Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 31
Capítulo 31 - Decidida A Lutar.


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo e tenho que já deixar avisado; Lynn bich está de volta hahaha

Tenho dado uma atenção especial aquelas duas spin-offs que falei que estou pensando em fazer dessa história e até já tenho duas promos prontas delas. Para começar Uma Adorável Mulher me inspirei em séries de TV específicas e já adianto que para começar essas outras eu também me inspirei.

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719791/chapter/31

     Ponto de vista: Lindsay Gilbert.

 

Algumas horas antes.

Meus olhos naquele momento de águia acompanham os movimentos de Kentin enquanto caminhamos pela quinta avenida, o mesmo fala ao celular, utilizando-se de seus próprios contatos para encontrar mais informações sobre o que queríamos. Nossa pesquisa de ontem na casa de Liam não passou da parte sobre Jean, só o que descobri é que o pai do meu namorado quer me matar. Como se nossa relação já não tivesse complicações o bastante.

Queria me manter calma sobre aquilo e tentava com todo esforço, mas, eu sentia que em algum momento isso ia ser maior do que posso suportar. Isso é a consequência mais real e cruel de se envolver emocionalmente com um caso, quando você sente em vez de raciocinar coisas ruins acontecem.

Queria também ligar para o Castiel, contar o que descobri, agir como uma mocinha indefesa em busca de um príncipe para salvá-la, mas, eu não era tola, se Valérie concordou em manter essa farsa com Noah uma boa razão ela tinha. E quem era eu nesse mundo louco e complicado para me intrometer em uma decisão que já foi tomada há tanto tempo?

A quem quero enganar? Essa só sou eu, tentando livrar minha pele do abismo, tanto físico por a Corton inteira querer me esganar, quanto emocional por temer uma conversa com Castiel na qual eu lhe explico que seu pai não está preso, que ele fugiu e que agora além de mim ele pode matar milhões de pessoas. Não é fácil, e pela primeira vez eu implorava que fosse.

— Ninguém tem informações mais detalhadas sobre o cara. Parece até que ele nunca existiu. — Kentin comenta quando desliga a sua ligação.

—Ele está criando armas, acho que tem inteligência o suficiente para sumir sem deixar rastros. — ironizo, indignada por toda essa situação. Kentin percebe meu desapontamento, e tenta colocar a mão no meu rosto, não gosto disso, então desvio do seu contato, ele simplesmente suspira para mim. — Eu sei que essa situação é complicada, tanto por quererem te matar quanto por o mandante disso ser o pai do seu namorado, mas, você é a pessoa mais esperta que eu conheço, sairá dessa se manter o controle e não surtar sobre isso. — aconselha, pois a essa altura eu já havia desabafado com ele sobre tudo.

—Isso não é complicado. Complicado é alguém querer se casar com outra pessoa só porque se sente confortável com ela, como fiz com você. Isso é insano, até para mim. Eu sempre soube dos riscos sobre ser uma intrometida de carteirinha, mas, nunca imaginei que chegaria a esse patamar, que eu teria que lidar com o fato de que alguém com quem eu me importo muito está ligado a um criminoso louco. — grunhi frustrada e meu ex se limita a apenas me olhar.

—Qual é o próximo passo? — ele já sabe que eu tenho um plano, é eu tenho, ele funcionar já é outra história.

—O cara era dono de metade da gravadora Blancherd,  que não por acaso sempre fez muito sucesso, deve haver algo nos jornais antigos sobre isso, sobre ele. Uma dica para onde foi, quais eram suas ambições, sei lá. — sigo minha intuição.

Nunca menti sobre Kentin ser um bom advogado e por entender minhas facetas rápido demais, aquela altura ele sabia onde eu queria chegar, até que ponto estava disposta a ir.

—Você quer Margareth Skye no caso. — supõe sem muita empolgação.

—Sim. Eu quero a Peggy no caso. — concordo, porque ela é a única sórdida o bastante para atingir meus objetivos e conseguir o que ninguém conseguiria.

A conheci na faculdade, ela é provavelmente a pessoa mais louca que alguém já pôde conhecer, acima disso, Peggy é brilhante, ela acha qualquer coisa sobre você, eu uso qualquer coisa sobre alguém, por isso nos dávamos bem, nossa parceria iniciada em uma aula qualquer que fizemos juntas talvez se consolidasse pelo fato de ambas não termos escrúpulos. Sempre íamos longe pela causa. Peggy queria expor o que ninguém conta, eu queria prender quem tinha coisas ilegais para expor.

