O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 14
Décima Segunda - completamente chata - Legião!


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, mais alguns capitulos pra vcs ;)



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POV Pandora

Depois que as Górgonas explodiram em pó eu fiz um redemoinho no rio Tibre para que elas não se reconstituíssem, logo elas foram levadas pela correnteza. Frank despencou na água depois que os monstros morreram, mas logo foi socorrido por Hazel. Vi pelo canto do olho que dois frascos caíram próximos ao grandalhão, ele os pegou em dúvida e jogou no bolso.

A maior parte do acampamento me olhava assombrado e rancoroso, acho que eles não gostaram muito de eu ter arriscado tanto a vida de alguém.

Mas é claro que ainda podia piorar.

—Muito obrigado por ter me trazido até minha casa, Panda – disse “Fred”, que começou a brilhar como uma supernova. E virou um soldado que tinha três metros de altura, vestido como um camuflado das Forças Canadenses do deserto. Ele irradiava confiança e poder. Seu cabelo preto era cortado em uma cunha no topo achatado como o de Frank. Seu rosto era anguloso e brutal, marcado com cicatrizes antigas. Seus olhos estavam cobertos com óculos infravermelhos que brilhavam no interior. Ele usava um cinto de utilidades com uma arma, uma faca na bainha e várias granadas. Em suas mãos estava um enorme rifle M16. Ridiculamente Marte sendo Marte.

—Legião! – Sua voz retumbou pelos nossos ouvidos, os semideuses rapidamente se curvaram, enquanto eu me joguei no chão sentando que nem índio. – Sou Marte seu patrono, pai divino de Rômulo e Remo. - Marte me olhou, mas nada disse em relação a minha postura.

—O que quer? – Disse, vi que quase toda a legião estava ali assim como grande parte dos moradores de Nova Roma. Todos, sem exceções viraram suas cabeças em minha direção dei de ombros e Marte riu.

—Romanos eu lhes apresento a filha de Netuno. Por tempos ela esteve.... Inativa – ele me olhou zombeteiro – mas agora seu destino está em vossas mãos.

—De onde ela veio? – Era um garoto da minha idade, a aparente, tinha cabelos negros assim como os olhos que naquele momento me encaravam zombeteiros, mas rapidamente se voltaram ao deus.

—Eu era uma Caçadora – parecia uma história plausível, já que eles estranhariam minha habilidade com o arco. O moreno voltou os ônix para mim e deu um meio sorriso debochado. Marte ignorou minha conversa com o outro e continuou seus dizeres.

— A Roda da Fortuna se aproxima rapidamente, e a Rainha junto da Morte devem ser libertadas se quiserem ter qualquer esperança em batalha. Não falhem comigo! – Ele olhou em volta até que seus olhos se focassem em Frank – Se aproxime. – O garoto, que agora vi ser oriental, arregalou os olhos de uma maneira engraçada. Hazel ao seu lado o empurrou levemente para ele andar, mas eu tinha impressão de que a qualquer momento ele sairia correndo.

—Fez muito bem contra as górgonas – o deus disse quando o tremulo Frank se pôs próximo a ele e se curvou. – Tenho certeza que toda a legião viu isso, meu filho! – SABIA! Gritei mentalmente. – E filho de Emily Zhang – Marte continuou. – Ela era uma boa soldada. Boa mulher. Feliz aniversário atrasado, garoto.

Ele jogou para Frank sua M16. Por uma fração de segundo pensei que Frank seria esmagado sob o peso do fuzil, mas a arma mudou em pleno ar, tornando-se menor e mais fina. Quando Frank a pegou, a arma era uma lança. Ela tinha uma haste de Ouro Imperial e um dente de dragão na ponta. Uma arma de colecionador, pensei com uma pitadinha de inveja.

—A ponta é do dente de um dragão — disse Marte. — Você não aprendeu a usar os talentos da sua mãe, no entanto, não é? Bem.... Esta lança vai lhe dar algum espaço para respirar até que você aprenda. Você tem três cargas nela, para usá-las sabiamente. – Frank parecia entorpecido com as informações, encarava a lança de uma maneira engraçada.

