Miraculous - Defensores de Paris escrita por Blue Blur


Capítulo 10
Termoparasita


Notas iniciais do capítulo

Uma frente fria atinge Paris, abaixando os termômetros da cidade. Enquanto os alunos do colégio François Dupont comentam sobre os dois novos heróis, Diego e Chloe tentam lidar melhor com suas novas identidades e seus novos kwamis



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Diego estava em sua cama, dormindo tranquilamente, quando ouviu seu rádio-despertador fazer seu trabalho incômodo.

(Rádio-despertador): A cidade de Paris está passando por uma frente-fria esta semana. Estima-se que a temperatura não passe dos 15°, com uma máxima de 20°.

Diego acordou momentaneamente, com um resmungo. O rapaz mexicano não estava acostumado ao clima frio de Paris, e essa nova frente-fria só servia para deixa-lo ainda mais sonolento. Ele simplesmente desligou o despertador e voltou a dormir. Passaram uns 10 minutos até que sua mãe entrasse e visse o filho ainda dormindo

(Camille, acordando-o suavemente): Diego, acorde. Assim você vai se atrasar para a aula!

(Diego, sonolento): Mãe, está um frio danado. Deixe-me faltar hoje, pode ser?

(Camille): Nada disso, mocinho! Você não estaria sonolento desse jeito se não ficasse até tarde ontem assistindo Netflix! Vá logo tomar seu banho.

(Diego, sonolento): Está bem, mãe...

A mãe de Diego saiu do quarto, e o garoto começou a se levantar. Foi andando até a porta do quarto, com o cabelo bagunçado, sem os óculos, andando feito um zumbi. Tuggi estava dormindo numa prateleira acima da cama de Diego, numa cama de boneca que o garoto pegara escondido da mãe para sua kwami usar. Ao perceber o amigo acordando, ela se levantou da caminha e foi em direção a ele, passando por um boneco do Darth Vader que estava ao lado.

(Tuggi, falando com o boneco): Bom dia, samurai preto futurista.

Quando Diego já estava na porta, a kwami apareceu em sua frente para lhe cumprimentar.

(Tuggi): Bom dia, Dieguito!

O garoto ignorou a alegre kwami, que não gostou muito do gelo que recebera. Então ela resolveu apelar para uma de suas travessuras, a fim de chamar a atenção dele: entrou no banheiro e deu uma mexidinha de nada no chuveiro elétrico.

(Tuggi): Curioso, nosso amiguito mexicano gosta de banhos mornos... Mas depois desse gelo que ele me deu...

O que aconteceu a seguir foi hilário: A água desceu tão gelada que parecia canivete furando a pele, e o Diego deu um grito para lá de estridente! Os pais dele, na cozinha, já estavam tomando café e quase derramaram tudo

(Miguel, assustado): Sim, tão matando um porco selvagem?

(Camille, rindo): Não, deve ser o Diego que foi tomar banho sem botar o chuveiro na função de aquecedor.

Depois do banho, Diego voltou até o quarto para se vestir e viu Tuggi se rolando de rir na sua cama.

(Tuggi, gargalhando): Como eu queria ter gravado aquilo! Sua voz gritando é mais fina que a minha! Ashuashushuashuashufoaklgahklajflk!!!

(Diego, irritado e morrendo frio): N-N-Não t-t-teve graça Tuggi, eu sou ext-t-tremamente sensível ao f-f-frio! Eu v-v-vim do México! M-é-x-i-c-o!!!

(Tuggi): Ah, vai, foi engraçado sim. Não foi engraçado o gelo que você me deu quando eu te dei um bom dia.

Diego sabia que não adiantaria nada reclamar do senso de humor bizarro de sua kwami, então não teve outra escolha.

(Diego): Está bem, bom dia, Tuggi.

(Tuggi): Hihihi, bom dia.

