O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 15
E quanto tempo demorará até que nos matemos?




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Pov ???

Era arriscado encontrar com ele no meio do dia, eu sabia disso e ele também, mas no momento era necessário. Ele estava no mesmo lugar de sempre, com a mesma postura relaxada e descontraída que me irritava. Mas não foi isso que me surpreendeu e sim a figura de manto negro ao lado.

—O que está fazendo aqui? – perguntei parando a uns três metros de ambos.

—Sua educação já foi melhor- ele me respondeu, e meu pai ao seu lado apenas riu. A fúria se alastrou pelo meu corpo, mas eu apenas cerrei os punhos e me calei. –A garota chegou ao acampamento Júpiter, e posso dizer que fez um reboliço bem grande. –Ele parecia impressionado.

—Se arriscou desse jeito apenas para dizer isso? Que Pandora chegou ao acampamento? – perguntei encostando-se á uma árvore.

—Ela tentou ler minha mente – ele falou.

—Conseguiu? – perguntei

—Não – respondeu.

—Então você só está aqui me fazendo perder tempo?

—Os deuses estão agindo de modo precipitado – falou meu pai, sem dar a mínima para eu e ele.

—Na verdade é bem cauteloso – falei. – Não havia entendido o porquê de a garota ter ido embora, agora entendi. Colocaram um em cada acampamento com o intuito de vigiarem todos os semideuses. Já tiveram um espião inimigo adentrando em um acampamento, devem temer a ideia de haver outro.

—Provavelmente – disse ele.

—As ordens continuam as mesmas: observar e pegar o máximo de informações possíveis se aproxime dos gêmeos o máximo que puderem, eles são um segredo muito bem guardado do Olimpo. – Meu pai falou.

—Um segredo no qual os olimpianos apostam metade de suas fichas? – ele disse. – Eles têm que ser muito bons no que quer que seja o que eles façam. – concordei com a cabeça. 

—Se me dão licença tenho algo para fazer – eu disse e saí. Ouvi o barulho deles sumindo.

Pov. Percy

Meu pai sempre disse que eu tinha que tomar cuidado com minhas emoções, já que elas estavam diretamente ligadas ao mar. Eu nunca havia me preocupado com isso, entre eu e Dora ela sempre havia sido a mais esquentada e a que tinha que ter mais controle, foram inúmeras vezes que ela havia perdido o controle e eu tive que arrumar sua bagunça.

Pensando nisso agora eu só consigo imaginar o quanto minha irmã fazia força para não arrancar minha cabeça com os dentes.

É uma sensação horrível ter que se controlar quando o controle já não habita mais em você. Consigo ouvir em minha cabeça as ondas furiosas se quebrando, destruindo tudo que viam pela frente, não deixando nada para trás além do caos.

Agora eu queria ser uma onda e destruir a criatura que ousou encostar um dedo em minha mãe.

Eu já havia arrumado as minhas coisas e agora eu estava sentando no chão com as pernas cruzadas, como um índio, e meditava. A Sra. O’leary estava esparramada em minha cama ao lado de minha mochila. Ouvi o barulho da porta abrindo e fechando com um baque forte, não abri meus olhos, sabia que era Max, que provavelmente demorou porque estava conversando com Thalia.

—Zoe quer conversar com você – ele disse e eu abri meus olhos – ela está te esperando no pinheiro de Thalia.

Ele foi ao banheiro depois disso, arrumou suas coisas e saiu dali com a mochila com nas costas, sabia que assim como eu, ele não queria papo.

Saí do chalé um pouco depois com Sra. O’leary ao meu encalço, os semideuses olhavam para ela como se vissem uma cabra de duas cabeças, imaginava a reação deles ao saber o que ela era realmente. Cheguei à colina meio-sangue e a Zoe já estava lá, agradeci aos deuses por isso.

—Acho que temos que conversar. – Eu falei sentando ao seu lado, ela me olhou com os olhos demonstrando culpa e abaixou a cabeça assustada quando sentiu uma lambida nas mãos.

—Sra. O’leary? – ela acariciou as orelhas da cadela. –O que ela está fazendo aqui? Como ela entrou aqui? – Ela deu mais ênfase à segunda pergunta.

—Acho que ela veio para me ajudar, meu tio deve ter a deixado aqui. – falei e peguei um galho ao meu lado, jogando-o longe, a cadela saiu correndo atrás do graveto.

—Desculpe-me por não ter lhe contado sobre os sonhos. –Ela não me encarava. –Na verdade foi só um sonho, era bem semelhante a visão que o oráculo nos mostrou. Foi noite retrasada, eu não falei porque você já tinha muitos problemas eu não queria de jogar em mais um.

Eu odiava ver Zoe acuada, sempre que isso me acontecia me lembrava da assustada princesa grega que eu e minha irmã havíamos salvado das mãos de um tirano sem escrúpulos. E agora encolhida contra aquela imensa árvore era como se eu estivesse vendo aquela cena de novo.

—Está tudo bem – eu disse colocando o braço sobre seus ombros. –Só não me esconda mais nada. –Ela assentiu e apoiou a cabeça em meu peito. Naquele momento não éramos caçadora e homem. Éramos melhores amigos se dando apoio, era a única coisa que eu precisava no momento. Logo Annabeth chegou e Zoe se afastou para conversar com a amiga.

Olhei o medalhão em meu peito, prometendo a mim mesmo que traria minha mãe de volta. A qualquer custo.