O deus tremeluziu e raios cortaram o céu.

—Minha hora chegou. Até a próxima romanos! – E num piscar de olhos o deus havia sumido. Deixando-me a mercê de duzentos romanos curiosos e.… aquilo era um elefante?

—+_+_+_

Ainda bem que eu já era acostumada com o mundo inferior, então não me preocupei muito com os lares que vagavam pelo acampamento e segui calmamente o loiro controlador e a morena de cara fechada pelo acampamento. Frank, Hazel, um garoto loiro magricelo e o moreno alto que pediu de onde eu era fazia minha escolta, me deixando um pouco atrás dos pretores, como se eu fosse ataca-los. Coitados nem sabiam que eu já havia lido suas mentes e sabia de tudo sobre cada um deles.

A pretora, Reyna Ramirez, era uma filha de Belona deusa da guerra dos romanos, tinha alguns problemas bem sérios envolvendo o pai e a irmã era uma Amazona, a rainha delas, ela tinha até mesmo passado um tempinho na ilha de Circe. Tinha cabelos castanhos escuros assim como os olhos e uma postura arrogante, típica de um romano.

O pretor, Jason Grace, (eu quase gritei quando vi seu sobrenome, não acredito que meu tio fez a burrada de se envolver com a mesma mulher em suas duas formas), era um filho se Júpiter, não sabia muito sobre seu passado porque fora criado no acampamento desde os dois anos de idade. Era alto, de cabelos cor de areia e olhos azuis como o céu, diferente da colega andava de uma maneira despojada, cumprimentando muitas pessoas pelo caminho.

O loiro magricelo se chamava Octavian, não me dei o trabalho de saber o sobrenome, ele era o augere e era um descendente de Apolo. Sua vida não tinha nada de mais, cresceu em Nova Roma e sonha em ser pretor. Tinha cabelos loiros e olhos azuis, se pareceria bastante com Jason se ele não fosse mais baixo, mais magro e mais malicioso que o pretor.

Frank Zhang era exatamente como eu imaginei que fosse, era musculoso e ameaçador por fora e uma manteiga derretida por dentro. Tinha somente a avó como parente viva e ainda não havia digerido a ideia de ser filho de Marte. Surpreendi-me quando vi sua sina, fazia muito tempo que eu não via a vida de um meio-sangue vinculada a algo, principalmente uma madeira. Era muito alto, tinha traços orientais e o cabelo era raspado como os dos soldados no exército.

Hazel Levesque era uma filha de Plutão vinculada mais a parte das riquezas do que a dos mortos, era uma garota baixinha com pele cor de chocolate, olhos cor de âmbar e cabelos belamente cacheados. O mais surpreendente de tudo isso era que ela simplesmente não era desta... geração? Década? Ela havia sido trazida dos mortos pelo irmão, simples assim. Titio não pode permitir que qualquer um saía do mundo dos mortos, e isso incluía seus filhos. Em que diabos ele estava envolvido? Não quero nem imaginar o que aconteceria se o Olimpo descobrisse.

O moreno se chamava Damon Weasley e era o irmão que havia trazido Hazel de volta a vida. Sua vida era monótona e sem graça e de repente dava um salto quando ele descobria ser um semideus. Sem contar que haviam mil e um buracos em sua história, o que era muito estranho. É normal que haja partes escondidas em histórias contada, mas mentais? Essa era nova. Ele me olhou como se houvesse percebido que eu o bisbilhotava. Revirei os olhos quando ele me dirigiu uma piscadela.

                Chegamos na principia, era um prédio muito bonito, na verdade o mais bonito dali uma cunha de dois andares, feita de mármore branco, com pórticos de colunas, como um banco à moda antiga. Guardas romanos estavam em frente a ele. Em cima da porta, estava um cartaz grande e roxo com letras SPQR douradas bordadas dentro de uma coroa de louros.

