Miraculous - Defensores de Paris escrita por Blue Blur


Capítulo 12
O aniversário de Chloe


Notas iniciais do capítulo

Chloe está fazendo aniversário, e convida todos os colegas de sua classe. Quer dizer, todos, exceto Marinette. Como todo bom kwami, Beezy censura a postura egoísta de sua mestra. Para honrar seu dever como Queen Bee, Chloe terá que superar sua personalidade egocêntrica.



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No dia seguinte, Diego se levantou, mais bem-disposto, já que teve uma boa noite de sono. Pudera, ele havia dormido logo depois do encontro com a garota que ele tanto gostava.

(Diego, animado): Bom dia, Tuggi!

Ironicamente, dessa vez era a kwami de Diego que estava sonolenta.

(Tuggi, sonolenta): Só mais 10 minutos, Roberto...

(Diego, confuso): Mas hein? Quem é Roberto?

(Tuggi, despertando): Hein, onde, quem? Roberto? Ah, não é ninguém não, deixa para lá.

(Diego): Falou, eu vou tomar banho. Vê se não bagunça minhas coisas, viu?

(Tuggi): Deixa comigo.

Quando Diego saiu, Tuggi se virou para dar uma boa olhada no quarto de seu mestre.

(Tuggi): Muito bem. Diego leva uns 10 minutos para tomar banho e se arrumar. O que dá para fazer nesse meio tempo?

Tuggi começou a sobrevoar o quarto, examinando alguns dos muitos bonecos que o garoto nerd colecionava. A kwami gafanhoto se interessou por um, vestido de lutador de luta livre, que possuía um estranho tubo verde conectado em sua nuca e em seu pulso esquerdo. Este boneco estava do lado de outro, vestido de morcego. A kwami pegou o boneco, colocou numa mesa e começou a fazer poses de luta.

(Tuggi): Muito bem, grandalhão! É agora que começa, a luta definitiva pelo cinturão!

Tuggi fingiu se lançar contra as cordas de um ringue e depois pulou no boneco, que caiu de costas. Depois ela pulou em cima dele, com o cotovelo virado para baixo.

Algum tempo depois, Diego entrou e viu uma cena muito engraçada: A kwami estava estirada sobre o joelho do boneco, que aparentava ter aplicado um quebra-espinha nela.

(Tuggi, fingindo voz de dor): Ai, Diego, me ajuda! Esse boneco malvado quebrou minhas costas!

Diego começou a rir, era muito engraçado ver sua kwami se comportando como se os bonecos dele fossem pessoas de verdade.

(Diego, pegando o boneco e a kwami): Eu devia ter te avisado, você tem que cortar fora o tubo com a super-droga “Venom” para ter alguma chance contra o Bane.

(Tuggi, ainda deitada na mão do Diego): E só agora você me diz? Ele quebrou minha coluninha delicada, acho que nunca mais vou andar! E eu sou tão novinha! Só tenho 5012 aninhos!

(Diego): Bom, então acho que você não vai ter como comer esse pedaço de sanduíche de presunto que guardei para você.

(Tuggi, voando velozmente em direção ao lanche): Eba, sanduíche de presunto!

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Marinette havia acabado de chegar na escola, quando viu uma cena que fez ela gelar: o Adrien estava com uma garota! Pior: essa garota era Lila Rossi!

(Adrien, impressionado): Caramba, você realmente conseguiu uma foto do Chapolin Colorado!

(Lila): Pois é, eu e o Chapolin agora somos muito amigos. Ele me visitou ontem e nos divertimos bastante.

(Marinette): Amigos, é? “Amigos” igual você e a Ladybug?

Um clima tenso se formou, Marinette havia pisado no calo da italiana. Lila nem pensava mais em Ladybug, mas depois daquilo, ela voltou a pensar e a ficar com raiva.

(Lila, segurando a raiva): Não, Marinette, não é que nem eu e a Ladybug, está bem? O Chapolin apareceu ontem, e me tratou muito bem, diferente daquela idiota da Ladybug!

Dessa vez foi Marinette, que ficou brava! Seu primeiro instinto foi acertar a mão na cara da italiana, mas ela se lembrou de como isso já havia causado dor de cabeça uma vez, com a Volpina.

