Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 22
Capitulo 22 - Lynn Feliz.


Notas iniciais do capítulo

Sumi? Sim, eu sumi, o caso é que fiquei um tempo longe do meu lindo PC, então não pude postar o capítulo que já estava salvo hahaha, e também anteriormente fiquei focada no término de outra fanfic minha.

A fanfic ganhou mais três promos e eu ficaria feliz que conferissem e me dissessem o que acha que vai acontecer na fanfic mais para frente.
1- https://www.youtube.com/watch?v=0i35zDR9h2k

2- https://www.youtube.com/watch?v=XHArRqq6T1g

3- https://www.youtube.com/watch?v=6mXPt8NG2cE

Ah e também para compensar minha ausência, quero lhes dar um spoiler; A Lynn sempre fala que não tem limites como vocês sabem, então mais para frente, ela fará uma coisa que ultrapassará todos os limites...Logo, peço para vocês imaginarem a pior coisa que ela poderia fazer e me dizerem.

Boa Leitura!



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          Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Há uma calma e serenidade em mim que nunca senti logo que abro os olhos após uma noite de sono incrível.  A ação de me acostumar com a claridade é automática, assim que me encontro quase cem por cento acordada, fito o ambiente ao meu redor de forma confusa, esse não é meu quarto, a textura desse lençol não é a mesma do meu edredom, e com certeza aquele quadro com uma mulher usando uma lingerie vulgar a minha frente não faz parte da decoração do meu apartamento. Arfo quando a consciência me atinge completamente e eu me lembro onde estou e o que fiz.

            Agora agitada, me ergo na cama de forma que encosto minhas costas na cabeceira dela rapidamente, quase sem ar, e quando olho para o lado e encontro a imagem de um Castiel me fitando com diversão trajando somente uma calça moletom, arregalo os olhos e puxo de modo protetivo o lençol cinza, para que esse possa cobrir meu corpo nu.

—Não há nada ai que eu não tenha visto ontem. — o Blancherd comenta com deboche, e ainda sim, prendo mais o tecido acima dos meus seios, como se aquilo fosse uma defesa real. Eu são tão idiota.

              Não sei o que falar e nem como agir, o que de fato é uma coisa rara, aliás, isso nunca aconteceu comigo, continuo com aquela cara de bocó.

—Por que não devolveu o deboche com algo pior? — ao que parece meu comportamento o deixou preocupado, tento ajeitar meus cabelos revoltos e formular uma frase decente.

—Ainda estou tentando digerir o fato de que transei com você. — admito quase murmurando. Não sei medir o quão errada essa decisão foi, apesar do sexo ter sido maravilhoso, não compensa as complicações “emocionais” que são consequências dele.  — Digo, eu sou tão patética quanto todas as outras garotas que eu zombei por terem vindo para essa cama. — passo a mão por meu rosto incrédula.

—Lynn... —quando ele disse meu nome seu tom não soou irritado ou algo assim, foi calmo e quase acalentador.

—Que horas são? — começo a mexer desajeitadamente em cima do criado-mudo em busca do meu celular, mas, não o encontro. Castiel segura meus braços  e me obriga a me virar na direção dele. Mordo os lábios.

—São dez horas da manhã. — arregalo os olhos de novo. Desde que virei advogada nunca dormi até aquele horário.

—Droga! Eu preciso ir, tenho que trabalhar, existem vários contratos para serem avaliados. — quase pulo da cama quando anuncio isso e levo o lençol comigo. Ouço a risada de Castiel, e olho para ele desconfiada.

—Você trabalha para mim, eu sou seu chefe, e estou te dando oficialmente o dia de folga. — me comunica com um tom quase sério, reviro o olhos e por minha irritação rotineira começar a aparecer não me importo agora em soltar o lençol, ficar nua e começar a colocar minha roupa na frente dele, isso após eu recolher cada peça pelo quarto.

