados no sofá conversando aos sussurros. Quando me viram arregalaram os olhos e se levantaram rapidamente.

—Filho, o que faz aqui? Achei que estaria no hospital com Lynn agora. — Valérie indaga confusa.

—Você sabe que ela está bem, mãe, Nathaniel disse que a recuperação dela é milagrosa, ela só está desacordada há dois dias porque está dopada, daqui a pouco ela deve acordar, e Liam não descolou dela nem um segundo, achei que ele precisa ficar sozinho com a filha, e além disso eu precisava acertar os últimos detalhes da minha mudança. — lhes contei muito mais vivo do que estive no dia que vi Lynn sangrando em meus braços e achei que fosse perdê-la para sempre. O momento mais devastador da minha vida que foi misturado com o momento que ela disse que me amava. Implorei para todas as forças do mundo para que não a tirasse de mim e ouviram, porque logo depois da cirurgia de remoção da bala, Nathaniel comunicou a todos que estavam no hospital que a mesma havia conseguido com um sucesso fora do normal sair dessa e que não teria sequelas. Eu não me surpreendi. É obvio que ela conseguiria. Ela é Lindsay Gilbert afinal.

—Mudança? — Noah repete sem entender e eu dou uma risada leve.

—É. Eu não contei para vocês, mas, eu decidi vender a cobertura. —  digo agora e os dois franzem as sobrancelhas. — Não era mais o meu lugar... — conto como me sentia e minha mãe assente como se me compreendesse completamente. — E quanto a razão de eu estar aqui...Depois do que aconteceu com a Lynn, eu notei uma coisa...Eu nunca disse obrigado... — falo para eles de modo sincero e os dois com sua sincronia absurda parecem querer chorar ao mesmo tempo. — A Lynn sempre repetiu como a família dela é quebrada, e eu tentei por tanto tempo comparar esses parâmetros sem perceber que a minha família é incrível, que vocês dois são pais maravilhosos e que fizeram por mim mais do que eu posso agradecer. Você me criou Noah, mesmo sem eu ter seu sangue, cuidou de mim, me amou, me deixou fazer minhas escolhas, as respeitou mesmo quando eu estava errado e nunca jogou na minha cara que eu não era um Blancherd de verdade, e por mais que eu achasse que não, Lynn também me fez perceber que legados são importantes e eu me sinto honrado em carregar o seu e ser seu filho, e quando eu tiver os meus filhos quero que eles carreguem esse sobrenome e se orgulhem tanto quanto eu me orgulho agora. Obrigado pai, eu amo você. — Noah me olhou chocado, demorou um tempo para reagir antes de me puxar para um abraço. Ele finalmente ouviu o que merecia ouvir. — Desculpe por ter demorado tanto tempo sendo um babaca. — peço rindo sem humor.

—Desculpe ter guardado tantos segredos. — pede também antes de nos separarmos, olho então para Valérie que já chora a essa altura.

—E você dona Valérie, a mulher mais forte que eu conheço, superou um relacionamento com um idiota psicótico e me criou com todo amor do mundo mesmo eu sendo uma lembrança dele. Eu te amo. — ela me dá seu abraço mais carinhoso do mundo e eu me sinto sortudo por tê-los. — Não se acostumem, não serei sentimental assim uma segunda vez. — debocho antes de receber um abraço duplo.

Meu celular toca durante aquele ato, e mesmo estando aliviado com o estado estável da Lynn eu atendi de maneira desesperada, sem nem ver de quem se tratava. Descobri ser Nathaniel e escutei o que ele disse com atenção.

—É a Lynn. — digo aos meus pais quando desligo. — Ela acordou. — meu sorriso é enorme naquele instante.

Ai estava nosso novo começo.

[...]

Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Quando abri os olhos naquele hospital dessa vez não precisei de muito esforço para reconhecer onde estava. Ainda me lembro da vez que Castiel me trouxe aqui quando passei mal e cuidou de mim mesmo eu tendo sido terrível com ele. Olho em volta e dou um sorriso quando encontro um Liam comovido a minha frente. É um sorriso feliz. Só isso. Se isso fosse há um tempo eu duvidaria que ele estava mesmo ali, mas, agora eu tinha certeza.

—Eu tive um sonho estranho. — começo com a voz rouca e falo com esforço. — Você era um cara legal nele. — debocho fazendo uma careta pela pequena dor que atinge meu corpo quando me remexo. Liam revira os olhos.

—É. Só foi um sonho mesmo. — retruca chegando mais perto e me aliviando como para saber se eu estava mesmo viva. — Você me assustou garota. — me comunica disso.

