Progênie Maldita escrita por MarcosFLuder


Capítulo 12
No fio da navalha


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 12 postado como prometido. E ao que tudo indica a inspiração voltou. Creio que finalmente desatei os últimos nós que impediam a história de seguir em frente até o seu final, que eu já tenho pronto na minha cabeça. O capítulo 13 já está quase pronto, com uma cena em especial tendo me dado muita alegria em escrever. Aproveitem o capítulo.



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PENITENCIARIA DE LEICESTERSHIRE – HORAS DEPOIS DA FUGA DE HARRY, HERMIONE E RON DO BANCO GRINGOTES

            Era noite quando o guarda veio chamá-lo. Nem foi preciso reparar na expressão sem vida em seus olhos para se dar conta do feitiço imperium que o dominava. O fato de ser chamado para receber uma visita tão fora do horário normal já indicava que só um feitiço seria capaz de explicar uma situação desse tipo. Adam caminhou sentindo o ambiente tenso, como se uma energia maligna atingisse a todos. Era como se o próprio ar estivesse corrompido, tornando-se pesado, incômodo e desagradável. Ele o viu sentando na mesma cadeira das visitas anteriores, mas notou algo diferente. Os olhos não estavam mais sem vida, a respiração estava visivelmente acelerada. As mãos se mexiam entre a bancada e o próprio colo, indicando uma insegurança que ele certamente preferia esconder de todos. Adam podia vislumbrar vários tipos de sentimentos expressados na face ofídica. O ódio e a raiva eram os mais evidentes, mas Adam também viu o medo, visível no olhar, curiosamente ganhando uma nova vida por conta disso.

— O que houve Tom? – indaga Adam, surpreso consigo mesmo, ao notar em si, uma verdadeira preocupação com a criatura diante dele.

            Nenhuma resposta é dada de imediato, mas isso a Adam não incomoda. Ele espera pacientemente, pois sabe que um grande conflito toma conta da criatura à sua frente. O medo é visível, mas a recusa em admiti-lo também. É então que uma verdade surge em sua mente. Tantos anos de especulação resolvidos num único momento. O olhar continua voltado a face ofídica perante ele, mas a mente do velho prisioneiro só consegue pensar nisso. Adam finalmente percebe o porquê das visitas em todos esses anos. Estava tão na sua frente e mesmo assim ele levou décadas para perceber. Aquele homem, a tanto tempo preso, finalmente se dá conta que está diante do ser mais solitário do mundo.

Adam apenas se recosta em sua cadeira e espera. Ele pretende dar todo o tempo do mundo para aquele que conhecera como um simples e estranho garoto de 12 anos. Aquele que todos conhecem como Lorde Voldemort não tem ninguém a quem confessar seus momentos de medo e insegurança. Ninguém além de um velho que irá morrer na prisão. Adam ao menos tem as lembranças de um amor vivido para consolá-lo nos momentos mais difíceis. O que essa criatura tem, além do medo que inspira, em praticamente todos que o conheceram? Um ligeiro sentimento de piedade surge no velho prisioneiro, mas este trata de reprimi-lo, pois não quer que nada o impeça de ouvir o que o outro quer falar.

— Conte-me Tom, você sabe que nada do que disser sairá dessas paredes – Adam insiste, mas o faz sem demonstrar qualquer ansiedade, deixando claro que esperará o tempo que for preciso.

— Eles descobriram o meu segredo – a voz saiu fraca, quase inaudível, mas o tom de humanidade que ela passava, em nada lembrava a criatura que já estivera ali antes – eles sabem como me matar. Como isso foi possível? Como?

— Você sempre subestimou as outras pessoas Tom – Adam procurou manter o tom de voz o mais suave possível – eu cansei de te dizer que essa era a sua maior fraqueza.

— Não tinha como eles saberem – Adam notou um ligeiro tremor na voz de Voldemort, os olhos ganhavam vida, quanto mais o medo ficava visível neles.