—Tanto tempo e ainda não aprendeu; Eu não trabalho para você, eu trabalho com você. — me dou ao direito de corrigi-lo, logo que pego minhas sandálias e praticamente corro em direção a sala de sua cobertura.

                  Não preciso ser nenhuma detetive para saber que o Blancherd me seguiu, depois de contar de um até três para me acalmar, me viro na direção dele com a expressão mais cínica que consigo.

—Falo sério, Lynn, tire o dia de folga, podemos fazer algo legal hoje. Sei lá, passar o dia juntos. —  diz com tranquilidade, fico tão chocada que deixo as sandálias caírem no chão. Ele está me oferecendo algo que ofereceu a todas as outras com quem já transou, só que deixa vez parece realmente decidido a cumprir.

                  O que isso significa?

                 Nada, Lynn. É o Castiel. É ilusão.

—Okay, por que isso está sendo tão embaraçoso? É só sexo, fiz com uns dez caras da faculdade e você com umas... — tento arriscar um número, mas, não consigo, por isso resumo.  — Muitas garotas. Não precisamos fingir que queremos um “depois”...Digo, por que estou sendo tão ridícula? É só você, e eu...E transamos...Todos sabiam que em algum momento isso aconteceria...Qual é! Tensão sexual demais. — queria dizer que aquele monologo esclareceu algo, mas, não.

                   O Blancherd dá um passo para frente, logo que eu dou um para trás, com medo do que pode acontecer se ele se aproximar de novo. Ele não está com cara de deboche nesse momento, mas, sim sério.

—Você não está sendo você, porque o que sente está fora do seu controle...E você tem medo. Do que sente e de como age sobre isso. — tenta me analisar e a minha reação mais automática é rir da cara dele.

—Eu estou com medo do que sinto? Ontem, eu falei  com todas as palavras sobre minha atração inconveniente por você, e o que você fez foi me beijar, ao invés de retribuir essas tais palavras. — exponho o meu ponto como a boa advogada que sou. — Sabe o que significa quando as pessoas beijam alguém  logo que esse alguém se “declara”?  Elas calam a boca deles, porque no fim não se sentem da mesma forma e não sabem como dizer isso. — grito aquilo e Castiel me olha incrédulo.

—Você acha que não eu me sentia igual a você? Qual é, Lynn...Nós transamos. — minhas risadas com escárnio aumentam após esse argumento.

—Você transa com qualquer mulher que te dê brecha para isso, Castiel. Não diga para mim que sexo significa sentir algo por alguém, se sexo significasse algo mais do que prazer carnal, eu não teria terminado com o Kentin. — devolvo e me pergunto como tão rápido voltamos a ser nós e já estamos brigando.

—Não tem a ver com sexo, Lindsay...Tem a ver com o fato de que mesmo com todos os seus defeitos realmente irritantes e seus erros, você se tornou...A pessoa que quero procurar quando algo muito bom acontece para comemorar, e a pessoa que quero procurar quando algo ruim acontece e preciso de apoio.  — sua revelação me faz ficar estática. — Eu sei que está sim com medo, porque eu também estou, no fundo você se pergunta como isso dará certo, com eu sendo quem sou e você sendo quem é. Não tem como saber a resposta, Lynn. Mas, para algo dar certo primeiramente tem que haver uma tentativa. A grande questão é se você quer tentar. — aquela figura segura e madura não parecia nem de longe Castiel que eu conhecia. Onde ele escondeu esse homem compreensível por todo esse tempo?

—Eu tenho condições. — anuncio e Castiel suspira antes de sorrir.

—É claro que tem. — debocha e eu reviro os olhos.

—Não vamos contar a ninguém até isso...Nós...Se tornar uma relação segura...Não vamos deixar essa decisão afetar nossa situação profissional, não vamos desistir na primeira briga, e não vamos ser apressados com nada...Digo, nada emocional e realmente decisivo em nossa vida. — esses são meus termos, e Castiel assente.