—Achou que eu ia morrer? Não sou tão fácil assim. — zombo mesmo saber da minha real situação. Digo, eu poderia estar em uma situação grave mesmo estando acordada. Meu pai suspira. — Eu estou bem? — finalmente indago hesitante.

—Milagrosamente bem. Foi o que seu médico disse. — fala de modo aliviado.

—Castiel está bem? — indago lembrando dele e imaginando como a situação deve estar caótica para ele.

—Você foi baleada e está preocupada com um cara que está intacto? Esperava mais de você Lindsay Mackenzie Gilbert. — meu pai zomba e eu dou uma risada.

—Eu não suporto meu segundo nome, pode não falar em voz alta? Não quero que Castiel o descubra tão cedo, isso vai render muitas piadinhas. — solicito de modo dramático e meu pai ri também, mas, depois fica sério.

—Ele está bem...Lidou de modo maduro com a situação, principalmente com a prisão do seu pai verdadeiro. — me comunica disso.

—Então, Jean foi preso, a Corton acabou...Agora sim podemos dizer que vencemos? — questiono querendo me aliviar com isso.

—Você venceu. — me corrige de modo quase orgulhoso. — O que não quer dizer que só porque deu certo eu vou te deixar se meter em uma dessas de novo. — avisa em tom de ordem.

—Não precisa se preocupar, depois dessa eu me aposento do cargo de agente secreta. — lhe digo e ele suspira. — Todos estão bem mesmo? Florence está bem? — questiono dado o fato de que imagino que tudo isso já está nos jornais, afinal o furo seria oficialmente de Peggy quando isso acabasse, então minha amiga grávida com certeza já estava por dentro do que aconteceu.

—Sim. Nathaniel correu até ela para tranquilizá-la logo que cuidou de você, ele preferiu que ela não viesse aqui para se preservar. Mas, ela está bem. Todos estão bem. Logan também foi acalmado pelo Lysandre sobre a sua situação, nos dois dias que ficou desacordada ele teve informações sobre você a cada instante. — explica e eu agradeço por ter ficado só dois dias desacordada.

—E a mamãe? — questiono me lembrando do momento que tive com ela no meu tal sonho e Liam me olha surpreso.

—A Aurora...Bem, ela ligou para o Lysandre querendo saber sobre você, mas, preferiu não vir dada as circunstâncias do último encontro de vocês. — me conta de modo resumido. Suspiro e assinto.

—Obrigada. — agradeço e ele me olha confuso. — Por estar aqui quando eu acordei. — esclareço.

—Eu estive aqui desde que fechou os olhos, e acredite Lindsay não pretendo sair. — me diz e eu nunca me senti tão segura quanto naquele momento.

—Sobre o que disse na gravadora...Eu também amo você. — falo de modo sincero e ele quase sorri. — Mas, vou amar mais quando me levar para a Austrália. — rimos juntos e eu noto que isso significa mais que felicidade. É o sol depois da tempestade. É a luz depois da escuridão. É o recomeço depois de anos no mesmo lugar.

Não precisávamos mais de palavras naquele momento, nós sabíamos; Os Gilbert estavam prontos para serem mais que monstros, estávamos prontos para sermos humanos.

Depois disso descansei mais um pouco e quando acordei encontrei uma segunda pessoa muito importante para mim. Castiel segurava minha mão com carinho e zelava meu sono com dedicação.

—Hey. — chamei em um sussurro e ele sorriu comovido.

—Hey. — falou de volta em um tom emocionado.

—Como você está? — eu sei que já tinha perguntado aquilo a Liam, mas, era diferente de perguntar pessoalmente a ele, Castiel não mentiria para mim nem se conseguisse.

—Aliviado. — parece o sentimento que prevalece nele e eu dou um sorriso certamente aliviado também. —Desde o dia que desmaiou na minha sala eu não estive tão assustado...Quando te vi ensanguentada há dois dias, eu achei que fosse o fim e foi desesperador. — me descreve e eu mordo os lábios.

—Castiel... — começo e antes que eu continue a falar ele me interrompe. Ele já sabia sobre o que eu ia falar, ele havia aprendido a reconhecer meus tons de hesitação.

—Sobre o pedido e as três palavras que você disse...Podemos deixar para quando sair daqui.  Concentre-se em sair daqui. — me pede e eu agradeço com o olhar.

—Estamos bem? — questiono em relação a tudo que temos juntos; nossa parceria profissional, nossa amizade estranha, e nosso namoro complicado. Em resposta a minha pergunta Castiel cola seus lábios nos meus em um selinho demorado. — Espero que isso seja um sim. — rimos um contra o outro após essa frase.

—Sempre estaremos bem, advogada metida. — me garantiu e eu acreditei. Eu venho acreditando nesse homem desde que o conheci.