Não, Peggy não fez seu primeiro serviço para mim quando me formei, ela fez antes, resolveu uma coisa, que precisava realmente ser resolvida, quando assinei oficialmente minha sentença de ser uma Gilbert, foi Peggy que salvou a primeira pessoa que pagou por isso. Em favor a mim. Talvez tivéssemos certa amizade afinal.

               Peggy também sabia meus segredos, e ela nunca os expôs. Eu tinha um passado. Todos tem um.

—Peggy então. — diz realmente sem empolgação, eu ainda não queria a envolver de verdade, mas, tudo o que sabia no momento era que eu tinha que terminar com isso, então adiantei as coisas ligando para ela.

[...]

Tinha um sorriso travesso brincando em seu rosto, enquanto ela nos encarava lado a lado em uma das mesa dos Jade´s.  Seus cabelos curtos sempre tão bagunçados combinavam perfeitamente com o óculos de grau que agora ela usava para dar mais credibilidade ao cargo de jornalista investigativa. Sempre achei que ela se focaria nas sub celebridades e seus escândalos, mas, ela foi mais elegante que isso.

—Vocês terminaram, mas, ainda continuam trabalhando juntos...Me diz Lynn, você está transando com seu ex novamente? Porque isso seria poético. — questiona mexendo no canudo do seu suco. Kentin revira os olhos, acho que todos conhecem o deboche da Peggy.

—Você sabe muito bem que eu já tenho outro namorado, não diga bobagens. — peço preferindo não retrucar seu cinismo.

—Sim, Castiel Blancherd. Fico imaginando como as revistas sensacionalistas amariam saber sobre isso. O ex bad boy dito como uma causa perdida envolvido com aquela que ganhou o título de advogada mais fria de Manhattan. Uau. Seria uma edição líder em vendas. Posso supor. — ri de seu próprio comentário.

—Não te chamei aqui para falar sobre com quem transo ou deixo de transar, Peggy. — deixo isso explícito e Kentin me repreende com o olhar por eu ser direta.

—Não dessa vez, certo? — alfineta, fazendo referência a coisas passadas. Aperto o copo de meu próprio suco com força, irritada com ela.

—Estamos em um grande caso, e o furo será só seu, se conseguir informações adicionais sobre ele. — sou direta de novo, digo isso em um tom sério e ela finalmente se contém e me olha com certo profissionalismo.

—Espero que seja grande mesmo, tinha outro furo para cobrir hoje e passei para outra pessoa para vir aqui. Quem temos que desmascarar? — indaga parecendo pronta para estragar a vida de alguém.

—A Corton. — digo no mesmo segundo, e Peggy arqueia uma sobrancelha, me fitando com desdém.

—A Corton é assunto velho para o jornalismo, todos sabem que o que falam sobre ela não passam de suposições. Querem achar algo que não existe? — até Peggy a rainha das fofocas se sentia incrédula sobre esses boatos.

—As fofocas se tornaram reais, descobrimos que ela começou a negociar com outros países, querem vender as armas para lugares específicos, o primeiro lote será mandado para o Cairo. — Kentin resume alguma das informações que temos, a última parte ele havia conseguido há alguns segundos quando um amigo que trabalha no FBI e confia nele o contou por meio de uma ligação.

                Peggy assim olha para ele atenta.

—Tem como comprovar essas vendas? — questiona querendo tirar tudo a limpo.

—A FBI provavelmente tem cópia de extratos, você conhece a seriedade deles não abririam uma grande investigação sem um bom começo, e mais, Faraize é o investigador do caso, o que aquele homem tem de calado tem de talentoso. — Kentin continua a explicar.

—O que vocês precisam que eu faça? — pela pergunta posso adivinhar que Peggy já está no caso.

—Descobrimos ontem que o fundador da Corton é Jean-Louis Collins, não por acaso pai do meu namorado. Ele é o cara por trás de todo caos, mas, por anos sumiu e só meu pai e Noah Blancherd tinha conhecimento disso até ontem. Preciso que reúna o máximo de informações sobre ele...Melhor, eu quero que você o ache. — meu tom soou um pouco sádico no final.

               Lhe conto isso enquanto deslizo as cópias dos documentos que encontrei ontem pela mesa na direção dela.

—Então, se infiltrou em um caso que provavelmente não é seu por que o pai de seu namorado é um criminoso? — parece duvidar disso.

