À Meia-Noite escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 5
Capítulo 5 (final)


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, pessoal! *sorrindo, acenando para todo mundo* Como é que vai? Infelizmente não pude atualizar no dia 31 porque estive sem internet, na verdade, fiquei sem internet do dia 26 ao dia 02 agora, mas aqui estou eu, com este último capítulo, que foi escrito com muito carinho e amor, assim como uma satisfação enorme por eu ter conseguido cumprir fazer menos de 6 mil palavras em todos eles, e por um livro e meio em somente cinco capítulos! A fic pode não ser das mais comentadas, mas honestamente eu não me importo muito, porque as pessoas das quais comentaram transfomaram e transformam meu humor todas as vezes que abro e os leio para responder! Foram cinco semanas incríveis, gratificantes, mesmo que tenha batido aquela vontade de não escrever e postar, eu vim aqui, e realmente, foi muito bom e importante para mim. Escrever alivia a alma, e espero que tenha conseguido passar algo, assim como a Suzanne passou no final de A Esperança, mesmo que eu esteja anos luz atrás dela! Boa leitura! E não se esqueçam de que são incríveis demais!!! *sorrisão, jogando porpurina para o alto*



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No fundo do prado, sob o salgueiro
A cama da grama, um travesseiro macio verde
Deite sua cabeça, e fecha os olhos sonolentos
E quando eles abrem novamente, o sol nascerá

Aqui ele é seguro, aqui é quente
Aqui as margaridas guardar de todos os danos
Aqui os seus sonhos são doces e amanhã traz-lhes a verdadeira
Aqui é o lugar onde eu te amo

 

— Deep in the Meadow.

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Há momentos nas nossas vidas, que simplesmente sentimos que durarão por toda a eternidade, e eles sempre são de dor, luto, indignação, e os que nós presenciamos uma felicidade tão grande, que podemos jurar que aquilo durará para sempre.

Nesse momento, experimento a eternidade dos meus dias através da dor física, psicológica e do luto.

Não sei há quanto tempo estou internada, meu corpo não consegue deduzir muita coisa estando somente em uma sala hospitalar toda limpa e organizada, com aparelhos que seguem as batidas do meu coração, enquanto outro ajuda meus pulmões a funcionarem melhor, porque do que eu ouvi, meu cérebro também se desconectou de alguns órgãos pelo desejo extremo de morrer.

Enfim, minha mãe entrou na sala, decidida, mesmo que com os olhos cheios d'água, ela me disse palavras firmes.

— Katniss, Sky precisa de você. Prim não está mais aqui para ajudar, mas você ainda está viva. Faça sua cabeça voltar a funcionar, reconecte-se. Peeta também está melhorando por você. É preciso que tome urgentemente uma decisão. Você luta contra isso, ou eu mando desligarem todos os aparelhos, e sua filha ficará ao léu, sem uma mãe.

E saiu, sem falar mais nada, sem fazer um carinho, mas vi o quanto ela se debulhou em lágrimas antes mesmo de sair, desesperadamente, fechando a porta, mas eu mais uma vez não consegui chorar.

No dia seguinte que ela veio, tiraram meus aparelhos que me ajudavam a respirar, e eu já comia sozinha, mesmo que bem pouco. Sky tornou-se o meu foco. Ela precisa de mim, ela precisa. Já estive ausente por dois meses, e agora, não sei quanto tempo passou-se, mas foram muitos dias.

Quatro dias após meu "despertar", os médicos tiraram todas minhas dependências, no quinto, eu estava no quarto ainda, mas com enfermeiras passando diversos cremes no meu corpo, fazendo que eu percebesse, então, as peles novas remendando a minha em diversos pontos, e isso causava fortíssimas dores, deixando-me imobilizada por três horas só por causa dos cremes.

Trouxeram um psicólogo para falar comigo, mas só falei uma vez.

— Eu quero a minha filha, eu quero ir embora.

— Katniss, você irá vê-la, mas agora não. Precisa entender que precisa recuperar-se, Peeta está melhor do que você nisso, se deseja saber.

Eu nem me dei o trabalho de responder, até que ele desistiu de perguntar, aproveitando os dias para dormir, até que em um eu simplesmente saí do quarto que nos colocavam, com duas poltronas, e saí pela mansão, abrindo todas as portas possíveis, carregando em meu pulso a pulseira de "mentalmente instável", que eu fico me distraindo e exibindo até com um certo orgulho. Quem discute com uma retardada?

Acabei entrando na sala que Coin estava, na sala presidencial, claro, com Haymitch, Plutarch e ela, ao redor da mesa, com expressões sérias.

— Olha quem apareceu — Haymitch disse com um meio sorriso. Devia saber sobre Prim, mas não veio me abraçar, e não o culpei por isso.

Prim. Descartei da minha cabeça, enquanto tento recuperar-me por Sky, pois ao pensar nela, porei tudo a perder e voltarei ao meu estado de estupor de arrastar-me de meus pesadelos para a vida. Nem mesmo sobre Peeta eu pedi informações, não quero saber até sair daqui.

