Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 36
Capítulo 36 - A Cavalaria.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Sophy de Lukka pela segunda recomendação da fanfic! Obrigada, eu adorei!

Boa leitura!!!



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Ponto de vista: Lynn Gilbert.

As paredes escuras daquela sala não tinham nada de acolhedoras, sentada na cadeira de frente para o investigador Faraize eu me encontrava encolhida, machucada e aflita. Meu olhar esta fixamente direcionado ao relógio do lugar, eu brincava com meus próprios dedos para manter a calma e mordia os lábios muitas vezes.

— O xerife do destrito de Manhattan já deve estar chegando, mas, você sabe Lindsay; sua situação é complicada. — ele fala com o tom sério ajeitando seus óculos, vejo isso assim que me viro para ele. — Você acaba de matar seu colega de trabalho a sangue frio e pior, tudo isso está filmado pelas câmeras que você mesmo mandou instalar, as imagens comprovam o crime. — diz tal coisa enquanto suspiro. — Nem mesmo o fato de ser filha de quem é, e de ter um diploma te livrará da culpa. — finaliza seu discurso.

—Eu poderia atestar legítima defesa. — comento em um murmúrio.

—Você sabe que não. Como eu disse as câmeras filmaram tudo, quando você conseguiu tomar o controle da situação poderia ter simplesmente fugido dele, mas, preferiu finalizar sua tentativa de homicídio. — fala de modo firme.

—Ele está mesmo morto? — quero uma comprovação.

—Sim, na hora que Parker te encontrou um dos nossos médicos estava presente e atestou a falta de batimentos cardíacos, logo depois ele foi enviado para o hospital para o atestado de óbito oficial. — me conta e eu encaro minhas mãos ainda sujas de sangue. Meia hora aqui desde que Parker me denunciou para eles e nem o direito de me limpar eu tive.

—Quando meu advogado chegará? — indago preocupada.

—Não sei. Tentamos contatar Liam como você pediu, mas, ninguém sabe onde ele está, nem mesmo no escritório ele apareceu hoje. — explica e eu suspiro.

—Ontem eu era uma advogada brilhante ganhando casos e hoje sou só mais uma criminosa na mira da policia. — admito de modo debochado.

—Você matou ele. — repete e eu solto uma risada com escárnio.

—Ele era um traidor, o cara em que confiei por tanto tempo era um traidor, eu estava com raiva e... — ele me interrompe.

—Você sabe que quando chegar a hora de depor terá que arrumar um argumento melhor que esse. — quando diz isso reviro os olhos e me jogo contra a cadeira, fitando o relógio de novo.

—Obrigada por não me algemar. — agradeço de modo sério.

—Só estou aqui informalmente, a policia será responsável por sua prisão quando chegar. Confio que não irá fugir. — alega e eu  o olho fixamente.

—Isso é bonito. — elogio e ele franze as sobrancelhas de um jeito confuso. — O fato de você achar que eu não vou fugir. — explico com desdém. Ele arregala os olhos, mas, antes que tenha tempo de dizer alguma coisa alcanço a garrafa de café da mesa que por sorte não é igual a de um interrogatório mesmo e arremesso contra sua cabeça. O peso do metal faz com que ele caia no chão.

Ele até tenta reagir, mas, em um movimento rápido pego a arma de seu coldre e lhe dou uma coronhada.

Logo observo o famoso investigador Faraize desacordado e rendido a mim.

— Desculpe, efeito colateral. — justifico antes de jogar a arma perto dele e caminhar em direção a porta.

Do lado de fora dois agentes guardam a mesma, mas, só são necessário alguns minutos de golpes bem treinados para que eles não sejam mais um empecilho para mim. Como ainda estou no prédio do meu pai, sei exatamente como sair daqui sem ser notada.

Dentro do elevador exclusivo do meu pai, encaro dessa vez o relógio em meu pulso. Atualizo o temporizador para seis horas e quando o ativo vejo os números começarem a descer.

É isso. Esse é o momento.