            Sentimentos conflitantes tomam conta de Adam. Uma parte dele anseia pelo fim desses encontros, que a criatura à sua frente encontre a morte diante de seus inimigos. Ele tem consciência do tipo de mundo sombrio que poderia emergir se os planos de que ouvira falar todos esses anos se concretizassem. Outra parte, no entanto, se agarra as lembranças que lhe são tão caras, lembranças essas que ficam mais nítidas a cada visita que recebe do homem diante dele. Homem! Não é mais uma criatura de aspecto demoníaco que Adam vê diante de si. Ainda que seja muito difícil conseguir vislumbrar o garoto de 12 anos que conheceu, certamente não enquanto olha para a face ofídica diante dele, Adam tem pelo menos os sentimentos da época que o evocam. Mais importante de tudo, a presença dele acentua a lembrança dela, dos momentos que viveram juntos, das alegrias, dos medos e da intimidade que não tivera com mais ninguém. Essa parte dele não queria perder isso.

— O que você pretende fazer agora Tom?

— O que você acha que eu farei Adam? – a mudança em seu rosto é visível, assim como no seu olhar – eu não os caçarei, pode ter certeza. Até porque eu não preciso, eles é que terão de vir até mim.

— Não passa por sua cabeça, nem por um instante, outra opção?

— Você quer dizer, fugir? Você sugere que abandone tudo pelo que lutei? Você mais do que ninguém sabe o preço que tive de pagar para me tornar o que sou.

— Tem certeza Tom? Tem certeza que você não queria que tudo terminasse de uma maneira diferente?

— Era o que tinha de acontecer Adam – Voldemort responde, um esforço visível para recuperar a postura habitual, mas ainda incapaz de reprimir totalmente os sentimentos despertados pela lembrança dela – foi melhor para mim que tudo aconteceu daquele jeito.

— Ela era tão doce – a voz de Adam fica embargada, os olhos lacrimejam – tão cheia de vida.

— Sim, ela era – Voldemort sente o medo desaparecer por um momento, até o ódio perde parte do sentido, diante da lembrança despertada – mas ela também era dissimulada, ela fazia uso de sua beleza para manipular os homens. Para nos manipular.

— É verdade! – Adam não demonstrava qualquer sentimento negativo ao admitir isso, o sorriso que surge em seu rosto enfatizando esse fato – mas ela era a luz da minha vida, e podia ter sido da sua também, se tivesse permitido.

— E abrir mão de tudo o que eu sempre desejei? – Adam vê o corpo dele relaxando. Um breve suspiro indicando que está recuperando a segurança perdida. Aos poucos ele deixava de ser o homem que vislumbrara agora a pouco, voltando a ser a criatura com a qual convivera de maneira esporádica ao longo das últimas décadas – foi muito melhor para mim que ela tenha morrido.

BAIRRO NA ÁREA PORTUÁRIA – LONDRES TROUXA – TEMPO ATUAL

            Ivy O’neal já passara por muitas situações inusitadas em sua curta vida. Ser criada num orfanato, sempre alvo dos olhares alheios por sua beleza, atrair olhares indesejados por conta dela, tudo isso a tornou preparada para lidar com diversas situações. Mas nada, até este momento, preparou-a para lidar com o que estava enfrentando. Ela estava paralisada junto a uma parede, seu corpo não a obedecendo. Tudo o que ela queria era fugir dali o mais rápido que pudesse. No entanto, por mais que seu cérebro comandasse, suas pernas se recusavam a obedecê-la. Ela permanecia onde estava, assistindo a demonstração de poder e domínio do homem mais assustador que já conhecera. A jovem olha em volta, e tudo o que vê é só a morte por todos os lados, os corpos caídos sem vida, o pavor expresso nos rostos dos cadáveres. Ela podia ver o medo nos olhos de seu namorado, daquele em que ela confiava totalmente. Ivy estava apavorada, ao mesmo tempo, sabia que Adam era a sua única esperança de sair viva dali.

— Ficou tudo muito claro para mim quando o senhor falou nas duas tais relíquias que não estavam consigo – Adam respondeu – eu li todos os manuscritos que o senhor Burke nos pagava para roubar, ou pelo menos aqueles que não estavam escritos naquela língua esquisita de bruxos.

— Runas Antigas – Tom respondeu

— Exato! Tem uma informação que li num dos manuscritos que pode nos levar até uma dessas relíquias, a tal pedra da ressurreição. Foi justamente essa informação que nos levou ao trabalho que fizemos esta noite.

