O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 13
Enfrento a Medusa 2.0 e a Medusa 2.2




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Pov. Pandora.

Górgonas tem uma raiva irritante com filhos de Poseidon e Atena. Como se fosse nossa culpa que Medusa tenha caído nas garras do libertino do meu pai.

—Uma filha de Poseidon – disse aquela que tinha cobras laranja no lugar dos cabelos. – Achou mesmo que disfarçando seu cheiro iria conseguir se esconder de nós? – ela não tinha aquele sotaque que força o s como eu sempre pensei que tivesse lá se foram meus sonhos infantis.

—Olhe aqui Medusa 2.0 e Medusa 2.2, eu não com tempo agora, mas quem sabe mais tarde a gente pode bater um papinho de filha de Poseidon para górgona. – falei e me virei de costas para ambas.

—Ultraje! – gritou a das cobras azuis – como ousa dirigir-se a nós de maneira tão...

—Ah cale a boca – desembainhei minha espada, me virei e a cortei ao meio sem deixar que ela terminasse sua frase. A outra soltou um arquejo ao ver o pó dourado se espalhar pelo chão do beco em que elas haviam me encurralado. Ele não era muito distante da entrada do acampamento Júpiter, se eu atravessasse a avenida, corresse por uma colina e atravessasse um túnel eu estaria no acampamento. Pensando bem, não é tão próximo quanto eu imaginei.

—Esteno! – gritou a outra. Ela me encarou com raiva e correu furiosamente em minha direção. Antes que suas garras chegassem perto de mim fiz um movimento com meu pulso e ela foi atingida no peito pela minha espada. Uma chuva de pó dourado caiu sobre o asfalto.

Virei-me de costas e comecei a andar para fora do beco quando o barulho de sibilos de cobras me fez parar e olhar para trás. Minha boca se escancarou.

O pó dourado estava flutuando, se reconstituindo novamente na forma das gorgonas, consegui ouvir suas risadas.

—Achou que seria tão fácil assim, filha de Poseidon? – perguntou a de cabelos laranja.

—Na verdade sim, mas vendo agora, qual seria a graça? – estava em posição de batalha.

As duas correram em minha direção com as garras a frente, prontas para arrancar um pedacinho de mim. Desviei-me do ataque da primeira me abaixando e me colocando de lado. Elas não tinham um plano. A primeira vem com as garras estendidas que foram bloqueadas pela minha espada, distrai-me com o choque e quase não consegui do ataque da segunda pelas minhas costas, saltei para trás e bati com o quadril em uma caçamba de lixo.

—Você não tem chances contra nós, criatura do mar – disse uma delas, agora eu nem me preocupava em saber quem era quem.

—Obvio que ela não tem chances contra nós Esteno – disse a outra. – Somos as temidas gorgonas. – Mas que droga, elas acham que isso é aqui Naruto para elas ficarem falando no meio de uma luta?

Fui rápida, pulei sobre a caçamba e chutando a lateral de uma delas, acertando a outra com minha espada a fazendo virar novamente pó. A que eu chutei se desequilibrou e caiu por cima de um monte de sacos de lixo, não dei tempo dela se recuperar e logo enfiei  a espada em seu peito. Saí correndo depois disso, não me orgulho, mas em todos esses anos nessa indústria vital essa é a primeira vez que isso me acontece.

Atravessei a avenida na velocidade de Hermes, tendo que desviar de alguns carros que não entendem que minha cabeça é um premio para duas cobras que não morrem. Ouvi o bater de asas aceleradas, olhei para trás e vi que ambas já haviam se reconstituído e estavam voando atrás de mim. Corri por aquela colina parecendo-me com um borrão, do lado oposto da rua onde fica túnel que era a entrada do acampamento parei por um segundo para recuperar o fôlego. Minhas pernas pareciam que iam virar gelatina e meus pulmões imploravam por mais uma golfada de ar.

—Uma moça jovem correndo tão desesperadamente não deve ser um bom sinal. Prazer me chamo Fred – Era um mendigo, ao menos se parecia com um.  Uma barba negra, suja e grande, assim como os cabelos, tampava mais da metade de seu rosto vermelho, tinha olhos castanhos escuros e vestia-se com maltrapilhos.

—Com certeza não. – eu disse ficando ereta.

—Você pode me ajudar a voltar para casa? – Ele perguntou.

—Não tenho tempo agora. – Respondi seca, ele não era um monstro, mas sou completamente desconfiada com aqueles que puxam assunto no meio da rua.

—Mas será muito fácil, é somente atravessar aquele túnel. – ele apontou para a entrada do acampamento. Olhei para ele e a verdade pairou em minha mente.

—Que deus é? – ele sorriu e olhou para trás de mim, olhei por cima do ombro e vi que as górgonas já estavam muito próximas, com a conversa não escutei o barulho de suas asas.

—Terá que descobrir Panda. Mas terá que me ajudar, eu não estou em boas condições –, mostrou os pés gordos e cheios de machucados, fiz um careta. – Não quer voltar para casa pequena Panda? - Eu coloquei seu braço direito por cima de meus ombros e comecei a andar em direção ao túnel. Havia dois semideuses com armadura romana completa guardando a entrada, eles nos viram chegando e, pelas suas expressões também viram as górgonas.

