POV Percy. (dias atuais)

Eu e minha irmã vivemos há tanto tempo em meio á florestas que era estranho quando vínhamos para a civilização. Hoje de manhã eu e Dora recebemos uma mensagem de nosso tio Hades para irmos vê-lo no mundo inferior. Rapidamente nós nos arrumamos, pegamos nossas armas, e viemos para Los Angeles. Estávamos em um táxi indo em direção aos Estúdios de Gravação M.A.C – Morto ao chegar, meu tio tem um senso de humor estranho.

—Então o que será que ele quer com a gente? – Perguntei para minha irmã, péssima ideia, já que minha irmã é sempre sarcástica.

— Ele provavelmente quer alguém que faça companhia para ele, enquanto ele come Mc Donalds, - disse ela revirando os olhos. Ela estava bonita, quer dizer pela maneira que o taxista a olhava ela devia estar, ela usava uma blusa branca da nirvana, uma jaqueta de couro por cima, uma calça leg rasgada e uma bota cano curto, seus cabelos estavam soltos em cachos pretos e azuis (nosso pai vai matá-la quando descobrir que ela fez mechas) e na maquiagem ela usava somente um delineador preto e um batom vermelho escuro, seu colar era de uma cobra enrolada em seu pescoço, e siga meu conselho, você não vai querer ver aquilo em ação ( conviva com Afrodite por um tempo e vai saber descrever muito bem roupas) tudo no seu estilo roqueiro. Eu já estava com uma calça jeans azul, uma camiseta azul com a estampa de um surfista pegando onda, nada muito extravagante. Chegamos na porta do ‘estúdio’ e pagamos o taxista. Entramos, e logo vimos um monte de almas em um canto enquanto Caronte mexia em um celular.

— Caronte, abra os elevadores, quero ver meu tio – disse minha irmã, Caronte deixou o celular cair e todas as almas se agitaram e se curvaram ao ouvir a voz dela. Caronte rapidamente abriu as portas e começou a puxar nosso saco, o que Dora logo cortou.

— Pode ficar quieto? Sua voz me irrita – eu revirei os olhos com a grosseria. Logo chegamos ao outro lado, e eu o paguei. Olhei para frente e vi que as fúrias nos esperavam, as três se curvaram e eu e minha irmã reviramos os olhos.

— Podem nos dar uma carona para o palácio? – perguntei e elas assentiram em concordância. Logo eu e minha irmã estávamos nas garras das benevolentes indo em direção ao palácio de Hades, ou tio suquinho. Chegamos e agradecemos á Alectó e suas irmãs, os soldados que controlavam as portas do palácio rapidamente abriram as portas quando nos viram, e como um raio fomos em direção a sala do trono. Não sei minha irmã, mas eu estava muito curioso para saber o que ele queria conosco. Entramos na sala e eu vi nosso tio, na sua típica pose de durãogótico.

— Tio, quanto tempo? – disse eu. Ele nos viu e sorriu, desceu do trono e nos abraçou. Não muito depois ele conjurou um trono para mim, já que Dora por ser campeã dele já tinha o seu, e voltou a sentar-se no dele.

— Então tio, o quer com a gente? – perguntou Pandora direta.

—Sempre direta – murmurou ele –Bom, eu quero que vocês vão até uma escola e tragam meus filhos até aqui. – Sério? Ele solta a bomba assim?

— Filhos? – eu e Dora falamos em uníssono e ele riu.

— Sim filhos, eu os tive antes da ultima guerra civil entre meus filhos e de meus irmãos, então logo depois da morte da mãe deles, graças a esta guerra, eu os coloquei no Cassino Lótus Hotel. Semana passada eu pedi para Alectó os levar para uma escola mortal, e quero vocês os busquem lá. Alguns semideuses do acampamento já estão indo para lá, mas eu não confio muito neles. Então podem fazer isso pelo seu velho tio? -Ele nos disse com um meio sorriso, mas era visivel que a história o machucava.

—Por mim tudo bem – eu disse e minha irmã concordou, ele sorriu e nos deu um pedaço de papel com o endereço da escola.

— Quais são os nomes deles? – perguntei á meu tio.