Desembarquei no estacionamento subterrâneo e praticamente corri em direção a Mercedes que já estava aberta esperando por mim.

Sabendo que não demoraria muito para o Faraize mandar agentes atrás de mim acelerei rumo a saída o mais rápido possível. Dirigia com o máximo de contração que podia dado o fato de que acabei de matar um cara, golpeei um investigador da FBI e agora era uma foragida. Minha respiração estava ofegante e minhas mãos trêmulas, mas, eu tinha que prosseguir com o plano se não nada disso valeria a pena.

Haviam se passado dez minutos desde a hora que ativei o temporizador, o tempo está correndo e precisa a ser ao meu favor. Eu planejei isso por muito tempo.

Liguei o rádio com lágrimas nos olhos e xinguei muito a Peggy em sequência pelo que ouvi. Ela realmente havia feito seu trabalho.

[...]

Ponto de vista: Castiel Blancherd.

 

{...} Todos conhecem Lindsay Gilbert em Manhattan, a mesma é herdeira do melhor advogado do Upper East Side, carrega o legado da família com honras, se formou na Columbia com as melhores notas possíveis, namorou até Nathaniel Dilaurentis na adolescência, herdeiro de outro grande império, a mesma nunca apareceu em uma polêmica tem todo esse tempo, sempre manteve a fama de mulher centrada e ética. Mas, essa fama se rompeu hoje, quando descobrimos que ele assassinou seu ex noivo Kentin Storm, e além de uma assassina é uma fugitiva, porque escapou das mãos da FBI com maestria...{...}

Todos na gravadora assistiam a reportagem com os olhos arregalados, Lysandre ao meu lado, aquele que sempre foi tão calmo parecia prestes a surtar. Também pudera estavam anunciando em rede nacional que a irmã dele era uma criminosa e que seria procurada por todo estado. Passo as mãos por meu rosto de modo desesperado, não acreditando que isso estava acontecendo. Como Lindsay podia ser tão louca?

—Ela matou alguém. Ela matou alguém, Castiel. — Lysandre diz como se ainda fosse horrível acreditar em tal fato. — Isso foi o que meu pai fez dela, uma pessoa capaz de matar outra. — comenta como se se culpasse por isso.

—Eu não achei que ela poderia ir tão longe. — concordo furioso com toda essa situação. Por que a Lynn mataria o Kentin? Por que ela precisaria matar qualquer um? Eu sempre achei que ao menos esse limite a mesma não ultrapassaria.

Como poderíamos ter um futuro, se ela havia acabado de matar alguém?

Lynn a pessoa que sempre quis ser tão justa seria condenada por um crime grave.

—Onde você está? — sussurro para mim mesmo, esperando que onde quer que ela esteja dê um jeito. Faça o que for. Só preciso que ela fique bem.

—Vocês também viram isso? — minha mãe surge na sala de reuniões com meu pai, parecem ter corrido. Os fito de modo confuso e tanto Lysandre, quanto Debrah — que por sorte ainda não havia feito nenhum comentário sobre essa situação. — também os encaram sem entender essa chegada repentina.

—O que estão fazendo aqui? — indago colocando voz em minhas dúvidas.

—Liam mandou uma mensagem; Disse que era o fim da guerra e deveríamos estar aqui para vê-la finalizada.  Não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas, preferimos obedecer. — comunica a mensagem enigmática e eu olho na direção da tela, onde a matéria sobre Lynn ainda passa e começo a pensar que também a Gilbert seja o centro da tal guerra.

[...]

Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Há uma rodovia em obra em Filadélfia e isso com certeza não estava nos meus planos, porque haveriam guardas de plantão nas estradas e eu não poderia ser reconhecida por nenhum deles. Por isso desviei por um caminho florestal cheio de buracos. O som do rádio ressoava no carro, anunciavam sobre minha fuga como o acontecimento do mês. Peggy foi cruel demais.

