O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 12
O que é o Tártaro perto de São Francisco?




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Pov Pandora

O Tártaro não deve ser um lugar legal, eu nunca estive lá, mas já estive próximo o suficiente de sua entrada para ouvir os gritos agoniados dos monstros lá dentro, e somente isso já me fez ficar sem dormir por alguns dias. Mas não é essa a questão, a verdade é que eu realmente não faço a mínima ideia de como é o grande Abismo, mas se eu fosse comparar com algum lugar eu diria que o Tártaro é uma versão de São Francisco com o céu vermelho.

Sério essa cidade parece um formigueiro de monstros de todos os tipos, você olha para um lado tem uma dreacne olha para o outro tem um cão infernal. Eu havia escondido meu cheiro com um pouco de névoa para não me incomodar com os monstros.  Eu estava sentada em uma mesa fora de um café local, eu estava perdida em meus devaneios  quando olhei para a cadeira da frente e vi meu tio de uma maneia engraçada.

Hades,o rei do Submundo, o mais temido deus da antiguidade, estava ali na minha frente vestido como um motoqueiro dos anos 80, estilo John Travolta com um pequeno gatinho amarelo em seu colo. Fiz um esforço descomunal para não rir até a minha barriga doer.

—Fala tio – eu disse com um sorriso risonho. – o que Bob está fazendo com você?

—Você o deixou comigo há um tempo – ele disse acariciando o pelo alaranjado do pequeno “gato” – mas não me surpreende você não se lembrar. – dei de ombros.

—Qual é o motivo da visitinha? – perguntei. – tenho certeza que não é para falar sobre o meu gato.

—Você já foi mais educada – ele continuou a acariciar o gato, que ronronava em seu colo.

—E você mais direto – revidei, e pela primeira vez ele me olhou, pude ver chamas negras e apavorantes em seus olhos escuros, e em um ato de imprudência apenas levantei uma sobrancelha, ele me direcionou um sorriso mórbido que a há muito tempo eu perdi o medo.

—Estou esperando – falei batucando os dedos na mesa, recebendo em troca uma risada de meu tio, um pouco sinistra, mas ele sendo quem é, não era nada surpreendente.

—Eu tenho u... Quer dizer dois filhos no acampamento Júpiter – ele disse tossindo na metade da frase  - Acredito que serão de grande valia caso precise de alguns informantes.

—Mais algum filho perdido por ai titio? – o que seria de mim sem o sarcasmo? O garçom trouxe meu café e cupcake e ofereceu algo ao deus que negou com a cabeça. – você sabe que eu não confio nas pessoas, principalmente as que eu não conheço, e isso se implica á seus filhos também. – ele assentiu, parecendo já esperar esta resposta, beberiquei meu café, ainda o olhando. Tinha a impressão que ele me escondia alguma coisa, e o pior, que ele não iria me contar.

—Bem isso era tudo, vou deixar esse bicho aqui com você, talvez ele a ajude – ele disse, mas eu sentia que ele queria falar mais.

—Tio, o que mais quer me falar? – perguntei e seu olhar, que até então estava focado na rua, se virou pra mim, e pela segunda vez na conversa ele não pareceu surpreso com a pergunta, mas dessa vez ele sorriu.

—Você sempre foi muito perceptiva – ele se levantou e perdeu o sorriso me olhando com o semblante sério – Mas eu não posso falar sobre isso com você, não até ter certeza de que tudo está claro – a expressão pensativa voltou a seu semblante. – Na hora certa você irá saber.

—Meu pai sabe não é mesmo? – desta vez ele pareceu surpreso, nem eu sei da onde tirei isso, foi como um tiro no escuro, que aparentemente deu certo. Sorri. – Ele sabe não é mesmo? – ele não respondeu, mas o silencio respondia por si só. Estava pronta pra fazer mais perguntas, mas quando vi meu tio já não estava na cadeira, apenas Bob, que encarava meu bolinho. Com esta história, esqueci-me de perguntar se ele já havia assumido Nico e Bianca. Joguei o bolo para o gato que comeu de uma vez e tomei um gole do café – Querido titio, quem não deve não teme. – uma irritante pulga ficaria atrás da minha orelha por muito tempo.

POV Percy

Depois daquela profecia eu não consegui dormir, fiz esforços descomunais para não chorar durante a noite, pois eu não queria dar explicações para Max, ver minha mãe acorrentada é uma cena que provavelmente eu não esqueceria pelos próximos cem anos. Depois que a profecia foi citada, Quiron mandou todos nós para os chalés e marcou uma reunião para hoje antes do café da manhã, fiquei imensamente tentado a contradizê-lo, mas me contive isso acarretaria muitas perguntas, das quais eu não poderia responder.

 Eu ainda estava deitado na cama, e baseado nos poucos raios solares que batiam na cortina já devia de serem 6 horas e pouco da manhã. Ouvi alguns barulhos, como arranhões na porta e fui ver o que era. Abri a porta e não vi ninguém e quando fui fechar a porta ouvi um latido, olhei para baixo e vi um cão adulto da raça rottweiler abanando o rabo com a enorme língua de fora.

—Sra. O’leary!? – exclamei e a cadela pulou em meu colo, como se ainda fosse um filhote, por causa de seu peso eu caí dentro do chalé e não contive o riso ao ver a cadela pulando e me lambendo. Vi pelo canto do olho que Max já havia acordado e encarava a cena atordoado, mas, contrariando a minha expectativa, ele apenas deu de ombros e se dirigiu ao banheiro.