—Okay...Isso é uma relação aberta? Quero dizer, podemos sair com outras pessoas? — aquele questionamento me faz olha-lo incrédula.

—Se você transasse com alguém enquanto também aproveita esse belo material. — aponto para meu corpo com desdém e complemento. — Eu me sentiria ofendida, não traída... — Castiel ri do meu comentário.

—Okay. Nada de sexo com outras pessoas então. — decreta ao me ouvir, e eu mordo os lábios.

—Depende. — engulo a seco depois de dizer isso.

—De que? — Castiel indaga desconfiado.

—Sei lá...Vai que eu precise ultrapassar esse tipo de limite para ganhar um caso. — me faço de séria enquanto cogito aquilo, quando na verdade estou gargalhando por dentro.

—Isso é ridículo. Não! — quando ele grita essas palavras não aguento, simplesmente solto as risadas que prendia.

—Certo. Nada de sexo com outras pessoas. — concordo e ele me olha ainda insatisfeito pela piada anterior.

—Então é isso, cada pessoa que deseja iniciar um relacionamento com você tem que passar por uma espécie de contrato verbal? — indaga com diversão.

—Basicamente. — concordo com o sorriso de lado. — Então, esse é o momento que damos as mãos e selamos o acordo. — lhe comunico de modo que agora não tenho mais  intenção de sair desse apartamento tão cedo.

—Na verdade, tenho formas melhores de selar o contrato. — me avalia de baixo para a cima, e eu arqueio a sobrancelha.

—Mal posso esperar para descobrir que formas são essas. — lhe conto e sem que eu possa prever esse movimento, Castiel me puxa pela cintura com brutalidade. Dane-se o controle, dane-se o que aquilo significa para minha reputação de inabalável, a única coisa que importa naquele instante é o que vou sentir quando Castiel me tomar para si. É muito mais que sexo, é liberdade e por um tempo eu preciso dela.

[...]

3 dias depois.

            Calor, suor, respiração ofegante, pele nua contra pele nua, gemidos, grunhidos, movimentos rápidos, suspiros de luxúria, arranhões, posse, apertos, beijos, empurrões,  roupas amassadas, algumas partes delas faltando, lugar abafado e quase sensual. É com esses termos que posso descrever a cena que estou protagonizando com Castiel no elevador da gravadora, logo após ele me ensinar um truquezinho de como fazer aquela caixa transparente ser coberta por um fundo preto discreto que ocultaria o que estava acontecendo aqui dentro e o mesmo garantir que faria os seguranças do prédio apagarem os vídeos das câmeras.

                É somente sete da manhã, e desde que começamos isso, ele e eu não conseguimos parar com essa coisa de nos agarrar dessa forma tão devassa. Nos comportávamos como imas, algo puxava nossos corpos um para o outro, logo que admitimos nossa visível atração recíproca. Eu não reclamava obviamente, sexo com Castiel foi uma das melhores coisas que já experimentei na vida, entendia com detalhes o porquê do mesmo conseguir levar tantas para cama. Seu ego tinha fundamento. Ele era mesmo bom naquele sentido.

            Quando ambos conseguimos o que queríamos, digo, nos satisfazer de uma forma bem proveitosa, Castiel deu um jeito de destravar o elevador, enquanto eu tentava me recompor, fechando os botões da frente do meu vestido, e ajeitando o cabelo.

               Ao chegarmos em nosso andar, desembarcamos juntos, fazendo expressões sérias e tentando disfarçar o acontecido de segundos antes. Meus passos eram decididos e eu tentava a todo custo controlar minha respiração que se alterou durante o ato anterior, fitei Castiel de esguelha e quase revirei os olhos quando notei que ele sorria maliciosamente, enquanto tentava tirar restos do meu batom da sua boca.

             Paramos de frente a mesa de Iris, que nos encarou arqueando uma sobrancelha. Disfarçadamente puxei meu vestido um pouco mais para baixo e mordi os lábios.