(Adrien, querendo acalmar os ânimos): Enfim, não vamos ficar mais falando sobre Ladybug, Chapolin, ou o que quer que seja sobre eles. Mudando de assunto, vocês viram aquele vídeo...

Pode-se dizer que a estratégia de Adrien deu certo. Enquanto isso, Chloe havia acabado de chegar na escola, e parecia bem mais animada que o normal. Escondido em sua bolsinha, estava o kwami abelha.

(Beezy, animado): Minha nossa, alguém está realmente feliz hoje!

(Chloe): E como eu não estaria? Sabe que dia é hoje? Meu aniversário!

(Beezy): Eu confesso que tenho uma certa invejinha de você. Sabe, para mim, depois de 5018 anos de vida, é meio difícil continuar achando essa data especial.

(Chloe): Pois hoje você vai voltar a comemorar aniversários, Beezy, e eu garanto que você vai gostar.

Assim que todos entraram na sala, Chloe começou a distribuir os ingressos: primeiro para o Adrien (por que será, né?), depois para a Sabrina, depois para o resto dos colegas. Porém, é claro que ela fez questão de não entregar ingresso nenhum para a Marinette, o que deixou a mestiça bem chateada, mas não surpresa. Pior: havia um ingresso que era para ter sido entregue para a Marinette, mas Chloe preferiu esconder na bolsinha. Ao abrir a bolsinha, foi surpreendida pelo olhar de censura de seu kwami. Era incrível como uma criaturinha tão minúscula conseguia causar tanto impacto em Chloe apenas com seu olhar. Ela preferiu ignorar, já que não era um momento propício para discussões, então fechou a bolsinha e foi assistir a aula.

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No final da tarde, Chloe estava no hotel Le Grand Paris, se arrumando para sua festa de aniversário. Dentro do quarto da garota, Beezy resolveu continuar a conversa que ele queria ter desde manhã.

(Beezy): Chloe, a gente precisa conversar!

(Chloe): Beezy, agora não, preciso me arrumar para ficar belíssima! É o meu aniversário hoje, está lembrado?

Beezy suspirou, sabia do temperamento difícil de sua mestra, que parecia ser apenas uma garota fútil, que não se importava com mais nada que não estivesse relacionado à moda, beleza, essas coisas. Mas o pequeno kwami teve uma ideia: Chloe pegou dois vestidos, um era branco, com detalhes em azul claro, e o outro era amarelo dourado, e tinha alguns detalhes que lembravam uma abelha. Beezy achava curioso ver como várias roupas e acessórios de Chloe lembravam uma abelha.

(Chloe): Beezy, me diz, com qual desses vestidos você acha que eu fico mais bonita?

(Beezy, demonstrando desprezo): Para mim, você fica feia com qualquer um.

(Chloe, aborrecida): Como é que é? Isso é jeito de se dirigir à sua mestra?

(Beezy, ainda mostrando desprezo): Ué, você perguntou e eu respondi, ou preferia ser ignorada?

(Chloe): Eu sabia que devia ter ido com meu pai na hora de comprar esses vestidos, ele não tem muita noção de moda.

(Beezy): O problema não é com os vestidos, Chloe, é você.

(Chloe, insegura): E-E-Eu não sou feia! Olha aqui no meu rosto e diz o que é que eu tenho de feia! Você sabe quanto tempo eu gasto me produzindo?

(Beezy): Mas quem disse que eu estava falando da sua aparência? Você acha que kwamis ligam para isso? Eu estou falando do seu comportamento hoje de manhã.

(Chloe): Escuta, eu não quis convidar a Marinette porque... porque...

(Beezy): “Porque”?

Chloe congelou, era a primeira vez que alguém a indagava sobre isso e ela literalmente não tinha uma resposta na ponta da língua.

(Chloe): Porque ela é uma chata, é isso.

(Beezy, sarcástico): Ah sim, de fato, eu não suportaria estar com gente chata. Imagine, no meu aniversário eu ter que convidar alguém tão insuportável quanto a Marinette.

(Chloe, sorrindo): Que bom ver que você me compreende, Beezy.

(Beezy): Mas por que mesmo a Marinette é uma chata?

(Chloe, irritada): Beezy!

