O General e a Princesa do Olimpo (Hiatus) escrita por Nightmel28


Capítulo 11
Como Encontrar Uma Amiga Meia Morta




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POV AUTORA

Á noite no acampamento já havia chegado, deixando o clima de empolgação pré-batalha. De um lado as caçadoras -as vinte e cinco delas- afiavam as flechas com sorrisos maliciosos. Do outro lado, os campistas vestiam as armaduras e pegavam as armas no chalé de Hefesto. O time do acampamento estava bem dividido com: cinco campistas de Apolo, dois de Zeus, dois de Poseidon, um de Afrodite, quatro de Atena, cinco de Ares e seis de Hermes.

—Vai ficar assim: Chalé de Hefesto na defesa junto com o de Afrodite, chalé de Atena ataca pelo meio e o de Apolo os cobre por cima, chalé de Ares ataca pela esquerda, chalé de Hermes ataca pela direita – dizia Charles Beckendorf, recebendo a atenção de todos – E o chalé de Zeus se divide entre defesa e ataque assim como o chalé de Poseidon. – Todos concordaram com a cabeça. Entre os filhos dos três grandes foi decidido que Percy e Thalia ficariam no ataque enquanto Max e Spencer ficariam na defesa.

O pessoal do acampamento estava tenso, todos conheciam a fama que as caçadoras possuíam, sem contar que de sessenta caças a bandeira entre os campistas e as mesmas, elas haviam ganhado cinquenta e seis vezes. A noite parecia querer fazer o jogo o mais emocionante possível, estava clara e sem nenhuma nuvem no céu, com a lua cheia iluminando toda a grandiosa floresta. A floresta, que era bem aberta, não aparentava ser um lugar divertido, as árvores faziam grandes sombras, que lhe davam uma aparência sinistra.

—Hey Percy – dizia o pequeno di Ângelo olhando para o seu mais novo “herói” – isso é muito legal não é? Tipo a gente até parece aqueles heróis da antiguidade. – o menino falava empolgado, enquanto o filho de Poseidon ria de suas palavras e Bianca tentava fazer o irmão ficar quieto. Os irmãos di Ângelo eram dois dos membros do chalé de Hermes que iriam participar da ‘batalha’. Percy achava o pequeno bem divertido, até o menino falar sobre Pandora, fazendo assim o filho da lua parar de rir e o clima ficar tenso. Não demorou muito para Quíron, com Dionísio ao seu lado, bater um casco no chão e chamar a atenção dos campistas.

—Heróis! – ele chamou. –Vocês sabem as regras! O riacho é a fronteira. Time azul, Acampamento Meio-Sangue, deve pegar a floresta oeste. Caçadoras de Ártemis, o time vermelho, devem pegar a floresta leste. Eu e o Sr.D seremos os árbitros e médicos do campo de batalha. Nada de mutilações intencionais, por favor! Todos os itens mágicos estão permitidos. Para suas posições!

—Time azul, em frente! – Gritou Thalia e todos começaram a correr, seguindo-a.

O time azul posicionou sua bandeira no punho de Zeus. A rocha do topo possuía seis metros de altura e era difícil de escalar. A bandeira estava visível e não havia problemas para os guardas, que ficavam uns nove metros de distancia dela.

O sinal da concha soou, dando assim inicio a caça a bandeira.

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Percy e Thalia estavam próximos do riacho, eles haviam ficado um bom tempo somente observando a movimentação de todos os lados, para então decidiram-se em que lado o terreno estava mais livre, ambos optaram em ir para o meio, pois ali os campistas de Apolo conseguiriam avistar inimigos mais facilmente, e assim poderiam os avisar. As caçadoras já mostravam a que vieram, em quinze minutos já haviam incapacitado dez campistas com suas redes e flechas com gás, já os campistas tinham incapacitado metade disso.

O filho de Poseidon e a filha de Zeus estavam fazendo o mínimo de barulho possível, aproveitando-se das sombras para ficarem ocultos. Até que uma flecha de prata foi atirada na frente deles.

—Sinto muito Thals, Percy, mas daqui vocês não passam! – disse Annabeth descendo de um galho mais baixo de árvore.

—Vejo que sua mira esta melhor Annie – disse Thalia batendo em seu bracelete, formando assim Aegis e retirando de seu bolso uma lata de spray que com um chacoalhar transformou-se em uma lança. – Mas meu manejo com a lança também está. – e correu em direção a amiga.

Annabeth já estava preparada para uma ofensiva da amiga, e rapidamente começou a atirar flechas, que eram repelidas por Aegis. Thalia tinha vantagem, pois era acostumada a lutar com a lança enquanto a amiga ainda se acostumava a usar o arco e flecha. A morena chegou rapidamente na frente da caçadora, que desembainhou uma adaga mais longa, defendendo-se da lança da amiga com a mesma. A luta, agora, estava mais equilibrada, Annabeth lutava com maestria junto com sua adaga, defendendo e atacando nas horas propicias para cada um. Thalia era mais afobada, como possuía Aegis , ela não se preocupava muito com sua defesa, atacando de frente com a lança. Percy que estava mais no canto, atravessou o riacho, entrando no território inimigo, deixando as amigas lutando para trás.