—Vocês vieram juntos? — fez aquela pergunta, antes mesmo de nos fornecer um “Bom dia” e pela expressão que sustentava, sua desconfiança estava clara, quase quis rir daquela situação. Era completamente patética.

—Não. Encontrei Castiel na recepção. — não era uma mentira, o encontrei lá mesmo, só deixei de comentar que acabamos de transar no elevador, porque essa parte não se encaixava na resposta para a pergunta que ela fez.

            Castiel nem se preocupava em fingir que ela estava errada em qualquer suposição que estivesse fazendo.

—Okay... — falou, parecendo querer controlar o riso. — Os publicitários daquela agência que você quer que se associe a gravadora, já estão na sala de reuniões, ao que parece eles estão ansiosos para ouvir o que você tem a oferecer, até chegaram antes do horário marcado. — essas informações, Iris fala se dirigindo a Castiel. Vi ele ficar sério no mesmo instante, ao que parecia seria ótimo que essa agência aceitasse se associar a Gravadora Blancherd, eles tinham uma fama mundial, o que faria com que o império de Castiel fossem divulgado brilhantemente.

        Castiel se virou para mim.

—Tem como você me acompanhar? Sei que nessa primeira reunião, só trocaremos ideias, mas, seria essencial que uma advogada me acompanhasse...Que você me acompanhasse. —ele conta aquilo de maneira sincera, e eu dou um sorriso.

—Até parece que não me conhecesse, antes mesmo dessa reunião ser confirmada, formulei o contrato deles, tenho certeza que conseguiremos fazê-los assinar hoje mesmo, e aceitando todos os termos que propusemos. — garanti com minha melhor posição de confiante.

                  O Blancherd sorriu de volta para mim, de um modo que quase me deixou desconcertada. Em seguida, aconteceu de forma automática, coloquei minhas mãos em sua camisa e ajeitei um botão que estava desabotoado, um choque elétrico percorreu todos os meus ossos, quando uma das mãos deles se sobrepôs a minha, engoli a seco e encarei seus olhos tempestuosos com firmeza. A parte sexual era boa, mas, aquela sentimental que nos envolvia cada vez que eu resolvia olhar para ele de verdade, sem defesas, era assustadora. Eu me sentia domada, feliz sim, mas, não era eu. Era outra pessoa, uma pessoa que nunca fui antes.

                     Nos separamos bruscamente quando me lembrei da presença de Iris e o empurrei. Ergui minha postura, e indiquei a sala que deveríamos entrar como se o convidasse a me acompanhar, foi o que ele fez, em questão de minutos adentramos ao ambiente que eu estava acostumada a trabalhar.

           Não sou cega, notei o olhar de cobiça que o presidente da tal agência me lançou quando entrei. O vestido apertado não deixava muito a se imaginar. Só foi preciso uma avaliação rápida para saber que o mesmo era um babaca fútil guiado por seu amiguinho de baixo. Interessante.

        Cumprimentamos ele e um advogado que o mesmo também se preocupou em trazer e logo dei um jeito de bolar um plano B, caso os argumentos de Castiel para convencê-lo a se associar a gravadora não deem certo. Foi por isso que sob o olhar desconfiado de Castiel, me sentei ao lado do tal babaca e logo peguei meu celular teclando algo para Florence.

            Enquanto Castiel começava a reunião por si só, me ocupei em retirar o contrato que elaborei de dentro da minha pasta, sabendo que de qualquer forma ele seria assinado. Passaram-se somente alguns minutos para eu notar, eles iriam rejeitar a gravadora; Por Castiel causar escândalos demais e isso poder repercutir de forma negativa na fama da agência se fosse vinculada a ele, o advogado estava receoso, e enviava olhares com significados ocultos para Ronny Fall, o presidente da agência em questão.

