Start Over escrita por MBS


Capítulo 28
Respire e Acorde


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e fresquinho, lembrei que estava salvo no meu e-mail e eu havia esquecido de terminar/postar. Me perdoem, mas prometo que de agora em diante vale a pena e eu estarei me esforçando para encerrar a história. Amo vocês!



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Ponto de Vista - Abigail

 

Ao chegar em casa logo notei a diferença, havia na frente de casa três carros pretos estacionados, notei que os homens que ainda estavam dentro dos mesmos acenaram para meu pai, ao entrar em casa me deparei com mais três homens na mesa de jantar com seus notebooks, vários fios e telas a mais estavam ligados e os três estavam encarando, em uma espécie de análise sobre elas. 

— Estes são: Marcos, Benedict e Tom – a cada nome que ele falava faziam um aceno de cabeça para mim – eles a partir de hoje ficam de uma forma bem recorrente aqui para proteger vocês. 

— Será mesmo necessário tanto só pra isso, pai? - pedi meio envergonhada, até porque era eu quem havia colocado todos naquela situação. Além me meu pai, os três me encaravam. Pelas suas fisionomias eram mais velhos que Guilherme, com exceção de um quarto homem que estava na cozinha e ainda não havia sido apresentado, ele aparentava ter a idade de Gui.

— Quando você me contar a integralidade o que está acontecendo, e o porquê de tudo isso, que eu imagino que você saiba, eu saberei como agir, mas agora, eu estou meio cego aqui, então preciso que me ajude a te ajudar Abby. 

Vi que a porta da frente foi aberta, entrando Sophie acompanhada de Guilherme e Bianca logo atrás. 

— Bianca, fiquei sabendo que está morando aqui agora, conseguiu então conquistar mais do que só a amizade da minha filha - meu pai falou sorrindo para ela, já ela parecia analisar qualquer movimento que ela considerasse ameaçador, Bia poderia ser forte a maior parte do tempo, mas quando se sentia ameaçada ela partia para a defensiva, mesmo para quem a conhecia parecesse uma criança querendo fugir dali para as montanhas – Finalmente alguém conseguiu conquistar você, achei que eu devia perder as esperanças de alguém derreter esse gelo – encarou Guilherme que ficou vermelho, enquanto eu e Sophie começamos a rir, recebendo um olhar nada agradável de nosso irmão mais velho. 

— Pelo jeito sim senhor Montgomery – ela disse estendendo a mão em cumprimento, e logo meu pai a puxou para um abraço laMontgomery’s. Vi que seu olhar me pedia socorro e logo a puxei para meu lado. 

— Valeu pelo comentário Major, agora eu posso saber o que está acontecendo e o motivo de tudo isso na minha casa? 

— Longa história Gui, e tem a ver com Carter – falei dando um longo suspiro e vendo meu irmão se tornar o irmão protetivo novamente. 

— Ele te fez alguma coisa? Você falou com ele? - Dessa vez quem pediu preocupada foi Bianca. 

— Não e não… só que um carro dos amigos dele apareceu no hospital, liguei pro papai ir me buscar e ele nos seguiu. Major conseguiu despistá-lo. Agora eu sei de onde você puxou seu sangue para os rachas. 

— Quem é Carter? - vi que meu pai prestava atenção na conversa – Como eu te disse Abby, eu estou meio cego aqui, preciso do máximo de informações possíveis. 

— O ex-namorado psicopata dela – quem falou foi Guilherme. 

— Por que psicopata? 

— Longa história pai, e eu estou cansada, meu dia foi longo e estava ótimo só por saber que Bernardo está finalmente acordado e eu tenho um fio de esperança que conquistar meu namorado novamente, então não acabe com meu dia bom pelas minhas merdas do passado. 

Falei me recostando no sofá, vi que Bia sorria para mim. Ela parou ao meu lado novamente e me encarou para que eu continuasse a contar as novidades, enquanto meu pai e Guilherme se afastaram, provavelmente meu pai ia conseguir informações com outra pessoa que não fosse eu. 

— Então ele acordou? 

— Sim, hoje logo que cheguei da escola fui pra lá, ele teve uma parada cardiorrespiratória e enfim, ele acordou, tivemos uma reunião com o médico e voltei agora de lá, resolvi não esconder o que somos, mas estou indo devagar com isso. 

— Isso é ótimo Abby. 

— Eu sei, esqueci de avisar você sobre as novidades, na verdade esqueci que eu tinha celular pra isso, mas né, tá sendo normal para mim isso nos últimos tempos. 

— Mas e como ele reagiu a tudo isso? 

— Melhor do que eu esperava, ele ainda tem aquele brilho no olhar Bia, do meu Bernardo mesmo, e me pareceu certo não esconder dele o que vivemos, no caso, que estamos juntos. 

— Siga o que você achar que é o melhor para vocês Abby, e fico muito feliz por vocês, mesmo. Seu brilho voltou, até suas olheiras parecem ter diminuído. - dei um sorriso amarelo para ela. 

Escutamos batidas na porta e fui atender, notei que os homens do Major já ficaram atentos. Quando abri a porta me deparei com o pai de Bianca parado na frente da mesma. 

— Senhor Cortez – cumprimentei-o e dei espaço para que entrasse – entre, por favor. 

— Obrigada Abigail, e é só José, ou Antônio, você sabe disso – vi que seu olhar parou em Bianca – olá filha. 

— Oi pai – ela disse retraindo um pouco os ombros. 

— Vim para falar com seu pai Abigail, sabe me dizer onde eles estão? 