Diego ainda estava se adaptando à sua nova vida de super-herói, que por sinal só tinha começado algumas horas atrás. Acontece que Tuggi agia como uma irmãzinha peralta que adora tirar os outros do sério. Outro problema também dizia respeito à comida: seus pais começaram a estranhar a gula do menino.

(Miguel): Filho, por que está levando três burritos assim para o lanche da escola? Só um basta, creio eu.

(Diego, sem graça): Ah, é para uma amiga na escola, quero dividir com ela.

(Miguel): Ah bom...

Tuggi ficou no bolso do suéter do garoto enquanto os pais de Diego o levavam para a escola. Chegando lá, o garoto se afastou dos outros enquanto entregava um dos burritos para Tuggi. Como a própria kwami advertiu, ninguém além de Diego podia saber da existência dela.

(Tuggi, pegando o burrito): Oba, café da manhã!

A kwami começou a comer a iguaria. Diego ficou observando a cena, era realmente algo muito fofo de se ver, mas também era meio bizarro ver a gula de Tuggi aniquilando um burrito que ele poderia comer como lanche completo.

(Diego): Como é que você consegue comer um burrito que é maior que você?

(Tuggi): O segredo é mastigar bem.

Depois que Tuggi comeu sua tão desejada iguaria mexicana, ela voltou para o bolso de Diego e ficou lá enquanto o garoto circulava o pátio da escola, onde todo mundo comentava sobre o que acontecera no dia anterior.

(Alix): Estou dizendo, primeiro a tal inquisidora avançou com tudo, daí aquele super-herói vermelho foi e acertou ela em cheio com o martelo.

(Nathaniel): Vocês viram aquela heroína, vestida de abelha? Ela fez aparecer um super-soldado do nada, e o brutamontes prendeu o impostor.

(Myléne): Daí o herói gafanhoto encolheu o próprio corpo com uma daquelas pastilhas e foi arremessado contra a akumatizada.

Diego sentiu uma pontada de orgulho ao ouvir todo mundo falando sobre ele. Claro, não ele, Diego, mas sobre o Chapolin, que era quase a mesma coisa. Enquanto o rapaz mexicano estava perdido em seus pensamentos, ele acabou esbarrando em uma garota e derrubando os livros dela, e adivinhem: era ninguém menos que Lila Rossi.

(Diego): Ai, caramba, me desculpe, deixe que eu te ajudo.

(Lila): Ah, não, deixa que eu...

(Diego): Eu insisto e...

Entre interjeições e frases confusas, os dois foram ajuntando os livros, até sobrar apenas um, onde ambos colocaram as mãos, um sobre a do outro. Diego sentiu seu rosto esquentar.

(Lila, sorrindo): Obrigada.

(Diego, com vergonha): Ah, sim, sim, claro, claro. (para de gaguejar, seu idiota!) Então, Lila, como é que você está? Sabe, eu acabei vendo o que aconteceu ontem. Você foi sequestrada pela Ladybug, foi?

(Lila): É, eu fui, foi horrível! Mas aí aconteceu algo incrível!

(Diego, fingindo estar confuso): O quê, exatamente?

(Lila): Apareceu um super-herói para me salvar. Ele vestia vermelho e amarelo, tinha umas antenas engraçadas no capuz, usava uma marreta e dava saltos espetaculares.

(Diego): É o tal do Chapolin, de quem estão tanto falando? Eu não sei, pelo que vi sobre ele nas manchetes, ele parece ser um baita dum aloprado. É verdade que teve um momento que ele acertou a própria cara com a marreta?

Soava estranho na cabeça do Diego se desmoralizar em terceira pessoa, mas era preciso. Como todo super-herói, teria que manter sua identidade secreta em sigilo.

(Lila): Ah, isso eu não sei, mas eu gosto do jeitinho dele. Acredita que ele ficou corado quando me salvou? Achei tão fofo.

Diego ficou corado, será que ela realmente gostava dele como super-herói? Ele pensava que toda aquela alopração dele iria fazer ele parecer um babaca, mas quem diria, havia quem gostasse dele mesmo assim... igual no seriado.