— Olhe, aqui está... — Coin disse abrindo um largo sorriso, levantando da cadeira, para me dar um abraço caloroso, do qual eu obviamente não correspondi. — nossa carta de ouro.

— Não me interessa — respondi, bem séria, sem dar um passo, ela quem se afastou, bem tranquila. — Não é sobre isso que vim falar.

— Nós imaginamos — Plutarch disse, assentindo, com pesar, mas não aborrecido comigo, muito pelo contrário. Também deve saber sobre Prim. — Tudo está certo para a morte pública de Snow, e você será quem o fará.

Surpreendi-me, pois já havia me esquecido disso. Não era sobre isso que vim tratar, mas concordei.

— Sim, o farei. E depois, quero ir para casa, Sky precisa de mim — eu acabei falando o nome da minha filha, mas não dei muita importância, pois sei que a esta altura não é relevante, pois o Treze com certeza já tomou todos os holofotes, porém, não podem me matar agora, não faz o menor sentido.

— Será dado um aerodeslizador no dia seguinte que você fizer isso, tem nossa promessa. Depois de um jantar para comemorarmos o começo de uma nova era para Panem — Coin disse, sorrindo, mas enxerguei tanta maldade em seus olhos, que por um momento pensei em desviar, mas isso só a faria sentir-se mais vitoriosa, por esta razão, mantive meus olhos bem fixos aos dela, sem dar nem um sorriso.

— Também quero que uma equipe vá até minha casa na Vila dos Vitoriosos e arrumem a casa para receber um bebê, mas sem mexer no quarto rosa — não ousei dizer o nome de Prim, porque ainda é pesado demais para mim.

— Ainda hoje haverá pessoas certas para fazerem isso — Plutarch respondeu, concordando. — Mas Katniss, eu acho que deveria ir até a estufa... você deve ir lá antes do "grande dia".

*

Tomei um banho decente, passando cremes normais em meu corpo, que parecia pinicar com isso, me fazendo ver melhor onde as chamas tinham consumido minha pele. São trechos irregulares no meu ombro direito, pulso esquerdo, minhas canelas, e a lateral das minhas costelas. Perguntei a razão de só um pequeno pedaço do meu pescoço estar com "outra pele" (que na verdade não é de outra pessoa, os desenvolvimentos da Capital são tão avançados que até criar pele eles conseguem). Contaram que outra pessoa acabou caindo em cima de mim, e queimou-se por completo, indiretamente, me salvando.

Vesti roupas quentes, pois ainda neva, e muito, então, sem fazer um penteado específico, deixando meu cabelo curto agora, indo até meus ombros, todos soltos e desembaraçados.

No início, impediram-me de passar, mas então Paylor mandou liberarem minha passagem, pois ali havia algo que tenho o direito de saber o que é.

Não fiquei arrasada quando entrei na estufa que só tinha rosas brancas e o cheiro inconfundível de sangue. Fiquei devastada, só pensando no rosto de Prim, ao passar dos anos, em seu sorriso brilhante e suas mãos aconchegantes em meus cabelos, depois na minha barriga, quando eu estava grávida, e todo o seu amor com Sky, que a amava tanto quanto demonstrava por mim.

— Não fui eu, senhorita Everdeen, o responsável pelas últimas bombas. Eu não mataria minhas crianças, e nem a sua irmã.

— Mentiroso — falei, com repulsa na voz, e as lágrimas dançantes em meus olhos, vendo o velho de cabelos e barba branca, um pouco manchada de sangue. Snow está mais magro do que da última vez que eu o vi, sua morte mais certa do que o amanhã, mal tem graça de matá-lo depois de tanto ódio acumulado com o passar dos anos.

— Nós prometemos não mentir um para o outro... eu não estou mentindo — disse, com um sorriso maldoso. Nem mediante sua derrota e fracasso ele desiste.

— E eu não estou mentindo. Tudo o que você fez, tudo o que você faz, é uma farsa, e sempre será.

— Mas você só está vendo em mim um reflexo de quem você se tornou, senhorita Everdeen — disse, dando de ombros, sem se importar. — Sei que serei morto em público, talvez eu mereça, mas isso não tirará a culpa dentro de você, e nem trará a sua irmã de volta. E sua filha, como ela está?

— Snow, quando eu matar você, certifique-se de olhar para o sorriso que eu vou dar quando olhar para você.

Ele riu, limpando a boca com um lenço que já está manchado, todo puído. Deveria ter que limpar-com as mãos imundas junto aos porcos.

— Pode ter certeza. Mas boa sorte, colocando Coin como presidente. Sua filha realmente terá um ótimo futuro, uma mãe retardada, depois de tornar-se uma assassina em série, um pai bipolar, uma presidente que matou outras crianças para justificar a morte de outras com aquelas bombas, e dentro de algo que não tem nada haver com morte, muito pelo contrário. Boa vida, senhorita Everdeen.