                Ao fim do que parecia ser um séculos, eles o fizeram; Ronny disse a Castiel que não estava interessado na parceria, e só veio a reunião pois estava de passagem em Manhattan. Vi o quão Castiel ficou frustrado e vi que era hora de agir. Minha versão quieta não era útil.

            De modo displicente derramei o café que Iris havia servido para ele sob o mesmo, e Ronny arfou em surpresa assim como os outros presentes. Fiz uma expressão de susto.

—Oh, sinto muito, sou tão desastrada. —  a expressão cínica que fiz quase causou risadas no Castiel, mesmo em meio aquela situação.

               Me levantei e de forma ousada me inclinei em cima dele, mostrando meu decote, fingindo tentar consertar o estrago que fiz com um guardanapo. Vi seu olhar sobre meus peitos, e mordi os lábios, logo que notei Castiel me olhando incrédulo. Não parecia com ciúme, só estava desconfiado.

—Sabe, Rony, é realmente uma pena que não tenha aceito o contrato, seria ótimo poder ver-lo com frequência, quem assim sabe poderíamos sair um dia desses... Sei lá. — minha lamentação teatral, o fez engolir a seco. — Oh, quer dizer...Não acho que seria apropriado...Assim como não acho que seria apropriado sua noiva saber sobre a Cindy, aquela sua amante venezuelana deslumbrante. — rocei minha boca descaradamente na sua orelha, enquanto dizia aquilo. Senti o espanto dominar seus poros. — Veja, descobri esse pequeno segredo em alguns minutos, o que acha que eu conseguiria em uma hora? Hummm, arrisco que você tenha negócios ilegais, acertei? — ele tremeu, mas, não falou nada. — Meu conselho é: Assine essa droga, antes que eu me dê ao trabalho de pesquisar mais a fundo.  — após isso, quase coloquei a caneta forçadamente em sua mão.

—Acho que posso reconsiderar, Castiel. — quando Ronny disse isso, foi a vez do advogado dele ficar incrédulo. Me ajeitei de novo na cadeira e fitei Castiel que revirou os olhos para mim, antes de rir. Aquela foi fácil. O cara era um idiota.

                     Não demorou muito para que,  indo contra todos os conselhos de seu advogado ele assinasse o contrato.

            Castiel e eu os acompanhamos até o corredor, e quando o compartimento metálico se fechou, olhei para o Blancherd com diversão.

—Fiquei surpresa por não ter ficado com ciume quando me insinuei para o Ronny...Aquela parte nem era necessária...Mas, senti que daria um ar mais satisfatório a situação, afinal gosto de brincar com as minhas presas. — zombei sorrindo com desdém.

—Não me preocupei. Sabia que não era na cama dele que você acabaria essa noite. — me comunica seguro, e eu gargalho.

—Nem na sua garotão....Essa noite, eu vou acabar na minha cama. — pisco para ele, antes de me afastar do mesmo, indo em direção ao estúdio, onde os meninos provavelmente estavam agora, junto com Lysandre.

[...]

         Dou uma risada sincera, quando Kevin acaba de contar sobre o fora que recebeu de uma garota da escola dele na semana passada, mesmo surpresa por alguém ser capaz de rejeitar uma criatura tão adorável como ele, não posso me conter ao ouvir que a menina disse que ele era criança demais para ele, somente por ser um mês mais velha que o garoto. Castiel que chegara faz pouco tempo, me acompanha nas risadas, enquanto zombamos o máximo de Kevin.

          Sem que eu percebesse, Castiel enroscou sua mão na minha cintura, enquanto estávamos sentados no sofá do estúdio, e só foi preciso isso para que vários olhares divertidos fossem enviados para nós. Arqueei uma sobrancelha.

—O quê? — indaguei, querendo entender aquelas expressões sapecas.

—Quando vão admitir que estão saindo? — é Dylan que faz a pergunta direta, e ao que parece eu fico mais incomodada com ela do que Castiel, que o olha com descaso.

—Nós não estamos... — Clinton me interrompe.