— Bianca e Nico di Ângelo – ele respondeu.

— Parece que temos uma missão – disse minha irmã quando saímos do ‘estúdio’.

— Parece que sim – eu disse sorrindo, afinal eu estava com saudade de uma boa missão.

**************(Quebra de tempo)***************

Estávamos na porta do ginásio de uma escola militar, que eu não fiz a mínima questão de saber o nome, onde foi muito fácil entrar, era só usar um pouco do charme de Afrodite. Havia um monte de adolescentes com seus hormônios a flor da pele tentando se pegar. Logo consegui avistar os semideuses que meu tio falou estarem atrás de meus primos. Cutuquei minha irmã e apontei para eles e ela assentiu.

—Quem são eles? – perguntei, graças a benção de Hera nós conseguíamos ler mentes,porém isso me fazia ficar com uma dor de cabeça terrível, mas como ela era a campeã de Hera isso ficava bem mais fácil para ela, nós também podíamos conversar mentalmente. Ela assentiu, e fechou os olhos para se concentrar.

— Spencer Mcartney filho de Zeus, Dylan Donavan filho de Apolo, Grover Underwood um sátiro, Maxwell Bennet filho de...Poseidon – ela disse arregalando os olhos assim como eu.

— Parece que perdemos bastante coisa nesses últimos anos – eu disse e ela assentiu – Quem é a garota?

— Thalia Grace, filha de Zeus – ela respondeu depois de se concentrar.

— Aquela que era um pinheiro? – eu disse com dúvida.

— Essa mesma, parece que realmente estamos perdendo muitas coisas enquanto estamos naquela floresta – ela disse dando ênfase ao muitas. – Vê se consegue achar nossos ‘alvos’ – ela disse fazendo aspas com os dedos. Eu revirei os olhos e olhei ao redor, mas não conseguia encontrar ninguém que se encaixasse no perfil de um filho de Hades.

—Percy – Dora chamou – eles foram mais rápidos. – ela disse apontando para os semideuses que corriam pra fora do ginásio pela outra porta, rapidamente nós corremos atrás deles, mas não fomos rápidos o suficiente pois eles não estavam em lugar nenhum, ao menos não dentro da escola. Quando eu olhei pro chão vi uma touca vermelha. Provavelmente era de um dos filhos de Hades.

—Dora, olha – eu disse jogando a touca para ela.

— Uma garota no ginásio usava uma touca assim. – Ela me respondeu. Como ela tem memória tão boa? Antes que eu pudesse questioná-la, ouvimos um grito. – Vamos – ela me puxou porta a fora.

Corremos em direção á floresta, e vimos que os cinco campistas mais duas crianças estavam presos na perto de um penhasco, com um manticore conversando com eles usando a névoa para parecer alguém comum, ele estava fazendo um discurso de vilão de quadrinhos.

—Você distrai ele, enquanto eu viajo nas sombras e solto eles por trás – ela me disse, e logo sumiu atrás de uma sombra de árvore. Okay ,como eu faço pra distrair esse cara? Sai de trás da árvore, e cheguei mais perto, estávamos a uns quatro metros de distância.

— Hey tiozinho – eu chamei, sabia que onde quer que minha irmã estivesse, ela esta revirando os olhos para minha ideia louca – Porque você fez isso? – eu disse, me fazendo de um tolo mortal.

— Saia daqui garoto – gritou a filha de Zeus – Rápido! – Mas eu nem me mexi.

— Você devia ter ouvido a garota, moleque. – disse o manticore, ainda disfarçado – Mas agora você deve morrer – fiz uma cara debochada para ele.

— Sinto muito em lhe dizer, mas você não é o primeiro que me diz isso – eu disse. Ele me olhou com uma cara raivosa e se aproximou um pouco, vi pelo canto do olho uma sombra por trás dos semideuses filhos de Hades.

— Eu vou matá-lo lentamente, mortal tolo – gritou o tiozinho pra mim, vi que minha irmã já tinha soltado os filhos de Hades e os dois de Zeus, faltava 3.

— Porquê? – perguntei, mas já me sentia nervoso. Ele se aproximou um pouco mais.