Saí sem dizer mais nada. Quando passei da porta, algumas lágrimas finalmente caíram dos meus olhos, mas ainda não é o momento para derramá-las. Você vai conseguir matá-lo, Katniss, sussurrei em meus pensamentos. Ele foi o culpado de todo esse sofrimento, Snow precisa pagar.

Snow precisa pagar por tudo o que fez, e ele vai pagar.

*

Effie ajudou a arrumar minha roupa, fazendo seus comentários de sempre, sobre o quanto perdi peso, e quanto eu preciso usar os cremes da Capital, para que a pele de remendada a minha fique parecendo menos irreal. Também disse que Sky está bem, e com um dentinho, o que mexeu demais comigo, por não ter estado lá. Quis perguntar mais, mas infelizmente ela e minha equipe de produção desde os meus Jogos Vorazes precisaram se retirar, porque eu tinha que ficar um tempo sozinha, depois tinha visita.

Peguei uma pílula que tem na roupa de todos os soldados, deixando bem na manga onde eu pudesse usar. De acordo com Effie e seus sussurros, por ser um assunto proibido, Peeta está realmente melhor do que eu, e seu estado mental contra mim melhorou significativamente, e voltará para o Doze em alguns meses, pois diz querer conhecer a filha. Sei que Peeta conseguirá substituir-me muito bem e ainda ser o melhor pai que Sky pode imaginar, já que nunca a atacaria, sua mente é somente contra mim.

Sentei-me em uma cadeira, realmente calma, pois sei que é meu último dia com vida, e isso é animador, no mínimo, até Gale entrar na sala, com os olhos marejados.

— Katniss... me des...

— Eram suas bombas, Gale? Aquelas que você e Beetee estavam pensando a caminho do Dois? — ele ficou vermelho. Algumas lágrimas caíram de seus olhos. Toda a calma e paz que eu estava sentindo, quebrou-se como uma taça de cristal ao bater no chão, de forma decepcionante. Meus lábios quiseram tremer, mas não o fizeram. Quis chorar, mas não chorei.

— Você sequer foi me ver em todo esse tempo — falei, de forma mais contida da raiva, ódio e luto contidos junto com as lágrimas e o nó na minha garganta. Meu coração bate tão forte quanto o motor de um aerodeslizador.

— Por favor, eu não sei se foram as minhas e... eu prometi protegê-la, sua mãe e Sky com a minha vida, perdoe-me, eu sei que eu falhei, e falhei muito — falou, chorando, chorando muito, bem diante meus olhos. — Katniss, eu juro para você que não era o que eu queria fazer com aquilo e...

— Adeus, Gale — falei, curta, engolindo todos meus sentimentos, até o luto, mandando embora também minhas lágrimas.

O rapaz cheio de lágrimas pareceu sentir o verdadeiro significado da minha fala, e somente assentiu, devastado, saindo da sala, deixando-me sozinha. Nem no dia da minha própria morte eu consigo sentir paz.

Tremi, ficando sem ar, e queria berrar, chorar bem alto, lançar-me da janela, mas não pude, porque tenho que matar Snow, e assim eu fui, de pé, olhando para a frente, sem esboçar coisa alguma.

Coin convocou todos os tributos vivos para uma reunião antes da execução, e ela estava estonteante, dizendo que a própria colocou-se como presidente de Panem, pois foi a responsável por ter liderado a rebelião, perguntando a todos nós - que não passamos de dez, pois os outros foram assassinados por Snow por poderem talvez terem algum envolvimento com a Revolução -, o que achamos de fazer a partir de agora um Jogos Vorazes com as crianças e adolescentes da Capital. É uma votação séria, deixando-me só com o pensamento de quão manchada ficou a neve com o sangue de todas as criancinhas inocentes, assim como a minha roupa com o sangue da bebê de casaco verde-limão.

Johanna foi a primeira a dizer que sim, Enobaria sim, Peeta disse não, e tudo no final estava empatado, Annie concordou com ele, deixando comigo e Haymitch para decidir, ou a própria Coin quem decidiria.

— Prim morreu por causa dessa Revolução, mas tenho uma filha. O objetivo de tudo é que os Jogos deixassem de existir, e a desigualdade finalmente acabe. Meu voto é não.

Haymitch disse que estava comigo; enquanto o sorriso de Coin era uma expressão um pouco revoltada, querendo fazer a boa presidente que aceita a "democracia". Mas o voto não foi por mim, foi por Prim e Sky. E de todas as crianças que morreram injustamente por causa disso tudo.

*

Quando cheguei na avenida principal, que é a mesma que os tributos usam para a principal apresentação, com os cavalos e os parceiros do Distrito, tudo estava silencioso, somente com o som dos tambores, que tocavam o hino de Panem.

Fui caminhando séria, com somente uma flecha em uma mão, meu arco em outra, e uma multidão, dos que contribuíram verdadeiramente para algo na Revolução, e na arquibancada, todos que puderam vir. Não desviei o olhar do centro, onde Snow está, porém, não consegui identificar nem um lugar vazio.

