Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 32
Capítulo 32 - Empatia.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo em si foi difícil de escrever e vocês entenderão a razão disso quando lerem...
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719791/chapter/32

 Ponto de vista: Lynn Gilbert.

O vestido havia chegado a minha sala majestoso como planejei, era ele que eu usaria na formatura do meu irmão mais novo, trajando aquela peça eu o veria dar seu último passo antes da faculdade e provavelmente antes do nosso afastamento, não bastasse o caos envolvendo Debrah, Corton, Castiel eu ainda tinha aquilo para lidar. Começo a achar que sou mais forte do que pareço.

Com um suspiro acaricio o tecido leve e me apego a sensação de que esse fim em questão será bom, porque ele será um começo para Logan, e o mesmo merece isso, merece se ver longe de todas as minhas confusões.

Meu celular vibra e eu engulo a seco antes de sair de todo aquele momento nostálgico e o pegar, para saber do que se tratava.

É um menino.

Arfo contra aquelas palavras e sinto meu coração se encher de algo bom pela primeira vez no dia. Florence vai ser mãe de um menino, Nathaniel vai ser pai de um menino novamente, assim como de forma indireta foi de Logan. Aquele anuncio renova algo em mim, é esperança, um nascimento é o símbolo perfeito da continuação.

Hoje era folga dela e a mesma havia ido fazer a ultrassom com Nathaniel. Estava feliz por ela poder conseguir aquela paz e decidida a não tirar dela. Florence não saberia nada do que estava acontecendo ao meu redor, não a quero preocupada, Kentin e Peggy são ajuda o suficiente.

Parabéns!.

Respondo de modo amoroso e sei que de alguma forma ela irá sentir isso.

Suspiro e então passo a ignorar o celular procurando alguns arquivos para avaliar somente para me distrair. Tem muito trabalho a ser feito. Sempre tem.

Ouço batidas na minha porta e peço que a pessoa entre.

Kentin surge em minhas vistas com um sorriso contido nos lábios. Tenho lembranças de quando éramos noivos e ele sempre fazia isso, sempre acabava em briga.

—Não devia estar trabalhando, devia dar um tempo, você está com um olhar psicótico Lynn, por que na procura seu atual namorado para relaxar? — sei que há preocupação na sua voz, mas, isso não me impede de me irritar e jogar todos os papeis que estavam em minhas mãos na parede.

Kentin não se afeta.

—Então o que? Fingir para ele que o mundo não está caindo em cima de mim? Fingir que não sei que o mundo dele pode cair também se ele souber de tudo que seu passado esconde?  — grito aflita.

—Que eu me lembre você nunca teve problemas em fingir. — não é uma alfinetada, surpreendentemente é só um comentário.

—Que eu me lembre você não costumava expor meus defeitos com frequência...Espera, você costumava sim. — uso de toda minha exaustão para ironizar e ele ri levemente.

—Ouça, você e eu não fomos o melhor casal do mundo. — admite com seriedade e eu concordo. — Mas, sempre fomos bons parceiros em todo o resto, e eu estou aqui, Lynn, apesar de tudo, e nós vamos  deter a Corton e o Jean-Louis ou quem se meter no nosso caminho. — me garante isso e por um momento só quero acreditar.

—Hoje, pela manhã, eu refleti muito e notei que para ganhar isso, eu tenho que perder algo. — lhe conto porque preciso que alguém me escute naquele momento. — Achei que esse algo seria o Castiel. — suspiro, e eu continuo. — Mas, ai eu pedi para o Dake fazer uma coisa por mim, e eu percebi...Eu vou perder minha humanidade, ou ao menos o que resta dela...Então, e depois? — quero a resposta. — O que eu me torno sem esse pequeno pedaço de humanidade? — eu realmente queria a resposta.

— Algo maior do que você é. — Kentin me surpreende. — O que te faz a melhor advogada daqui não é seu senso de observação ou seu talento para manipular pessoas, o que te faz a melhor é que você não sente empatia por elas. — o fito séria, tentando lidar com aquelas palavras.

