O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 19
Jogos de Guerra




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Pov Autora

O jantar romano era incrivelmente bom, Espíritos do vento invisíveis — aurae — serviam os campistas, sabendo exatamente o cada um queria. Eles sopraram pratos e copos na mesa tão rapidamente que o refeitório parecia um furacão delicioso. 

Pandora encarava o prato entediada, enquanto ouvia uma conversa animada entre a garota loira, centuriã da segunda coorte, Damon e mais um integrante de sua coorte que ela não fazia ideia de quem era, e estava com muita preguiça para ler sua mente e descobrir.

O refeitório parecia particularmente barulhento naquela noite. Risos ecoavam nas paredes. Bandeiras de guerra sussurravam das vigas de cedro do teto enquanto as aurae sopravam, mantendo os pratos de todo mundo cheios. Os campistas comeram no estilo de Roma, sentados em divãs ao redor de mesas baixas. As crianças a toda hora se levantavam e trocavam de lugar, espalhando rumores sobre quem gostava de quem e todas as outras fofocas.

Como sempre, a Quinta Coorte sentava no lugar de menos honra. Mal sabiam eles o quanto Pandora não dava para estar lá e não com aquelas pessoas com papo chato.

—Não acredito que os pretores nos colocaram com a Quinta. – disse o loiro de olhos azuis, que depois de algum tempo Panda descobriu se chamar Dake.

—Não importa – disse a loira de olhos azuis chamada Amber. – Nós vamos ganhar de qualquer jeito mesmo. –falou dando de ombros.

Panda olhou de rabo de olho para Damon, se perguntando se ele iria interferir, já que a irmã estava na Quinta Coorte, mas o garoto parecia não dar a mínima para o comentário maldoso dos colegas. Pandora revirou os olhos, não entendendo o porquê de se sentir desapontada com a atitude de Damon. Pegando sua coca-cola ela se levantou da mesa, chamando a atenção dos loiros que não pararam de falar sobre como a Quinta Coorte era ruim e do moreno que parecia alheio a tudo.

—Vai aonde Pandora? – perguntou Dake com um sorriso malicioso nos lábios.

—Falar com Frank e Hazel – ela respondeu, forçando-se a ficar calma.

—Eles são da Quinta – disse Amber com uma careta de desgosto. Panda se fez de desentendida.

—Sim, eles são – falou.

—Você não deveria ficar conversando com eles – disse Dake com uma careta semelhante à da amiga.

—É proibido uma Coorte interagir com a outra? – falou a filha de Netuno entredentes, olhando para trás por cima do ombro, mostrando como todos saiam de seus lugares e voltavam. Damon foi o único a ver os olhos prateados faiscarem de raiva contida.

—Não, mas... – Amber não conseguiu terminar pois a morena a interrompeu

—Então não há ‘mas’, se eu posso eu vou fazer. Você querendo ou não. – falou e saiu dali, se dirigindo a mesa da Quinta Coorte.

Diferente de antes, ali Pandora se enturmou facilmente. Ela ouvia as piadas e cantadas de Dakota, o centurião da Coorte, conversava com Hazel e Frank e ainda conseguia comer sem se sentir enjoada.

—Está feliz por seu pai tê-lo reconhecido, Frank? – perguntou Hazel ao amigo.

—Sim e não, esperava que Apolo fosse o meu pai – o filho de Marte disse cabisbaixo.

—Pense pelo lado bom, você não precisa ser filho dele para ser ótimo com arco e flecha – Pandora disse, enquanto recolhia Bob que havia parecido em seus pés. Frank corou e Hazel sorriu para ele.

—Esse bicho vai roubar sua comida – disse uma voz atrás deles, Panda olhou para trás e viu o pretor, Jason.

—Ele sempre faz isso, me ajuda com a dieta – o loiro riu, sentando-se ao lado da ‘prima’.

Os quatro conversaram um pouco e riram quando viram Dakota abraçar apertado Octavian.

—Vocês não deviam deixa-lo beber vinho. – comentou a filha de Diana.

— Isso sim seria um desastre. Ele é viciado em Kool-Aid vermelho. Bebe com três vezes mais açúcar, e ele ainda tem TDAH... sabe, déficit de atenção/hiperatividade. Um dia desses, sua cabeça vai explodir. – disse Hazel.

— TDAH — disse Panda. — Não me diga.

Os outros três riram.

— Eu queria ter TDAH ou dislexia. Tudo que tenho é intolerância à lactose. - disse Frank, fazendo todos rirem.