A marcha retumbava alto, de todas as pessoas, quase abafando o som dos tambores, porém em um determinado ponto, eu continuei sozinha, mas a multidão ficou parada, séria, todos olhando para Snow, em trajes horríveis, mas com seu sorriso podre de sempre, manchado de sangue.

Tinha quatro grupos com três pessoas, e o único que eu troquei olhares foi onde Peeta, Haymitch e Annie estavam, todos estavam olhando-me, depositando todas as expectativas em mim, e realmente, os três aparentavam melhor do que eu, mas não fiquei muito e Haymitch e Annie, meus olhos fixaram-se em Peeta, e ele me deu a resposta que eu não sabia como formular a pergunta: Você sabe o que fazer; e eu vou apoiar você.

Voltei meus olhos para o centro, tudo em menos de cinco segundos, mas altamente importantes para eu finalmente parar, a uma distância boa, e conseguiria acertar Snow até de mais longe, mas ainda sim, quero ter o prazer de ainda olhá-lo nos olhos.

Coin subiu no palanque, falando poucas coisas, então, dirigiu o olhar para mim, pedindo para que a minha flecha seja tão pura quanto o meu coração.

Peguei a única flecha, posicionando meu corpo de maneira certa. Estava apontado para Snow, mas pensei em tudo. Nas bombas, na minha irmã, em Sky, nas crianças explodindo, na minha arena, Rue, Cato, Tresh, Clove, Madge, meu pai, Finnick, Boggs, Peeta, e em mim, que tenho somente 17 anos; também pensei em Gale, na fome, nas caçadas. Todo o desespero.

Minha flecha mudou de direção, no último segundo, acertando bem no meio da garganta de Coin, e a multidão incrivelmente gritou em vibração, e a que me seguia, avançou para matarem Snow lentamente com as próprias mãos; e o velho olhou para mim, que apenas abri um pequeno sorriso de prazer por saber que sua morte seria digna para alguém como ele, engasgado no próprio sangue e pisoteado, reduzido a nada, enquanto Coin não daria continuidade a nada, estando morta.

Abandonei o arco rapidamente, estando com a pílula na mão quando Peeta me jogou no chão com força, arrancando da minha mão, estando sobre minha cintura.

— Você ficou maluca em tentar se matar?! — perguntou, sem acreditar, mas nem pude dizer nada, foi tudo rápido demais, do nada surgiram agentes do Treze, ou da Capital, e nos separaram, me puxando de forma muito mais bruta e exigente, machucando-me pra valer, enquanto Peeta não reagia, assim como eu, e nós dois nos prendemos no olhar um do outro, até a multidão cortar nossos olhares significativos.

Ele tem uma leve cicatriz na bochecha, e outra que passa sobre a sobrancelha, fazendo uma linha sobre seu nariz que eu adorava deixar meu indicador deslizar sobre, fazendo o contorno em seu rosto, mas é completamente reconhecível. Pode-se ver que isso também pode ser tratado se ele usar o que a Capital mandar, mas seus olhos permanecem na cor do céu, na mesma intensidade, com a mesma pureza, levando-me até meu céu, Sky, que está em algum lugar esquecendo-se de quem eu sou, uma mãe tão inútil que sequer consegue produzir um pouco de leite.

Houve um momento que me vendaram, pondo-me de frente, forçando-me a caminhar, e foi o que eu fiz, até ser empurrada com força desnecessária para dentro de uma sala, permitindo-me tirar a venda. Suspirei cansada.

Com passos debochados, fui até uma escada, onde poderia apoiar-me e esticar as pernas sem problemas. Tirei as luvas, também debochada, jogando cada uma para um lado, e depois que me sentei, pus as mãos no colo, só pensando em Sky, até adormecer ali, sem ter nenhum sonho ou pesadelo, mas acordei com o corpo completamente dolorido.

Deve ter se passado pelo menos seis horas, até Haymitch aparecer, cansado, mas com uma carta em mãos.

— Plutarch pediu para te entregar — dei de ombros, à vontade com o meu mentor, que sentou-se ao lado dos meus pés.

— Não gosto de ler — ele sorriu de forma tranquilizadora que só quem já passou por uma arena é capaz de ter.

A carta dizia o quão Plutarch estava agradecido, mas com tristeza por não poder vir pessoalmente falar comigo. Explicou que agora é um momento de paz, e as pessoas concordarão em não cometer mesmas atrocidades, pelo menos por um tempo, o país está em paz, mas que acima de tudo, que eu encontre a minha paz, para cuidar da minha filha, e principalmente porque mereço paz. Pediu perdão pelas minhas perdas, e que não poderei retornar para a Capital até o primeiro ano de um novo governo em Panem, e que ele e a maioria está apostando em Paylor para nova presidente, deixando-me realmente um pouco mais aliviada, e Plutarch oficialmente desligou-me de todos cargos que poderiam desejar me colocar, sabendo que eu não aceitaria, e também me deu conta vitalícia, e mesmo depois que eu ou Peeta morrermos, Sky continuará recebendo, assim como nossas casas na Vila dos Vitoriosos é nossa, e a de Haymitch. Despediu-se de mim, dizendo esperar que venhamos a nos ver o quanto antes.