Após isso a sala foi invadida por um bando de desocupados; Kentin, Peggy, Armin, Lysandre, Valérie e Noah. Fui paparicada por todos e nem liguei para o quão patético aquilo era. Só sei que pela segunda vez naquele mesmo hospital vi um casal se formar; meu ex noivo fitava a jornalista frutiqueira que estava ali com um olhar interessado e ela por sua vez fingia que não notava.

Ao que parece minha vida se resume a coisas inconstantessurpreendentes e de certa forma adoráveis.

[...]

Uma semana depois.

Dei uma cambaleada, mas, por sorte Castiel me segurou rindo. E que bom que fez isso, porque a ideia estúpida de tampar meus olhos com aquela venda foi ideia dele. Quando o mesmo me tirou do meu apartamento hoje de manhã logo que Nathaniel praticamente atestou que eu estava pronta para sair, eu esperava qualquer coisa menos que ele inventasse uma surpresa para me divertir. Tudo bem que ele vem estando estranho por um tempo considerável, mas, isso não é novidade; Castiel é estranho.

Mais um tropeço e mais uma risada dele. Me mantenho atenta quando ouço o som de uma fechadura sendo aberta e penso na possibilidade de lugares que podemos estar agora. Castiel está nervoso, sinto isso pois suas mãos soam sob minha pele.

—Onde estamos? — tento pela milésima vez.

—Na minha casa. — me conta e eu sinto um tom suspeito nele.

—Porque você precisaria me vendar para me trazer na cobertura? — tento entendê-lo e suspiro quando seus dedos agora tocam minha nuca e eu o sinto desatar o nó da coisa que me impede de reconhecer onde estou.

Quando a venda é retirada e eu descubro é natural arregalar os olhos.

—Digamos que é mais do que só a minha casa, é a nossa casa, Lynn. — me comunica enquanto estou de costas para ele. Meus olhos lacrimejam quando noto que aquele é o loft que eu descrevi para ele no dia que o mesmo me pediu para contá-lo como seria minha casa perfeita. Coloco a mão nos meus lábios emocionada e arfo.

Me viro para tentar entender o que está acontecendo, mas, ai uma nova surpresa surge, Castiel está ajoelhado e estende em minha direção uma caixa de veludo que contém um anel com uma pequena pedra de diamante.

Começo a chorar. É quase automático.

—Aquele primeiro pedido pode ser desconsiderado, e o seu “eu te amo” também, foi em um momento muito crítico. Eu sei que você só me pediu 3 dias e eu te dei muito mais que isso para me responder, mas, eu quero fazer isso certo, preciso de algo certo na minha vida, e você é isso, mesmo quando é errada, e teimosa, e complicada. Então, Lindsay Mackenzie Gilbert, e sim eu vou te zoar para o resto da vida por esse Mackenzie, você aceita se casar comigo? — dou uma risada cheia de felicidade pelo seu pedido e sem que ele espere me ajoelho a sua frente e seguro suas mãos.

—Sim. — aceito sem hesitar. — Sim, sim, sim, sim, sim, sim...  — falo convicta. — Eu aceito me casar com você Castiel, é tudo que eu mais quero. — lhe comunico disso e ele sorri tão feliz quanto eu.

— Eu amo você. — foi o que ele falou antes de colocar o anel no meu dedo.

—E eu amo você. — retribuo e depois do brilho nos olhos mais verdadeiro que posso ver nos beijamos, não com hesitação, ou medo que não tivéssemos a oportunidade de fazer isso outra vez, nós estávamos tentando garantir que teríamos.

Castiel tem razão já fui pedida em casamento muitas vezes, mas, em nenhuma delas me senti tão feliz quanto naquela e a razão disso era ele. Sempre era ele. Castiel era minha coisa certa.

Quando nos separamos comecei a olhar em volta, decorando cada detalhe do lugar que eu ainda não sabia, mas, que seria o cenário das minhas melhores lembranças, o lugar onde Castiel e eu choraríamos de felicidade, riríamos de alivio e tentaríamos fazer as coisas darem certo.

Ele me contou que havia vendido a cobertura e que estava na casa dos seus pais enquanto não nos mudássemos, ri disso, e quando ofereci que ele se mudasse para o meu apartamento até o casamento, ele só concordou com a condição que nos casássemos rápido. Eu só queria me mudar depois de casada porque queria um recomeço oficial, entramos em um acordo, somos bons negociadores.

Surpreendentemente ficamos ali até a noite e quando Manhattan nos iluminou deitamos no enorme carpete da sala e começamos a conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Em determinado momento eu olhei para Castiel sem que ele notasse e vi futuro. O nosso futuro.


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Notas finais do capítulo

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