—Então, o que vocês gostam de fazer? – perguntou Pandora, colocando Bob no colo de Jason, que passou a acariciar o gato.

—Eu gosto de  cavalgar.

— Então é por isso que você usa a espada de cavalaria?

— É idiotice, eu acho. Pensamento sonhador. Só tem um pégaso no campo... o de Reyna. Os unicórnios são mantidos aqui porque as raspas de seus chifres curam envenenamento e tal. De qualquer forma, as guerras romanas são sempre feitas a pé. Cavalaria... eles meio que não gostam disso. Então eles não gostam de mim.

— São eles quem perdem — Pandora disse. — E você, Frank?

— Arco e flecha — ele murmurou. — Eles não gostam disso também, a não ser que você seja filho de Apolo. Então você tem uma desculpa.

 — Mas você é muito bom com o arco... o jeito com que acertou aquelas górgonas. Esqueça o que os outros falam. — disse Panda.

O rosto de Frank ficou vermelho como o Kool-Aid de Dakota.

— Queria que pudesse. Todos acham que eu deveria ser um espadachim, porque sou grande e corpulento — ele olhou para seu corpo como se não pudesse acreditar que ele era aquilo. — Eles dizem que eu sou muito gordo para um arqueiro. Era por isso que eu imaginava que meu pai fosse Apolo...

—Pense pelo lado positivo – disse a filha de Netuno. – Você não precisa ser filho de Apolo para ser ótimo. – Disse com uma piscadela. Frank, se possível, ficou ainda mais vermelho, e Hazel fez um bico.

Pandora perguntou sobre a águia da Legião, e um silencio se fez presente no lugar. e Jason falou com a voz sombria;

—Ela foi perdida há algum tempo. – Pandora iria pedir mais detalhes, quando Damon apareceu atrás de si.

—Pretor? – ele disse, rispidamente, notou Pandora e Jason. – Estão o chamando na mesa de comando.

—Estou indo – o loiro disse, ignorando o tom do centurião e entregando o gato à Panda.

—Pandora, volte para a mesa da Segunda Coorte, logo iremos nos agrupar – disse Damon de maneira rude, fazendo os olhos prateados da filha de Diana faiscarem.

Ambos saíram dali.

—Só eu que notei a batalha de testosterona aqui? – disse Hazel, e Pandora negou com a cabeça, deixando um Frank confuso. Pandora se levantou se despedindo dos amigos, e foi em direção a mesa da Segunda Coorte.

—Estamos no ataque, não é? – perguntou Panda a Dake, surpreendendo-o.

—Sim – ele respondeu. – A boa noticia é que ficamos com o elefante. A má é que estamos com a Quinta. – Pandora revirou os olhos, mas não falou nada.

—Que os jogos comecem – ela falou.

***-------****

Uma vez que eles saíram do acampamento, a Segunda Coorte formou-se em duas linhas atrás de seus centuriões, Damon e Amber. Eles marcharam para o norte, contornando a orla da cidade, e seguiram para o Campo de Marte – a maior e mais plana parte do vale. A grama era cortada bem curta por todos os unicórnios, touros e faunos sem-teto que pastavam aqui. A terra estava repleta de crateras de explosão e marcada com trincheiras de jogos anteriores. No extremo norte do campo estava o seu alvo. Os engenheiros construíram uma fortaleza de pedra com uma ponte levadiça de ferro, torres de guarda, balistas escorpião, canhões de água e sem dúvida muitas outras surpresas desagradáveis para os defensores usarem.

Eles marcharam para o centro do Campo de Marte e formaram fileiras. A Segunda e Quarta Coorte montadas na medida do possível a partir da Quinta..

 Meia dúzia de águias gigantes voavam em formação atrás dela preparadas para o serviço de ambulância de transporte aéreo, se necessário. As únicas pessoas que não participavam do jogo eram Jason, que havia subido para a torre de observação a cerca de cem metros do forte e estaria assistindo com binóculos e Reyna que no céu acima deles circulou em seu pégaso, Scipio, pronta para arbitrar. 

Damon se aproximou de Pandora e apontou para o forte.

— Em algum lugar lá dentro, a Primeira e Quarta Coorte estão mantendo seus estandartes. Nosso trabalho é entrar e capturá-los sem sermos abatidos. Se fizermos isso, ganhamos.

—Parece fácil. – disse a morena e Damon riu.