— É isso... — meu mentor terminou de ler, dobrando a carta, guardando. — Hoje mesmo nós voltaremos para casa, Katniss.

Aceitei suas mãos para ajudar-me a levantar, com meus olhos mais uma vez marejados, mas meu coração destroçado, como se por animais selvagens, mas deixei Haymitch ser meu apoio até o aerodeslizador que já estava esperando, assim como Effie, se debulhando em lágrimas, vindo em passos calmos na minha direção, abraçando-me carinhosamente.

— Katniss, eu espero que você viva a vida de uma verdadeira vitoriosa, a vitoriosa que você é — assenti, mordendo os lábios, incapaz de falar, por tantas lágrimas presas na minha garganta. — Mandarei presentes para você e a Sky, tudo bem?

Quis dizer que não era preciso, mas não consigo mais falar. Ela entendeu pelo meu olhar, completamente embaçado de dor e todos os sentimentos possíveis, mas eu a vi sorrir para mim.

Ela e Haymitch deram um abraço, trocando algumas palavras, então eu e o meu mentor entramos no aerodeslizador com destino para a estação de trem, para não levantar qualquer suspeita, pois cometi um crime significativo, matando Coin, mas não consigo sentir remorso por ela ou Snow.

Durante a viagem de trem, sentei-me na frente de Haymitch, com meus olhos cheios de lágrimas, olhando as árvores passarem rapidamente diante de nós, e ele estava com o mesmo olhar perdido para o seu copo com água ardente, e eu para a poltrona ao lado dele, que antes fora ocupada por Peeta, antes do Massacre Quartenário, como se tivesse acontecido há uma eternidade, mas foi há exatamente onze meses, mês que vem já é dezembro de novo, completando um ano.

A melancolia está grampeada em absolutamente tudo, mas não consegui conter um pequeno sorriso, totalmente embargado, por estar finalmente voltando para casa, para minha casa, sem precisar preocupar-me com nada, somente com Sky.

Logo estávamos parando na entrada da Vila dos Vitoriosos. Haymitch saiu junto comigo e a neve alcançando um palmo acima dos tornozelos. Em determinado ponto parou, para deixar-me ir sozinha. Quando a vi, com os cabelos escondidos em uma toca cinza, o corpo em uma roupa bem grossa de frio e ainda envolta de uma manta branca, com os olhos azuis como o céu olhando esperançosa para mim. Mesmo completamente debilitada de todas as muitas formas possíveis, com lágrimas nos olhos, corri até Greasy Sue que segura Sky nos braços, e sua neta Hailee, logo ao lado dela, abraçada a cintura da avó, sorrindo.

— Obrigada, Greasy, muito obrigada por cuidar dela — agradeci, chorando pela primeira vez em dois meses, mas ainda não é da forma que eu realmente preciso chorar. — Céus, Sky!

Abracei minha filha como se fosse uma boneca de pano, apertando-a contra mim, até deixando sua toca cair no chão, estou altamente emocionada, um pouco trêmula.

— Ela sentiu muito sua falta. Precisamos encontrar outra mulher que pudesse amamentá-la no Treze — Contou Greasy. Assenti em agradecimento. — Entre, entre também, Haymitch! Preparei uma comida especial para hoje.

Um mês depois de tudo, ainda estou magra e feito uma colcha com restos de tecidos, mas muito melhor do que no começo, mas as minhas lágrimas e o meu choro intenso ainda estão mantidos dentro de mim, porque Sky já começou a querer se arrastar pelo chão da casa, buscando brinquedos, então minha mente está ocupada em limpar a casa e preparar comidas saudáveis para ela, mas é apenas isso o que faço. Um arrombo foi feito no meu coração, no meu corpo, mas Sky consegue me fazer sorrir, pelo menos duas vezes diariamente, com todo o seu charme, brilho e inocência.

De tal modo que ela é como morfina, neutralizando minhas dores da alma. Quando marcou um mês e seis dias, enquanto eu tomava banho, algo inesperado aconteceu: um filete de leite escorreu da minha mama direita. Deixou-me surpresa, pensando que era apenas passageiro, mas três dias antes do feriado aconteceu de novo, então peguei Sky para amamentá-la, confirmando minhas expectativas.

Fazia pelo menos três meses que ela não mamava no peito, mas pareceu aprovar a ideia de deixar a mamadeira de lado. Só foi um incômodo no começo para mim, pois no tempo que estive ausente, um dentinho nasceu na gengiva superior, e ela parecia coçar a gengiva inferior, o que causou desconforto, mas não por muito tempo.

