O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 18
The son of the sea




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/716544/chapter/18

Pov Autora

“... com Perseu entre eles tudo muda.”

“... você não possui chances contra ele. Seria como colocar um garotinho que nunca segurou uma espada contra um guerreiro. E posso lhe afirmar que: você seria o garotinho.”

“...Perseu é meu, e eu irei lutar contra ele, de General para General.”

“E quando vocês se enfrentarem? ...

—Será inimaginável ...”

“...De General para General.”

As palavras do homem, do General, ecoavam na cabeça de Thalia, enquanto ela e Percy corríamos de volta para o museu com o intuito de lutar contra sei lá o quê, e avisar Zoe sobre os esqueletos que estavam atrás dela.

Eles correram pelo Shopping, sem olhar para trás e irromperam no museu de uma maneira tão afoita que assustaram alguns mortais que passavam.

A parte principal do museu era uma grande sala com foguetes e aviões pendurados no teto. Três níveis de balcões circundavam, então se podia olhar as exposições de todas as diferentes alturas. O lugar não estava lotado, somente algumas famílias e alguns grupos de crianças, provavelmente fazendo uma excursão escolar. Thalia queria gritar para que eles saíssem, mas supôs que isso só lhe faria ser presa. Eles tinham que achar Mas, Annabeth e principalmente Zoe. A qualquer momento os esqueleto poderiam invadir o museu, e por mais que a filha de Zeus não fosse com a cara de Zoe, ela não queria ver a caçadora ser trucidada por uma dúzia de zumbis.

Percy avistou os cabelo loiros de Annie e puxou a mão de Thalia, que olhava para o outro lado, correndo em direção á ela e aos outros. A morena decidiu ignorar, por hora, o arrepio que subiu da mão agarrada à do moreno ao seu lado que se espalhou por todo seu corpo. Como uma corrente elétrica.

—Hey, o que aconteceu? Onde vocês estavam? – Annabeth perguntou quando ambos estavam em frente a eles.

Thalia ainda se recuperava da corrida, quando um Percy calmo e sereno respondeu:

— Eu havia notado um movimento suspeito desde que saímos do acampamento, então quando paramos eu resolvi seguir um homem que saiu do carro que eu acreditava nos seguir – ele focou seus olhos verdes intensos em Thals – e Thalia me acompanhou. O homem que nos seguia era o Espinheiro, o manticore. – Os três fizeram uma expressão surpresa. – Sim, por algum motivo ele sobreviveu a queda. Nós o seguimos até um galpão abandonado, onde ele se encontrou com mais dois homens, um que se denomina General – ele olhou para Zoe que fez uma cara assustada – e outro chamado Luke Castellan. – Agora foi a vez de Annie e Max arquejarem, era horrível se pensar que mesmo depois de tudo ainda doía ouvir o nome dele.

—Luke está aqui? – Falou Annie ao mesmo tempo que Zoe falou:

—O General está aqui?

Elas se entreolharam e Thalia encarou Zoe firmemente.

Ela conhecia aquele homem? Aquele homem que acabou de predizer a morte? Pensou Thalia.

A morena ia interrogar a caçadora mas velha, mas o olhar intenso de Perseu a fez recuar. Ele não queria discussões, e levando em conta os monstros que estavam vindo, ali não era o mulher lugar e momento para se lavar roupa suja. Ela assentiu ao pedido mudo que ele fez, e ele sorriu, de leve, mas sorriu.

Thalia contou sobre o galpão, Espinheiro, os esqueletos, Luke e o General. Ocultado as partes que ele se referia a Percy, por algum motivo ela sentia que Percy não queria que se contasse aquilo, assim como ela queria conversar com ele sobre o que ouviram, não estava preparada para dizer aquilo a alguém.

—Se realmente estão falando a verdade, onde está a surpresa que ele citou? – Max falou e parecia com raiva, eles nunca o haviam visto assim.

Um rugido alto se fez presente, confirmando as palavras dos morenos.

Abaixo deles, alguns adultos gritaram. A voz de uma criança pequena guinchou com prazer:

—Cachorrinho!

Algo enorme venho pela rampa. Era do tamanho de uma pick-up grande. Percy reconheceu o mostro quando o viu. Era uma Quimera. Tinha cabeça de leão, com a juba untada de sangue, o corpo e os cascos de um bode gigante e uma serpente no lugar da cauda, losangos de três metros de comprimento brotavam do traseiro peludo. Ainda tinha no pescoço a coleira de falsos brilhantes e a placa, do tamanho de um prato: QUIMERA – RAIVOSA, HÁLITO DE FOGO, VENENOSA – SE ENCONTRADA, FAVOR LIGAR PARA O TÁTARO – RAMAL 954.

—É uma Quimera – disse Thalia. –Não se mexam.

A Quimera rugiu tão alto que parecia que os foguetes estavam sendo acionados.

—Separai-vos ao meu comando – Zoe disse. – Tentai mantê-lo distraído.

—Até quando? – Max perguntou.

—Até que eu pense em uma forma de mata-lo. Ide!