(Beezy): O que foi, você convive com ela há mais tempo que eu, o que é que custa me dizer?

Mais uma vez, o kwami jogou sua mestra contra a parede. Chloe fez uma expressão de que ia explodir a qualquer momento, porém acabou soltando um longo suspiro e aliviando a expressão carrancuda.

(Chloe): Para ser sincera... eu... não sei.

(Beezy): Então você odeia uma garota, sem nem saber o porquê... isso é sério?

(Chloe): Aquela garota tem um jeito estranho... eu não sei, o jeito dela me deixa irritada! Olha Beezy, eu não quero falar sobre a Marinette, está bem? É o meu aniversário, e eu quero aproveitar.

(Beezy): Tudo bem, você, que sabe. Eu só acho que a Marinette parece ser uma garota bastante simpática, você devia ter convidado ela.

Chloe então saiu para o pátio do hotel, para ver os preparativos. Tudo estava quase pronto. Tinha de tudo um pouco: tigela para servir ponche, estátuas de gelo em formato de cisnes, mesas chiques...

(Prefeito): E então, filhinha, o que achou da decoração?

(Chloe): Puxa papai, ficou tudo divino!

Enquanto admirava a melhor decoração que seu dinheiro poderia comprar, a loira teve seu olhar atraído para um homem jovem, de uns 25 anos, que estava mexendo em alguns equipamentos pirotécnicos. O homem era branco, de cabelo ruivo e levemente ondulado. Ele tinha uma mochila que, curiosamente, lembrava muito um foguete pirotécnico.

(Chloe, interessada): Moço, o que você está fazendo?

(Homem): Ah, oi mocinha, meu nome é Marcel Blanc, o Prefeito Bourgeois me contratou para fazer um show pirotécnico para a filha dele, que vai ser de noite. É você a aniversariante?

(Chloe): Sim, sou eu, senhor Blanc.

(Marcel): Por favor, me chame apenas de Marcel.

(Chloe): Então tá, Marcel... ei, que geringonça é essa que você tem aí?

Marcel tinha um aparelho que parecia com um lança granadas, atrás de sua bancada de fogos de artifício.

(Marcel): Ah, isso é o meu lança-fogos-de-artifício “Fogueteiro”. Eu coloco os projéteis nesse tambor aqui, e cabum!

Chloe realmente ficou animada. Um show pirotécnico em sua festa de aniversário? Aquilo parecia bom demais para ser verdade!

(Chloe): Eu posso mexer? Só um pouquinho!

(Marcel, sério): Isso é alguma piada? Eu preciso de uma licença especial para operar essa belezinha, de jeito nenhum vou deixar você manusear isso, mocinha!

Chloe ficou aborrecida, ela não era nem um pouco acostumada a ouvir um “não” como resposta. Então ela esperou Marcel se afastar para pegar o lançador. O kwami de Chloe já havia visto que aquilo seria uma péssima ideia e resolveu intervir.

(Beezy): Chloe, não! Você pode acabar se metendo em confusão por causa disso!

(Chloe): Beezy, quieto! São só uns foguinhos de artifício bobos, o que é que pode ter de mal nisso.

A falta de noção da garota falou mais alto, e os resultados foram instantâneos: Chloe percebeu que o aparelho era mais pesado do que ela pensava, e fez um esforço danado tentando manter o cano apontado para cima. Pior: enquanto tentava erguer o cano, acabou acidentalmente disparando o gatilho, mandando um foguete pirotécnico direto contra o carro do pai e causando uma explosão ensurdecedora.

(Chloe, largando o lançador imediatamente): Opa.

(André): O que está acontecendo por aqui? Ahhhh, meu carro!

O prefeito Bourgeois olhou para o lançador, largado sobre a bancada, e ao colocar a mão, percebeu que ainda estava quente, e ficou furioso.

(Chloe, com medo): Pai, espera, eu posso explicar!

(André): Marcel Blanc! Venha cá imediatamente!

O pirotecnista apareceu esbaforido, e ao ver o carro do prefeito detonado, já tinha uma ideia do que foi!

(André): Eu o contratei porque achei que seria uma boa ideia ter um show de fogos no aniversário da minha filha! Você garantiu segurança, mas olha o estado que meu carro está! Seu disparador de fogos não passa de uma geringonça defeituosa que dispara sozinha!