—Não. Me envolvi porque ele quer me matar. — deixo isso explicito e vejo temor passar nos olhos da Peggy. Ela notou o quão sério é dessa vez.

—E quando o encontrar...? — quer uma continuação segura.

—Me certificarei de que não será ele a puxar o gatilho primeiro. — lhe comunico disso convicta.

—Como sabe que ele não vai mandar um dos capachos da Corton para fazer o serviço? — Peggy questiona curiosa.

—O nome Gilbert fará com que ele venha pessoalmente. É vingança. Não só por eu ter atrapalhado uma parte dos seus negócios, mas, também pelo meu pai ter ajudado Noah a descobrir os planos loucos dele. É por isso que meu pai está trabalhando com Faraize. — juntei todos os pontos.

— Okay, vamos achar esse babaca. — anuncia antes de sorrir de modo traquino e abrir seu Macbook para iniciar sua pesquisa. Olho para Kentin que também me olha e sorrimos um para o outro. Minhas ideias de lutar já nem o assustam mais. Ele sabe que eu vou ganhar. Eu sempre ganho.

                 Me levanto alguns minutos depois ajeitando meu sobretudo e Peggy ergue os olhos em minha direção, em dúvida.

—Para onde vai? — a pergunta é automática.

—Preciso ouvir alguém sobre o Jean, alguém que eu acredito que conheça ele. — comunico aos dois presente, que assente, dizendo que continuariam ali.

[...]

           A mansão Blancherd estava tão bonita quanto sempre foi; Seu jardim bem cultivado era um belo cartão de visita da entrada. Liberada minha passagem no condomínio estacionei meu carro e segui na direção da casa, onde um funcionário muito educado deixou que eu entrasse.

                       Não demorou muito para uma elegante Valérie descer as escadas e vir até mim. A expressão maternal de sempre ainda estava lá, mas, havia algo em seu olhar que me contava que o medo estava presente em todo ser dela. É obvio que estava.

—Que surpresa querida. — diz antes de me cumprimentar com dois beijos no rosto e me guiar na direção do sofá maior.

              Está forçando simpatia, o que não é típico dela.

—Eu precisava conversar com você, sobre um...Assunto desconfortável. — eu realmente não queria lhe pressionar para me contar detalhes da relação horrível que ela provavelmente teve com aquele cara, mas, eu tenho que fazer isso. Tenho que salvar minha pele e mais, tenho que garantir que esse cara irá pagar pelo que já fez e pelo que pretende fazer.

—É sobre a volta de Debrah? — tenta adivinhar me olhando com aflição. Mordo os lábios hesitante.

—É sobre Jean-Louis Collins. — sou direta e ela arregala os olhos para minha falta de delicadeza. Aquele nome parece causar nela um choque. Acho que causaria em qualquer um.

          Se levanta arfando, como se só pensar sobre aquilo a sufocasse.

—Não tenho certeza se quero falar sobre isso...Eu... Não. — a mesma não se dá ao trabalho de fingir que não o conhece, aprecio isso nela, e realmente me dói ter que continuar, só que é necessário. Então me levanto e a fito com minha expressão mais séria.

—Eu sei que você sabe que ele está de volta, eu sei ler olhares e o que me lançou quando cheguei aqui foi de puro medo, e eu sei que está aterrorizada com essa situação, mas, eu vou te ajudar, garanto isso, só preciso que colabore comigo. — tento acalmá-la e ela ri com escárnio, tal como seu filho faz com frequência.

—Me garante? Você não pode me garantir nada, ninguém pode, não depois do que passei com ele. Eu o amava com todo meu coração, Lynn, me casei com ele, engravidei dele pensando que teríamos um futuro radiante pela frente, que realizaríamos nossos sonhos juntos, mas, ele não era a pessoa que eu achava que era, ele é um louco, um louco que não se importa com ninguém além dele, que nunca se importou comigo de verdade, nem mesmo com o filho dele...Se não fosse Noah, não sei como teria conseguido me levantar de novo. Estou sim aterrorizada...Pensar na possibilidade que ele pode ficar perto de mim...Pior, que ele pode se aproximar do Castiel...Meu filho não aguentaria sabe tudo. — meus olhos lacrimejam quando sinto todo cuidado que ela deposita ao falar do Castiel, é só uma mãe que quer proteger o filho, uma coisa que nunca tive. Tento entendê-la.

—Valérie, eu só preciso de informações sobre ele, para então... — a mesma não deixa que eu termine.