Dirigi por mais alguns minutos até chegar em Maryland. O GPS do carro sinalizou quando me aproximei de um posto de gasolina na entrada do Condado de Harford. Olhei em volta e não demorei a achar o volvo preto estacionado na lateral do lugar. Exatamente como marquei. Desci do veículo que estava, de modo ofegante e segui em direção ao outro.

No caminho até lá soltei meus cabelos, apenas para disfarçar antes das imagens da câmera vazem na imprensa — o que eu sei que acontecerá — e me vejam de rabo de cavalo. É estúpido, mas, todo cuidado é pouco.

Liam sai do carro que mencionei com óculos de sol que o deixam bem estiloso. Ele lança a jaqueta de couro contra mim e eu a pego sem esforço. Me vestindo rapidamente. O mesmo logo coloca a chave do carro na minha mão e me entrega a mochila que contém tudo o que preciso.

—Você foi ótimo bancando o pai despreocupado comigo, até parecia que tinha experiência com isso. — debochei a medida que abria a porta do outro carro. Aquilo fazia parte do que combinamos, usar um carro só durante a ação seria perigoso.

—Se eu calculei bem, você só tem 5 horas agora, por favor as use de modo devido. — ignora meu comportamento de forma séria. Coloco o cinto e ligo o carro.

—Não vou estragar as coisas, preciso que isso dê certo mais que você, se não se lembra, eu acabo de matar um cara. — como não temos tempo para sentimentalismo não me preocupo com despedidas fofas, me limito a acelerar rumo ao fim daquilo.

No caminho penso como todos com quem me importo estão sobre isso, principalmente Castiel, o mesmo deve estar me achando o pior dos seres humanos nesse exato momento e eu não tiro a razão dele.

De modo rápido, ignoro esses remorsos e ligo o Ipad que veio na mochila, dando uma última avaliada no mapeamento feito nele. Tomara que o mesmo esteja certo.

Sigo pelas estradas acelerando o máximo que posso, tendo a certeza que cada vez estou mais perto de ganhar.

Então, finalmente paro no lugar que tive tanto trabalho de descobrir onde se localizava. Coloco a mochila no meu colo e começo a tirar tudo que preciso da mesa e ajustar de acordo com meus interesses; Instalo o comunicador em minha orelha como treinei com Bryan, encaixo um pendrive em meu sutiã e o outro o coloco dentro do meu tênis, o crachá que peguei com Kentin coloco no bolso da minha jaqueta. Me olho no retrovisor e para não chamar tanto a atenção lá dentro uso um lenço umedecido para limpar o machucado do meu supercílio e do canto da minha boca. Finalizo vestindo jaleco ridículo e colocando os óculos de grau estilo arredondado.

Treino meu sorriso quase inocente e saio do carro com pastas falsas nas mãos.

Na entrada do centro de armas do maior psicopata que já conheci, tenho que lidar com a primeira dificuldade; Os guardas armados com coisas bem perigosas e planejadas por ele. Os mesmos ficam em posição de defesa quando me veem e eu me limito a não ficar nervosa.

—Quem é você? — um deles trajando um colete a prova de balas estranho me questiona isso e eu forço um sorriso, como se estivesse lidando com uma pessoa normal, não com um brutamontes.

—Meu nome é Elise Falcom. Sou a nova engenheira tecnológica que a Corton contratou. — me apresento erguendo a mão na direção dele, forçando o sotaque mais britânico que posso e sendo ignorada completamente.

—Não fomos informados que nenhum nova engenheira viria. — me comunica disso com o ar mais desconfiado que posso.

—Isso porque fui enviada diretamente por Jean-Louis, seus atuais funcionários não preencheram as expectativas dele e como sou o que ele chama de “gênio” ele achou que poderia usar minhas capacidades nesse exato momento. — explico de modo mais convincente que posso.

Vejo que a pronúncia do nome do chefão o assusta.

—Você já está registrada? — indaga com uma sobrancelha arqueada.

—Sim. Com crachá e tudo. — pisco para ele de modo provocativo.