                O principia era mais impressionante por dentro. No teto brilhava um mosaico de Rômulo e Remo debaixo de sua mãe loba adotada, já havia ouvido essa história tantas vezes que nem podia mais contar (e nem vou comentar o quanto Rômulo e Remo era iguais a Marte). O chão era de mármore polido. As paredes estavam envoltas em veludo, então me senti dentro da tenda de acampamento mais cara do mundo. Ao longo das paredes estava uma exposição de cartazes e varas de madeira cravadas com medalhas e bronze – símbolos militares.

                No centro da sala, uma longa mesa de madeira estava repleta de pergaminhos, notebooks, tablets, adagas e uma tigela grande cheia de jujubas, que parecia estar fora do lugar. Duas estátuas de cães em tamanho real – uma prata e uma dourada – ladeavam a mesa. Reyna e Jason se sentaram atrás da mesa. Frank e Hazel me rodearam e os outros dois se postaram um de cada lado dos pretores.

                -Então... – eu disse e os cães rosnaram para mim. Eu os olhei e ambos abaixaram a cabeça, Reyna me encarou.

                -Quem é você? – Disse ela, eu a olhei sarcástica.

                -Marte já me apresentou se não notou, mas se é necessário eu repetir sou Pandora Jackson, filha de Netuno e ex - caçadora de Diana. – Ninguém pareceu gostar de meu sarcasmo, e eu não podia me importar menos com isso.

                -Fale direito garota – disse o magrelo – estas na frente dos pretores de Nova Roma, não de suas companheiras. – Revirei os olhos, com um assovio de meus lábios Aurum levantou-se e se pôs atrás de mim, sentei me em suas costas e ele não pareceu se importar. Os olhos de todos pareciam prestes a fugir de suas órbitas.

                -Ah, perdoe-me pela ignorância – falei muito falsamente, ainda encarando Reyna que parecia ter engolido um rato.

                -Este não é o ponto – disse Jason, voltei meus olhos para ele e o mesmo me encarou sério, mas não arrogante – Tens ideia que poderia ter matado Frank com aquele tiro?

                -A única ideia que tenho é que eu sei utilizar muito bem meu arco, a vida não foi arriscada pois as flechas nem sequer chegaram próximas a ele. E o mesmo pode afirmar isso. – Respondi, Jason olhou para o mais novo filho de Marte, que assentiu. Jason jogou o corpo para trás e suspirou.

                -Sua história não bate – disse o magrelo – Lady Diana não deixa uma garota sair de sua caçada, ao menos não intacta.

                -Diana – dei ênfase, sem utilizar o pronome de tratamento – não deixa que uma caçadora saia intacta se a caçadora quebre seu juramento. Eu não o quebrei, pedi para sair e ela me deixou – sem querer me gabar, mas um de meus melhores dons é mentir, outro é ficar calma ao falar com alguém que se acha superior. Nem Aurum e nem Argentum rosnaram ao ouvir minha mentira, eles tinham uma conexão comigo, já que fui eu que ajudei Vulcano a construí-los.

                -Como saberemos que não é uma inimiga?  - Disse o moreno, Damon, mas ele não s dirigia a mim e sim aos pretores. Esse garoto já estava me dando nos nervos com essa mania de falar sobre mim como se eu não estivesse próxima.

                -Se eu fosse uma inimiga, Marte os teria avisado, não acha? – Falei ríspida e ele focou os olhos negros em mim.

                -Outra coisa que não bate, se você era uma caçadora, por que um deus, homem, - ele deu ênfase no homem – se deu o trabalho de trazê-la até aqui? – Os outros se atentaram para ouvir minha resposta.

                -Talvez eu tenha sido um belo álibi, se você notou Marte não só me fez carrega-lo, como também reclamou o filho e deu um aviso. Eu posso ter sido o primeiro semideus que ele viu. Por que, em vez de fazer suposições ao meu respeito, não se concentra no que vosso patrono disse? – Respondi e todos me encararam estupefatos.

                -Por hora lhe daremos razão, Pandora – disse Reyna, - mas se for uma inimiga, está morta. – Ela disse ameaçadora.

                -Confie em mim quando eu digo que não sou uma inimiga – respondi me levantando e acariciando o cão dourado. – Vocês já estariam mortos se eu fosse uma.


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