            A expressão no rosto de Gellert Grindelwald mudou. Isso ficou bem evidente para Adam e Tom. A face ganhou um sorriso mais enfático, ainda que não mudasse o temor que ele despertava nos dois jovens. Ambos sabiam que tinham ganhado um pouco de tempo, mas ainda estavam numa situação de sério risco. Tom olhou para Adam, praticamente notando as engrenagens no cérebro dele agindo. Não saber exatamente o que se passava naquela cabeça o deixava frustrado, mas Tom se conteve. Nada havia que pudesse fazer, além de confiar que o namorado de Ivy fosse capaz de tirá-los dessa situação perigosa.

— O resultado dessa informação está nesta bolsa – Adam mostra a bolsa que tinha com ele, retirando, com muito cuidado, uma caixa dela – creio que aqui tem parte da informação que o senhor deseja. Somada com a outra informação que está no local onde guardamos as coisas de bruxos que roubamos, pode levá-lo ao objeto de seu desejo.

— Eu não preciso ser legilimente para saber que você quer algo em troca – disse Gellert, notando a expressão confusa no rosto de ambos os jovens enquanto pegava a caixa das mãos de Adam – imagino que não saibam o que significa legilimência – ele volta o seu olhar para Tom – nem mesmo você meu jovem?

— Ele é só um fedelho! – a voz de Nicolas se faz novamente ouvir – ainda deve estar no primeiro ano da escola. Você estuda em Hogwarts, não é? Em qual casa está?

— Sonserina! – Tom afirmou, uma ponta de orgulho transparecendo em sua fala. Ele viu nos sorrisos de Gellert e Nicolas, que sua resposta os agradou.

— O Nicolas aqui também fez parte desta casa quando estudou em Hogwarts, mesmo não tendo nascido na Inglaterra – Gellert afirmou – eu mesmo, com certeza, teria ido para lá, se tivesse estudado na sua escola.

— O garoto aqui não quer demonstrar, senhor, mas ele está louco para saber o que é legilimência – Adam encara, divertido, a face corada de Tom – ele também está louco para saber como o senhor fez aquele feitiço sem pronunciar uma única palavra.

            E Gellert explicou o que era legilimência. Explicou como se aprendia, e qual as melhores formas de aplicar esse conhecimento, e como pouquíssimos bruxos eram capazes de executá-la, falando também sobre oclumência. Também explicou sobre feitiços silenciosos. Tom procurava manter a face o mais neutra possível, mas simplesmente escutava fascinado tudo o que o bruxo dizia. Seu desejo era memorizar tudo, guardar todo esse conhecimento em sua mente para sempre. Nunca teve tanta vontade de viver como naquele instante. Em seus pensamentos, a idéia de morrer sem aprender legilimência e oclumência, além de ser capaz de fazer feitiços silenciosos, era algo inaceitável.

— Por que não voltamos ao que realmente interessa aqui, senhor? – Nicolas se faz ouvir mais uma vez. O olhar de Gellert o faz terminar sua frase de maneira quase inaudível, um visível temor diante do bruxo.

— Você tem razão Nicolas – a expressão aliviada de Nicolas mal se disfarça, Tom e Adam notando isso – por que não diz logo o que quer em troca meu rapaz? – Gellert se dirige a Adam agora – lembre-se, legilimência. Sei o que você quer, assim como sei que está dizendo a verdade quando afirma saber onde encontrar a informação que nos levará à pedra da ressurreição.

— Por que perder tempo com acordos, senhor? – Nicolas intervém – porque não arrancamos a verdade dele logo?

— Qual parte de eu sou um legilimente você não entendeu, Nicolas? Acha que eu já não o teria mandado arrancar a verdade dele se fosse o certo a fazer?

— Bom senhor eu... – Nicolas nem termina de falar, sendo calado pelo simples olhar de Grindelwald. Este se aproxima de Adam, a ponto de um dedo dele tocando-lhe a testa.

— Eu vasculhei a mente dele e já notei que a resposta não está a meu alcance. Um feitiço está me bloqueando. Um grande feitiço, por sinal. Certamente não é qualquer bruxo que seria capaz de fazê-lo – o olhar é voltado diretamente para Adam – não é verdade meu caro aborto? Fico imaginando quem teria feito isso? Você seria capaz de me dizer quem seria?

— Não senhor – Adam responde.

— Imaginei que não.

— Isso está me cheirando a uma armadilha, Senhor – afirmou Nicolas.