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A reunião dos semideuses, diferentemente do que eu imaginava, era na sala de jogos, com uma fileira de cadeiras ao redor da mesa de ping – pong, eu e ao meu lado Max estávamos sentados e quietos enquanto os outros conversavam ou se desfiavam. Thalia e Spencer estavam sentados ao lado de Max, respectivamente. Assim como eu e meu meio irmão, ambos também puderam vir, já que nossos chalés só têm dois membros. Quando todos já estavam acomodados, e antes que qualquer um pudesse se quer pensar, Zoe falou.

—Isto é inútil – ela falou com os olhos faiscando – Nossa deusa precisa de nós. As Caçadoras devem partir imediatamente! Desde que chegamos venho tendo sonhos com Lady Artemis.  O que quer dizer que faz um tempinho até ela estar aprisionada  – eu sabia que Zoe possuía um carinho muito grande por minha mãe, assim como a maioria das caçadoras, e ela estava preocupada, mas senti a raiva vir, ao imaginar que ela me queria longe desta missão, sem contar o fato que ela havia omitido que havia tendo sonhos com minha mãe. Eu fazia uma força descomunal para não estourar alguns canos e afogar todo mundo.

— E ir para onde? – perguntou Quiron.

—A oeste – disse Phoebe que veio junto de Zoe, Annabeth e uma tal de Ananda para a reunião.

— Isso mesmo! – concordou Annabeth. – Você ouviu a profecia “A oeste cinco buscarão a deusa acorrentada”. Podemos reunir cinco caçadoras e ir imediatamente. – Ela tinha liderança e uma postura firme para uma novata, mas por mais que eu admirasse estas características em alguém, a fúria em talvez for deixado fora dessa missão me fez falar.

—Se notou este verso, também notou que “campistas e caçadoras cada um brilha” – ela me olhou surpresa. Acredito que ela não esperava que alguém contestasse sua atitude. – O que quer dizer que não são somente Caçadoras que devem ir.

—Nós somos Caçadoras, não precisamos de sua ajuda – disse Ananda.

—Vocês talvez não, já lady Ártemis é outra história. – retruquei.

—Perseu tem razão – disse Quiron. – Campistas e Caçadoras devem cooperar.

—Ou será que não? – disse Dionísio. – “Um se perderá na terra ressacada” parece meio sombrio, e se um deles morrer por terem que ‘cooperar’?

—Sr. D, sem querer ofender, mas de que lado você está? – disse Quiron, Dionísio deu de ombros e não respondeu.

—Nós devemos trabalhar juntos - disse Thalia teimosa. – Eu também não gosto disso, mas eu conheço profecia e sei que não quero lutar contra elas. – A garota não respondeu.

— Não devemos nos atrasar – Quiron avisou. – Hoje é domingo. Nesta sexta-feira, vinte e um de dezembro, é o solstício de inverno.

—Ah, que prazer – Dionísio murmurou. – Outra chata reunião anual. – Fiz uma careta, mentalmente concordando com ele.

—Ártemis deve estar presente no solstício – Zoe falou. –Ela tem sido uma das mais atuantes no conselho, argumentando sobre... O assunto em pauta. – Notei a hesitação em sua voz.

—Se ela estiver ausente os deuses não vão conseguir decidir nada – eu falei, recebi alguns olhares amedrontados dos outros campistas, outros de surpresa.

—Você está sugerindo que os deuses têm problemas em agir juntos, Perseu? – Dionísio perguntou.

—Sim – respondi. Sr. D balançou a cabeça.

—Apenas conferindo. Você está certo, é claro. Continue.

—Devo concordar com Zoe e Percy – disse Quiron. – A presença de Ártemis no conselho de inverno é de suma importância. Nós temos apenas uma semana para achá-la. E possivelmente ainda mais importante: localizar o monstro que ela estaca caçando. Agora, devemos decidir quem vai nessa missão.

—Três e dois – falou Max, que até então estava em silêncio. – Três do acampamento e duas caçadoras. – Annabeth fez que ia protestar. – É melhor ir mais campistas, não haverá perigo de o emocional interferir.

—Ele tem razão – falou Quiron e as caçadoras assentiram a contragosto. –Agora quem irá?

—Eu vou! –Falou Thalia e Zoe meio a resignada assentiu.

—Eu também! – disse Max, Zoe o encarou seriamente e negou.

—Não vamos ir a uma missão com um homem. – Disse Zoe seriamente.

—Serei de grande ajuda – disse Max firme.

—Faça uma gracinha e será jogado aos lobos. – Zoe cedeu – eu e Annabeth iremos também. Phoebe ficará no meu lugar no comando. – Ananda  e Phoebe assentiram

 -Agora quem será o quinto membro? – disse Quiron já me olhando

—Eu vou! – Falei rapidamente, mas não muito para não desconfiarem. Quiron assentiu.

—Você não pode ir. É um novato – disse Clarisse, uma filha de Ares.

—Você fala isso porque não o viu lutando – disse Spencer bem-humorado.

—Percy ir ou não é decisão das caçadoras. –Disse Quiron.

—Como se ele se importasse com a decisão das caçadoras – disse Dionísio, eu o encarei com raiva, ele apenas deu de ombros.

—Percy virá conosco – disse Zoe, os outros pareceram surpresos, mas nada falaram.

—Ótimo. – disse Quiron – Agora vão arrumar suas coisas, vocês partem em uma hora. –assentimos e saímos


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