Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 21
Capítulo 21- O Que Eu Quero.


Notas iniciais do capítulo

Depois de 21 capítulos...Hahaha.
Boa Leitura!



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Ponto de vista: Lynn Gilbert.

Suspirei quando fechei a porta atrás de mim e adentrei ao meu silencioso apartamento. Logo um sorriso  verdadeiro se formou em meu rosto, quando tive lembranças de como aquele jantar acabou de forma agradável. Por alguns minutos eu pude ficar feliz. Quase completamente.

             Larguei minha bolsa em cima da mesa de centro, e me acomodei em meu sofá de forma confortável, ainda sorria e recordava das partes boas, meus olhos se focaram em uma coisa que se encontrava em cima da mesinha da sala, a busquei rapidamente, era um bilhete de Castiel, acho que ele tinha deixado aqui na última vez que veio aqui, quando ainda não estávamos estranhos um com outro.

      Por favor, jante, não vou encarar o babaca do seu médico mais uma vez por uma irresponsabilidade sua.

            Com o papel em mãos, eu só fiz sorrir mais, logo mordendo os lábios. Nós dois eramos tão estranhos juntos, às vezes agíamos como crianças mimadas um com o outro e outras vezes, dávamos o melhor que tínhamos para o outro ficar bem. Em algum momento se tornou automático, eu e ele nos preocupando, nos importando, indo além do que sempre íamos com qualquer outra pessoa. Hoje foi um obvio exemplo disso, senti-me totalmente afetada quando o vi sofrendo, e para que ele não se sentisse tão sozinho, o mostrei a minha dor.

                     O meu sorriso se desmanchou aos poucos.  Quando também me recordei dos olhares que trocamos antes de toda confusão, e de nossas mãos unidas após ela. Me recordei da conexão que apresentamos naquela noite, e me assustei quando cheguei a conclusão de que não era só uma conexão, eram sentimentos. Eram as coisas que tornavam uma pessoa fraca.

                Eu cedia a ele, me rendia, me preocupava, me afetava, e o deixava me controlar. Eu era fraca por ele de um jeito que nunca fui por ninguém, e foi por isso que fugi quando estava quase admitindo isso a mim mesma, eu não queria ser fraca. Nunca quis.

                  Mas, talvez, se eu me deixasse enfraquecer por ele, eu finalmente romperia a barreira que me igualava ao meu pai. Aparentemente, Liam não tem salvação. Eu tenho. Eu acho que tenho. E eu posso encontrá-la com Castiel, ou eu posso me tornar pior do que sou, é um risco que devo correr. Ou melhor, é um risco que eu decididamente quero correr. Por mim e por ele. Não iríamos nos tornar um “nós” hoje, eu percebi, que já somos um “nós”. Um “nós” melhor.

                  Revirei os olhos, e  quase me estapeei pelo que estava prestes a fazer, mas, ainda sim eu o fiz. Me levantei com determinação, peguei minhas chaves e novamente segui para um caminho decisivo, e dessa vez não teria volta.

[...]

              Quando ele abriu a porta, toda a minha coragem sumiu. Olhei para a imagem de um Castiel com cabelos desgranhados e arfei. Que ele não estivesse com uma mulher lá dentro, por favor. O Blancherd me fitou confuso, e eu tentei a todo custo só focar no seu rosto, e não em seu abdômen bem definido que estava a mostra.

—Olha, Lynn, eu sei que você realmente me adora, mas, não podia esperar algumas horas para me ver de novo? Não faz nem uma hora que nos vimos...Depois do dia de hoje, eu estava descansando um pouco. — ai estava o Castiel que debochava de tudo, mas, nem tive tempo de matar saudades dele, pois fui logo dizendo.

—Eu preciso saber. — exclamo quase desesperada para isso, e ele franze as sobrancelhas se encostando na porta de sua cobertura.  —Eu preciso saber, na noite em que eu praticamente te dispensei, por que você voltou a ser você e chamou um monte de vadias para aqui? — acho que uma parte medrosa de mim, queria que ele dissesse que era porque quando deu a entender que sentia algo por mim se tratava de fingimento. A parte que tinha medo de ser fraca.

—Sobre o que você está falando? Eu não chamei ninguém para cá naquela noite. — comenta incrédulo com a acusação, e eu reviro os olhos, me achando patética por acreditar que Castiel não continuaria sendo um babaca cínico comigo.

—Ah claro que não! Você não chamou ninguém, elas vieram até você como se fossem imas que se atraem para o sexo. — debocho da minha própria frustração. Castiel faz uma careta.

—Okay, Lindsay, eu realmente não chamei ninguém, porque para começar eu nem estava aqui quando essas pessoas vieram. — a forma como ele diz aquilo calmamente, faz com que eu arfe. Pois parece verdade.

—O que está querendo dizer? — preciso me certificar de que entendi direito.

—Alexy pediu  a cobertura para fazer uma festa para um pseudo namorado dele, e eu cedi...Posso te garantir que naquela noite eu não fiz nada mais que dormir em um hotel qualquer. — afirma como se fosse ridículo ter que me contar.

                 Olho para a parede ao lado dele, e suspiro. Aquilo só podia ser o universo tirando uma com a minha cara de novo. Castiel agora me encara curioso.

—Por que isso importa tanto, afinal? — indaga me desafiando a responder.

—Porque, se eu soubesse disso antes, teria mudado certas coisas. — como o que fiz com Steve por ter suposto cenas que não aconteceram aqui. 

—Você está confusa, e se você não começar a fazer sentido agora,  sinto-me tentado a fechar a porta na sua cara nesse instante. — ameaça em tom de zombaria. Olho para ele de forma séria, então suspiro.

