Eu estava sentada na minha poltrona do avião quando um cara alto, forte, musculoso e moreno se sentou do meu lado.

— Olá – ele me disse, mas não pude responder, estava ocupada demais o admirando – Está tudo bem com você?

— Travis... Maddox? – sussurrei a pergunta e quando ele assentiu sorrindo fazendo com que suas covinhas aparecessem me senti gozar. Meu Deus, se só com isso eu gozei, imagina com mais!

Em algum momento do voo eu acabei dormindo. Estava tendo bons sonhos quando senti alguma coisa na minha barriga e subindo pela minha blusa.

— Hm... – gemi involuntariamente quando senti algo deslizar pela minha barriga, era macio e estava me fazendo cocegas. Abri os olhos rapidamente e vi Trav com suas mãos abrindo o zíper da minha calça. Jesus meu sonho está se realizando! Vou fazer sexo no avião com Travis Maddox!

Trav colocou um dedo em frente aos lábios em um sinal de silencio e veio se aproximando de mim cada vez mais e mais...

— Senhora? Senhora! – abri meus olhos assustada. Ué, onde está o Travis e o nosso super sexo no avião? – A senhora está bem? – pela primeira vez olhei para a aeromoça e ela me olhava com um misto de "essa garota pirou" com "não recebo o suficiente pra isso"

— Estou bem – respondi por fim. Como assim tudo isso não passou de um sonho?

— A senhora tem certeza? Estava gritando algumas coisas que deixaram alguns passageiros meio desconfortáveis.

— Estou bem – repeti. O que será que berrei? A senhora que estava ao meu lado falou toda puritana.

— Essas crianças de hoje em dia – crianças? – Ficam vendo essas safadezas na televisão e depois tendo esses sonhos com safadezas – bufou – E ainda ficam gemendo do meu lado.

— A senhora nunca teve um orgasmo? – perguntei na lata. O que foi? A velha que é toda puritana.

— Olha como fala comigo menina! – ela berrou.

— Olha senhora – continuei a falar de forma baixa e calma, mas por dentro eu estava com tanta raiva dessa velha que poderia soca-la – você precisa ter um orgasmo, é a melhor coisa do mundo sabia? Se a sua amiguinha ai está com muita teia de aranha podemos achar um coroa que ainda de no couro para a senhora, que tal? – sugeri. Mas a velha deu a louca, começou a berrar e a dizer que eu iria para o inferno essas coisas. Mas por que? Eu achei a minha ideia muito boa.

Depois disso tudo e voltei a colocar meus fones de ouvido e alguns minutos depois o piloto avisou que estávamos pousando na Virginia e que eram 05:30 da madrugada. Minha mãe comprou a passagem para um horário perfeito, nossa.

"- Senhores passageiros, dentro de alguns minutos estaremos pousando no aeroporto da Virginia"— anunciou o piloto.

Finalmente, finalmente! Eu não aguento mais ficar nesse avião com essa vovó resmungona ao meu lado!

***

Quando o avião finalmente pousou eu deixei a vovó chata sair primeiro, mas claro que tiver que falar uma ultima coisa.

— Ei senhora – ela olhou para mim – não se esqueça de ter um orgasmo, é uma das melhores coisas da vida – ela mandou os dois dedos do meio pra mim e saiu do avião. Quem achava que velhinhas eram doces e legais com certeza não conheceu essa.

Peguei minha bagagem de mão que era apenas a minha mochila e sai do avião seguindo o bonde para a área de desembarque. Antes de ir pegar a minha mala fui ao banheiro – passar horas no avião é simplesmente desconfortável.

Quando sai do banheiro fui à área designada para pegar as minhas duas malas e depois segui para fora de lá. De longe eu já podia ver a minha mãe e Phill. Ela estava diferente, não sei como, mas estava muito diferente.

— Bella! – ela berrou quando me viu, o que fez muitas pessoas olharem em nossa direção – Meu amor que saudades.

Corri em direção a minha mãe e pulei em seu colo, muitos fofoqueiros de plantão nos olhavam como se fossemos loucas. Povinho fofoqueiro, nunca virão duas mulheres adultas fazerem isso?

— Bella, que saudades – repetiu – Você vai amar Mystic Falls! Os sobrinhos de Phill são bem legais, as meninas são bem simpáticas, Katy é super legal, você vai amar! Deveríamos ter nos mudado para cá desde o inicio... – ela continuou tagarelando e tagarelando sobre como aqui era legal, as aulas eram legais. Tudo em Mystic Falls é legal. Bem, me disseram a mesma coisa sobre Forks e olha no que deu?

— Mãe – a interrompi quando ela falava alguma coisa sobre algum Damon, mas não deve ser nada importante – eu estava morrendo de saudades, mas bem que poderíamos ir logo para casa. Estou toda quebrada e louca para tomar um banho.