(Lila): Sabe, eu me pergunto se haveria um jeito de encontra-lo pessoalmente.

Daí Diego começou a sorrir discretamente, aquela sem dúvida seria a grande chance de conquistar o coração de Lila, e sua cabeça já fervilhava com planos para isso. Mas ele teria que disfarçar sua empolgação na frente dela ou tudo iria para o vinagre.

(Diego): Sabe, pelo que ouvi da Alya, o tal Chapolin apareceu quando ela disse “Oh, e agora, quem poderá nos defender? ” Ou algo do tipo. Não sei, vai que cola.

(Lila): É mesmo?

Falando na Alya, ela estava com Marinette e Adrien, mostrando o vídeo que ela gravou dos quatro heróis e também a selfie que ela bateu com eles. Curiosamente, Chloe também estava curiosa em ver o que a colega nerd havia registrado.

(Alya): Daí nessa cena, ele usa um poder bem parecido com o da Ladybug, e aparece uma buzina paralisadora!

A reação de Marinette, Adrien e Chloe foi algo bem cômico: eles ficaram se mordendo de raiva quando viram que, na gravação, aparecia o Chapolin Colorado aprontando com eles enquanto estavam sob efeito da buzina.

(Alya): Será que o Chat Noir sabe que o parceiro beijou a lady dele?

(Adrien, tentando disfarçar): Não, e ele com certeza não ficaria nada feliz com esse vídeo.

(Marinette, tentando disfarçar): Fala sério, eu sempre achei que o Chat Noir era exibido algumas vezes, mas esse cara passou dos limites!

Adrien ficou levemente chateado com a afirmação de Marinette, mas soube disfarçar. Agora, uma certa loira não fez nem um pouco de esforço na hora de fingir.

(Chloe): Eu devia acertar com aquele peão na cara desse babaca vermelho!

(Alya): Mas hein?

Por baixo da bolsinha de Chloe, Beezy deu uma ferroada na mestra para ela perceber a burrada que fez.

(Chloe, tentando disfarçar): Quer dizer, isso se eu fosse a Queen Bee, né?

(Alya): Falou bem, se você fosse. Com esse seu jeito de boa menina, duvido que você seria a Queen Bee.

(Chloe): O quê? Olha aqui, sua...

O sinal tocou, interrompendo a conversa. Todos os alunos começaram a se dirigir para a sala de aula, exceto Chloe, que ainda quis falar umas coisas com seu kwami.

(Chloe): Pode me dizer o que foi aquela ferroada?

(Beezy): O que foi que eu falei sobre revelar aos outros sua identidade de super-heroína?

(Chloe): Mas eu não disse nada.

(Bezzy): “Eu devia acertar com aquele peão na cara desse babaca vermelho!” Você praticamente confessou que era a Queen Bee, foi muita sorte sua colega não ter suspeitado mais.

(Chloe): Está bem, talvez eu tenha deixado passar um detalhezinho de nada, mas isso não era motivo para ter me ferroado!

(Bezzy): A propósito, acho melhor você ir logo para sua aula.

(Chloe): Verdade, não quero pegar a mesma reputação de atrasada da Marinette.

Alya foi uma das últimas a entrar na sala de aula, e quando ia entrar viu algo estranho: duas garotinhas morenas, uma de azul-claro e a outra de rosa, que pareciam ser irmãs gêmeas, estavam meio que escondidas escoradas numa parede, espionando a sala de Alya.

(Alya): Ágatha, Agnes, o que é que vocês duas fazem aqui?

A menininha de azul, a quem Alya chamou de Ágatha, mostrava-se bem nervosa.

(Ágatha): Ah, bem, é que... é que... a gente queria ver se nossa mana mais velha iria chegar bem na sua sala de aula.

(Alya, sem acreditar nem um pouco): Seeeei, vocês querem que eu acredite que as duas estão preocupadas com o meu bem-estar, a ponto de me seguirem até aqui?

A outra menina, de rosa, tentou emendar as coisas, mas também não conseguiu ser muito convincente.