—Eu tenho que ir. — é. Eu oficialmente não estava preparada para ser fraca, não quando eu nem conseguia acreditar em uma miníma mudança vinda de Castiel.

—Tem certeza? Porque não parece que você que ir. — o mesmo me nota, agora me fitando sem diversão.

—Sim... — falei por alto, meio aérea.

           Lhe dei as costas, incrédula por passar por aquele vexame, sendo que não estava pronta para enfrentar aquela decisão. Apertei no botão do elevador para abri-lo e não me atrevi a olhar para trás, para descobrir se Castiel ainda se encontrava na soleira da porta.

              A verdade é que eu estava com medo do que aconteceria se eu arcasse com as consequências por minha decisão.

           E a verdade mais real que isso, é que eu não sou uma medrosa.

           Me virei novamente na direção de Castiel, e apreciei sua expressão surpresa quando fiz isso, então em passos rápidos e decididos fui até ele. O fitei com toda vontade que pude e lhe contei.

—Se eu soubesse, isso teria acontecido mais rápido. — não dei tempo para que ele perguntasse o que era esse “isso” , antes que ele sequer piscasse, pela segunda vez em nossas vidas, o surpreendendo com um beijo que há muito tempo meu corpo queria repetir. A surpresa também volta a ele, mas, ela não dura muito, antes que eu sequer lide com o que decidi fazer também, Castiel agarra minha cintura com brutalidade.  Nós aprofundamos o beijo com maestria, conseguindo nos entender de uma forma que nunca chegamos a fazer com palavras.  A boca dele descobre a minha com um desejo que deveria ser assustador para qualquer outra pessoa, mas, que para mim era excitante de um jeito que não posso nem descrever.

               É rápido e imprevisível, com um giro que não tento entender, Castiel me puxa mais, e com um chute feche a porta de mim. Ele me empurra contra ela, enquanto nossas língua brigam uma com a outra, um fogo forte nos consumindo por dentro.  Eu não sei como pude fugir disso, como pude fugir da sensação de me sentir completa, eu até poderia me arrepender depois, mas, eu tinha o agora, e agora eu não me encontrava arrependida de nada.

              Nos separamos quando o ar nos faltou. Estamos ofegantes. Castiel me encara pedindo uma explicação com o olhar.

—Eu quero ficar com você. — admito sem conseguir nem falar direito. Admito mais para mim mesma do que para ele. — Eu quero que você me beije, eu quero que você me toque, eu quero ser sua, Castiel Blancherd, do jeito que eu nunca fui de ninguém. — complemento toda verdade que sinto.

          Ele não responde, não retribui, não questiona, não duvida. Ele só me beija de volta, com mais afinco do que da primeira vez. Isso já é ele concordando comigo e fazendo de minhas palavras as suas. Gemo contra  sua boca, quando o beijo se intensifica, Castiel só me beija com mais fervor.

              Um estremecimento percorre meu corpo, quando ele desce seus lábios por meu pescoço e dá leve mordidas naquela área. Ainda estou contra aquela porta, ainda estou presa a ele.  Ele se aproxima de minha orelha e mordisca lá também, antes de dizer:

—Seu desejo é uma ordem. — dou uma risada contra seus lábios.  Ele parte para cima de mim com mais avidez e desejo, tirando de mim todo ar e sanidade. O mesmo me gira e puxa meus cabelos, antes de com suas mãos calejadas descer o zíper do meu vestido caro. Logo elas estão na pele de minhas costas. O meu acaricia ela, e a beija, enquanto arfo de desejo.

         O vestido desliza por meu corpo e logo já está no chão, e eu me encontro vestindo uma lingerie sensual de renda.

          Me viro de volta para ele, e o forço a colocar agora suas mãos em minha cintura, arqueio uma sobrancelha, o desafiando a ir mais fundo. E para cumprir isso, o mesmo me ergue do chão com facilidade, e em um movimento rápido, enrosco minhas pernas em sua própria cintura, nos encaramos antes de voltar a nos beijar.

             Comigo em seus braços, Castiel em questão de segundo chega em seu quarto. Ele me joga na cama com brutalidade. Dou uma risadinha debochada por isso.  Jogo meus sapatos para fora dos meus pés, de forma que passeio com meus pés por seu abdômen ainda coberto, logo que Castiel ainda se encontra vestido.

—Se você continuar vestido, o processo aqui será mais complicado, querido. — lhe comunico divertida, e quase em um streep particular, Castiel tira sua calça de forma calma, enquanto eu mordo os lábios, o observando fazendo isso.

           Castiel me olha demostrando todo o desejo que sente por mim naquele momento, e eu dou um sorriso, quando ele se ergue por cima de mim, me observando em silêncio.  Ainda calado, ele passa a beijar minha barriga, enquanto me encontro ofegante. O ritmo daquilo se inicia lento, só que em questão de dois segundos, Castiel ataca meus lábios de novo, aperto seu corpo contra o meu o mais forte que consigo.

            Não sei como posso explicar, mas, em questão de mais alguns segundos não existe mais nenhuma peça de roupa separando nossos corpos. Portanto não demora muito para que Castiel esteja dentro de mim me preenchendo por completo. Faz isso com movimentos tão precisos, como um felino prestes a atacar sua presa. Ele me ataca, me beija, e me toma para si.

            Também não sei como posso explicar, como em questão de mais algumas horas, nos encontraríamos, nus, enrolados em um lençol, enroscados um no outro, dormindo serenamente como um casal de namorados.


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Notas finais do capítulo

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