— Claro meu amor, vamos – ela e Phill fizeram questão de levar toda a minha mala, claro que eu não reclamei nem um pouco. Fomos o caminho todo conversando, minha mãe quis saber o porque que eu resolvi vim morar com ela, mas preferi ficar quieta e contar depois, sem Phill por perto. Nada contra ele, mas vai que ele resolve dar uma lição de moral em mim e eu o mando se foder? Não ia ser nada legal.

Finalmente chegamos em uma casa muito grande que é um pouco afastada da cidade. Sai de Forks, mas Forks não saiu de mim! O que levou minha mãe a vim morar no meio do mato? Ela saiu do quarto e abriu a porta pra mim com um sorriso de rasgar a bochecha, e claro eu sorri de volta, respirando fundo para não falar nenhuma bobeira.

— Mãe, por que você saiu do Arizona e resolveu morar dentro do mato? – não resisti.

— Ahn – ela olhou para Phill aparentemente sem saber o que dizer e depois respondeu – Phill gosta de ficar perto da família e aqui é um bom lugar para ficar, nada de ruim acontece em Mystic Falls – sorriu.

"Nada de ruim acontece em Mystic Falls"? Sério? O nome dessa cidade é "Mística" e nada de ruim acontece? Ela tem certeza? Bom, só acho que não vai ser mais perigoso do que Forks onde tinham vários vampiros e ainda por cima tem a piranha ridícula ruiva da Victoria querendo me matar.

— Vamos entrar – Phill falou – Já são quase seis e meia, você deve estar querendo tomar um banho e se deitar.

— É, agora que você falou realmente estou bem cansada – ele assentiu.

Phill e mamãe levaram as minhas malas e eu fui apenas com a mochila. Por dentro a casa é simplesmente linda, num estilo antigo – com direito a lareira e tudo. Perfeita. Fomos em direção ao segundo andar. Passamos por algumas portas – todas fechadas – e paramos na ultima onde vai ser o meu quarto. O quarto é bem grande, escuro, com um closet enorme e um banheiro incrível – com direito a banheira e tudo.

— Gostou? – mamãe perguntou.

— Amei – respondi. Eu podia dar uma festa dentro daquele quarto.

— Vamos deixa-la a sós – Phill falou puxando minha mãe do meu quarto. Ele a conhece bem demais para saber que por ela, ela ficaria até velando meu sono. – quando acordar pode descer, passaremos o dia em casa.

— Tudo bem – agradeci e depois eles me deixaram sozinha. Tirei minha roupa e fui em direção ao banheiro. Ao passar por um janela vi um corvo e ele parecia estar me olhando. Deve ser o jetlag estou imaginando coisas.

PDV RENNE.

Achei estranho quando minha filha me ligou avisando que queria morar comigo e Phill. Pensei que houvesse ocorrido alguma coisa com Charlie, mas ela jurou que não era, provavelmente deve ter brigado com o namorado e resolveu clarear a mente por uns dias.

Phill – meu marido – é um vampiro de mais de 500 anos e mora em Mystic Falls, claro que eu tive que implorar muito para ele me transformar, já que de acordo com ele "não quero acabar com a sua vida". Phill tem uma irmã, Katerina Pierce, que também tem mais de 500 anos.

Quando Bella me avisou sobre morar aqui a primeira coisa que pensei foi: "Puta que pariu, como minha filha humana vai ficar nessa casa com seis vampiros?" . Agora que deixamos Bella no quarto dela, fomos para a sala. Stefan, Damon, Elena, Caroline, Phill e eu sentamos nos sofás.

Damon e Stefan são irmãos, Elena é namorada de Stefan, Caroline é amiga dos três – na verdade de todos nós. E todos nós somos vampiros.

— Renne, se acalme – Elena pediu quando eu acabei quebrando o braço do sofá com um soco – nós sabemos controlar a sede.

— Vocês, mas ele não – fulminei Damon com o olhar.

— O que foi? – perguntou inocentemente – Eu não vou jantar a sua filha – continuei encarando ele – eu juro.

— Acho bom, caso ao contrario eu te mato – ameacei-o. Em questão de segundos ele estava na frente me encarando com as veias do rosto saltadas.

— Eu pago para ver – falou.

— Se afaste dela, ou eu mato você – Phill falou entrando na sala. – Ninguém vai encostar em Isabella, entenderam? – falou grosso e todos assentiram. – Se eu ver que ela está com uma mordidinha de vampiro se quer eu descubro quem foi e mato.

Um silencio se instalou na sala.

— Essa conversa é ridícula – Caroline se manifestou – nós vamos nos controlar e acredito que até Damon vai se controlar. Não temos com o que nos preocupar.

— Espero que você tenha razão, Caroline – falei mortalmente e sai da sala.

Continua [...]