Pov Thalia

Cheguei na colina com Max ao meu lado, Annabeth conversava com Zoe e Percy. O engraçado era que nenhuma das duas parecia estar descontente com um homem ao lado delas. Annie eu até entendo, mas Zoe? A certinha e completamente obcecada pela caça, Zoe?

— Oi Annie, - cumprimentei e aos outros apenas dirigi um aceno com a cabeça.

—Olá Thalia – Percy falou se levantando. No mesmo momento notei um cachorro preto ao seu lado que abanou o rabo e latiu quando ele fez carinho em seu focinho. Annabeth também pareceu só ter notado agora.

—O que um cachorro está fazendo aqui? – Perguntei

—Cadela – disse Zoe, e eu a olhei com raiva.

—Como é que é? –falei me aproximando.

—O cachorro é uma cadela, uma menina, garota, do sexo feminino –disse a caçadora. – Quer mais sinônimos? – falou debochada.

Antes que eu conseguisse responder Max se intrometeu.

—Vamos acalmar os ânimos aqui – se colocou no meio de nós duas, até que Zoe se afastou.

—Sem discussões. Temos que ir – Percy começou a descer a colina.

—Temos que esperar Argus – disse Max.

—Não temos não – ele levantou a mão e uma chave prateada reluziu entre seus dedos.

—Quiron nunca liberou a chave para ninguém – falei.

Ele abriu a porta do motorista, me olhou e deu uma piscadela junto de um sorriso lind... Quer dizer irritante.

—Eu nunca estive no acampamento – e entrou.

Ao entrar no carro, sendo seguida pelos outros e pela cadela, perguntei-me se a prepotência era de família.

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Perseu dirigia bem, ele e Zoe estavam na frente enquanto eu, Annie e Max ficamos atrás, os três sendo encarado por uma cachorrona preta, que parecia nem sequer piscar.

—Ela me dá calafrios – disse a caçadora ao meu lado, bem baixinho.

—Ela não pisca! – falei, e como para zombar de mim, ela piscou bem lentamente, ainda me encarando.

Depois desse pequeno dialogo, andamos mais uma hora e meia até que eu abrisse a boca novamente.

—Você não acha isso estranho? – me referia à Perseu e Zoe, que muitas vezes cochichavam ente si.

—O que, exatamente? –Annabeth perguntou-me baixinho.

—Zoe. Não era ela que odiava os homens? Se lembra de quando a conhecemos? O que ela nos disse sobre... Luke? – eu odiava o fato de meu coração ainda se apertar quando eu falava daquele traidor.

—Lembro, e nenhuma de nós pode negar que ela estava certa. Luke acabou por quebrar nossos corações, não da maneira esperada, mas ainda assim, aconteceu. –Ela olhou para frente da van, aonde Zoe e Percy voltavam à mais uma série de cochichos.

—Acha que ela está apaixonada por ele? – Max ao meu lado se manifestou, falando baixo assim como nós. Por algum momento não gostei da suposição dele.

—Eu não sei – a loira falou. – Tudo o que eu sei é que nesses meses de caçada eu aprendi a confiar em Zoe, e em seu instinto também. Percy pode ser um desconhecido para nós, mas se Zoe, aquela que odeia homens, confia nele acho que ao menos lhe devemos um voto de confiança. Para concluirmos essa missão em sucesso. – Concluiu.

Ficamos o resto da viagem em silêncio. E por mais que eu quisesse confiar nas palavras de minha amiga, eu sentia que o que quer que Percy e Zoe tivessem, era algo muito maior e distante de algo que qualquer um de nós pudesse entender.

Não demorou muito mais e já estávamos em Mayland, Percy havia dirigido para o sul como um louco, ele mais do que ninguém, estava ansioso com essa missão. Questionei a mim mesma o motivo.

Paramos rapidamente em uma loja de conveniência, Percy não parecia cansado, mesmo tendo dirigido por horas a fio.

—Temos que nos dirigir rapidamente a oeste. – disse Zoe.

—Não sei por quê, mas acredito muito que devemos ir para Washington – disse Max. Não me surpreendi com isso, ele já havia comentado comigo sobre isso. Ele havia conversado com Grover, que com suas bolotas – seja lá o que isso significasse – havia feito uma espécie de magia ou sei lá o que, apontando para isso. Ele explicou algo assim a eles.

— Não gosto disso –Zoe disse. – Nós devíamos ir direto para oeste. A profecia disse oeste.

—Ah, como se suas habilidades de rastreamento fossem melhores? – rosnei.

Zoe se aproximou de mim com um passo.

—Contestas minhas habilidades, sua serviçal? Tu não sabes nada sobre ser uma Caçadora.

—Ah serviçal! Que raios é uma serviçal? – falei alto. – E não me venha falar de ser uma caçadora quanto você mesma não segue as regras à risca!

—Vamos acalmar os ânimos aqui – falou Perseu sem se abater por nossa discussão, levando o copo de café aos lábios. – Se vocês duas não se entenderem, simplesmente não conversem uma com a outra, à não ser que seja necessário. Evitem a todo custo discussões infantis. – A voz grave e calma me trazia arrepios. Por um momento senti falta de Pandora, ao menos com ela eu conseguia me entender. Nós duas possuímos uma personalidade semelhante, já com Perseu eu nunca sabia como contra argumentar quando ele falava com calma.

—Washington parece uma boa opção – falou Annabeth quando ninguém se manifestou, nós assentimos e voltamos para a van.


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