(Marcel): Espera um pouco, senhor prefeito, meu lançador tem certificado de garantia! Ele não dispara sozinho! (olha para Chloe) Olha aqui, a sua filha estava aqui o tempo todo, tenho certeza que ela...

(André, furioso): Está insinuando que minha filha causou isso? Isso é um absurdo!

Chloe se sentiu meio culpada ao ouvir seu pai dizer essas palavras.

(Marcel): Mas ainda pouco ela estava com um tremendo interesse em mexer nas minhas coisas e...

(André): Basta! Eu vou ligar para a polícia imediatamente para prender você!

(Marcel): O senhor não pode fazer isso!

(André): Posso e vou, eu sou o prefeito!

Marcel se afastou dali com os nervos à flor da pele, Chloe também se afastou para conversar com seu kwami.

(Beezy): Viu o que você fez? Ele era só um sujeito trabalhador querendo animar a sua festa e você o incrimina desse jeito?

Estranhamente, Chloe se sentia muito culpada. Parece que Beezy era o único capaz de fazer isso com a loira.

(Chloe, triste): Desculpa Beezy, eu acho que eu não pensei no que ia fazer. Eu só queria...

(Beezy): Você tem que aprender que não pode ter tudo o que quer na hora que quer. A propósito, não é para mim que você deve pedir desculpas, é para o Marcel.

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(Hawkmoth): Que som barulhento foi esse? Foi uma explosão? Não, o que eu ouvi é bem mais barulhento: é o grito de um cidadão trabalhador que foi incriminado por uma adolescente arrogante! A injustiça sempre desencadeia os piores sentimentos nas pessoas, sentimentos que alimentam e fortalecem meus akumas do mal! (envia a borboleta negra) Voe para lá, meu pequeno akuma, queime intensamente dentro do coração deste homem!

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Chloe se aproximou timidamente do homem que, mesmo de costas, destilava bastante raiva através de sua postura corporal.

(Chloe): Senhor Blanc?

Marcel se virou e encarou a sua incriminadora com raiva.

(Marcel, com raiva): O que você quer?

(Chloe): Eu só queria dizer que...

O pedido de desculpas foi interrompido quando Chloe viu a máscara de borboleta se formando no rosto de Marcel. O akuma havia pousado em sua mochila foguete. Chloe não pensou duas vezes em sair correndo para buscar um lugar para se transformar, daí ela ficou atrás de um dos carros.

(Chloe): Beezy, eu não acredito! O Marcel foi akumatizado por minha causa!

(Beezy): Bem, não é a primeira vez que isso acontece, certo?

(Chloe, séria): Beezy!

(Beezy): Está bem. Pelo menos dessa vez você teve um sentimento de arrependimento por suas atitudes, já é um começo. Agora, vamos ao próximo passo: purificação de akuma!

(Chloe): Beezy, mostrar as listras!

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(Hawkmoth): Fogueteiro, eu sou Hawkmoth. Até pouco tempo atrás, você era só um simples pirotécnico acusado injustamente, mas agora você tem o poder de cozinhar lentamente seus desafetos em suas chamas de vingança. Agora, se quiser manter essas labaredas acesas, terá que me trazer os Miraculous de Ladybug

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(Marcel): Vamos fazer cabum, Hawkmoth!

A névoa negra encobriu o corpo de Marcel. Sua aparência agora consistia numa mochila a jato similar a um foguete pirotécnico, um traje preto, que cobria o corpo inteiro, com exceção da cabeça, que era protegida por uma máscara de bombeiro. No traje negro, estavam desenhos de labaredas. Sua arma era o seu famigerado lança-fogos-de-artifício.

O vilão saiu voando e tocando o terror, disparando seus fogos de artifício contra as decorações e espantando os poucos convidados que já haviam chegado. Entre esses convidados estavam Adrien, Diego, Lila, Juleka, Rose, Alya, entre outros. Adrien e Diego foram os primeiros a se afastar do pandemônio incendiário, o motivo era bem óbvio. Adrien se escondeu dentro do prédio, no depósito de produtos de limpeza, e Diego deu um jeito de se meter embaixo de uma das mesas, aproveitando de que a toalha iria escondê-lo.