(Agnes): É que eu esqueci minha mochila não sei onde, e estou procurando por ela em toda parte!

(Alya): Não é essa aí que está na sua costa?

(Agnes): Ah, é mesmo. Eu ando distraída ultimamente.

(Alya): Olha, vão logo as duas para sua sala de aula, e fiquem longe de encrencas.

As duas garotinhas obedeceram a irmã mais velha. Alya as conhecia muito bem: sabia da reputação que as duas tinham de pregar peças nos outros, e geralmente, quando começavam a ficar espreitando um ponto em particular, era quase certo de que haviam colocado uma armadilha.

(Ágatha): Ufa, foi por pouco, ainda bem que a Alya não viu os balões de água que a gente escondeu lá atrás.

(Agnes): Ei, aí vem a bruxa, se esconde!

A bruxa, em questão, era a professora de química da sala de Marinette, a Sra. Mendeleiev. Algumas vezes, as gêmeas haviam ouvido a irmã mais velha comentar sobre a carranca e o mau-humor da professora de química, e é claro que, sendo crianças, elas acharam que seria uma boa tirar com a cara da Sra. Mendeleiev.

Ágatha e Agnes haviam improvisado uma pequena catapulta com alguns brinquedos que trouxeram de casa. Quando a professora de química estava se preparando para abrir a porta, a pequena Agnes gritou:

— Disparar catapulta!

O resultado foi um molhadeiro terrível: a Sra. Mendeleiev ficou encharcada com os sucessivos disparos de balões de água, e a barulheira atraiu a atenção dos alunos dela. Diego ficou se segurando para não rir, mas o incidente que aconteceu com o Satírico mostrava que ele não era bom em segurar risos.

(Diego): Bwahahahahahahahahaha!!! Ohuahuahuahuahasashsuahuashuahsuhaush!!!

Apesar das gargalhadas do escandaloso Diego e de uns quatro ou cinco outros alunos, a maioria estava boquiaberta. Alya, por sua vez, estava furiosa. Ela ainda pensou em ir atrás das gêmeas peraltas, mas achou melhor ir ajudar a professora.

(Alya): Ai meu Deus, eu sinto muito mesmo, Sra. Mendeleiev! Com certeza isso foi obra das minhas irmãs, eu não sei onde elas estavam com a cabeça!

Curiosamente, ao invés de começar a berrar ou a ter um ataque de fúria, a Sra. Mendeleiev começou a tremer bastante. Claro, que a água estava bem fria (culpa da frente fria de Paris), mas havia algo a mais, era como se ela realmente estivesse passando mal.

(Adrien): Sra. Mendeleiev, está tudo bem?

(Sra. Mendeleiev): E-E-Eu est-t-tou com um p-p-problema de saúde, uma d-d-deficiência de ferro! O m-m-médico disse para eu evitar me exp-p-por ao f-f-frio! Mas aquelas p-p-pestinhas tinham que est-t-tragar tudo!

(Diego, ficando sério): Caramba, eu não sabia. Professora, deixe-me ajuda-la a...

(Sra. Mendeleiev): Não! Já b-b-basta, eu não p-p-preciso da ajuda de ninguém! P-p-podem continuar rindo, bando de ins-s-solentes.

Depois disso, as duas gêmeas deram no pé, e os poucos que tinham rido da brincadeira começaram a ficar com a consciência pesada. As gêmeas, mesmo tendo escapado, também estavam com a consciência meio pesada. Como é que elas iam saber que a professora tinha um problema de saúde que a deixava muito sensível ao frio?

Enquanto isso, a Sra. Mendeleiev foi até o banheiro, tentar remediar a situação, mas não estava fácil, afinal, ela estava encharcada da cabeça aos pés.

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(Hawkmoth): Crianças gostam de pregar peças nos outros, é uma experiência divertida. Mas fazer isso com alguém que padece de um problema de saúde? Tsc tsc, aí já se torna golpe baixo! Mas meus akumas podem desferir golpes mais baixos ainda! (envia a borboleta negra) Voe, meu pequeno akuma, traga essa mulher para o mal!