—Algo mudou na nossa dinâmica então, você já aceitou o fato de que eu não presto. — noto sem muito entusiasmo.

—Sim e eu confio na sua falta de empatia, por isso eu quero que me prometa uma coisa. — meu ex noivo me diz. — Você vai prendê-los e vai fazer qualquer coisa para isso.  — Kentin me instrui. — Eu quero que me prometa porque eu ainda me importo com você e sei o quão incompetente se sentirá se não conseguir. — acho que ele me conhece.

—Sobre qual limite estamos falando? — sei a resposta, mas, quero que ele fale em voz alta.

—Morte. Eu sei que nosso lema é; Justiça acima de qualquer coisa, mas, nesse caso acho que teremos que ser mais extremos. — não concordo, não discordo, não me surpreendo, apenas suspiro.

—Qualquer coisa. — repito então e Kentin assente.

              O pior é que eu sabia que eu realmente faria qualquer coisa a seguir. Kentin sabia. Todos sabiam. Acho que para superar meu pior inimigo eu tive que me tornar pior que ele.

[...]

            Não queria estar ali, eu realmente não queria. A gravadora Blancherd era o último lugar no mundo a qual eu queria estar, mas, Debrah cumpriu seu dever no mundo de me irritar ao fazer sua empresária exigir uma reunião comigo para saber detalhadamente os dados do contrato. Até tentei marcar em outro lugar, mas, ela disse que aqui seria mais fácil para ela e eu não tive saco para discutir. Então cá estou eu, explicando o maldito contrato, suportando a presença da vadia Williams, e lidando com o fato de que meu namorado está ao meu lado quando eu decididamente havia resolvido usar o truque de desaparecer e evitá-lo de novo.

                   Quando acabamos e eu agradeci mentalmente por isso levantamos ao mesmo tempo e Debrah me direcionou um sorriso falso, antes de se retirar da sala com sua empresária e me deixar com Castiel. A vaca queria fingir ser simpática na frente dele, mas, não soa nem um pouco verdadeira para mim, tomara que para ele também.

—Você esteve na casa da minha mãe ontem. — Castiel me surpreende ao dizer aquilo com a voz séria, ergo meus olhos na direção dos dele e engulo a seco. — E não me disse. — complementa. — Fui lá hoje e um dos funcionários da casa me contou. — esclarece antes que a dúvida chegue.

—É, eu a devia uma visita. — comento quase sorrindo e ele suspira.

—Quer ir por esse caminho mesmo? — Castiel indaga parecendo exausto de algo.

—Não estou te entendendo. — na verdade estou, só que não quero admitir.

—Você estava fragilizada ontem a noite de um jeito que nunca achei que te veria, e hoje quando encontrei minha mãe ela não falou de você como fala toda vez que me vê, não te encheu de elogios e disse como você era boa para mim. — argumenta com convicção. — O que aconteceu lá? — quer minha sinceridade, eu sei que quer.

—Nada. — resumo, porque o quero dizer é que não aconteceu nada que mude como me sinto sobre ele.

—É obvio que algo está acontecendo, eu não sou um idiota, ontem meu pai me pediu para me afastar de você, logo depois você apareceu na minha casa daquele jeito, e hoje minha mãe ficou toda estranha comigo. O que eu estou perdendo? Que capítulo deixei de ler? — não, ele não era idiota, porque ele era acostumado a lidar com segredos e quando você ganha esse costume você sempre sabe quando um é criado e te afetará a seguir. — Não seja como eles, não me faça te odiar por não me dizer a verdade. — implora que eu não faça isso.

— Eu... — pela primeira vez na minha vida me sinto aterrorizada em dizer algo.

—Não me diga que só quer me proteger. Mentir nunca é proteção, é só um meio que as pessoas acham para serem covardes umas com as outras, por medo de lidar com o complicado. — ele realmente tinha experiência com aquilo.

—Não é meu segredo. — quero uma defesa e novamente pela primeira vez não consigo elaborar uma.