(Plagg): Caramba, tem um vagalume solto na festa de aniversário da sua amiga! Será que não é uma boa hora para chamar um morcego?

(Adrien): Desculpe Plagg, mas acho que vai ter que dar para o gato preto, mesmo. Plagg, mostrar as garras!

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(Diego): Eu nem queria vir para a festa da antipática da Chloe! Só vim porque minha mãe fez questão! Daí acontece isso? Por que não fiquei em casa jogando videogame?

(Tuggi, rindo): Por que senão não haveria ninguém para defender a Lila desse akumatizado, né não, Dieguito?

(Diego, batendo na própria testa): Caramba, é mesmo! Não quero nem imaginar como seria, só espero que meus outros três parceiros também apareçam.

(Tuggi): Vamos logo Diego, antes que algum míssil acerte essa mesa.

(Diego): Tuggi, vamos defende-los!

Imediatamente após a transformação de Diego, um foguete de artifício atingiu a mesa-esconderijo dele, fazendo o Chapolin Colorado sair voando.

(Chat Noir): Caramba, espero que ele fique bem!

— Não se preocupe, ele vai ficar bem... espero.

Chat Noir nem percebeu que Queen Bee havia aparecido do seu lado.

(Queen Bee): Chat Noir, cadê a Ladybug?

(Chat Noir): Ela vai aparecer a qualquer momento. A propósito, onde você acha que o akuma dele está?

(Queen Bee): Não sei, mas por via das dúvidas é melhor eliminarmos aquele lança-projéteis.

Queen Bee arremessou seu peão no ar contra o Fogueteiro, mas ele se desviou com uma agilidade incrível, fazendo o peão cair no chão e voltar para a heroína.

(Fogueteiro): Ei abelhinha, que tal um duelo entre seu ferrão e minhas espadas de São João?

Fogueteiro pegou dois cartuchos de seu cinturão e arremessou contra Queen Bee. Ao caírem no chão, eles começaram a girar freneticamente e a soltar faíscas. Chat Noir foi forçado a proteger a si mesmo e à parceira girando velozmente seu bastão sem parar, mas isso o deixou vulnerável a um disparo.

(Fogueteiro): Isso, gato ventilador, mais rápido, ou minhas espadas acabarão com suas sete vidas. Mas tudo bem, porque elas não vão durar muito mesmo.

Fogueteiro mirou seu lança projéteis nos dois heróis, mas bem nessa hora Chapolin Colorado deu um de seus super-saltos e caiu em cima do Fogueteiro, que começou a voar descontroladamente pelos céus. Obviamente, Alya tinha que estar filmando essa cena.

(Fogueteiro): Me larga, seu gafanhoto estúpido!

(Chapolin, enjoado): Acho que vou vomitar, não devia ter comido aqueles tacos no lanche da tarde, urgh!

 Na hora H, Chapolin largou o Fogueteiro, que se esborrachou no chão, perto de um garoto de 16 anos. Chapolin, por outro lado, acabou caindo nos braços do enorme Ivan, bem ao estilo da donzela em perigo, deixando o cara totalmente confuso.

(Chapolin): Errr, cá entre nós, esse tipo de coisa seria bem melhor fazendo com uma garota, não? (Ivan larga o Chapolin, fazendo ele cair no chão) Se aproveitam da minha nobreza.

Sabem o garoto de 16 anos, de quem o Fogueteiro caiu perto? Pois é, por crueldade do destino, ele era Jacques Olivier, filho da capitã Charlotte Olivier, e o akumatizado resolveu pegá-lo como refém! Pior ainda, Charlotte havia acabado de chegar!

(Charlotte): Jacques!

(Jacques): Manhê, me ajuda!

(Queen Bee): Cadê você, Ladybug?

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Marinette estava no quarto, estudando, e do lado dela, Tikki estava ajudando-a. Mas Tikki também percebeu que Marinette também não estava muito bem.

(Tikki): Marinette, você está chateada porque não foi convidada para o aniversário da Chloe?

(Marinette): Eu, chateada? Pfff, claro que não! Mas... a Alya foi convidada e provavelmente já está lá, e eu queria que a gente passasse a noite juntas! Mas eu estou aqui estudando, ai, isso é tão chato! Pior, a Chloe provavelmente deve estar xavecando o Adrien!