—É mais difícil do que parece. Temos que passar os escorpiões e os canhões de água nas paredes, lutar pelo interior da fortaleza, encontrar os estandartes, derrotar os guardas e ao mesmo tempo proteger os nossos próprios estandartes e as tropas de captura. E a nossa Coorte está em concorrência com os outros dois grupos de ataque. Nós trabalhamos juntos, mas não realmente. A Coorte que captura as bandeiras recebe toda a glória.

—Continua parecendo fácil, só mais injusto. – ela disse. Antes que pudesse retrucar Damon foi chamado pelos outros pretores para a reunião de centuriões. Quando eles voltaram Panda conseguiu ouvir Gwen, falando para a Quinta Coorte:

 -Tudo bem, aqui está o plano! Eles irão nos jogar nas paredes primeiro para suavizar as defesas.

Toda a Coorte gemeu.

— Eu sei, eu sei, — disse Gwen. — Mas talvez desta vez nós tenhamos alguma sorte!

Ela falou o que cada um faria, e a filha de Netuno viu quando ela não direcionou nada especifico para Hazel e Frank.

Perdida na conversa ao lado, Panda não notou sua coorte se dispersando com o plano já em mente e Damon se aproximando.

—Entendeu Pandora? – ele perguntou, próximo ao seu ouvido. Ela se assustou, o olhando com um olhar mortal.

—O que é?! – ela falou alto, chamando a atenção de algumas pessoas. O filho de Plutão apenas riu e colocou as mãos nos bolsos da frente da calça jeans.

—Eu disse para você ficar próxima a mim, se não quiser morrer no primeiro dia. – ele disse debochado. Pandora virou-se de costas para ele.

—Ainda com a paixão platônica, Damon? – ela disse indo em direção a Frank e Hazel.

—Sempre – ele disse a seguindo. Os dois se posicionaram em frente a Hazel e Frank, que conversavam baixinho.

—O que foi? – Perguntou Damon, com um braço sobre os ombros de Hazel, mas foi Frank que respondeu:

—Nos mandaram fazer o de sempre. Não sei porque. Geralmente nós nem sequer entramos no forte porque estamos queimando ou afogando ou... — Ele vacilou, e olhou para Pandora. — Canhões de água.

— O quê? — ela perguntou.

— Os canhões nas paredes — Frank disse — eles tiraram água do aqueduto. Há um sistema de bomba... eu não sei como isso funciona, mas eles estão sob muita pressão. Se você pudesse controlá-los, como você controlou o rio...

— Frank! — Hazel comemorou. — Isso é brilhante!

—Eu consigo! Mas preciso me aproximar mais deles. – Ela disse.

— Vamos chegar mais perto. — Frank apontou para a parede oriental da fortaleza, onde a Quinta Coorte não estaria atacando.

— É aí que a defesa irá ser mais fraca. Eles nunca vão levar quatro crianças a sério. Acho que podemos deslocar-nos muito perto antes de nos verem.

— Deslocar-se como? — Damon perguntou.

Frank virou-se para Hazel.

— Você pode fazer aquela coisa de novo?

Ela socou-o no peito.

 -Você disse que não iria dizer nada!

Frank imediatamente sentiu-se péssimo. Ele tinha ficado tão excitado com a ideia...

Hazel murmurou baixinho.

— Não se preocupe. Está tudo bem. Panda, Damon, ele está falando sobre as trincheiras. O Campo de Marte está repleto de túneis ao longo de tantos anos. Alguns estão desmoronados, ou enterrados, mas muitos deles ainda são transitáveis. Eu sou muito boa em encontrá-los e usá-los. Eu posso até mesmo desmoroná-los, se precisar.

— Como você fez com as górgonas — Pandora disse. — Para atrasá-las.

Frank assentiu com aprovação.

—Esperem um pouco – disse Damon, se afastando. – Vou avisar Amber.

—Não chame-a para vir junto – disse Pandora, séria. – Gente demais vai atrapalhar.

—Ciúmes, baby? – Damon, perguntou sem se virar.

—Quer que o segredo de sua irmã vaze? – Ela retrucou e ouviu a risada do filho de Plutão. Pandora voltou o olhar para Frank e Hazel, que a olhavam com um olhar estranho.

—Seu irmão é sempre assim? – perguntou Pandora.

—Nunca foi – ela murmurou.

— Se eu puder tirar os canhões de água da jogada... — Panda balançou a cabeça. — O que faremos então?

Frank checou sua aljava. Que parecia conter flechas especiais nunca usadas.