— É claro que é uma armadilha, Nicolas – Gellert nem mesmo se digna a olhar para o capanga, mantendo o olhar sobre Adam, e voltando a se dirigir à ele – o que você quer?

— O senhor já deve saber que é a respeito da Ivy e dos outros rapazes.

— É claro, a jovem que é a única outra pessoa com quem se importa na vida e os dois rapazes com os quais pouco se importa – Gellert tinha um tom de voz entre o divertido e condescendente ao falar, se voltando para Tom antes de continuar – além do nosso jovem bruxo aqui.

— Eu gostaria que eles voltassem para o orfanato – Adam apontou para Ivy, Sam e Albert, todos ainda presos junto à parece – com suas memórias devidamente apagadas é claro.

— O garoto também? – Gellert aponta para Tom – não quer que ele volte a salvo para o orfanato?

— O senhor tem essa tal de legilimência – Adam respondeu – já deve saber que ele está louco de vontade de ir conosco – a resposta de Gellert começou com um largo sorriso.

— É verdade, ele está ardendo em vontade de fazer isso mesmo – Gellert olha para Tom, um olhar bem significativo – você é muito bom em esconder seus sentimentos dos outros, garoto. Na verdade, oclumência é algo que eu recomendaria a você praticar, se sobreviver, é claro. Mas até lá, não espere conseguir esconder nada de alguém como eu.

— O senhor aceita o meu pedido então? – Adam mantém um tom de voz calmo e frio, mesmo consciente que o bruxo diante dele sabia que estava apavorado em seu íntimo.

— Que seja meu jovem aborto – ele disse, após um breve silêncio que pareceu eterno à Adam e Tom – vamos deixar sua namoradinha e amigos no orfanato, sem qualquer lembrança do que houve aqui – havia um leve sorriso no rosto dele que desapareceu, dando lugar a uma face sombria e assustadora, ainda que o seu tom de voz continuasse bem suave – mas lembre-se, eu não aceitarei nada além do que a pedra da ressurreição em minhas mãos – ele faz questão de se aproximar de Adam – e não tenho a mínima tolerância com fracassos.

            O ligeiro sorriso no rosto retornou, mas a ameaça ainda estava lá. Tom e Adam sabiam que aquele não era alguém a quem se devia irritar. Apesar do tom de voz ter sido sempre baixo e suave, do seu gestual nada ter de agressivo, os dois jovens ali tinham plena consciência do que não fora dito com palavras, nem demonstrado por gestos. Eles sabiam o que estava implícito nas entrelinhas da atitude do bruxo. Sem a pedra da ressurreição, todos estariam a mercê da maldade e do sadismo dele, bem como de seus cúmplices. Em verdade, nem tinham garantia de que sairiam vivos, independente de conseguirem a pedra ou não. Tom e Adam sabiam que ainda estavam caminhando no fio da navalha, e que suas chances de sobreviver ainda eram muito precárias.

BAIRRO NA ÁREA PORTUÁRIA – LONDRES TROUXA – HORAS ANTES

— Olhe para mim meu jovem – Dumbledore usa um tom de voz bem calmo para Adam, este vira o rosto na direção do bruxo, o olhar sem qualquer expressão – você levará essa bolsa contigo – o professor de Hogwarts pega a bolsa que Adam está usando, trocando-a por outra  exatamente igual – você colocará o objeto que encontrar na casa dentro dessa bolsa e também seguirá as instruções que lhe mandarei através dela. Agora vá, seus companheiros e companheira estão esperando por você – Adam sai, o rosto ganhando uma expressão mais vívida, ainda que estivesse sob o efeito da maldição imperium.

— Porque fez a troca das bolsas? – Fineus perguntou.

— A bolsa que dei ao rapaz está enfeitiçada, e vou fazer o mesmo feitiço com esta – Dumbledore responde – ambas ficarão conectadas, e poderei pegar o objeto que for colocado na outra bolsa, além de poder passar qualquer objeto dessa bolsa para a outra.

— O que vocês dois têm em mente? – havia medo no questionamento de Fineus.

— Vamos atrair Grindelwald para uma armadilha – agora é Flamel quem responde – e creio que esse galpão é perfeito para isso. Assim que tivermos certeza de que o objeto foi recuperado o atrairemos e ao seu grupo até aqui e cuidaremos que Aurores do Ministério da Magia saibam onde ele está.