—É a partir do momento que quer me esconder ele. — grita revoltado e eu mordo os lábios, querendo achar uma escapatória de tudo aquilo.

—É sobre seu pai. — resumo admitindo e ele franze as sobrancelhas.

—O que Noah fez? — indaga franzindo as sobrancelhas.

—Seu pai biológico. — corrijo para meu total desespero e os olhos azuis dele marejam de acordo com a fúria que parece florescer nele.

—Você não fez isso. — começa em tom calmo. —Porra, você não fez isso. — olho para ele sem entender tais palavras. —  Você procurou ele, não foi? Você o trouxe de novo para vida do Noah e da Valérie, por isso eles meio que te odeiam agora. Eu te disse que não queria saber dele, porra eu te disse, e você simplesmente ignorou. — sua conclusão me faz fitá-lo incrédula.

—Não. Eu não procurei pelo idiota psicopata do seu pai. — é minha vez de gritar. — Por mais incrível que pareça eu simplesmente descobri quem era ele e as porcarias que já fez. — é obvio que ele não acreditaria em mim, ainda sou eu, a vadia manipuladora que ele conheceu.

—Uau, que sorte. — debocha completamente furioso.

—Você acha que eu queria ter descoberto o que descobri? Você acha que eu queria que um cara desse fizesse parte da sua vida? Eu sinto muito, mas, não fui eu que transei com ele e tive um filho, essa pessoa é a Valérie. — nem sei mais o que estou dizendo, só sei que estou com raiva.

                O olhar que Castiel me lança é o mesmo que me lançou na nossa briga quando voltei para o escritório. É aquele olha que revela que fui longe demais, e eu sei que fui quando ele joga um dos vasos decorativos da sala em direção a parede e ele se estilhaça tal como tudo que venho lutando para construir.

               Fecho os olhos por reflexo e quando os abro ainda vejo Castiel me fitar em quase ódio.

—O que você descobriu? Qual crime ele cometeu para ir preso? — tenta se acalmar e agora parece realmente necessário saber disso.

—Ele não foi preso. Ele fugiu, antes disso acontecer. — lhe comunico também tentando me acalmar.

                 Castiel suspira para se controlar diante daquela informação.

—Ótimo! Mais uma mentira para uma lista enorme delas. — continua com os deboches. Isso é ruim, porque aquilo fazia parte do comportamento do Castiel idiota que conheci há algum tempo, ele não pode regredir.

—Castiel... — tento fazê-lo voltar a si.

—Por quê? — eu sei o que ele quer.

        Eu não queria ter que contar, mas, agora eu tinha, então simplesmente suspirei e revelei.

—Ele criou armas e bombas praticamente no porão da gravadora quando era sócio do Noah, e agora continua fazendo isso. — me dói  ter que se a pessoa que diz a Castiel toda droga que aquilo é.

                Castiel arfa, parecendo estar chocado.

—E agora ele voltou...Ele simplesmente voltou?  — quer uma razão para isso, quer o que todos devem querer sobre isso.

—Ele começou a vender as armas, parece ser o momento perfeito para ele voltar.  —não dou muito detalhes, seria demais. O poupo do detalhe principal; aquele que diz que seu pai quer me matar.

—Você não ia me contar isso? Ia simplesmente fingir que toda essa droga não aconteceu e está acontecendo? — Castiel soa tão decepcionado que sinto meu coração se apertar, lágrimas se formam, mas, eu as engulo.

—Eu não....Você estava tão bem, feliz, completo, eu não podia tirar isso de você, não de você. — aquela explicação não é convincente. — Valérie te ama demais, Castiel, ela escolheu não te contar, e eu não podia desrespeitar o amor dela por você. — sou sincera.

—Mas, pode desrespeitar meu amor por você? Minha confiança? — aquilo é como uma faca cravada em mim, me seguro para não desabar. — Eu te disse ontem que queria um futuro com você, como posso ter isso sem confiar em você? — mais uma facada.

—Eu ia resolver tudo, eu ia... — Castiel nem me deixa completar.