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A professora Mendeleiev estava retirando vários pedaços de balões d’água que teimavam em ficar presos na roupa dela. Havia três pedaços vermelhos presos no seu cabelo, e o akuma pousou em um deles, fazendo surgir a máscara em formato de borboleta.

(Hawkmoth): Termoparasita, eu sou Hawkmoth. Fiquei sabendo que você é bastante sensível ao frio, que tal se fizer aquelas que fizeram aquela brincadeira sem graça sentissem na pele o que fizeram? Eu só vou precisar que você traga os Miraculous de Ladybug e Chat Noir.

(Sra. Mendeleiev): A vingança é um prato que se come frio, Hawkmoth.

A névoa negra cobriu a professora de química, e ao se dissipar, ela estava transformada em um monstro horrível, que parecia uma água viva verde. Esse monstro tinha duas presas na parte de baixo do corpo e quatro tentáculos. No seu corpo (que também parecia com sua cabeça), estavam três olhos, que pareciam umas ameixas vermelhas, e na parte de cima estava uma crista preta, que era onde estava o akuma.

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Sem saber o que acontecia, Alya estava dando uma bronca nas duas irmãs pelo que elas fizeram.

(Alya): Que ideia foi aquela de jogar balões de água na minha professora de química?

(Agnes): Como é que a gente ia saber que ela era friorenta?

(Ágatha): Além disso, volta e meia você ficava reclamando dela, dizendo que ela era mandona, mal-humorada...

(Alya): E vocês acham que encharcando a Sra. Mendeleiev ia mudar a postura dela?

As duas gêmeas não responderam, apenas ficaram encarando a irmã fixamente, com um olhar aterrorizado.

(Alya): Por que vocês estão com essa cara?

Ágatha e Agnes apontaram para o alto, Alya se virou e viu a Termoparasita voando. O monstrengo soltou um rugido e as três irmãs Césaire começaram a correr. Ágatha e Agnes escaparam, mas Alya não teve tanta sorte: a Termoparasita agarrou os pés da garota nerd com seus tentáculos e depois a abocanhou com suas presas. As duas menininhas ficaram horrorizadas enquanto viam o monstro brilhar enquanto a irmã mais velha gritava em agonia.

(Ágatha): Alya!!!

Pouco depois, o monstro cuspiu Alya. A garota estava encolhida em posição fetal, com claros sinais de hipotermia

(Alya): C-C-Corram, p-p-por favor! F-F-Fujam!

As gêmeas, sem escolha, fugiram, enquanto o monstro voava atrás delas. Na fuga, as duas garotinhas acabaram atraindo o monstro água viva para onde estavam os outros colegas de Marinette.

(Agnes): Socorro, alguém ajuda nossa irmã, ela...

O pedido de socorro da pequena Agnes foi interrompido pela aparição da Termoparasita. Ela ficou observando os seus alunos e acabou cismando com a Myléne. Nesse momento, Ivan tentou confrontar o monstro dando um murro nele, mas isso se mostrou inútil: o corpo da termoparasita era gelatinoso, assim como o de toda água viva, logo amorteceu o ataque facilmente. Pior: Ivan foi a vítima seguinte da akumatizada.

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(Hawkmoth): Agora é apenas questão de tempo para que Ladybug e Chat Noir apareçam!

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Marinette saiu correndo do campo de visão da Termoparasita e foi seguindo Agnes até o lugar onde estava Alya. A mestiça não conteve seu pavor ao ver a melhor amiga praticamente pálida de tanto frio. Mas aos poucos, o pavor foi se transformando em fúria.

(Marinette, séria): Agnes, ligue para a emergência. Você sabe qual é o número, certo?

(Agnes): Sim, mas...

(Marinette): Ótimo, eu tenho que resolver uma coisa.