—Tem razão; Não estão saindo, só se agarrando pelos quatro cantos da gravadora. — faço uma expressão chocada e a reação de Castiel a isso é gargalhar.

—Lysandre, você como meu irmão mais velho deveria defender minha honra. — alerto meu irmão que permanecia calado até então, logo ele sorri de lado.

—Prefiro não me intrometer em sua vida sexual. — deixa isso claro.

—A qual é! Você ainda vai negar? Está mais cristalino que água, vocês estão se pegando, ninguém entende porque estão escondendo, não é grande coisa, sempre soubemos que em algum momento isso aconteceria. — Kevin expõe seu ponto.

—Não estamos escondendo. — por fim, cedo a pressão. — Decidimos que só contaríamos quando tivéssemos certeza...Que queríamos ficar juntos. — lhes conto, e meu irmão me olha de forma cumplíce.

—Decidimos? Lembro da parte que você decidiu e eu somente concordei. — Castiel zomba e em resposta a isso eu belisco seu braço.

—Enfim, é legal ver vocês dois assim. São tão idiotas que se merecem. —Kevin debocha e eu simplesmente reviro os olhos.

—Eu virei mesmo uma frouxa desde que comecei a trabalhar aqui. —digo e todos riem, até meu irmão.

         De toda forma, não importa de verdade se todos sabem, a minha decisão não se tornaria oficial no momento que fosse divulgada, ela se tornou oficial no instante que Castiel me questionou se eu queria tentar, só não admiti para mim mesma.

[...]

         Ouço pelo celular, as reclamações de Florence  sobre morar sozinha com desdém, enquanto de forma desajeitada coloco um prato de lasanha para esquentar no microondas, como agora eu só tomava conta da gravadora e era fim de ano, eu trabalhava menos, e de certa forma ganhava mais tempo para fazer coisas simples como me alimentar. Então, naquela noite decidi sair mais cedo do meu emprego temporário e vir jantar em casa.

                A campainha tocou logo que eu teclava os botões do eletrodoméstico e de forma automática, enquanto Flore me contava sobre como era estranho ter vizinho com crianças, experiência que ela não teve na faculdade, eu abri a porta, mesmo sem olhar quem era.

                    Sorri com deboche, quando encarei a imagem de um Castiel malicioso do outro lado.

—Ahnn...Flore, eu preciso desligar, a portaria deixou um cachorro entrar no meu apartamento. — lhe comunico com diversão, e Castiel riu.

—Cachorro? Como assim? Que tipo de cachorro? — ela indagou alarmada e curiosa. Mordi os lábios avaliando Castiel.

—Do tipo alto, cabelos negros, olhos azuis e corpo definido. — não esperei uma resposta dela para desligar e colocar o celular no aparador da minha sala.

            Fitei Castiel com interesse.

—O que veio fazer aqui? — questiono arqueando uma sobrancelha.

—Hoje mais cedo você disse que dormiria na sua cama. — me lembra disso, e eu assinto sorrindo. — Mas, não especificou se seria sozinha. — fica claro seu interesse em me acompanhar.

—Hummm...Você pescou a mensagem nas entrelinhas...Está ficando bom nisso, Blancherd. — debocho me aproximando dele aos poucos.

—Estou ficando bom em muitas coisas, menos em uma...Ficar longe de você. — quando ele admite isso com sinceridade, nem me dou ao trabalho de problematizar, apenas esmago meus lábios contra os dele. Estava descobrindo novas partes de mim logo que tocava Castiel, partes que me revelavam que por mais que eu quisesse, também não sabia se podia ficar longe dele.

                     Foi rápido e surpreendente assim como tudo entre ele e eu, Castiel me ergueu e eu enrosquei minhas pernas em sua cintura o beijando com mais fervor ainda. Se o que eu sentia naquele momento era felicidade. Então, céus! É muito bom ser feliz.


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Notas finais do capítulo

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