— Ah, claro. Me siga por favor. - Me dirigi até o escritório que havia na casa, dei leves batidas na porta e a abri. - Pai, o senhor Cortez chegou. 

— José Antônio, quem é vivo sempre aparecera 

— Você quem parou de me convidar para sairmos 

Ambos se cumprimentaram em um abraço meio másculo demais para o que eu estava acostumada a ver. Eu e Guilherme ficamos encarando a interação entre os dois. 

— Mas bem, o assunto é mais sério. Abby feche a porta – quando fui sair meu pai me chamou novamente – Preciso que fique, filha. 

Andei e parei atrás de Guilherme, coloquei minhas mãos sobre seus ombros. 

— Bem, o nome que você me passou meus garotos já deram uma olhada e reconheceram. Não faz muito tempo que ele e a irmã mudaram-se para cá – O pai de Bianca puxou algumas folhas e entregou para meu pai, que parecia analisá-las. 

— Irmã? Mas o Carter é filho único – falei. 

— Aparentemente não, e a irmã estuda na mesma escola que você a Bianca, você deve conhecê-la. - falou puxando uma das fotos que estava junto com os papéis, vi que Guilherme me encarou assim que me entregou a foto. 

— É a Priscila, ela só tem uma irmã, não irmão, eu tenho certeza disso. - notei que meu pai e o Cortez me encaravam – Ela era minha amiga a alguns anos atrás, eu frequentava a casa dela inclusive. 

— Você tem certeza disso Abby? 

— Sim, eu tenho. 

— Bem, eles moram com a tia deles a alguns anos. Não se sabe o paradeiro dos pais, ou se ainda tem pais. Até o momento só temos estas informações. Sabemos que essa tia deles tem uma filha, será que ela não é a irmã que você acha que é a da Priscila? - O pai de Bianca falou e olhou pra mim, apenas dei de ombro sem saber o que afirmar. 

— Já é o suficiente. - Meu pai interveio após meu silêncio. 

— E já que você disse que sabe onde a Priscila mora, onde seu ex-namorado morava Abigail, você sabe? 

— Não, infelizmente. Ele nunca me levou para a casa dele, ele sempre vinha aqui me buscar, bem dizer o único lugar externo que íamos era pros rachas, algumas festas ou casa de amigos, fora isso nada. 

Vi que meu pai e o Senhor Cortez encaravam-se. Guilherme segurou minha mão como se quisesse passar que agora tudo ia ficar bem. Meu pai fez um aceno com a cabeça como se disse que eu e Guilherme estávamos dispensados até a segunda ordem. 

— To no meu quarto qualquer coisa. - Senti meu braço sendo segurado delicadamente por meu irmão, seu olhar era cansado e preocupado. 

— Abby, me promete que qualquer coisa que aconteça você vai me contar. Eu preciso proteger você. - Vi seu olhar brilhando, diria até que Guilherme havia se tornado sentimental. 

— Prometo sim, pode deixar. Amo você - dei um beijo em sua bochecha e subi para o quarto. 

Logo que cheguei no quarto fui em direção ao banheiro e colocando para encher a banheira que havia no cômodo, comecei a revisar todo o meu dia e notei o cansaço pelas últimas noites mal dormidas. 

Escutei alguém bater na porta do quarto e logo uma cabeleira loira entrar pela mesma. 

— Posso dormir com você hoje? - Soph pedia com seu olhar de criança. 

— Claro, só vou tomar um banho okay? Ache algum filme pra nós - Sugeri, seguindo para o banheiro.  

Respirei fundo na tentativa de relaxar um pouco meus músculos, me despi e entrei na banheira. 

Coloquei uma música no celular para tentar relaxar mais, deixei meu pensamento vagar e não sei quanto tempo eu estava ali, mas acordei com um arrepio percorrendo minha coluna. 

Vamos docinho, acorde. Tomei um susto, abri meus olhos e olhei ao meu redor. A voz de Carter ainda perseguia meus pensamentos, merda. 

— Abby, você tá bem? - Escutei Soph batendo na porta, pela sua voz ela estava dando risada – Tem certeza que não se afogou na banheira?  

— Estou viva, eu já saio – passei a mão em meu rosto. 

Levantei da banheira e me enrolei na toalha, peguei meu celular para desligar a música e logo vibrou alegando que tinha chego uma mensagem. Número desconhecido. O mesmo arrepio de minutos atrás percorreu minha coluna. Abri a mensagem. 

Que feio docinho, teve que pedir ajuda pros queridinhos do papai pra defender você. Eu sou tão perigoso assim pra você?  

[FOTO – eram duas fotos. Na primeira estava os homens que o pai dela chamou para cuidar deles na casa, arrumando câmeras de vigilância e outros dois carros pretos parados fazendo “guarda”. A outra era ela e o pai chegando.] 

Espero que seus próximos passos sejam bem pensados Abby, caso contrário você sabe que eu não tenho muita paciência para suas infantilidades. Espero te ver logo meu amor, sinto sua falta. 

Acabei jogando meu celular sobre a pia do banheiro e o mesmo bateu em um pote que caiu no chão. 

— Abby? 

— Eu já saio Soph, só um pote caiu. Eu to bem. 

Senti minhas mãos tremendo, minha vontade de começar a chorar só aumentava. Encarei meu reflexo no espelho do banheiro. Você tem que ser forte Abby, por todos agora. 


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? Mereço pelo menos um comentário? Mesmo que seja uma crítica, por favor, apareçam.



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