Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 26
Capítulo 26 - Uma Nova Atitude.


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais rápido do que o esperado e com novidades hein! Para vocês que não sabem, essa fanfic é um dos projetos que eu mais gosto de escrever, então decidi uma coisa, caso ela atinja uma repercussão boa nos próprios capítulos, ou seja uma interação entre mim e vocês cogitarei colocar outro projeto que eu tinha sobre ela em prática; Se vocês quiserem quando essa acabar, farei duas spin-offs dela okay? Ou seja, duas fanfics com a continuação, focando em personagens específicos, as quais eu já decidi.

Ah e se isso for acontecer mesmo, dia primeiro de janeiro haverá outra super promo no youtube!

Boa Leitura!



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       Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Ela abriu a porta e sua expressão não era a das melhores; Florence tinhas olheiras escuras, seus cabelos loiros longos estavam bagunçados e seu nariz vermelho. Fiz uma careta para isso e balancei os copos de chocolates em minhas mãos, antes de empurrá-la para dentro de seu apartamento forçadamente. Havia cansado da coisa de dar tempo para ela lidar com o que quer que fosse que a incomodava. Precisava da minha melhor amiga. Por isso naquela manhã gelada antes da minha volta ao escritório passei no seu apartamento, pois recebi uma mensagem dela dizendo que não trabalharia hoje.

—Okay...Eu me movi de Manhattan para o Brooklyn hoje com um único intuito; Entender o que de errado há com você. Não posso te dar mais tempo para lidar com isso, acho que tenho que agir. — comecei, totalmente frustrada como as coisas não estavam seguindo o rumo que eu planejava. Florence suspirou, e desviou seus olhos dos meus. — Certo, o que for que estiver acontecendo, não deve ser pior do que o que está acontecendo comigo agora...Meu pai admitiu que eu tenho talento e que mereço uma vaga na cavalaria, e ontem tive uma briga terrível com a minha família por causa disso, e Castiel...Droga, como namorado apoiador ele é uma porcaria...O expulsei da minha casa ontem, e agora estou como uma daquelas garotas patéticas que ficam fitando a tela do celular pensando em ligar e tentar uma reconciliação... — eu também não nunca fui do tipo de pessoa que desata a falar quando está se sentindo mal, mas, eu simplesmente não sei como lidar com a situação, e surtar talvez seja a melhor opção. — E Flore, eu preciso que... — a mesma me interrompe.

—Eu estou grávida. — revela com os olhos já marejados. Arfo. — Eu estou grávida do Nathaniel...Um cara com quem tive uma transa casual, que é seu ex namorado  e eu estou na faculdade, Lynn...Eu tinhas tantos planos...Eu...Não foi isso que eu planejei okay? Eu estou tão assustada, desde o natal quando descobri...Me tranquei aqui, tentando descobrir como resolver isso...Mas, eu não sei, talvez sejam os hormônios, eu só consigo chorar e... — logo as lágrimas aparecerem em sua face.

—Você está grávida de um Dilaurentis, é, seus problemas são piores que os meus. — saiu no automático, logo que me lembrei de meus ex sogros. Florence soluçou por meu comentário, e eu me estapeei mentalmente. — Sim, mas, uau, você está grávida do Nathaniel...Que não por acaso ama crianças, e é uma das melhores pessoas que eu conheço...Espera, ele já sabe disso? — me preocupo com a última parte.

—O que? Não! Eu não podia simplesmente chegar até ele e dizer “Ei, lembra da garota que você transou outro dia, ela está grávida de você agora”... — diz incrédula. — O pior é que ele tem tentado falar comigo nos últimos dias, querendo marcar um novo encontro. — murmura a última parte.

—Okay, Florence, vou ser a parte racional aqui; Você não fez esse bebê com um dedo, Nathaniel tem participação ativa nessa criação, e ele precisa saber disso...Tanto por ser o correto...Quanto por ele sempre ter desejado ter um filho. — exponho o que acho.

—Sim...Depois que arranjasse uma garota bacana, namorasse sério com ela e se casasse. — advinha com certo desdém.

—Ele queria ter um filho comigo, acho que o mesmo não é adepto ao conceito “garota bacana”. — comento querendo que ela entenda que não importa se eles só tiveram uma noite. Aquilo iria significar uma vida.

—O fato de você ficar relembrando que já esteve com ele não deixa as coisas melhores. — me diz irônica e de modo desajeitado se senta no sofá de sua minúscula sala.