Marinette foi buscar um lugar seguro para se transformar. Lá, tirou a sua kwami de dentro da bolsa. Tikki foi falar com sua amiga humana, mas a sombra no olhar de Marinette a deixou assustada.

(Tikki, assustada): Marinette, me escuta. Eu sei que você deve estar com muita raiva, mas eu tenho que dizer que...

(Marinette, muito séria): Tikki, transformar!

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Adrien havia dado um jeito de escapar da confusão e entrou numa sala de aula vizinha, onde começou a falar com seu kwami.

(Adrien): Caramba, você viu aquilo? Aquele bicho suga o calor corporal das pessoas!

(Plagg): Sinistro, toma cuidado para não entrar numa fria, Adrien... literalmente.

(Adrien): Plagg, mostrar as garras!

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Chloe havia se refugiado dentro da sala de aula, e lá dentro seu kwami apareceu para ajudar.

(Beezy): Chloe, toma cuidado, se aquele bicho agarrar você, ele vai sugar toda a minha energia e todo mundo vai ver sua identidade secreta.

(Chloe): Eu sempre achei que seria bom ser vista como uma super-heroína, mas pensando bem, esse não seria um jeito muito agradável. Beezy, exibir as listras!

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Diego estava dentro do banheiro masculino, ouvindo os gritos dos colegas e os rugidos da Termoparasita. Ele começou a revirar os bolsos da calça e do casaco, buscando por sua kwami.

(Diego): Tuggi, Tuggi, cadê você?

(Tuggi): Aqui é a caixa postal da Tuggi, no momento estou cochilando ou esperando por um delicioso sanduíche de presunto. Deixe seu recado após o sinal. Mi-ra-cu-lous!

(Diego): Tuggi, o que acha de um delicioso sanduíche de presunto com uma paleta de sobremesa?

(Tuggi, saltando para fora do bolso do casaco): Oba, eu quero!

(Diego): Então me transforma! Tenho que impedir aquele bicho de sugar o calor corporal de todo mundo!

A pequena kwami acabou se assustando ao ver como o bicho era voraz, e Diego percebeu sua hesitação.

(Diego): Tuggi, que cara é essa? Vamos defende-los.

(Tuggi, sem transformar o Diego): Eu te transformo...

(Diego): Tuggi, vamos defende-los!

(Tuggi, sem transformar): Eu te transformo...

(Diego, aborrecido): Chega Tuggi, isso aqui não é o seriado!

(Tuggi, aborrecida e com braços cruzados): Se aproveita da minha nobreza!

(Diego): Agora vamos. Tuggi, vamos defende-los!

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Depois que alguns alunos haviam caído, os heróis Chat Noir, Queen Bee e Chapolin Colorado haviam se encontrado, no meio daquela confusão, para confrontar a Termoparasita.

(Queen Bee): A coisa está realmente feia. Como vamos parar esse bicho?

(Chapolin): Minhas antenas estão detectando o akuma! Está naquele... naquela... naquela crista em cima dele. Se arrancarmos aquilo, poderemos purificar o akuma.

(Chat Noir): Mas onde está a Ladybug.

Falando na joaninha, ela aparece, totalmente furiosa. Ladybug praticamente deu um urro de guerra e se jogou sobre a Termoparasita, enchendo-a de socos.

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(Hawkmoth, surpreso): Eu nunca havia visto tamanha agressividade na Ladybug... Isso me fascina. Vamos lá, Ladybug, mostre sua fúria!

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Ladybug continuou descarregando sua fúria pelo estado da amiga Alya sobre a akumatizada, na forma de socos. Mas eles não surtiam efeito, o corpo da Termoparasita era flexível o bastante para não se machucar com os socos. A criatura de aparência cnidária agarrou Ladybug com seus tentáculos e tentou coloca-la na boca, mas um bastão foi arremessado e ficou preso entre as mandíbulas do bicho.

(Chat Noir): Ladybug, sai logo daí!

Voltando ao normal, a heroína pintada recuou para perto de seus parceiros.