Percy desencapou Contracorrente. Flechas assobiavam sobre ele, Max estava com uma espada longa nas mãos e Thalia já se encontrava com a lança e Aegis. Annabeth e Zoe subiram na capsula de Apolo. Elas disparavam seguidamente flechas que eram repelidas pelo rabo de serpente do monstro, que bateu fortemente na lateral das caçadoras, esparramando as caçadoras de costas. Max teve que se desviar de um bote que a serpenteabo lhe deu. Enquanto Thalia em frente as cabeças de cabra e leão brandia Aegis. Vendo a cabeça da medusa o monstro se retraiu.

—Hi-yah! – Thalia disse. –Para trás!

As três cabeças do monstro rosnaram irritadas, mas o monstro recuou como se os escudo ardesse em chamas. Por um momento até se podia pensar que Thalia tinha tudo sob controle. Então o mostro se tencionou, a cabeça do bode sacudiu algumas vezes e uma das patas traseiras raspava contra o chão, não era muito difícil perceber que o mostro iria correr contra Thalia.

—Ei! – Gritou Percy. Ele correu contra a fera e golpeou com Contracorrente, um perfeito golpe no flanco que fez um corte limpo e longo, mas que pareceu apenas deixar o monstro mais zangado.

O mostro procurou o filho de Poseidon com as garras, rasgando um grande pedaço de seu casaco. Ele recuou contra a grade, e a fera saltou sobre si. Ele não teve escolha senão virar-se e pular. O rabo da Quimera ainda ricocheteava as flechas que as caçadoras, já recuperadas, atiravam, mas isso não impedia que algumas flechas prateadas se alojassem nas patas e no pescoço do monstro, ainda muito concentrado no moreno.

Percy pousou no chão alguns metros dali e as três cabeças do monstro se voltaram para si, e quando a boca da serpente se abriu, ele soube que as coisas ficariam quentes.

—Max! Os bebedouros! – ele gritou, e ao mesmo tempo a serpente cuspiu uma onda de chamas contra si.

Maxwell já controlava a água disponível e a atirou contra a cobra, que se virou contra ele. Zoe passou a atirar com mais velocidade as flechas, enquanto Annabeth e Thalia, mortificadas pela visão do companheiro em chamas, se voltaram para as cabeças de bode e leão.

Max consegui afogar a serpente, apagando o fogo existente, e quando a cobra se engasgou Zoe atirou uma flecha certeira que atravessou o pescoço da cobra, que pendeu inerte.

Annie possuía alguns problemas com o chifre do bode, mas sua agilidade e destreza com uma adaga estavam ganhando vantagem. Como a parte de seu corpo estava inerte e a outra parte estava ocupada com outro meio-sangue os movimentos da Quimera se tornaram escassos, o que facilitou para a filha de Atena se aproximar e fincar a adaga no olho esquerdo do bode. A cabeça sacudiu e com uma das patas atirou a loira contra um avião ali perto.

Thalia controlava bem a principal cabeça com a lança e o escudo, mesmo que o último já não surtisse tanto efeito com o monstro. A quimera já se encontrava irritada e apavorada e quando a filha de Zeus enterrou a lança no peito da fera, a boca do leão se escancarou e se Thalia não tivesse dado uma cambalhota para trás teria sido devorada. A cabeça do bode, agora somente levando algumas flechas de Zoe se colocou ao lado da filha de Zeus, que notou tardiamente o golpe, se desequilibrando e deixando a lança escorregar para longe. Quando a cabeça do leão ia abocanha-la, um jato de água foi atirado diretamente na garganta do bicho.

Percy, que estava no canto apenas observando o trabalho de seus companheiros, controlou a água do bebedouro com maestria e agilidade. A água seguia seu comando obediente, mesmo que o filho de Poseidon não se movimentasse e sim a comandasse mentalmente. Notando a lança de Thalia estirada no chão, Perseu a recolheu, se colocando em combate com a mesma. Não demorou muito para que o moreno, vendo uma brecha na defesa do monstro que ainda se afogava, atirasse a lança, lança que acertou perfeitamente o coração do grande monstro.

O monstro sacolejava e rugia como se não pudesse acreditar que havia sido derrotado. Antes de explodirem em pó dourado ambas as cabeças ainda móveis, rugiram em revolta e horror.

Um silencio sepulcral se estendeu depois da morte da quimera, sendo interrompido pela filha de Zeus, Max e a tenente da caçada que correram em direção à filha de Atena desacordada. Ao redor dos mesmos as pessoas estavam alienadas, os guardas do museu andavam em círculos e cantarolavam algum sucesso dos anos 80, os visitantes em maioria haviam ido embora, porém os poucos que sobraram estavam sentados no chão com a cabeça contra os joelhos. Tudo isso graças a névoa que Percy havia utilizado contra os mortais enquanto observava a luta dos campistas. O filho mais velho de Poseidon viu quando o grupo de homens esqueletos atravessou a rua e andou pelo gramado, homens cinzentos em roupa de camuflagem cinzas. Mesmo estando distantes Perseu viu os olhos deles focados em Zoe.