O mesmo abre espaço para mim na plataforma de vidro que serve de entrada para um complexo completamente moderno, como se me desafiasse a continuar. Tiro o crachá do meio bolso e o fixo no lugar que o mesmo precisa ser reconhecido. Demora para que isso aconteça e eu quase desmaio, achando que Armin não era tão bom quanto eu achava que era, mas, acontece, sou confirmada. Consigo disfarçar o suspiro aliviado e passo para os detectores de metal, onde de minha sorte continua e o comunicador e as outras coisas  não são encontradas. Por último o scanner em meu olho, e o nome “Elise Falcom” aparece na tela com minhas supostas capacitações.

Minha entrada é liberada e eu entro no campo do inimigo com facilidade e com a cabeça erguida. Por essa Jean não esperava.

Antes de dar mais um passo viro na direção do guarda que me atendeu anteriormente.

—Preciso de alguém que me guie até o centro de operações. — o comunico de modo convencido e após um suspiro ele designa um cara para me acompanhar.

Usamos três escadas, dois elevadores e até uma escada rolante para chegar a grande área tecnológica. Telões, projetores, protótipos e computadores exagerados se apresentam ali. E para minha felicidade poucas pessoas estão presentes.

—Hey gente, sou Elise, a salvação de vocês, Jean me enviou para consertar o último protótipo que deu errado, mas, para isso preciso que me deixem a sós com essas máquinas. Preciso de alguns minutos de concentração. — achei que não seria levada a sério, que eles seriam mais espertos que isso, mas, após alguns murmúrios me deixam sozinha na sala.

Aperto um botão específico do relógio que Bryan me deu e espero que ele realmente execute sua função com êxito desligando as câmeras desse andar e pausando a última imagem delas para que ninguém perceba isso.

Ligo o comunicador em um toque.

—Posso fazer uma pergunta? — Armin questiona do outro lado da linha, enquanto me ocupo em olhar as telas dos computadores que apresentam vários códigos. — Por que não FBI ou CIA? Você seria ótima planejando invasões ou sendo agente de campo? Por que advogada? — quase dou uma risada de seu questionamento instantâneo.

—Eu adoro as roupas formais. — zombo enquanto tiro o pendrive do meu sutiã e em seguida o outro do meu tênis e os coloco sobre a mesa espaçosa.

—Não colou. — me comunica, e eu noto que as perguntas servem para que ele se acalme.

—Meu pai não treina os advogados dele para serem somente advogados, ele quer soldados, agentes, pessoas que são capazes de fazer coisas extraordinárias, capazes de acharem versões incríveis de si mesmas para conseguir algo. — explico do modo mais contido que posso.

—Deixa eu adivinhar; Você foi a única que atingiu esse padrão? — indaga enquanto parece teclar algo, deve estar adiantando sua parte.

—Não. Steve foi o primeiro, por isso decidiu ir para FBI depois de sair do escritório do meu pai, ele já tinha as capacidades necessárias. — falo sem conseguir esconder a mágoa. — Com começo? — questiono para não fraquejar e Armin suspira.

—Você encaixa o pendrive vermelho na entrada... — assim suas instruções se seguiram, apertei nos botões que ele solicitou, teclei no que era necessário, apaguei o que era preciso e memorizei o resto, tudo isso em um tempo basicamente de uma hora. A barra de carregamento do último download estava em noventa por cento quando avistei um arquivo suspeito na barra de tarefas. O abri sem comunicar a Armin do que se tratava e li seu conteúdo de forma preocupada, sabendo que tinha algo mais a resolver.

—Já temos o suficiente, você já pode parar de bancar a agente secreta e sair daí. — diz de modo aflito, enquanto arfo.

—Certo...Você pode me guiar até a saída que encontrou no Ipad, será mais seguro se fizer isso. — ele concorda e eu guardo minhas coisas.

Pelo corredor, tento soar o menos suspeita possível, estava quase acabando, mais um pouco de farsa e eu resolveria isso. Era isso. A última porta dali seria minha saída. Consegui chegar lá sem ser notada por alguém, e franzi as sobrancelhas quando vi que não havia nada a mesma que remetesse a fuga, nem mesmo um alçapão no chão.