(Chapolin): Ladybug, o que foi aquilo? Você estava berrando e desferindo murros feito um animal furioso!

(Ladybug): Desculpe, Chapolin. É que ver todos esses alunos feridos desse jeito... eu não sei dizer o que deu em mim!

(Queen Bee, segurando o ombro de Ladybug): Ladybug, nós temos que agir com calma, se deixarmos as emoções dominarem, as coisas ficarão bem...

Dessa vez, Queen Bee é que foi agarrada pela Termoparasita, que enroscou seu tentáculo no tornozelo da Abelha Rainha. Depois, girou a heroína listrada pelo ar e a lançou contra a parede.

(Queen Bee, se recuperando): Aaaahhhh, o meu cabelo! Grrr, agora é pessoal, sua água viva gigante! Eu vou te trucidar!

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(Hawkmoth): Termoparasita, seja ágil, não deixe esses dois novos heróis lhe impedirem! Pegue logo os Miraculous!

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Queen Bee lançou seu peão, que aumentou de tamanho e começou a brilhar envolto de energia elétrica. Termoparasita contra-atacou, girando e usando seus tentáculos como chicotes. Queen Bee pensou que seria uma ótima estratégia se usasse algo para distrair o monstro, a fim de que seu peão atacasse com força total, daí acabou vendo um extintor de incêndio e disparou contra a Termoparasita. A akumatizada recuou, guinchando, foi aí que Chapolin percebeu algo de estranho: a akumatizada absorvia o calor corporal de suas vítimas, e havia se incomodado com o jato do extintor, que por sinal, estava frio.

(Chapolin): Ladybug, eu acho que esse bicho é vulnerável ao frio! Ele suga o calor corporal das vítimas para se alimentar. Não é à toa que ele se parece tanto com aquele bicho de um jogo que eu gostava.

(Chat Noir, com cara de safado): Está falando do jogo daquela loira gata que usa uma armadura robótica?

(Ladybug): Meninos, menos, está bem? Chapolin, Queen Bee, preciso que vocês distraiam aquele bicho. Eu e Chat Noir pensaremos numa forma de pará-lo. TALISMÃ!!!

Ao usar seu poder especial, Ladybug fez surgir uma caixinha de palitos de fósforo.

(Chat Noir): Eu pensei que a intenção fosse usar o frio para derrotar o akumatizado, não o calor.

Usando sua visão de sorte, Ladybug viu a caixinha de fósforos brilhar e também o alarme de incêndio.

(Ladybug): Chat Noir, os extintores de incêndio.

(Chat Noir): Deixa comigo, Mylady. Cataclismo!!!

O poder corrosivo de Chat Noir fez vários extintores estourarem e liberarem gás frio sobre a Termoparasita, fazendo-a guinchar. Depois, Ladybug acendeu um palito de fósforos e jogou em direção ao alarme de incêndio, fazendo água espirrar. E é óbvio que a água estava fria, culpa da frente fria.

Enfraquecida pelo frio repentino, a Termoparasita despencou no chão, permitindo que o Chapolin acertasse a tal crista com sua marreta libertando o akuma.

(Ladybug): Chega de maldades para você, akuma. É hora de aniquilar a maldade!

Após capturar e purificar a pequena borboleta branca, Ladybug jogou para cima a caixa de fósforos.

(Ladybug): Miraculous Ladybug!

Tudo voltou ao normal: os alunos recuperaram sua saúde, os extintores de incêndio destruídos pelo cataclismo do Chat Noir foram concertados e a Termoparasita voltou a ser a professora Mendeleiev, dessa vez seca.

(Ladybug e Chat Noir): Zerou!

(Professora Mendeleiev): O que aconteceu? Ladybug, Chat Noir, quem são esses dois com vocês?

(Queen Bee): Eu sou a Queen Bee, e este é o meu parceiro, Chapolin Colorado. Você foi akumatizada, mas agora já resolvemos tudo.

(Chapolin): Pode-se dizer que Hawkmoth não contava com minha astúcia.