—Saiam daqui e levem Annabeth para van! – disse o moreno de olhos verdes para os companheiros.

—Mas e você? – disse Zoe, encarando Max que pegava Annie no colo.

—Eu vou atrasar os esqueletos. Depois eu os encontro – Ele falou destampando Contracorrente, recebendo um olhar espantado de Thalia.

—Você não vai conseguir se manter contra aquelas coisas! – disse a morena de olhos azuis, revoltada.

—Eu não pedi sua opinião Thalia, apenas vá ajudar sua amiga que aqui me viro eu. – Percy falou sério. Thalia pensou em rebater mas foi impedida pelo outro filho do mar.

— Deixe ele Thalia, no momento Annie precisa de você. – a moça encarou o corpo inerte da amiga por um segundo e depois assentiu, seguindo Max para fora do museu.

—Eles estão atrás de mim, eu devo ficar – falou Zoe recebendo um aceno negativo em resposta.

—Não, eu vou ficar. Nós dois sabemos que eu acabarei com isso mais depressa. – Com um suspiro resignado ela concordou com o amigo.

—Volte vivo – falou e saiu deixando Percy sozinho no museu, encarando os entalhes da espada em riste.

Não demorou muito para que os esqueletos entrassem no museu, o barulho dos ossos sem cartilagens batendo um no outro dava arrepios e os sons desformes que eles faziam ao andar tornava a cena ainda mais desagradável. Os soldados pararam no meio do salão e farejaram o ar, soltando gritos de desgosto ao notarem que Zoe não se encontrava mais lá.

—Vamos lá, - Percy murmurou para si mesmo quando viu os esqueletos se dirigirem pela saída que Thalia e os demais haviam saído.

Em um movimento rápido Percy estava em frente a dúzia de soldados esqueletos, os encarando mortalmente.

—Nã na nina não, daqui vocês não passam – depois dessas palavras o lugar ficou sombrio.

Os esqueletos se afastaram ao ver Percy, que agora tinha os olhos de uma cor ônix, com apenas uma linha de verde mar rodeando as pupilas, seu cabelo parecia ter ficado uns três tons mais escuro e sua áurea dez vez mais sombria.

O moreno notou o afastamento dos soldados e rapidamente se colocou no meio deles, com um corte na diagonal com Contracorrente dois esqueletos viraram uma mistura de pó dourado e cinzas. Em um giro e um corte transversal mais um se foi e numa cambalhota sucedida de um golpe direto no peito do monstro, mais outro.

Os esqueletos estavam batendo em retirada, afinal eles não eram ‘treinados’ para isso, sua força e habilidade se davam ao fato de serem ótimos farejadores mas principalmente porque não podiam morrer por ataque nenhum. Percy ou não parecia saber dessa regra, ou ser abençoado pelo rei do submundo tinha suas vantagens.

Percy retirou uma adaga da bota e guardou Contracorrente quando viu os esqueletos se dividindo em direção às saídas. Havia três próximos a saída principal, e com uma corrida veloz e um mortal bem executado por cima dos soldados Perseu estava em frente a eles com a adaga de bronze celestial e ouro imperial fincada no que deveria ser o pescoço de um deles, segundos depois no abdômen de outro e por um último no olho do terceiro, os três viraram pó quase no mesmo instante.

Dois soldados se encontravam próximos a saída de emergência e um possuía uma arma antiga em mãos. O filho de Poseidon se colocou atrás deles e com um chute certeiro jogou o esqueleto sem arma no chão, dando tempo para Percy fincar a adaga no que devia ser o coração. O moreno só notou tarde demais o outro esqueleto com a arma atrás de si, o disparo iria acertar direto no coração se ele não tivesse visto a tempo e desviado, o tiro acertou o ombro dele e o esqueleto não sobreviveu para contar a história.

Os último três esqueletos estavam quase saindo pela outra saída de emergência quando Percy puxou os três pelos casacos, os jogando contra a parede. Dois deles se levantaram rapidamente se colocando em posição defensiva, enquanto o outro não fez nenhum movimento no chão. Os soldados fizeram menção de cercarem o moreno, mas ele foi mais rápido, atirando a adaga com maestria na cabeça do zumbi que vinha pela esquerda, fazendo pó dourado e cinzas sujar todo o lugar. Na velocidade de Hermes Perseu pegou a adaga do chão e fincou entre o ombro e o pescoço do outro, logo apontando a adaga para o último, que já se encontrava de pé.

—Sentido – Percy falou com a voz grave e taciturna e o soldado colocou a mão sobre a cabeça. – Vá até seu mestre e diga o seguinte: Perseu Jackson está mais do que ansioso para lutar contra ele. Numa luta de General para General. Vá agora!– O soldado assentiu e saiu.

Percy se permitiu relaxar e com isso seus olhos voltaram ao verde normal e os cabelos ao negro azulado de sempre. Ele guardou a adaga na bota e limpou o pó e as cinzas da jaqueta, saindo do museu como se fosse um adolescente normal, assim como ele fazia há mais três mil anos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.