—Para prendê-lo? Como seu pai faria? Sinto muito querida, mas, não acredito que consiga isso, acreditei em Liam por um tempo e veja o resultado, esse homem está de volta, a espreita de nossas vidas e tudo o que podemos fazer é nos sentir vulneráveis. — soluça um pouco.

—Ninguém precisa se sentir vulnerável, chega de fugir, chega de fingir que não aconteceu, chega de segredos. Vamos ter pratos limpos na mesa, e assim podemos achar uma solução. — grito também aflita.

            Valérie me olha com mais dor ainda, como se o que estava prestes a dizer fosse terrível para ela.

—Quando te conheci eu gostei de você automaticamente, não sei, talvez fosse meu coração de mãe adivinhando o quão bem você faria ao meu filho, e você fez, você faz, por isso sempre apoiei a relação de vocês. Mas... — aquela última palavra me fere de uma forma intensa. — Depois de eu discutir muito com Noah pelo fato dele ter trazido Debrah de volta para nossas vidas, ele me explicou a razão, falou sobre o possível retorno de Jean, e que havia a trazido de volta para que Castiel se afastasse de você. — arfo, então Noah tinha uma razão afinal. — Eu aprendi a amar você, Lynn...Mas, Castiel é meu filho e só quero protegê-lo. — chora alto quando me diz aquilo.

—O que está tentando me dizer? — pergunto em um sussurro.

—Eu acho que...É melhor que se afaste dele...Você é um alvo do Jean, não quero que ele se aproxime do meu filho. — me aconselha com um olhar culpado, sinto meu olhar falhar uma batida.

—Não...Eu...Ele é pai dele, por que só viria atrás dele se eu estiver envolvida com ele? — quero entender as razões dela, mas, não sei se consigo.

—Porque sem você, ele não apareceu até agora...Jean não se importa com o Castiel, ele só se importa em vencer, e se ele machucar meu filho para te afetar ele vence. Você o provocou, ele odeia ser provocado. — me diz aquilo em seu tom mais sério.

—Então...Agora eu tenho que ser uma covarde e me afastar do Castiel só por que esse psicótico está por ai? — indago quase em deboche.

—Não, você tem que se afastar dele para protegê-lo. — essa era a droga do problema de se importar, quando você não se importa não tem essa de fazer o certo, você faz o que é melhor para você não para outra pessoa. Mas, eu me importava com Castiel, então isso me fazia ter que pensar no melhor para ele.

—Tchau Valérie. — falei lhe dando as costas incapaz de continuar aquela conversa tortuosa.

[...]

Admito que quando cheguei a cobertura naquela noite minha intenção era fazer exatamente o que Valérie pediu, era deixar Castiel de fora de todo aquele caos, o manter um tanto ingênuo sobre o que acontecia ao seu redor. Nunca menti sobre eu ser confusão demais para ele. Queria o poupar do que estava por vir, o poupar do que eu faria para ganhar, porque eu iria obviamente, mas, eu não ia jogar limpo, não queria machucá-lo, mas, eu era egoísta demais para deixá-lo ir.

                E deixá-lo se tornou quase impossível depois da noite que tivemos onde ele cuidou de mim e me deu apoio de um jeito que ninguém nunca fez antes, eu me senti amada realmente, como se nada pudesse me atingir. Dormir em seus braços depois de tudo aquilo foi como conseguir abrigo após uma forte tempestade.

                Agora encarando meu reflexo no espelho do banheiro da sua suíte eu tentava me preparar para o dia obviamente exaustivo que viria pela frente. Ainda estava me sentindo mal pela conversa com Esmee, me perguntando se devia contar a Castiel sobre a parte do passado dele que ele não sabia e me perguntando se ele deveria saber que eu corria riscos agora.

             A Corton está acabando comigo.

             Ela quer acabar com tudo literalmente.

—Lynn tem como acelerar? Quero conseguir uma mesa naquela lanchonete que eu adoro. — ele gritou do quarto e meu coração se apertou. Era aquilo que eu perderia. Ele.

                     Eu não queria o perder.

                    Mas de alguma forma meu coração amargo alertava que para ganhar da Corton eu precisava perder alguma coisa.

                      Que não fosse ele.

                       Não agora.

                Mais uma olhada no espelho, então peguei meu batom vermelho e o coloquei com maestria.

                 A Corton iria saber quem eu era de verdade.

      Peguei meu celular e liguei para Peggy querendo atualizações.