Ele corria desviando-se das armadilhas que as caçadoras plantaram, que variavam de redes a bombas de gás. Não demorou muito para que seus olhos astutos avistassem onde estava a bandeira. Diana e Phoebe eram as guardas da mesma, ambas deram sorrisos maliciosos, elas não estavam dispostas a facilitarem para o amigo.

O moreno sacou contracorrente e Diana desembainhou uma Makaira do cinto, enquanto Phoebe subiu em um galho mais ou menos alto e preparou o arco. Diana correu em direção ao amigo, tentando um ataque pela esquerda que foi repelido pela arma do moreno. Ambos começaram uma dança mortal. Ela atacava, ele defendia. Ele atacava, ela desviava. Phoebe começou a atirar algumas flechas, miradas nas pernas do garoto, que desviava dando saltos e cambalhotas. O garoto sabendo que não poderia ficar muito tempo nesse ‘chove não molha’, corre rapidamente em direção a Phoebe, Diana que não estava prepara para esse movimento fica em duvida, mas corre atrás dele. Percy pega impulso na árvore em que Phoebe estava empoleirada, apoiando-se no galho em que Phoebe estava e dando impulso chuta as costas de Diana e desequilibra Phoebe, fazendo-a cair ao lado da amiga. O garoto corre e pega o arco e duas flechas, atirando-as na direção das caçadoras, acertando seus casacos e assim as prendendo no chão.

—Não vai ser dessa vez meninas- ele disse pegando a bandeira, ouvindo os resmungos das mesmas. Ele saiu correndo em direção ao riacho, vendo pelo canto do olho que Thalia e Annabeth ainda estavam na sua luta particular. Ele correu mais rápido, quase na velocidade de Hermes. Gritos de raiva ecoaram do outro lado do riacho, Zoe havia pego a bandeira do outro lado e ambos corriam em direção do riacho, os olhares deles se encontraram e ambos sorriram de maneira arrogante, correndo o mais rápido que suas pernas podiam aguentar. Eles pularam quase ao mesmo tempo, mas  quem venceu ficou claro.

—O acampamento Meio-Sangue venceu – disse Quíron, parecendo incrédulo.

O acampamento inteiro gritou em vivas, colocando Percy sobre seus ombros, comemorando, enquanto as caçadoras não escondiam seu desagrado e revolta. Zoe se pôs na frente de Percy, que já havia descido, fazendo todo o acampamento ficar em silêncio.

—Foi uma bela luta – ela disse estendendo a mão para o moreno, que não a apertou. O filho de Poseidon encarava a figura que estava se aproximando atrás da caçadora. Estava imerso numa tenebrosa névoa verde, mas enquanto passava campistas e Caçadoras se sobressaltavam.

—Isto é impossível – Quíron disse nervoso, enquanto Dionísio ao seu lado encarava tudo com tédio. – Aquilo... Ela nunca deixou o sótão. Nunca.

A múmia assustadora que carregava o oráculo vacilou para o lado até ficar de frente a Perseu e Zoe. Neblina circundava  de seus pés até seu peito, fazendo um reflexo esverdeado na pele de Percy e Zoe.

Ninguém se atreveu a mover um músculo. Então sua voz sibilou na cabeça de todos, alguns semideuses apertaram suas mãos contra os ouvidos.

—Eu sou o espírito de Delfos – a voz falou. – Orador das profecias de Febo Apolo, matador da poderosa Píton.

O oráculo fitou Percy, sua caveira sem globos oculares parecia sorrir ao rever um velho amigo. Então ela se virou em direção a Zoe Doce-Amarga.

—Aproxime-se, Caçadora, e pergunte. – a voz sibilou.

Zoe engoliu em seco.

—O que eu devo fazer para ajudar minha deusa? – ela perguntou com a voz firme,  recebendo um olhar surpreso e irritado do amigo ao lado.

A boca do Oráculo se abriu, e névoa verde espalhou-se para fora. Foram vistas a imagem de uma montanha, e uma mulher em pé no pico árido. Era Ártemis, mas ela estava presa em grilhões, acorrentada às pedras. Ela estava se ajoelhando, suas mãos levantadas como para se defender de um atacante, e parecia que ela estava com dores. O Oráculo falou.

A oeste, cinco buscarão a deusa acorrentada

Um se perderá na terra ressecada

A desgraça do Olimpo aponta a trilha

Campistas e Caçadoras, cada um brilha

A maldição do titã um deve sustentar

E pela mão do pai, um irá expirar.

Então, enquanto todos olhavam, a névoa rodopiou e recuou como uma grande serpente verde para dentro da múmia. O Oráculo se sentou numa rocha e ficou parado, como se tivesse sentado perto do riacho por cem anos.


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