— O resto depende de mim — disse o asiático. — Vamos.

Gosto deste cara, pensou Pandora, revirando os olhos quando viu o filho de Plutão voltando.

*******________*******

Hazel encontrou um túnel sem nenhum problema. Na verdade, Panda tinha certeza que ela não tinha simplesmente  encontrado o túnel. Era como se os próprios túneis se fabricassem para atender às necessidades dela. Passagens que haviam sido preenchidas anos atrás, de repente não estavam mais preenchidas, mudando direções para conduzir Hazel, onde quer que ela queira ir. Eles rastejaram junto à luz da espada de ouro imperial de Damon, Acima, eles ouviam os sons da batalha — crianças berrando, Hannibal o elefante gritando de alegria, flechas de escorpião explodindo e canos de água disparando. O túnel sacudiu. Pó choveu sobre eles.

— Há uma abertura lá na frente — Hazel anunciou. — Vamos chegar a 3 metros da parede leste.

 Poderíamos seguir o túnel em linha reta, sob a parede? — Frank perguntou.

— Não — Hazel disse — Os engenheiros foram espertos. Eles construíram as paredes em fundações antigas que vão até alicerce. E não pergunte como eu sei. Só sei.

Frank tropeçou em alguma coisa e amaldiçoou. Damon usou a espada em volta para dar mais luz. A coisa que Frank tinha tropeçado era prata reluzente.

Ele se agachou.

— Não toque nisso! — Hazel disse.

A mão de Frank parou a poucos centímetros do pedaço de metal. Parecia um pedaço gigante de Hershey’s Kiss , quase do tamanho de seu 28 punho.

— É maciço — ele disse — prata?

— Platina — Hazel parecia assustada. — Vai sumir em um segundo. Por favor, não toque nisso. É perigoso.

Frank se afastou e olhou para Hazel.

— Como você sabia?

A luz da  espada de Damon fez Hazel parecer fantasmagórica como um Lar.

— Vou explicar mais tarde — ela prometeu.

Outra explosão abalou o túnel, e eles seguiram em frente. Eles saltaram de um buraco exatamente onde Hazel havia previsto. Em frente deles, a parede leste do forte se aproximava. À sua esquerda, se podia ver a linha principal da Quinta Coorte avançando na formação de tartaruga, formando escudos de concha sobre suas cabeças e lados.

Estavam tentando chegar aos portões principais, mas os defensores de cima os prenderam com pedras e atingiram com flechas flamejantes de escorpião, crateras explodiram em torno de seus pés. Um canhão de água descarregou com um barulho de mandíbula arranhada e um jato líquido atingiu a trincheira no chão em frente à Coorte.

A segunda e terceira Coorte não estavam nem mesmo avançando. Elas ficaram para trás e riram, assistindo seus ‘aliados’ apanharem. Os defensores agrupados na parede de cima dos portões, gritavam insultos para a formação de tartaruga, uma vez que cambaleava para trás e para frente. Jogos de guerra tinham se deteriorado em “abater a Quinta”.

Frank pegou na sua alijava a flecha mais pesada de todas. A ponta de ferro fino era formada como o nariz cônico de um foguete. Uma corda de ouro ultrafina se arrastava desde as penas. Pandora sabia da dificuldade de atirar uma flecha como aquela, mas resolveu confiar na precisão do filho incomum de Marte.

—Você pode derrubar os canhões de água? – perguntou Damon a Panda, quando viu alguns defensores os encararem sobre o muro.

Pandora não respondeu e então.... KA-BUM!

O cano explodiu em azul, verde e branco. Os defensores gritavam com uma onda de choque aquosa achatando-os contra as muralhas. As crianças caíram das paredes, mas foram capturadas pelas gigantes águias e levadas para longe em segurança. Todo leste da parede explodiu por meio dos dutos. Um depois do outro, os canhões de água explodiram. Os disparos dos escorpiões ficaram encharcados. Os defensores se dispersaram na confusão ou foram atirados para o ar, dando às águias de resgate um exercício completo. Nos portões principais, a Quinta Coorte esqueceu sua formação. Mistificados, abaixaram o escudo e olharam para o caos.

Frank atirou sua flecha. Ela subiu, levando sua corda brilhante. Quando chegou ao topo, o ponto de metal se dividiu em dúzia de linhas que atacaram e acondicionaram em torno de qualquer coisa que poderiam encontrar – partes da parede, um escorpião quebrado, um canhão de água e um par de campistas defensores, que ganiram e se encontraram batendo contra o parapeito como âncoras. A corda principal, estendeu-se em dois intervalos, fazendo uma escada.