Ei! Antes que pergunte não conseguir nada sobre o seu sogro psicótico e olha que eu pesquisei muito. O cara é um mistério realmente, o que me fez ficar ainda mais focada em desvendá-lo...Mas, eu aproveitei um intervalo de tempo para pesquisar sobre os outros membros da Corton. — assim que atendeu despejou tudo aquilo.  — Sabe o presidente que você achava que era um laranja? Ele não é tão idiota assim. O cara tem uma ficha criminal suspeita e tem contatos perigosos.  — mordo os lábios para aquela informações.

Família? — quero ponto fracos.

Só sua filha Violette Clifford, ele é viúvo, a garota aparentemente é inocente quanto aos negócios ilícitos do papai, cursa designer na universidade NY, faz caridades mensalmente e pelas colunas de fofoca nunca apresentou nenhum escandâ-lo. É o xodozinho do papai. — me explica tudo com detalhes. Como eu disse; Peggy é sórdida.

              Dou uma risada ousada.

Continue procurando. — ordeno.

O que você vai fazer? — ela sabe que a risada significa algo.

A Corton começou a guerra, é minha vez de machucar alguns soldados dela. — lhe comunico friamente.

—Coitada da garota.  — Peggy adivinha.

Não tenha pena, não vai doer...muito. — lhe falo.

[...]

              Dake me fita com malicia quando me vê chegando a academia, logo dispensa uma aluna com quem provavelmente já pensava em transar e vem ao meu encontro, tenho um sorriso parecido com o dele. Depois de tomar café da manhã com Castiel decidi adiantar meus planos e Dakota West seria minha melhor opção.

—Olha se não é minha aluna predileta, admito que senti saudades. — zomba e eu concordo mentalmente que faz séculos que não venho aqui, talvez seja a hora afinal.

—Eu não senti...Espera... — finjo que estou pensando e estalo a língua. — Não, não senti mesmo. — debocho porque sei que temos esse nível de intimidade.

               Ele me guia pela cintura para que comecemos a andar na direção do mini escritório dele.

—O que você precisa de mim? — sabe que quero algo e sabe que será uma péssima coisa.

—Tem uma garota... — inicio com meu sorriso mais perigoso. — Inocente, pura e tola. — a descrevo como entendi que ela era. — Preciso que tire isso dela. — lhe comunico e Dake me olha sério antes de suspirar.

—Quer que eu tire a virgindade de uma garota por um capricho seu? — soou baixo até para alguém como ele.

—Oh Dake, virgindade é superestimada e nos tempos de hoje ela nem deve ser mais. — brinco acariciando o ombro dele quando o mesmo se vira completamente para mim. Já estamos em seu escritório e ele se permite encostar-se em sua mesa para me fitar melhor. — Quero que você tire dela a esperança nas pessoas, no amor, em homens apaixonados...Preciso que a conquiste e depois acabe com ela. — lhe instruo friamente.

—Isso é ridículo, é demais até para mim que adoro um rabo de saia. — da voz aos meus pensamentos.

—Por favor, por mim. — murmuro.

—Por que quer tanto machucar ela? — questiona querendo que meus móvitos o convençam.

—O pai dela está no meu caminho e representa um perigo real para mim...Além do mais, eu preciso fazer tudo para ganhar dessa vez. — admito e ele suspira de novo. — Por favor, em respeito aos velhos tempos. — uso esse argumento.

—Lembrar de que você era uma garota fácil que transava com qualquer um na faculdade inclusive eu, não irá me convencer. — Dake me comunica e eu realmente o fito como se precisasse disso.

—Lynn... — antes que ele negue mais uma vez me aproximo dele e sussurro em seu ouvido.

—Você vai fazer isso Dake, se não eu acabo com você e eu estou convicta sobre o fato de que não precisarei de ajuda quanto a isso. — lhe conto isso.

—Me ameaçar é seu melhor método? — indaga provocando.

—É o mais rápido, não tenho tempo para ser emocional. — esclareço.

—Como eu conquistar a filha do cara vai fazer parecer que você está ganhando?  — questiona quase cedendo.

—Eu vou garantir que ele saiba que fui eu que fiz isso. — eu não estava para brincadeira.

—Quem me envia as informações sobre ela? — finalmente cede.

—Peggy Skye mandará tudo que você precisa. Obrigada pela colaboração. — falo antes de beijar o canto de sua boca e sorri enormemente.

                     Não ia abrir mão de nada por enquanto, eu ainda estava no lado dos vencedores e eu faria tudo para permanecer nele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Adorável Mulher." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.