—Como eu vou sair daqui? — gritei para Armin, totalmente irritada com aquele idiota.

—Há uma janela ai. — me avisa e eu noto ela.

—E você quer que eu me atire dela em direção ao chão e me espatife? — berro irônica.

— Você não vai se atirar em direção ao chão, mas, sim dentro de um riacho, afinal esse laboratório precisa de um lugar para tirar energia para funcionar. — solto um xingamento por tal ideia, mas, sei que é a única que vai funcionar.

Antes que pense em correr até lá sinto um ardor em meu supercílio, ele voltou a sangrar. Tiro o óculos, incomodada com aquilo na minha face.

—Droga. — digo e logo mais um obstáculo aparece no caminho quando um brutamontes abre a porta e se depara comigo. Tiro o cabelo da frente do meu rosto decidida a acabar com o tal cara.

E após mais alguns minutos de luta, eu literalmente me jogo daquela janela.

Há um longo caminho por Baltimore.

 

 

Ponto de vista: Castiel Blancherd.

A noite chega a Manhattan e com ela os jornais que falam sobre Lynn só se multiplicam, dessa vez até divulgam a gravação do que ela fez. De como o matou friamente, o crápula que a traiu teve a cara de pau de citar meu nome e de dizer que eu não a iria querer depois disso. Só não o odeio por tal fato por não saber se na verdade consigo lidar bem com o fato de que ela matou alguém.

Tento desesperadamente ligar para ela, mas, é obvio que a mesma não está com seu celular, se ela fugiu, vai fazer de tudo para não se encontrada. Meus pais estão sentados juntos em um canto qualquer da sala conversando entre si, acho que concordando sobre o fato de não quererem que eu ficasse com Lynn. Debrah está roendo as unhas em outro canto do lugar, e Lysandre está telefone com sua mãe.

Bufo e decido que não vou ficar aqui simplesmente, vou atrás da Lynn, de algum jeito a encontrarei.

Antes que meu objetivo se cumpra Armin chega a sala que estamos com uma expressão tão estressada quanto a de ontem, mas, ele não está sozinho, Liam que até então estava tão desaparecido quando Lynn surge ali com um olhar sério. Logo mais uma presença surge, uma mulher de cabelos curtos e expressão debochada abre mais espaço para que o ex namorado babaca e médico da Lynn entre na sala, com algo. Especificamente esse “algo” era uma maca que carregava o corpo morto de Kentin.

—Um conselho para a humanidade; Se você ver Lindsay Gilbert um dia e pensar; Uau ela é gostosa eu devia transar com ela, não transe...Uma vez que um Gilbert se fixa na sua vida, não acaba nunca...Você até comete crimes por um. — esse último nos diz como se estivesse exausto e sob nossas expressões alarmadas.

—Steve que o diga. — a mulher de cabelos curtos comenta e Liam revira os olhos para ela.

—O que droga está acontecendo aqui? — grito para que alguém me explique.

—O que está acontecendo é que odeio ser seu melhor amigo e Lindsay usar isso contra mim para me forçar a entrar nas loucuras dela. — Armin a quem me surpreende por estar incluso naquela confusão me explica.

—Liam, o que está acontecendo? — meu pai repete a pergunta. — Quem são eles? — indaga se referindo a mulher e o tal Nathaniel.

—Nathaniel é meu ex genro e Peggy uma criatura perversa que descobre seus piores segredos...De qualquer forma, Lynn gosta de nomeá-los como sua cavalaria e receio que esse rapaz a quem chamam de Armin também se tornou membro dela. — não é uma explicação aceitável.

—Quem se importa com quem eles são; tem um corpo nessa sala. O corpo do cara que a Lindsay matou. — Debrah grita isso assustada e eu finalmente me foco nesse fato.

—É, isso precisa ser explicado.  — aviso furioso.