  Suspiro antes de me sentar na mesa de centro de frente para ela. Tento entender o lado dela; Florence é diferente de mim, não só em sua personalidade, devo levar em conta que a mesma é só uma garota de dezenove anos, que tem sonhos a realizar, e um bebê apesar de sempre ter soado uma benção para ela, atrapalharia as coisas para a mesma no momento, e quanto a Nathaniel, eu sei que ela sempre sonhou com contos de fadas, ter um filho com uma cara de uma noite não está incluído nisso.

—Você tem certeza? — questiono calmamente e ela se encolhe em seu moletom.

—Cinco teste de farmácias e dois exames de sangues. — É, a mesma sempre foi paranoica.

Aperto seu joelho a olhando de forma preocupada.

—O que você quer fazer? — sei que tirar não é uma opção para ela, mas, quero que Florence tenha uma pessoa para lhe dizer que lhe apoiará em qualquer decisão. Florence enxuga seu rosto e suspira.

—No começo...Eu estava totalmente incrédula sobre isso...Não parecia justo eu ter que repetir o erro da minha mãe de engravidar sendo tão jovem...Então, eu notei que fosse o que fosse, não era erro...Digo, nos protegemos, eu tomei a pílula, mas, algo não se encaixou no processo...Não posso culpar essa criança, posso? — é, mesmo sendo uma garota, ela ainda tinha maturidade o suficiente para lidar com isso.

 Meu celular tocou dentro da bolsa e o peguei; Na tela o nome de Liam aparecia e não demorei a notar que eu estava atrasada para minha primeira reunião. Sem atender, olhei para Florence que ainda chorava baixinho e mordi os lábios.

—Não vai atender? — indagou olhando para o celular em minhas mãos.

—Entre uma reunião que significará meu triunfo sobre Liam e ficar aqui cuidando da minha melhor amiga... — comecei e em um movimento rápido desliguei o aparelho. — Não tenho dúvidas do que decidir. — guardei o celular na bolsa sob o olhar emocionado de Florence e em um salto me coloquei no sofá ao lado dela.

Florence colocou uma almofada em minhas pernas e deitou sua cabeça em meu colo. Comecei a acariciar seus cabelos, tentando lhe acalmar sobre tudo aquilo. Seus ombros tremiam durante o choro e meu coração não gostava daquela imagem.

—Se levante, Florence. Vista uma roupa e se prepare para uma ida ao hospital. Iremos contar a Nathaniel. — ela ergueu a cabeça com os olhos arregalados e depois me fitou como se eu fosse louca.

—Eu não... — foi minha vez de interrompê-la.

—É o certo a se fazer, e eu não vou deixar que você, a pessoa mais justa que eu conheço deixe de fazer o certo. — deixei isso obvio para a mesma e Florence me olhou hesitante.

[...]

Quando namorávamos, Nathaniel fazia questão de me dar um presente especial cada vez que fazíamos um mês de namoro. Eu dizia que era patético, mas, isso não o fazia parar. E realmente era, até eu ganhar aquele presente. Foi uma caneta. Eu sei. Presente estúpido. Mas, o que ele me disse sobre a caneta, isso foi o que me comoveu, Nathaniel falou que seria com aquela que eu assinaria os primeiros processos que ganharia. Ou seja, ele acreditou em mim. Fiquei tão feliz por aquilo, que não contive um enorme sorriso, os olhos de Nathaniel brilharam e foi uma das coisas mais lindas que já vi.

Aquele olhar era perfeito.

Mas, ele nem se comparava ao que ele tinha agora, enquanto escutava Florence. Os dois estavam no fim do corredor principal do hospital, Florence estava nervosa demais para conversar com ele em seu consultório, por isso despejou a informação ali mesmo.

Para dar privacidade a eles, me afastei o máximo que pude, e encostei-me em uma das paredes do tal corredor. Nathaniel abraçou Florence chorando assim como ela. Quis sorrir. Não consegui. Seria falso.

Seria falso porque uma parte perturbada de mim estava com inveja daquilo. É como se você olhasse para o que sua vida poderia ter sido se você não tivesse feito escolhas erradas e não pudesse fazer mais nada a respeito.

Me assustei quando me lembrei das palavras de Kentin dizendo que eu nunca mudaria de verdade, e me culpei por estar começando a acreditar nelas.

Suspirei, e decidi que eu não precisava mais estar naquele cenário, muito menos pensando tão mal a respeito dele. Não me dei ao trabalho de me despedir, apenas dei as costas e resolvi meu caminho até o escritório Gilbert.