(Queen Bee): Você tem mesmo que repetir isso toda vez que derrotamos um akuma? Essa frase nunca vai pegar!

— Ladybug!

Era Alya, a garota agora estava curada já que os efeitos da Termoparasita foram anulados. O primeiro instinto de Ladybug foi abraçar a melhor amiga com força!

(Ladybug): Você me deixou preocupada, sabia?

(Alya): Nossa, estou lisonjeada! Ah, a propósito, Ágatha, Agnes!

As gêmeas Césaire apareceram, cabisbaixas, já esperando o sermão.

(Alya): Vocês não têm nada a dizer para a minha professora de química?

(Ágatha): Desculpe por termos molhado você, Sra. Mendeleiev.

(Agnes): A gente promete que não vai mais fazer isso.

A Sra. Mendeleiev não estava com nem um pouco de vontade de ser boazinha com as duas, mas em consideração aos quatro heróis, ela decidiu quebrar esse galho.

(Sra. Mendeleiev): *Suspiro* Está tudo bem, afinal, vocês são apenas crianças, né?

Bipes começaram a avisar que o tempo de Ladybug e Chat Noir estava acabando.

(Ladybug): Bem, a gente precisa ir agora. Estamos ficando sem tempo.

(Chat Noir): A gente se vê por aí.

(Queen Bee): Bom Chapolin, já que a Ladybug e o Chat Noir estão indo, acho que deveríamos ir também, não acha?

Chapolin nem estava prestando atenção na parceira. Estava ocupado demais xavecando a Lila.

(Chapolin): Você não se machucou, né?

(Lila): Não, eu estou bem. Tive sorte da akumatizada não me ver.

(Chapolin): Mesmo se ela tivesse lhe visto, pode ter certeza de que eu ia dar um jeito nela.

(Queen Bee, puxando o parceiro pela orelha): Anda logo, seu Romeu de meia pataca!

(Chapolin): Ai, ai, ai! (se dirige à Lila) Sabe como me chamar, não sabe?

Lila riu do jeito atrapalhado do herói vermelho, ele certamente era muito engraçado.

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(Hawkmoth): Curioso, eu percebi como a forma de lutar da Ladybug mudou naquele momento. Os sentimentos dela... ficaram muito parecidos com... os das pessoas infectadas com meus akumas... Será? Isso pode ser interessante, mas ainda é cedo para dizer algo.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, em época de festas de fim de ano tive que sair bastante para festejar, mas aqui está. Vou tentar manter o ritmo, mas este capítulo não foi tão fluido quanto os outros, provavelmente porque eu ainda não tinha montado os capítulos mentalmente após a aparição dos heróis, mas prometo que vou manter a qualidade. Se quiserem sugerir novos akumas, podem fazer isso, sou todo ouvidos.
Acho que fiz uma boa jogada nesse capítulo, já que retratei as irmãs gêmeas de Alya, que fazem uma breve aparição no Especial de Natal. Eu quis dar essa personalidade peralta para as gêmeas por dois motivos: 1- Me inspirei em um texto no DeviantArt (não vou dizer qual, risco de spoilers) / 2- No episódio "Tormenta", Alya diz para Marinette que consegue cuidar de Manon por causa de sua experiência com suas irmãs. Como Manon tem um jeitinho meio peralta (pelo menos para mim), achei que as gêmeas seriam nesse mesmo padrão.

A propósito, gostaria de agradecer à leitora beccadesings11, por fazer uma fanart da Tuggi, a kwami de Diego, e à leitora MusaAnônima12345, pelo apoio que ela deu. Vocês são demais!

Aqui está a fanart da Tuggi. O cenário ao fundo é uma foto de Acapulco, o lugar de onde veio o Miraculous do Gafanhoto Vermelho, antes de cair nas mãos do Diego: https://plus.google.com/u/0/photos/photo/111284235825141630573/6369313477548320946?icm=false&authkey=CN6dht6_n6ylaA



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