— Você ousou me atrapalhar em minha missão – ele disse meio gritando, olhei para os semideuses e vi que só faltava o sátiro ser solto, sorri, a diversão vai começar.

— Quer saber? Cansei de você, vem tiozinho – eu disse com a mão no bolso, pronto para pegar Contracorrente, vi que os semideuses arregalaram os olhos com minha fala. Ouvi a risada da minha irmã, sabe-se lá da onde.

Peguei minha caneta e rapidamente ela se transformou em uma espada de bronze celestial puro, o manticore não escondeu a surpresa, mas logo correu em minha direção e foi impedido por um vulto preto e acabou caindo no chão, logo Pandora se levantou de cima do monstro.

—Ah qual é Pandora? Eu já tava pronto pra matá-lo. – eu disse irritado, ela riu e venho para meu lado. Logo o monstrinho se levantou, mas ele não usava mais a névoa para esconder quem era, seu corpo e cabeça eram de leão, duas asas gigantes saiam de suas costas e atrás de seu corpo havia um rabo semelhante ao de um escorpião, porém com um veneno cem vezes mais letal. Ele rosnou e venho em nossa direção, Dora pegou seu anel e girou, logo ela empunhava uma espada de ferro Estigio e bronze celestial chamada σκοτάδι (escuridãosombra).

— Ah semideuses, esse será seu fim – ele atacou com seu rabo venenoso Dora, que desviou dando uma cambalhota, um raio caiu em cima do manticore, vi que os semideuses do acampamento se juntaram a nós, enquanto os dois mais novos ficaram em um canto sendo protegidos pelo sátiro, que tocava flauta, fazendo alguns cipós crescer nas patas do monstro, o que só o deixava mais irritado. Thalia tentou fincar a lança em suas costas, mas ele previu o ataque e lhe deu uma rasteira, a jogando no chão, seu irmão foi um pouco menos impulsivo, tentando um ataque pelo flanco que também foi impedido pelo monstro, o filho de Poseidon tentou um ataque direto enquanto o filho de Apolo disparava flechas que dificilmente acertavam o manticore.

Sério, agora eu entendi porque nosso tio não confiava neles, eles são péssimos –disse minha irmã na minha cabeça.

—Nem todos tiveram nosso treinamento e sabem trabalhar em grupo – respondi também mentalmente, eu não vi, mas sei que ela bufou. O filho de Apolo continuava a atirar flechas, mas o filho de Poseidon tinha sido arremessado longe, a filha de Zeus tinha se levantado e o manticore corria com tudo para cima dela.

— Não vai, quero ver o que eles sabem fazer, e nossa missão é cuidar dos filhos de Hades – Dora me falou mentalmente, olhei para espantado, mas ela não disse nada e foi em direção aos semideuses protegidos pelo sátiro.

— Não vou fazer isso, você sabe – Á respondi.

—Eu sei, e é por isso que você é o herói aqui. – Ela disse com um pouco de pesar, mas vou deixar para lá, por enquanto.

Corri em direção a luta, o monstro tinha feito a garota desmaiar e a segurava em um de seus braços enquanto com o outro lutava com os filhos de Zeus e Poseidon.

—Hey monstrengo eu também quero me divertir – vi que ele me olhou com muita raiva. Ele venho pra cima e tentou me acertar com seu rabo, mas eu já estava preparado para esse ataque e o parei com minha espada, e assim começou a luta, ele atacava e eu defendia, o filho de Apolo atirava flechas em cima de flechas, mas poucos realmente machucavam o monstro. Me distrai quando vi que a garota tinha acordado e agora e se debatia, o sátiro também se juntou a luta deixando as crianças com Dora.

—Atira um raio nele e acaba com isso –Ouvi a voz da minha irmã.

—Vai acertar a garota— eu disse enquanto desviava de um golpe, eu poderia já tê-lo matado mas os semideuses eram tão impulsivos que eu preocupava mais em não deixa-los morrer.

—Ela é uma filha de Zeus, idiota – ela gritou na minha cabeça, antes que eu pudesse processar a informação, fui arremessado para longe, ao mesmo tempo em que uma concha de caramujo soou.

— As caçadoras – gritou Thalia, com um tom estranho.

—Mamãe chegou – falou Pandora.