—Deixa que eu explico essa. — a voz que diz isso não é de nenhum daqueles, mas, sim de uma Lindsay que aparece na porta com o rosto machucado e completamente molhada.

[...]

Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Os olhares sob mim são os mais previsíveis, tão previsíveis quanto as dores que sentiria amanhã por conta da última loucura que cometi pulando naquele riacho. Praticamente me arrasto até a maca onde Kentin está e olho sua face pálida. A morte não o fez bem.

Antes de mais perguntas, fito Nathaniel com seriedade e ele assente como se me garantisse que iria dar certo. Olho para o relógio em minha mão e suspiro.

—10, 9, 8... —começo enquanto as pessoas me olham como se fosse louca. — 5, 4, 3, 2... — quando o “1” seria pronunciado aconteceu; Deu certo. Kentin abriu seus olhos e ergueu seu corpo para frente, puxando todo o ar que pôde e apertando sua mão contra o machucado que eu fiz. Depois do meu suspiro aliviado, veio meu sorriso de satisfação.

—Você não se esforçou para não doer, certo? — questionou gemendo em sofrimento.

—Você me chamou de putinha insegura, por favor. — acuso e ele revira os olhos para mim antes de rir.

—O que... — Castiel até tenta entender toda loucura que está acontecendo ali e eu não o culpo por ser difícil.

—Você estava morto. — Debrah afirma com os olhos arregalados.

—Teoricamente o coração dele só parou de bater por quatro minutos por conta da Tetrodotoxina B, o resto do tempo ele só estava sedado em razão da quantidade de sangue que perdeu quando Lynn o golpeou e também a mando dela, que só queria que ele acordasse quando a mesma voltasse e chegássemos aqui.— Nathaniel explica para eles de modo médico.

—Então...Você não matou ele... — é nessa conclusão que Noah chega.

—Kentin estava com o comprimido da substância na boca e esperou o momento mais dramático para desmanchá-lo, teoricamente de novo; ele se matou. — anuncio como se fosse a coisa mais simples possível.

—Isso é....Insano. — Valérie afirma com o olhar assustado.

—Nem precisam me dizer quem planejou tudo isso, é claro que foi você. — Castiel me olha com um sorriso incrédulo.  — Eu só quero saber...Como? — indaga desesperado.

—No mesmo dia que Steve morreu, meu pai veio até mim e Kentin para nos comunicar que havia um traidor na equipe dele, o que ele não sabia é que já tínhamos conhecimento sobre esse traidor e sobre quem ele. Se tratava do amigo do Kentin do FBI o que nos passava informações antes, fomos pela lógica que usei ao acusar Kentin; Se ele traia meu pai para nos ajudar, poderia trair para outros fins, e então o plano louco que eu vinha pensando antes com ele foi colocado em ação... — introduzo a super produção.

—Lynn e eu fomos até o traidor, e como todos aqui sabem ela sabe ser persuasiva, a essa altura já sabíamos que o primeiro lote de armas seria vendido ao Cairo, então ela o convenceu a me infiltrar na Corton também, comigo dentro seria mais fácil conseguir as informações necessárias, eu sempre fui rápido, então ele o fez, ele me indicou, usando dos motivos que eu supostamente tinha para odiar a Lynn e os Gilbert, e assim eu fui para o Cairo participar da primeira negociação para conseguir a confiança deles. Por dois meses fingi ser um deles, descobri a localizações de suas bases, consegui alguns acessos, enquanto a Lynn rodava o mundo com Bryan Rileys marcando cada base que eu descobri com os equipamentos super tecnológicos dele. — Kentin explica com dificuldade por conta da sua dor.

—É ai que eu entro, como Lynn é leiga em relação a essas coisas, eu fui responsável por decifrar os códigos, conquistar as informações e fazê-la entrar nos lugares. — Armin é quem diz isso, e Castiel suspira, como se finalmente entendesse algo.