—Frank leve-os para dentro, eu as distraio. – falou o da esquerda, que agora eu percebi ser uma menina. O outro, Frank, não pareceu gostar, mas nos ajudou a entra no túnel e nos guiou até Nova Roma.

O túnel atravessava a rocha sólida, com a largura e altura de um corredor de escola. Primeiro parecia com um túnel de manutenção, com cabos elétricos, placas de perigo, lâmpadas ao longo do teto. Enquanto corríamos para o fundo da colina, o chão de cimento se tornava mosaicos de azulejos. As luzes mudavam para tochas, que queimavam, mas não soltavam fumaça. Alguns metros a frente, vu um retângulo de luz do dia.

—Deixe-me ajudá-la – me ofereceu o garoto corpulento de quem eu não podia ver o rosto. Ele apoiou o outro braço do “mendigo” em seus ombros, colocando a maior parte do peso do terceiro em cima de si. Ele não me perguntou porque eu andava com um mendigo e isso me fez pensar em contas coisas estranhas ele já tinha visto.

—Muito obrigado meu filho – disse o outro dirigindo um sorriso banguela para o garoto, não consegui pensar a respeito, pois um grito da garota e um barulho de algo grande caindo me fez parar de me dispersar. O túnel tremeu e conseguiu ouvir gritos estrangulados, reconheci sendo o das górgonas. 

—Será que ela está bem? – perguntei ao garoto.

—Espero que sim. Ela boa com o subterrâneo. – ele me respondeu acelerando o passo, acelerei com ele. A luz no fim do túnel ficou mais forte e finalmente saímos a luz do sol.

Sob meus pés estava um vale em forma de tigela de vários metros de largura. O chão do vale estava repleto de pequenas colinas, planícies douradas e trechos de floresta. Um pequeno rio claro desaguava em um lago no centro e circundava o perímetro.

No centro do vale, abrigada pelo lago, estava uma cidadezinha com edifícios em mármore branco com telhados vermelhos. Havia uma praça com colunas independentes, fontes e estátuas. Um coliseu romano de cinco andares brilhava no sol, perto de uma longa arena oval como pista de corrida.

Do lado sul, outra colina estava adotada de diversos templos. Pontes de pedra atravessavam o rio como se transpassassem o vale, ao norte uma longa linha de arcos estendidos saia das colinas rumo à cidade, devia ser um aqueduto.

A cerca de trezentos e vinte metros, do outro lado do rio, havia um tipo de acampamento militar. Tinha cerca de um quilometro  quadrado, cercado por muralhas de todos os lados.

Um portão aberto no lado distante do acampamento levava na direção da cidade. Uma porta fechada mais estreita estava à margem do rio. Dentro, a fortaleza fervilhava de atividades: dúzias de crianças indo e voltando de quartéis, carregando armas, polindo armaduras. Ouvi o barulho de martelos na forja e o cheiro de carne cozinhando na fogueira.

—Bem vindos ao Acampamento Júpiter – Frank falou. –Aqui estamos a sal...

Passos ecoaram no túnel atrás de nós. A garota saiu na luz. Ela estava coberta por poeira de pedra e ofegava. Tinha perdido o elmo, então seu cabelo encaracolado caía pelos ombros. Sua armadura tinha longas marcas de corte na frente.

—Eu as atrasei um pouco – ela disse. – Mas estarão aqui em segundos. – Frank ao meu lado resmungou enquanto o mendigo ainda se mantinha sorridente.

—Temos que atravessar o rio – disse Frank.

Cambaleei levemente quando ele se virou bruscamente em direção ao rio. Chegamos à margem do rio e eles pararam um pouco para recuperar o fôlego. A correnteza era rápida, mas o rio não era fundo. Frank se soltou do braço pesado de “Fred”, me fazendo envergar a coluna levemente.

—Vai Hazel – Frank tirou duas flechas de sua aljava, que eu nem havia notado. –Escolte os para a entrada em segurança. É a minha vez de segurar essas criaturas. – a garota assentiu e se dirigiu ao rio comigo ao seu lado.  No topo das torres de vigia, trompas soaram.

Entrei no rio. Ele era mais gelado do que eu esperava. Uma nova onda de força se alastrou por meu corpo. Meus sentidos formigaram, como se eu tivesse acabado de tomar cem copos de café. Cheguei ao outro lado e ajudei Fred a subir na margem enquanto os portões do acampamento se abriam.

—Frank! – A garota, Hazel, gritou.

Frank estava na metade do rio quando as Górgonas o pegaram. Elas desceram do céu e o agarrou, uma em cada braço. Ele gritou de dor quando as garras rasgaram sua pele.

As sentinelas gritaram, mas elas estavam sem mira. Qualquer tiro poderia matar Frank.

Só havia um jeito.

Tirei rapidamente meu colar em forma de cobra do pescoço e logo ele se transformou em um belo arco dourado, minha outra mão foi para o pircing em minha orelha que com um toque se transformou em uma aljava preta cheia de flechas, consegui ouvir os gritos de surpresa dos outros. Posicionei duas flechas no arco e antes que alguém me impedisse, atirei.

Um tiro. Dois alvos. Duas flechas. Dois acertos.


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