—Ia dar um jeitinho estilo “Lindsay Gilbert” que envolveria me enganar por um tempo ilimitado e quando eu descobrisse iria se fingir de arrependida por dois segundos e no instante seguinte eu como o idiota que sou te perdoaria e tentaria achar alguma qualidade em você que fosse maior do que seu pior defeito?. — parece adivinhar tudo aquilo, então se afasta de mim e me dá as costas.

                     Não fico parada ali, simplesmente corro atrás dele e o encontro no corredor principal com sua cabeça encostada em uma das paredes. É, o mundo dele está caindo.

—Eu sinto muito. — droga, eu realmente sinto, nesse momento sinto todas as emoções possíveis.

—Eu que sinto. — ele disse em um murmúrio. Então,  se vira na minha direção com um olhar dolorido. — É isso que sempre vai acontecer com você, não é? Ou melhor, com nós. Quando for difícil me contar algo me esconderá como eles sempre fizeram? Essa é sua natureza, certo? Fingir, fingir, e fingir? Então, sou eu que sinto, por acreditar em qualquer possibilidade de outra vida na qual somos felizes com você sendo uma pessoa diferente disso. — seu discurso parece carregar muita sinceridade e eu sinto minhas pernas fraquejarem.

                          Então, Castiel pela segunda vez me dá as costas e entra no elevador. Ele vai embora e eu fico. Ele simplesmente vai.

                     Quero entender o que ele sente, entender que é seu direito depois de tudo que segredos fizeram dele se revoltar por eu não ter contado algo importante. Mas, Kentin está certo; empatia não faz parte de mim, e quando parece que sinto ela é só um fingimento. Não, eu não entendo porque ele me deixou sozinha quando de alguma forma prometeu que não deixaria. Ele disse que não deixaria eu estragar as coisas, então por que eu sinto que estraguei?

                      Quero acreditar que ele só precisa de um tempo para lidar com isso, mas, está em mim acreditar que tempo não faz nada se resolver, você só precisa de tempo quando não confia em ninguém mais para compensá-lo.

             Jean-Louis, você está estragando coisas demais, não vai querer lidar com a minha fúria. 

             Na verdade, você não tem muita opção.

[...]

                Ponto de vista: Castiel Blancherd. 

O meu refúgio em todas situações é minha cobertura, é deprimente perceber que é sempre para ela que eu corro quando tudo desaba. Aqui, só consigo tentar não odiar Lindsay por de novo me machucar, é aqui que tento não odiar todos por minha vida ser repleta de partes soltas que se revelam nos momentos mais impróprios. É aqui que tento lidar com o fato de que meu pai é um criminoso e por isso fui criado por Noah. É aqui que tento me consolar sobre o fato de que sempre haverá um “mas” para mim.

             Droga, será que eu estava certo? Será que seria como eu disse? Eu nunca poderia confiar na Lindsay completamente sem me ferrar no processo? Será que todo amor que eu digo sentir por ela supera o fato de que no fim ela ainda é a pessoa que sempre tem que mentir?

             Eu quero um futuro com ela, quero que sejamos felizes nele. Mas, para isso, primeiro eu tenho que saber se ela se sente da mesma forma, e quando ela age assim, sinceramente parece que não.

                 Dessa vez ela nem se preocupou em criar uma grande defesa, ela simplesmente admitiu em olhares que o que fez era errado.

        Para onde estamos indo com isso tudo?

        Será que nossas tentativas de dar certo são em vão?

        Suspiro.

 A campainha da cobertura começa a tocar e eu ergo meus olhos na direção da porta. Se o porteiro não anunciou só poderia ser Armin ou Lynn, e eu implorava que fosse a primeira opção, acho que não tenho mais palavras para gritar hoje. Se tivermos mais uma conversa agora, ambos só irão complicar mais tudo.

             Em passos lentos vou até a porta e a abro, não se trata da primeira opção.

Lindsay me fita com uma aflição arrebatadora. Suspiro, segurando na soleira da porta e morde os lábios, como se o que estivesse a fazer fosse algo difícil.