— Tudo o que precisaremos fazer é segurá-los um pouco até os Aurores chegarem – Dumbledore tem um tom de voz tranqüilo, embora o seu olhar esteja concentrado na bolsa que acabara de enfeitiçar.

— Se esse é o plano então por que tudo isso com o garoto? Eu não entendo o porquê de enfeitiçá-lo desse jeito.

— Nosso plano é bom, mas não é isento de riscos, Fineus – Dumbledore disse – preciso de uma garantia de que o objeto que Adam e seus amigos irão pegar não caia nas mãos de Grindelwald, caso o nosso plano falhe.

— Mas tem o meu pessoal aqui – Fineus responde – ninguém ali é bruxo, como explicarei isso para eles?

— Você irá dispensá-los assim que tivermos a confirmação de que Adam e seu grupo pegaram o objeto que queremos. A partir daí começaremos a colocar em prática o nosso plano. Simples assim – mas Flamel estava errado, pois nada de simples veio a ocorrer horas depois.

BAIRRO NA ÁREA PORTUÁRIA – LONDRES TROUXA – TEMPO ATUAL

            Mais de uma hora já havia se passado. Tom e Adam ainda estavam na expectativa de saírem até o local onde encontrariam a pista que os levaria até a pedra da ressurreição. Ambos apenas esperavam a chegada do bruxo que tinha levado Ivy, Sam e Albert de volta ao orfanato. Eles tinham consciência de que não era para esperarem tanto, que tudo já deveria ter se resolvido bem antes. Sabiam que era apenas uma tática para deixá-los nervosos, mas nada podiam fazer sobre isso. Os dois estavam na sala particular onde Adam entrara junto com Fineus. O lugar estava vazio, sem qualquer sinal de corpos, indicando que Fineus e os dois bruxos com quem Adam conversara conseguiram escapar. A porta do lugar se abre e um dos bruxos indica a eles para acompanhá-lo. Eles chegam ao mesmo local onde encontraram os corpos pouco mais de uma hora antes; logo sendo surpreendidos pela presença de alguém que não esperavam ver ali.

— Adam! – Ivy corre direto para os braços do namorado, ele e Tom olham surpresos para Gellert.

— Vocês acharam mesmo que eu aceitaria docilmente tudo o que me propuseram? – o bruxo caminhou até eles, Ivy se colocando atrás de Adam ao vê-lo se aproximar.

— Ela ainda não está acostumada com a demonstração de poderes por parte de um bruxo – Gellert disse.

— O que você fez com Sam e Albert? – Adam perguntou.

— Nesse caso eu cumpri o trato que fiz com você, meu caro aborto – ele parou próximo a Adam – ambos estão no orfanato, sem a menor idéia do que aconteceu, ou onde vocês três estão – ele diz isso apontando também Ivy e Tom, mas sem tirar os olhos de Adam – eu sou um legilimente, Adam Campbell, acha que não sei o que vai pela sua cabeça?

— O que acha que vai pela minha cabeça? – Adam o encara ao perguntar.

— Você tem certeza de que iremos matar os três assim que eu conseguir a pedra – respondeu – por isso que é inútil torturá-lo, ou ao garoto, ou mesmo a garota, creio que seria assim mesmo que um feitiço não estivesse protegendo a sua mente do meu poder.

— Se tivermos que morrer, vamos morrer, mas vocês não ganharão nada com isso – Adam manteve o olhar desafiante para Gellert.

— Eu gosto do jeito como você pensa garoto, uma pena que tenha nascido um aborto – Gellert sorria enquanto falava – vocês três vão conosco até o local que você indicará. Eu não sou um tolo rapaz. Quem quer que tenha colocado esse feitiço de proteção na sua mente, não tenho duvida que deve estar me preparando uma armadilha. Só tenha a certeza de uma coisa – Gellert olha para Ivy agora – torça bastante para essa armadilha funcionar, porque se eu for matar vocês três, será de forma muito lenta e essa lindeza será a primeira a morrer, porque eu farei questão que vocês dois assistam. Sim, meus caros, eu sei o que ela significa para os dois. Afinal, eu sou um legilimente. Nunca se esqueçam disso.


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Notas finais do capítulo

Daqui a 15 dias tem mais, aguardem.