(Tikki, consolando a mestra): Ah Marinette, infelizmente a vida é assim mesmo. Mas olha, eu estou aqui para te fazer companhia. Assim sua noite pode ser mais agradável.

(Marinette): Ai Tikki, como é que antes eu vivia sem a sua companhia?

Nesse momento, o celular de Marinette vibrou, anunciando uma nova notificação no Ladyblog. Alya estava postando uma “live” sobre o ataque do Fogueteiro.

(Marinette): Bem, pelo menos minha noite não será tão monótona hoje. Tikki, transformar, YEAH!!!

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Fogueteiro já estava voando bem alto, ainda segurando o jovem Jacques na mão. Se ele soltasse, o garoto sofreria uma queda tão feia que quebraria algum osso, ou pior.

(Fogueteiro): Charlotte Olivier, se não quiser que esse garoto se esborrache no chão, você vai me trazer o prefeito Bourgeois e a filha metida dele para mim, agora mesmo!

Charlotte ficou assustada! Se fizesse alguma coisa de errado, seu filho estaria condenado, mas ela também não poderia entregar o prefeito. Era do governante de Paris de que o akumatizado estava falando. Pela primeira vez, a policial desejou que um dos heróis que ela tanto perseguia fizesse algo para mudar aquele quadro tenebroso.

(Fogueteiro): Tive uma ideia melhor (aponta o lança projéteis para Jacques): ao invés de manda-lo para o chão, vou manda-lo ao infinito e além!

Bem nessa hora, Chat Noir viu uma brecha e jogou seu bastão, que se esticou, separando akumatizado de refém. Seria uma coisa boa, se Jacques não estivesse perigosamente afastado do chão. O garoto começou a cair, para desespero de Charlotte. Felizmente, Ladybug apareceu na hora H, agarrou o garoto e o colocou em segurança no chão, aterrissando perto de Chat Noir.

Normalmente, este seria o momento em que Charlotte deveria estar grata pelo salvamento realizado pela joaninha, mas o que ela sentia realmente era raiva por Chat Noir ter arriscado a vida de seu filho com uma tática tão impulsiva.

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(Hawkmoth): Ladybug e Chat Noir estão aqui. Pegue os Miraculous, Fogueteiro!

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O akumatizado quis dar um rasante contra Ladybug e Chat Noir, mas algo surpreendente aconteceu: Charlotte agarrou o akumatizado pelo tornozelo. Logicamente, ela começou a ser arrastada, mas conseguiu se agarrar na janela do carro do prefeito, que ainda estava lá, sucateado. Possuída por uma fúria puramente materna, Charlotte adquiriu momentaneamente uma força quase sobre-humana, superando a da mochila-jato do Fogueteiro e o arremessando contra o chão.

Mas não acabou por aí: rugindo de fúria, Charlotte saltou com tudo para cima do akumatizado e começou a enchê-lo de murros, até danificar a máscara, depois a tirou do rosto do Fogueteiro e a jogou para longe. Depois começou a estrangular o infeliz que havia ameaçado seu filho. Porém, cega de fúria, não percebeu que o akumatizado se preparava para usar uma espada de São João nela à queima roupa. Por sorte, Ladybug percebeu o golpe sujo e usou seu ioiô para resgatar a policial antes que fosse tarde, mesmo que isso só tenha deixado Charlotte ainda mais brava com Ladybug.

(Ladybug): Onde será que está o akuma deste cara?

— Está na mochila a jato.

(Ladybug): Chapolin, onde é que você estava?

(Chapolin): Eu fiquei tonto depois de ficar rodopiando no ar com esse maluco, sem falar que eu tinha deslocado o ombro, mas agora estou bem. Minhas antenas detectaram que o akuma é a mochila à jato dele.

(Ladybug): Muito bem, vamos ver o que posso fazer. Talismã!

Usando seu poder, um pequeno balão, cheio de um líquido viscoso, apareceu na mão de Ladybug.

(Ladybug): Que coisa nojenta! O que é que eu vou fazer com isso.

(Fogueteiro, voando de novo): Você me paga por isso, Charlotte!