—O que eu fiz ao não te contar sobre seu pai foi horrível. — inicia admitindo algo que já tinha dito. — Apesar de todas as manipulações que já fiz, você confiou em mim e achou que de alguma forma nós poderíamos dar certo, que eu poderia ser boa para você, que eu poderia ser boa para alguém bom, e eu te agradeço tanto por isso.  — não entendo seu tom penoso de agora. — Você estava certo. — algo em mim se quebra quando ela fala isso.  —Eu vou sempre ser assim, eu não posso mudar, Castiel, não agora e o que vem pela frente...eu vou fazer coisas terríveis para enfrentar, e eu não quero te machucar cada vez que uma delas acontecer. Você merece mais que isso, e se ficar comigo...Você não vai aguentar e vai odiar a pessoa que eu sou antes que perceba. — não posso acreditar no que estou ouvindo e vendo. Lynn pela primeira vez chora na minha frente, enquanto diz aquilo em meio a soluços tristes.

—O que...O que você está querendo dizer? — por que não estamos brigando? Por que não estamos dizendo coisas terríveis um ao outro e nos reconciliando logo em seguida e ficando mais fortes juntos?

—Que uma guerra começou, uma da qual você não vai fazer parte e eu vou ganhar, independente de qualquer coisa...E se ficarmos juntos agora, não haverá um futuro para nós...Então o que estou querendo dizer é que eu estou nos salvando de um término definitivo cheio de rancor. — Lynn conta como se isso fosse algo sábio.

—Terminando comigo agora? — é aquilo que parece, é aquilo que é. Um término.

—Sim. — confirma com um tom de sofrimento e eu sinto lágrimas se formarem nos meus olhos também.

          Ontem tínhamos amor nessa cobertura. Hoje temos...Isso.

—Por quê? — questiono sem querer aceitar.

                 Uma mão de Lynn vai até minha bochecha direita e a acaricia com tanto carinho que quase ignoro tudo a nossa volta.

—Porque você é meu ponto fraco. — aquilo é algo grande, é algo além do que já esperei que Lynn dissesse. — E eu descobri que desistiria de qualquer coisa se você pedisse, então não vou deixar que me peça. — parece convicta sobre isso.

—Não faça isso. — peço odiando toda essa situação. — Isso não parece um fim esperançoso. Eu simplesmente...Não queria que isso fosse uma despedida. — lhe conto como me sinto dado o fato de que ela age como se isso fosse.

—Então não faça ser. — diz sorrindo de modo triste com os olhos agora somente marejados.  —Vamos voltar um dia, e vai ser definitivo, nós fomos feitos para dar certo. Eu vou casar com você, vou ter filhos com você e tudo que merecemos. Nós vamos ser felizes, Castiel...Não agora, mas, seremos...Eu vou ser Lindsay Blancherd e daremos certo. Eu sei que sim. — após essas palavras que carregam algo que não consigo explicar, a mesma choca seus lábios nos meus, de forma bruta e voraz, é um beijo tão cheio de dor, um beijo com gosto amargo, um beijo vazio.

—Eu disse a Debrah que só te deixaria se você me pedisse isso, então peça. — Lynn solicita esse absurdo com os olhos fechados. Os lábios ainda próximo aos meus.

—Não. — me nego a ser quem desiste.

—Por favor. — implora e eu ofego olhando para o outro lado, sentindo cada parte de mim latejar em desespero.

—Eu... — ia negar mais uma vez, e então percebi que não poderia simplesmente a forçar a ficar. — Me deixe Lynn, vá embora. — peço tal crueldade e ela abre os olhos.

—Nós daremos certo. — quer me garantir isso.

                   Quando se separa de mim, a mesma me olha mais uma vez de modo aflito e me dá as costas tal como fiz mais cedo.

                 Acho que se o destino pudesse falar naquele momento ele diria “Não, vocês não darão”...Pelo menos foi o que pensei no período de tempo que viria a seguir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O Baby da Flore é um menino♥♥♥
Lynn terminou com o Castiel, o que acham disso?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Adorável Mulher." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.