Quando eu cheguei a minha primeira reunião da cavalaria duas horas atrasadas, todos os olhares recaírem sobre mim, o de meu pai em especial estava cheio de deboche, não me assustei com isso, eu não deixaria de lado se não soubesse que poderia lidar.

—Acho que aqui é o momento que você ignoram o sermão sobre minha irresponsabilidade e escutam a solução que tenho para o caso de hoje. Solução essa que elaborei no corredor, depois de me dar ao trabalho de ler todo o processo. — os comunico disso, colocando minha bolsa sob a mesa.

Posso ouvir as pessoas dizendo como herdei a arrogância de Liam, mas, não me preocupo com isso. Sei como provar que não sou uma cópia do meu pai e acho que ele também sabe disso, pois em determinado momento, enquanto falo tudo que planejei o vejo sorrir em minha direção.

Quando todos concluem a eficácia de minhas ações a reunião dá-se por encerrada e de modo surpreendente meu pai se oferece para me levar de volta a minha antiga sala. No caminho até lá, enquanto conversamos sobre o caso anterior, encontramos Parker.

O mesmo me fita incrédulo, e meu pai se limita a suspirar.

—Lynn? O que faz aqui? — pergunta preocupado.

—Lindsay voltou para o escritório...Mas, não se preocupe, ela não vai pegar seu cargo...Lindsay é da cavalaria agora. — meu pai anuncia como se não fosse nada, e eu olho convencia para Parker.

—Como é? Como conseguiu isso? — não consegue acreditar em tal coisa.

—Usando aquelas duas coisas que você não tem. — afirmo provocante. — Pode me ajudar a lembrar? — me divirto com ele. — Aquelas duas coisas...Sabe...— o incentivo a me dizer, mas, quando vejo que ele não vai entrar na minha, estalo os dedos na frente dele como se tivesse lembrado. — Talento e competência. — pisco para o mesmo, que me olha no auge da fúria. — Procure no dicionário, acho que só desse jeito, você descobre o significado, na prática deve ser meio complicado para suas capacidades. — foi meu último deboche, antes de me despedir de Liam — que acabou de revirar os olhos. — e ir para minha sala.

[...]

              Estou acomodada confortavelmente no chão da minha sala, estudando meus novos e reais processos naquela noite quase solitária. Já ignorei dez ligações de Lysandre, tal como fazia antigamente, só que dessa vez com medo de que ele me pedisse para tentar de novo. Não havia nenhuma ligação de Castiel, no entanto, ao que parece não era importante dar o braço a torcer.

         A pouco tempo havia falado com Florence, que me contou o obvio; Depois do susto inicial com a noticia, Nathaniel superando todas as probabilidades da sociedade masculina existente chorou de felicidade com a pequena surpresa que tiveram. Ela me agradeceu e eu me limitei a sorrir para a tela da mensagem, feliz por pelo menos uma de nós não estar desperdiçando chances.

             Concluo ali que tenho que visitar Logan em breve, sinto falta do abraço do meu irmão e de sua esperança demasiada em mim.

              Sou uma idiota por pegar o celular mais uma vez e esperar que tenha alguma notificação em relação a Castiel, mas, não resisto a isso. Acho que sou mais idiota ainda porque por um momento, acreditei que poderíamos ser o tipo de casal que se consertaria depois de uma briga. Talvez, não tenhamos conserto.

           Só despertei dos meus pensamentos a respeito desse assunto, quando escutei a minha porta ser aberta, ergui minha cabeça na direção da porta, com o coração acelerado e os olhos arregalados e quase fiquei sem ar ao me deparar com Castiel. O mesmo balançou a chave do meu apartamento em suas mãos e eu franzi as sobrancelhas.

—Você fez uma do meu, achei que o justo seria eu ter uma também. — quase ri daquele absurdo. — Se quer saber, peguei um dia em que você se distraiu e fiz a cópia...É meio anormal, afinal geralmente os casais só trocam as chaves quando estão em um relacionamento estável e a gente está longe disso. — começa soando extremamente hesitante.

          Não me dou ao trabalho de ficar com raiva por isso e tal fato anima ele, que de modo calmo e parecendo aterrorizado no processo, se senta ao meu lado ali no chão. Engulo a seco, odiando a situação problemática.

               Ficamos em um silêncio por um tempo, cada um culpando-se por algo ao seu modo.

—Fui um idiota ontem. — admite em um murmúrio e eu o fito séria.

—Foi mesmo. — não discordo de modo algum, e ele solta uma risada com escárnio.