Chapolin viu que o Fogueteiro ia atirar mais um projétil contra Charlotte, então resolveu ser ágil.

(Chapolin): Astúcia!

A corneta paralisadora voltou a aparecer em sua mão, e ele usou para paralisar na hora H o projétil disparado contra Charlotte.

(Chat Noir): Tenho que dar um jeito nesse lançador de projéteis. Cataclismo!

O toque corrosivo de Chat Noir atingiu o lançador de fogos de artifício no momento em que o Fogueteiro baixou a guarda para atirar em Charlotte, fazendo a arma se esfarelar toda.

(Fogueteiro, furioso): Não pense que só dependo do meu lançador, gato estúpido. Ainda tenho minhas espadas de fogo!

(Chapolin): Toma isso, vagalume!

Chapolin estava segurando o projétil paralisado no ar, mirando no Fogueteiro, então ele usou as duas buzinadas para fazê-lo voltar ao normal, mas se esqueceu de largar o projétil a tempo e ficou tentando segurar um foguete que se debatia loucamente no ar. Quando soltou, acabou lançando o foguete bem na viatura de Charlotte, que ficou em pedaços. Queen Bee percebeu o vacilo do parceiro e tentou consertar as coisas

(Queen Bee): Realeza!

O guarda-costas abelha de Queen Bee apareceu para agarrar no ar as espadas de fogo lançadas pelo akumatizado. E por sorte, o guerreiro demonstrava resistir bem às faíscas. Ladybug aproveitou a brecha e foi ágil: pulou nas costas do soldado de Queen Bee e lançou seu balão contra o rosto do Fogueteiro, que estava sem a máscara. O balão estourou, liberando um líquido espesso que parecia cola.

(Fogueteiro, lambuzado) Blaaaargh!!! O que é isso? Cuspe de joaninha?

Ladybug usou o ioiô para agarrar o tornozelo do Fogueteiro, que começou a se debater no ar como uma pipa furiosa.

(Ladybug): Queen Bee, a mochila dele!

Queen Bee lançou seu peão, que perfurou a mochila à jato do Fogueteiro, liberando o akuma. Queen Bee sabia que a batalha já estava ganha, então tratou de se esconder para voltar ao normal. Havia uma coisa que só a Chloe poderia fazer naquele momento crucial.

(Ladybug): Chega de maldades para você akuma! É hora de aniquilar a maldade!

Mais uma borboleta purificada, mais um akuma capturado, e mais um monte de escombros consertados pelo seu Miraculous. Até o carro do prefeito e a viatura de Charlotte voltaram ao normal.

(Chat Noir e Ladybug): Zerou!

(Chapolin): Espera aí, cadê a Queen Bee?

— Ladybug, espera!

Chloe, já destransformada, apareceu correndo em direção à heroína pintada carregando um papelzinho.

(Chloe): Ladybug, escuta, você conhece uma garota chamada Marinette Dupain-Cheng?

(Ladybug, confusa): Sim, por quê?

(Chloe, entrega o papelzinho): Eu preciso que você entregue isso para ela. É um convite, para ela vir no meu aniversário. Eu acabei me esquecendo de entregar.

Claro que Ladybug sabia que era mentira, mas ainda assim gostou da consideração da loira. O que aconteceu de tão radical para ela ter mudado esse tanto?

(Chloe, se dirigindo a Marcel): Ah, e senhor Blanc?

(Marcel, ainda grogue pela destransformação): Ãh, o que é?

(Chloe): Me desculpe por ter mexido no seu aparelho sem permissão, e me desculpe por ter incriminado você.

(Marcel): Tudo bem, eu te perdoo, mas só se você convencer seu pai a me deixar continuar sendo o pirotécnico da sua festa.

(Chloe): Tudo bem, deixa comigo!

Ok, aquilo sim era surpreendente. Chloe pedindo desculpas, duas vezes, no mesmo dia? Ladybug até pensou em fazer um gracejo com isso, mas estava sem tempo, então ela e os outros dois parceiros foram embora dali rapidamente.

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(Hawkmoth): Isso ainda não acabou Ladybug! Eu lhe garanto: algum dia farei você e Chat Noir arderem dolorosamente nas chamas da minha vingança!