Na véspera do feriado, a neve deu uma trégua, então resolvi ir com Sky até o centro da cidade, que mesmo sendo um dia antes da data mais importante do ano, pelo menos no Doze, as pessoas se reerguiam, cumprimentando uma as outras, reerguendo casas, hospital, mercados, lojas menores... a vida lentamente voltava. Sky sorria para todos, encantada com novas pessoas e rostos. Simplesmente deixei as pessoas falarem com ela, brincarem, porque aprendi que não posso privá-la de viver. Todos pareciam encantados com ela, e a própria maravilhada com todos, em sílabas incompreensíveis.

Também abri alguns meio sorrisos para quem eu conhecia antes de tudo acontecer, o alívio vinha na alma quando acontecia.

Quando voltei, vi ninguém mais nem menos que Effie Trinket na porta de Haymitch, batendo elegantemente na porta, extravagante como sempre, mas senti-me em paz com sua presença. Explicou que veio para passar na minha casa, trazendo consigo presentes para todos, muitos presentes, dos quais só fui ter noção quando as bolsas que estavam no carro que a trouxe iam sendo deixadas no sofá da sala, e Sky balançava as perninhas gordinhas em meu colo, mas depois começou a chorar alto por estar sentindo fome.

Effie ficou olhando-me carinhosamente, amamentando minha filha, me dando conselhos, depois contando-me da sua vida na Capital, e quanto tudo está mudado para melhor. Depois que Sky dormiu, ofereci o quarto de hóspedes para ela, e avisei que iria até o mercado comprar algumas coisas que estavam faltando para preparar algo para comermos.

Busquei minha jaqueta de caça habitual, que voltou a servir, e saí, somente sendo surpreendida na volta, meus olhos se encheram de lágrimas. A casa de Peeta com as luzes acesas e as janelas abertas, assim como a porta, e por morarmos um de frente para o outro, o inconfundível cheiro de pão, mas um pão e de outras coisas das quais nem com todas minhas forças eu consigo fazer.

Sem sentir, logo estava entrando na casa dele. Quando olhei para o lado, ele inconfundivelmente estava saindo da cozinha, com uma fornada de pães de queijo, com um sorriso carinhoso.

— Ia levar agora mesmo para você — disse. Comecei a chorar, largando as bolsas, e corri mesmo, na direção dele, escondendo-me em seu pescoço, sendo envolvida por seus braços, os únicos braços capazes de me causar paz. — Sinto muito.

Sussurrou, abraçando bem forte, enquanto eu não conseguia parar de chorar silenciosamente.

— Pensei que nunca mais voltaria — contei abalada.

— Não queriam que eu voltasse, mas sou casado, ou seja, tenho uma família — respondeu, sem nos soltar.

— Sim, você tem — falei, abrindo um meio sorriso. — Uma família que precisa de você.

Depois, fui para minha casa, ele até Haymitch, para acordar nosso mentor.

Peeta mesmo foi o último a chegar, mas convidei-o para subir, para termos uma conversa, dizendo que havia uma coisa que deve conhecer.

— O que é? — perguntou, no último degrau, mas somente indiquei para continuarmos andando até o último quarto. Abri a porta, deixando-o entrar primeiro, encantado com as coisas de criança.

Os olhos de Peeta ficaram marejados, encarando o berço com alguém deitada ali. Fui até o berço, tirando-a com cuidado, pois estava um pouco enjoada com o clima, mas logo despertou, esfregando os olhinhos azuis, olhando para mim, então olhou para Peeta, confusa.

— Essa é a Sky — apresentei. — Ela tem oito meses e três semanas. Sua filha.

Peeta não conseguiu conter o sorriso feliz emocionado, perguntando se poderia pegá-la no colo. Assenti, vendo-a ir para o colo dele com um pouco de dúvida, ameaçando chorar, mas ficou quieta, e com algumas palavras dele, que segurava-a como se sempre fizesse isso, ela riu, com um dente. Ele também riu, sentando-se na poltrona, falando com ela, toda empolgada, com toda simpatia dele mesmo. Resolvi deixá-los sozinhos, enquanto ia para meu quarto terminar de arrumar-me, com os lábios trêmulos, como minhas mãos, as pálpebras piscando dezenas de vezes mais para segurar o choro, mas não consegui por muito tempo, desabando a chorar, depois que coloquei o vestido que ganhei hoje, realmente ficando bem no corpo, sem extravagâncias, mas isso fez lembrar-me do quanto Prim gostaria de estar aqui, conversando com todos, ajudando minha mãe na cozinha, ficando com a Sky no colo, contando coisas que a pequena faz para Peeta, mas ela está morta, assim como Cinna, que elogiaria o trabalho do estilista, que é ele mesmo, pela etiqueta.

Solucei, não aguentando dentro de mim mesma, encolhi-me na cama, sentindo a cabeceira em minhas costas, o peso do mundo, de todas as mortes, sobre meus ombros, em um dia que tem tudo para ser o mais feliz de todos, se outras pessoas estivessem aqui.