—Achei que esse seria um daqueles momentos clichês que você me diria que não tem como eu ser idiota em nenhuma situação, nós nos beijaríamos e tudo daria certo. — me comunica disso e eu quase solto uma risada de novo.

—Eu acho que posso te dar umas mil situações em que você foi um idiota, afinal li sua ficha criminal...Mas, não posso dizer que você foi o único culpado ontem, eu forcei a barra mexendo com a sua dor para te machucar...Como se isso fosse uma droga de competição para saber quem quebrará mais o outro. — falo com sinceridade, e me surpreendo com isso.

—Eu não te apoiei ontem, Lynn, sabe quanto me sinto um babaca por isso? Você tem razão, é seu sonho e para o inferno se você tem que conviver com aquelas pessoas sórdidas para isso, confio em você, porque eu também estou dentro, e o que eu sinto por você, advogada metida é mais complicado do que o que já senti por qualquer outra pessoa...Mas, é um tipo de complicação boa, é o tipo de complicação que pretendo aguentar por muito tempo. — declara do modo mais honesto que também consegue, e eu finalmente solto uma risada.

—O que estamos fazendo Castiel? Estamos dando um ao outro a oportunidade de nos machucarmos. — faço a pergunta ao mesmo tempo que respondo.

—Aguento uma dorzinha de nada por você, a questão é; Você aguenta por mim? — indaga quase debochando e eu suspiro.

—Eu estou com medo. — admito e meus olhos estão marejados. Castiel me olha assustado e puxa meus ombros para que fique mais perto dele e desabafe. — Eu sou uma péssima pessoa, mas, estou tentando ser melhor por você...Mas, e se acabar, Castiel? O que acontece comigo? O que eu me torno? Você está se tornando um ponto fraco para mim e não sei se posso aguentar se ele rompê-lo. — minha voz está embargada.

—Não vai. — parece garantir.

—Como pode ter tanta certeza? — quase grito e ele me olha sério.

—Porque esse ponto se manterá firme, até ano que vem, quando formos a Londres...Lá, eu vou te dar mais uma passagem impressa totalmente brega, provavelmente para o Havái, ficaremos juntos mais um ano e no fim desse ano, eu te darei mais uma passagem e assim isso continuará. — aquilo era bonito e não parecia doloroso. O que quer dizer que não aconteceria.

—Sabe o que está me prometendo? — indago quase rindo.

—Futuro? — arrisca e eu suspiro.

—Uma vida. — resumo e ele arfa. — Uma vida que você não está preparado para dividir comigo, porque não está completa...Não até esclarecer a história com a tal garota. — deixo isso esclarecido.

—Só há uma garota com quem preciso esclarecer as coisas, e essa está aqui na minha frente. — é sua maneira de fugir, mas, eu não desaprovo.

—É sobre nós dois, Castiel, não tem como ser claro. — o comunico disso e em questão de segundos sua boca se aproxima da minha.

—É perfeito como é. — afirma e encosta seus lábios nos meus com um cuidado que nunca teve antes. Não sou tão carinhosa assim, pois enrosco minhas mãos no pescoço dele querendo aprofundar o beijo e em um movimento rápido coloco uma perna minha em cada lado do seu corpo e fico em seu colo tal como fizemos em seu carro a primeira vez que nos beijamos. Dessa forma, ele enfia suas mãos por dentro da minha blusa e acaricia minhas costas, enquanto gemo contra sua boca.

                 Meu celular começa a tocar, e ainda nos beijando vejo Castiel fitar a tela do mesmo que está atrás de mim.

—É do escritório. — me comunica em um resmungo, enquanto me ocupo a ajudá-lo a tirar sua camisa.

—Não importa. — me limito a dizer isso, me recusando a atender a ligação.

—Vai deixar de resolver algo do trabalho para transar comigo? Okay, acho que talvez esse escritório esteja te dando alguma boa influência afinal. — zomba me ajudando a me livrar da minha blusa também.

              Paro o que estamos fazendo por alguns segundos, e o fito com calma.

—Trabalhar no escritório Gilbert não foi o que me fez ser uma má pessoa...Ser filha do Liam é que fez. — lhe digo a frase que meu pai disse e ele franze as sobrancelhas.

—Então; Deixou de ser filha dele? — quer entender.

—Não. Mas, é que agora eu não sou somente filha dele, também sou a namorada de Castiel Blancherd. — lhe digo e em resposta ele me beija com mais paixão.


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Notas finais do capítulo

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