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Marinette se arrumou e foi para a festa, e bem na hora em que ela estava começando, afinal, o akumatizado havia atrasado o bom andamento das coisas. Havia um DJ, que estava tocando uma música bem animada. Logo na entrada, acabou encontrando justamente a Chloe, o que foi um tanto estranho.

(Marinette): Olha Chloe, desculpa, mas eu não trouxe nenhum presente. É que eu não sabia que no final das contas eu acabaria participando da festa.

(Chloe): Está bem, dessa vez passa. Além disso, de qualquer forma duvido que você pudesse comprar algo do meu gosto.

As duas acabaram se afastando depois disso, e advinhe, novamente Beezy estava encarando sua mestra.

(Chloe): Ai Beezy, o que foi agora? Eu pedi desculpas, convidei a Marinette, o que mais você quer?

(Beezy): Te parabenizar pelo progresso de hoje. Viu como é bom tratar bem os outros? Você não se sente melhor com isso?

(Chloe): É, até que foi uma experiência agradável. Mas não pense que vou virar melhor amiga da Marinette, isso de jeito nenhum!

(Beezy): Verdade, isso seria um milagre!

Para Marinette, as coisas tiveram uma reviravolta maravilhosa.

(Adrien): Oi Marinette.

(Marinette): A-A-Adrien! Não acredito, você por aqui! Não, digo, é claro que você estaria aqui, a Chloe te adora, né?

(Adrien): É, isso é verdade, e para ser sincero, estou feliz que você esteja aqui.

O rosto de Marinette esquentou imediatamente, se ela gaguejava antes quando estava perto do garoto de seus sonhos, agora sim que ela gaguejaria de verdade.

Alya estava vendo tudo e resolveu dar um empurrãozinho nas coisas: foi até o DJ e pediu para ele tocar uma música mais suave, daquelas que servem para fazer jovens casais dançarem juntinhos.

(Marinette, mais constrangida ainda): E-E-Eu juro que não tenho nada a ver com isso!

(Adrien): É claro que não, não é como se você tivesse pedido para o DJ tocar essa música... A propósito, quer dançar comigo.

(Marinette): S-Sim, eu quero.

Por fora, foram só três palavrinhas curtas, mas por dentro, Marinette estava saltando de felicidade e soltando milhares de fogos de artifício! Diego estava vendo a cena e parabenizou mentalmente a amiga pelo sucesso.

(Tuggi): Parece que a Marinette se deu bem com o Adrien, né Diego?

(Diego): É... eu queria ter esse tipo de sucesso alguma vez.

(Tuggi): E por que não agora? A Lila está lá, vai lá falar com ela, vai.

(Diego): Não Tuggi, é uma péssima id...

Tuggi se meteu dentro da roupa de Diego e começou a puxá-lo em direção à italiana, até os dois se esbarrarem

(Diego): Ai, desculpa Lila, foi sem querer querendo!

(Lila): Tudo bem, Diego. Você quer falar alguma coisa comigo?

(Diego): Ah sim, sim. E-Eu queria sab-ber se você n-não *gasp* ter um comigo com a dança... Digo, digo, se você não comigo dançaria com o teria. Digo, digo, digo, se você não gostaria de ter uma dança com...

Lila gostava de ver o amigo mexicano se atrapalhando com as palavras. Ela pousou suavemente o dedo indicador no lábio dele e disse as palavras mágicas.

(Lila): Eu adoraria.

No final, a noite terminou maravilhosamente bem: com mais um akumatizado liberto e dois jovens casais formados.


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Notas finais do capítulo

Eu não me acho bom escrevendo romance, por isso resolvi encerrar o capítulo com essa cena de dança de casal, bem juntinhos, e deixar tudo a cargo da imaginação de vocês, espero que tenham gostado. No capítulo anterior, fiz um desenvolvimento mais profundo da Lila, dessa vez foi a Chloe. Qual personagem vocês acham que deve ser desenvolvido nos capítulos posteriores? Que akumatizados vocês gostariam de indicar para os próximos capítulos?
A propósito, as referências continuam aparecendo, dessa vez referências a gibis famosos. Será que vocês conseguem achar?
Continuem lendo e comentando, e se tiverem teorias sobre essa fanfic, podem mandar bala!



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