— Vai! — Frank disse.

Panda sorriu

— Você primeiro, Frank. Essa é sua festa.

Frank hesitou. Então pendurou seu arco nas costas e começou a subir. Ele estava a meio caminho antes de defensores recuperarem seus sentidos o suficiente para tocar o alarme.

Frank olhou atrás para o principal grupo da Quinta Coorte. Em seguida eles o olharam, estupefatos.

—Ataquem! – Gritaram Hazel e Damon ao mesmo tempo, fazendo Panda que já subia a corda rir.

Gwen foi a primeira a descongelar. Ela sorriu e repetiu a ordem. A alegria encheu o campo de batalha. Hannibal, o elefante, trombou com felicidade, mas eles não puderam se dar ao luxo de assistir. Ele subiu o topo da parede, onde três defensores estavam tentando cortar a sua escada de corda.

Frank se lançou nos defensores, e os derrubou como alfinetes. Frank ficou de pé. Ele assumiu o comando das ameias, varrendo com seu pilopara frente e para trás, derrubando os defensores. Algumas flechas foram disparadas. Alguns tentaram ficar sob sua guarda com suas espadas, mas Frank se sentiu invencível. Então Hazel apareceu perto dele, balançando sua grande espada de cavalaria como se tivesse nascido para a batalha. Damon carregava o gladio com maestria, enquanto Pandora parecia brinca com as flechas em suas mãos.

Juntos, eles limparam as muralhas. Abaixo deles, o portão foi quebrado. Hannibal foi para o forte, flechas e pedras quicando inofensivamente pela sua armadura Kevlar. A Quinta Coorte foi atrás do elefante e a batalha começou corpo-a-corpo. Finalmente, da borda do Campo de Marte um grito de guerra foi declarado. As outras Coortes correram para se juntar à luta.

— Um pouco tarde — Hazel resmungou.

— Não podemos deixar o estandarte — Frank disse.

—Nunca. – disse Pandora.

E os quatro correram para a base inimiga.

*****______******

Depois disso, a batalha ficou confusa.

Os quatro se uniram por causa do inimigo, levando abaixo todos que estivessem em seu caminho. A Primeira e Terceira Coortes desmoronaram sob o ataque e a novidade absoluta de estar no lado perdedor.

Parte do problema era Pandora. A morena não via dificuldade alguma em atirar três flechas- com pontas chatas para não perfurarem, ao mesmo tempo e ainda golpear a cabeça dos inimigos com o cabo do arco. Octavian gritava estridentemente para sua Coorte de manter firme, mas Panda colocou um fim nisso ao atirar uma flecha em sua cabeça, achatando seu elmo e o fazendo desmoronar.

Enquanto isso, Hazel escalou sobre as costas de Hannibal. Ela foi carregada na direção do centro

da fortaleza, sorrindo para seus amigos.

—Vamos, molengas!

Eles correram para o centro da base. A fortaleza interior estava praticamente desprotegida. Obviamente nunca os defensores sonharam que um ataque iria chegar tão longe. Hannibal arrebentou as portas enormes. No interior, os porta-estandartes das Coortes Primeira e Segunda estavam assentados em torno de uma mesa de jogo Mitomagia com cartões e figurinhas. Os estandartes das Coortes estavam apoiados descuidadamente contra uma parede.

Hazel e Hannibal andaram direto para a sala, e os porta-estandartes caíram para trás de suas cadeiras. Hannibal pisou em cima da mesa, e peças do jogo espalharam-se.

No momento que o restante da Coorte os alcançou, Panda, Damon e Frank haviam desarmado os inimigos, capturado os estandartes e Hazel tinha subido nas costas de Hannibal. Eles marcharam para fora do castelo triunfantemente com as cores do inimigo.

A Quinta Coorte formou fileiras em torno deles. Juntos, eles desfilaram para fora do forte, passando por inimigos atordoados e linhas de aliados igualmente mistificados.

Pandora e Damon ficaram para trás, ambos haviam tomado o cuidado para não pegarem os estandartes, após um olhar penetrantes, ambos haviam concordado que aquele era um momento da Quinta.

Reyna circulou baixo sobre as cabeças em seu pégaso.

— O jogo está ganho! — Ela parecia como se ela estivesse tentando não rir. — Reúnam-se para as honras! A Quinta Coorte é a campeã!


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