—A última coisa que precisávamos para acabar com a Corton  era acessar a base de Baltimore. E precisávamos de uma distração grande para ninguém desconfiar que íamos invadi-la, e como principal a mesma precisava decididamente da assinatura digital do crachá do Kentin para ser acessada, a Corton sabia que eu havia voltado para NY, não podiam desconfiar de mim, e nem do Kentin quando as informações fosse corrompida, e nós não confiávamos em ninguém mais para fazer isso, então a morte dele foi a solução perfeita, o protocolo da Corton para um agente morto é desativar a assinatura 24 horas depois, ou seja eu tinha tempo o suficiente para entrar lá antes dela não significar mais nada...E com eu sendo a culpada pela morte dele, todos saberiam que eu estaria mais preocupada em livrar minha cara de um homicídio do que acabar com a Corton.  — continuo por eles.

—Eu entro na parte da morte, um dia eu comentei com a Lindsay sobre essa tal substância; Tetrodotoxina B. Diminui o pulso 1 batida por minuto. E decidiu que poderíamos usar isso para parar o coração do Kentin. 4 minutos. Era o tempo que ela precisava para o médico atestar a morte, isso porque Parker também estava no plano, ele encontraria Lynn naquele estado, e garantiria que o médico estivesse lá e que o Kentin fosse mandado para o hospital que eu trabalho e eu o mantivesse bem...Isso enquanto todo o EUA era informado que Lindsay Gilbert matou Kentin e a Corton tomasse conhecimento disso. — Nathaniel comunica de novo.

—Essa fui eu. A pessoa que fez com que a noticia da morte, junto aos vídeos chegassem as mãos da mídia e ninguém desconfiasse que era um golpe. Fui cruel, de nada. — a mulher de cabelos curtos anuncia com um sorriso sádico.

—Mas, a briga foi tão real, vocês se machucaram de verdade, você acertou ele com um estilhaço. — Castiel fala ainda atordoado.

—Surpreendente eu fazia mais do que só transar com a Lynn quando éramos noivos. — quando Kentin diz isso Castiel só não parte para cima dele porque Armin o segura. — Nós treinávamos auto defesa juntos, foi fácil ensaiar uma luta realista. E cá entre nós, a Lynn não tem medo de dor aparentemente. — esclarece.

—Por favor, quem acreditou que se Kentin estivesse me traindo eu não teria notado antes. — debocho de modo obvio.  — Voltando, enquanto Kentin estava “morto” eu fugi como vocês sabem, rumo a última base, no meio do caminho Liam me esperava com outro carro, eu precisava trocar para  que o processo de me encontrarem fosse mais difícil. Em nenhuma parte do plano eu esperava ser pega. — lhes comunico disso. —  E essa foi a história de como eu faço ótimos planos. — anuncio.

—E agora? O que acontece? — foi Debrah que fez a pergunta.

—O grande show. — falo de modo debochado. — Armin, os telões.  — acenei para ele e o mesmo ligou todos eles, onde em cada um mostrava mais de cinco bases afastadas de cidades, onde as armas se encontravam. Galpões esses que antes de eu chegar aqui Armin se certificou se realmente não apresentava presenças de pessoas. Não queríamos feridos. — Aperte o botão. — Pedi sobre o olhar irônico de Liam. — E Armin assim o fez, logo vimos cada galpão daquele explodir pelos ares destruindo algo que Jean lutou tanto tempo para construir. —Bombas para o uso do bem oferecidas por Bryan Rileys e conectadas as bases em minhas viagens. — os digo rindo animada. — O outro botão. — Armin apertou e logo depois todos os sistemas, protótipos, projetos e criações da Corton foram apagadas da face da terra. — Essa parte foi oferecida por ele também que me forneceu o pen drive que conectado a base central se conectaria a todos as outras. — falo com um sorriso aliviado. — Por toda minha vida eu quis um legado, e agora eu tenho um; Eu sou a mulher que comandou a operação que destruiu a Corton. — anuncio gargalhando.

—O que tudo isso significa? — Valérie indaga.

Que eu ganhei.


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Notas finais do capítulo

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