E em um pulo, Buttercup, o maldito gato, pulou na minha cama, miando, assustando-me, mas não a ponto de gritar.

— Prim está morta! — gritei para o gato, esfregando meus pés na cama, com as mãos nos cabelos, pouco mais à vontade pela porta do quarto estar trancada. — PRIM ESTÁ MORTA!

Atrevido, aproximou-se mesmo assim, vindo para meu colo. Perdi todo meu oxigênio, ficando sufocada, como se fosse a própria Prim tocasse em mim. Daí eu solucei forte, chorando, sem me importar se me escutavam, não me importo. O problema é que todo verdadeiro choro dentro de mim estava preso, mas agora veio com tudo, junto com todas minhas dores, todas feridas fundas, todas sangram, transbordando através das lágrimas pesadas em meus olhos, até haver um momento que eu não aguentei, pegando as coisas da minha cabeceira, lançando contra a parede, quebrando tudo, enquanto Buttercup mantinha-se passivo na minha cama, miando, como se mandasse eu continuar. Continuei, pegando um sapato, jogando com toda a força contra o espelho, trincando-o, que me mostra alguém que eu não sou, uma pessoa inteira, que sorri. Eu sou despedaçada, partida em milhares de cacos.

Mas Sky te cola, e Peeta também, lembrei-me, por fim, fazendo-me acalmar, ofegante, com o cabelo forçadamente cortado dois dedos acima do meu ombro, porque o fogo consumiu, todo bagunçado. Minha pele arde, e Peeta bate diversas vezes na porta com Effie, preocupados.

— Estou bem — falei, aproximando-me da porta, ouvindo Sky chorar alto, enquanto Haymitch dizia coisas para acalmá-la, mas não parecia funcionar. — Eu... eu... preciso ficar sozinha. Em uma hora eu desço.

Entrei na banheira, esperando-a encher, nua. Peeta apareceu cinco minutos depois, entrando com sua roupa íntima, de frente para mim.

— Achei uma cópia atrás do pote de biscoitos, mas não contei, e tranquei de novo. Quer me contar alguma coisa? — perguntou, passando uma mão pelo meu braço. Como não respondi, não se preocupou, ficando em silêncio, até, depois de um tempo, com a banheira na metade, eu me virei e deitei-me em seu colo, suspirando profundamente, fazendo um carinho casto em sua perna, de olhos fechados, sentindo as batidas de seu coração, fora de ordem, com o meu da mesma maneira.

Não sei quanto tempo passou, mas não foi muito, pelas pontas dos meus dedos não estarem enrugadas. Peguei uma toalha para mim, outra para Peeta, mesmo que eu lembre de quando consumamos nosso casamento, antes da arena também, onde todas as noites nós nos conhecíamos um pouco mais, explorando o limite dos nossos corpos, mas não estou pronta para isso ainda, e acredito que nem ele também.

Vestimo-nos, pois há roupas tantos minhas quanto dele no meu guarda-roupa, não colocamos roupas especiais, somente de ficar em casa, pois com certeza abriremos os presentes que Effie trouxe.

A noite correu bem, exceto pelo fato de que Sky não quis saber de ficar comigo, somente com Peeta, sorrindo para ele, mexendo nos cabelos do pai, tentando se comunicar com o mesmo através de sílabas irritantes, enquanto o loiro agia com ela como se estivesse com a mesma desde o nascimento. Eu fiquei um pouco mais fora dos eixos, mas de forma positiva, mesmo que morrendo de ciúmes.

No final, Haymitch conteve-se em sucos, com respeito a Sky, que ama brincar com ele, pedindo-o para jogar os brinquedos dela longe, para poder vê-la buscar, e mesmo sem dizer nada, é engraçado, e Peeta ficou todo o tempo ao lado dela, sorrindo, orgulhoso, por indiretamente ter cumprido sua promessa de manter-nos vivas, mesmo que o tenha custado todo o resto, incluindo sua identidade.

Sky não poderia ter um pai melhor. Peeta conseguirá dar conta, isso me fez sorrir, no meu canto, enquanto abria meus presentes, e Peeta ajudava Sky a rasgar todos os embrulhos, dos presentes dos dois, ela gritava empolgadíssima, batendo as palmas de forma errada, mas linda. Fico feliz por ela ter tudo de Peeta, com exceção do cabelo castanho escuro, pois Prim era como Peeta é, e isso me deixa mais calma. Pessoas boas como eles são e foram é muito difícil encontrar.

Agradeci Haymitch com sinceridade e mesmo não sendo fã de afeições, abraçou-me, me deixando surpresa, porém retribui seu abraço, sorrindo torto, fechando meus olhos. Preciso valorizar a vida de todas as pessoas que estão ao meu lado, e aprenderei com o passar do tempo.

Na hora de dormir, meu ex-mentor foi para sua casa, Effie o acompanhou, para nos deixar à vontade, mas Peeta pegou cobertores, colocando perto da lareira, pois com tantas coisas boas acontecendo, poderia tornar-se uma ruim, mas eu não me importei com seu espaço, pegando Sky, deitando-a com um pijama grosso entre nós, e eu vi uma lágrima escorrer de seus olhos, com os seus olhos fixados ao meu, com um sorriso. Tomei como um pedido de agradecimento, mantendo nosso olhar, agradecendo também. Tudo isso é fruto de todos nossos medos e a luta por nossas vidas, mas por estarmos aqui, podemos superar tudo, e conseguir viver.

Foi necessário um ano até que eu e Peeta agíssemos como um casal novamente, como casados, mas foi iminente, depois de beijarmo-nos cinco meses depois que ele voltou, Sky na casa de Greasy Sue, mas nós dormimos na mesma cama desde quando passou o feriado na minha casa. Aproveitamos e nos permitimos ir mais além, fazendo como nunca antes, mais intenso do que jamais foi, sem vergonha das nossas cicatrizes, ou dos pesadelos, éramos somente uma só pessoa, consumando o que sabíamos que já estava para acontecer de um jeito ou de outro.

Foi também uma confirmação definitiva de que não há como nós sobrevivermos sem o outro, já estava certo desde sempre, desde antes da arena, desde o episódio do pão. Tudo nos une no final.

Então, conosco abraçados mais uma vez, fazendo um carinho inconsciente um no outro, ele sussurra, com medo de atrapalhar, caso eu já tenha dormido.

— Você me ama. Verdadeiro ou falso?

Meu coração ficou mais acelerado, pensando no quanto ele e Sky se amam tão claramente, extremamente cúmplices um do outro, aos risos e gargalhadas, abraços e beijinhos, receitas e bagunça na cozinha, com ele sempre respeitando e acolhendo-nos. Pensei em tudo e como viemos parar aqui, com uma filha, casados, aos dezenove anos, quebrando todas as minhas expectativas.

E eu o respondo:

— Verdadeiro.

Sky e Wind brincam na Campina, ela com seus cabelos longos e dançantes, enquanto ele tenta acompanhar correndo atrás dela com um sorrisão e as perninhas gorduchas de bebê. Foi necessário que Peeta me pedisse por um, dois, cinco, dez anos para me convencer que nós podemos sim respirar em paz e oferecer um futuro digno para nossas crianças, e principalmente porque ele tinha o direito de acompanhar todas as fases da minha gravidez até o parto, que foi como o de Sky, na nossa casa, mas com acompanhamento médico, desta vez, e também disse que tinha o direito de não se ausentar nunca.

Realizei o seu pedido, e admito que atenderia outro se ele o fizesse, porque é um sentimento indescritível quando vemos crescer algo que nasceu de dentro de nós, fomos capazes de fazer uma vida, mas ainda não é a hora para outro.

Ela já aprende na escola coisas mais significantes sobre os Jogos, fazendo perguntas, e mostrando pessoas, como Gale, que tem um trabalho triunfante no Dois e aparece na televisão, causando em mim e Peeta recaídas intensas, onde eu não consigo de forma alguma sorrir, e ele precisa se isolar no porão ou no sótão, para evitar algo pior, mas elas não entendem.

Um dia, explicarei tudo. Peeta concorda. Dizer sobre nossos parentes e amigos que se foram, os que estão memorizados no livro que fizemos para nós, a razão de eu acordar gritando e assustada e a de Peeta segurar-se as costas de uma cadeira do nada.

— Mamãe! — Wind vem correndo na minha direção, rio de seus tropeços, mas Peeta o pega antes de mim, bagunçando os fios loiros do filho de olhos cinzas, enquanto Sky demonstra ciúmes, mas se joga em meu colo, pedindo carinho, e eu dou. Olho para Peeta, que sorri para mim, agradecendo silenciosamente, fazendo-me sorrir, porque hoje é um dia feliz.

Mas agora, preocupo-me em cuidar de todos eles. Lembrar-me que agora podemos viver em paz. Guardando na memória todos os que foram importantes para nós, e contando as boas histórias, e mesmo que cansativo, refaço uma lista na cabeça de todas as coisas boas que já vi alguém fazer. Torna-se cansativo depois de tanto tempo.

Mas há jogos bem piores do que esse.


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Notas finais do capítulo

Bem, e "À meia-noite" foi isso! Espero que tenham gostado, tanto quanto eu amei escrever, assim como tenham tirado algo bom da leitura. Agradeço primeiramente a Deus por tudo, especialmente por poder escrever, poder conseguir me expressar através de palavras, e depois a vocês, que leram, e me receberam tão bem assim! Obrigada! E mesmo no dia 04, quero ainda desejar um ano de 2017 cheios de desafios, muitos desafios, porque é através deles que aprendemos com nossos erros, nossas falhas, daí conquistamos as coisas que tanto queremos. E não se esqueçam que o que vocês sonham podem ser verdade se vocês correrem atrás disso, através do esforço! Beijos! Beijos!



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