Start Over escrita por MBS
Ponto de Vista – Bernardo
Abby estava se virando na cama, eu sabia que ela já estava acordada. Abracei sua cintura e comecei a fazer cócegas.
— Eu odeio você – ela disse em meio aos risos. Parei e fiquei a encarando com as sobrancelhas arqueadas, ela começou a rir e colocou as mãos em meu peito – Estou brincando.
— Eu sei, é impossível me odiar – dei de ombros e comecei a rir.
— AUMENTEI O EGO DE ALGUÉM JÁ CEDO – ela disse jogando os braços pra cima e virando seu corpo até sentar sobre minha cintura com as mãos estiradas em meu peito. – Bom dia pra você também.
— Bom dia princesa – respondi sorrindo. Ela levantou-se e foi em direção para abrir as janelas do quarto enquanto eu buscava minha roupa para me vestir. Fui até seu banheiro escovar os dentes e fazer minha higiene matinal, logo Abby veio também. Terminamos e ela me acompanhou até o andar de baixo – Eu já vou indo, até depois. – Dei um selinho e ela logo fechou a porta.
Cheguei em casa e minha mãe havia acabado de levantar. Cumprimentei-a com um beijo na testa e subi para meu quarto para um banho rápido. Logo terminei e troquei de roupa. Gustavo e Ayla também já estavam prontos, e logo saímos de casa.
Deixamos Ayla em sua escola, nos últimos dias ela estava mais quieta que o normal e evitando qualquer assunto relacionado a sua escola. Quando ela desceu do carro um garoto veio abraça-la pelos ombros.
— Quem é ele? – pedi para Gustavo que apenas deu de ombros.
— Namorado talvez? – ele disse com desdém.
— Não sei. - respondi
— Só sei que não gostei dele – falamos ao mesmo tempo e nos encaramos.
Segui nosso caminho até a escola e Gustavo reclamava que Ayla só passava o seu tempo em casa enfiada na frente do celular e quando ele perguntava ela destorcia a conversa e mudava de assunto.
Notei que as meninas estavam paradas perto do estacionamento e Abby sorriu em me ver. Caminhei em sua direção e dei um selinho demorado em seus lábios, Bianca bufou e tossiu.
— Como se ambos não tivessem dormido a noite toda juntos. – Ela cruzou os braços e abracei a cintura de Abby me separando.
— Não conseguimos dormir muito graças aos vizinhos do quarto que ficaram fazendo barulhos mais altos que a música – Dei de ombros e Abby começou a rir. Bianca revirou os olhos ficando vermelha e logo riu também.
— Babacas – Respondeu me encarando. – Nem foi tanto assim – ela disse dando de ombros por fim.
— Não mesmo, mas não poderíamos deixar de te encher o saco hoje – Abby disse dando um cutucão na amiga.
Fomos caminhando comentando sobre os rachas, Abby parecia fascinada ao meu lado enquanto eu e Bianca conversávamos. Quando nos aproximamos das suas amigas demos o assunto por encerrado. Deixei Abby ali e fui para o lado dos guris.
— Então capitão, quando vai ser nosso próximo jogo? – Henry pediu entrando na roda.
Todos os garotos ali me encararam e eu sorri.
— Nessa sexta, contra os Thunders – dei de ombros e eles vibraram – Treinos até o jogo. Mas estou confiante que vamos conseguir.
Dito isso os garotos não pararam de comentar e logo o sinal para o começo das aulas foi tocado. Acenei para as meninas de longe e elas responderam. As aulas passaram depressa, ou era essa a impressão que dava agora que eu estava entendendo as matérias graças a Abby.
No almoço o jogo era o assunto do momento. Todos estavam criando grandes expectativas.
— Hey capitão – Abby chegou ao meu lado abraçando minha cintura.
— Olá senhorita – retribui o abraço enquanto beijava seus cabelos, fomos andando em direção as bandejas para pegarmos nossos lanches. – Acho que essa semana não vamos poder estudar... eu e os meninos precisamos acertar as últimas coisas nos treinos.
— Sem problemas. Caso você precise de ajuda com matéria é só me avisar, podemos estudar no almoço, temos tempo de sobra sempre – ela sorriu concordando – E eu sei que vocês vão conseguir.
— Mesmo assim, ainda fico apreensivo até tudo ter dado certo – notei que Priscila passou ao nosso lado rebolando e Abby apenas revirou os olhos.
— Ela ainda tenta chamar a atenção...
— Exatamente baby, tenta. Porque minha garota é bem mais atraente que ela – respondi sussurrando em seu ouvido quando nos aproximávamos da mesa.
— BERNARDO – ela ficou vermelha e começou a rir, acompanhei-a nas risadas.
Assim como a manhã, à tarde de aulas passou rapidamente. Bianca como sempre era a melhor aluna da sala em filosofia. Ela e o professor tiveram uma bela discussão, escutei alguns sussurros das pessoas de como ela tinha coragem em “enfrentar” o professor daquela forma, mas eu apenas sorri porque estava entendo o ponto que ela queria chegar.
O último sinal do dia bateu e fui para o campo com os guris. Notei que Gustavo e Sophie acenaram para mim e para Lucas das arquibancadas, Abby também estava lá, mas logo saiu acompanhada de Bianca, provavelmente iriam para a livraria.
O resto da semana foi assim, aulas, Abby me ajudando com algumas coisas quando terminávamos nosso almoço, treino no fim da tarde, e a noite normalmente ela ia para minha casa para darmos uma relaxada e descontraída. Já era quinta-feira à noite e Abby e Lucas chegaram.
— Oi querida – Lucas falou e eu apenas revirei os olhos pra ele.
— Cara, para de ser assim, temos garotas aqui, deixa pra fazer essas coisas quando estivermos sozinhos – respondi rindo.
— Estou acostumada com vocês já – Abby me deu um selinho.
Nós três fomos até meu quarto, eu e Lucas ficamos jogando vídeo game para nos distrair e Abby estava deitada na cama escrevendo alguma coisa.
— Por que não chamamos a Ay aqui? Tô me sentindo meio excluída só eu de garota aqui – Abby reclamou.
— Ela tá estranha essa semana, melhor deixar quieto – Lucas falou e eu o encarei.
— Como você sabe? – perguntei.
— Porque eu converso com ela, ué. – respondeu dando de ombros.
— Deixa que eu vou ir conversar com ela – Abby falou saindo do quarto.
— Isso não vai prestar – Lucas disse enquanto voltava à atenção para o jogo.
— Não sabia que vocês dois estavam tão próximos assim... e não lembro de ter comentado que ela estava estranha essa semana – encarei-o com as sobrancelhas arqueadas. Lucas deu um longo suspiro e deu pausa no jogo.
— Exato, nós estávamos próximos, do tipo que não estamos mais... sua irmã é estranha cara, mas vezes ela conversa numa boa comigo e do nada ela muda. Mas essa semana ela só me deu patadas, e tenho quase certeza que não é de TPM esses sintomas dela.
— É normal a mudança de humor dela. Devia estar acostumado – dei um soco de leve em seu ombro e voltamos a jogar. Logo Abby apareceu de volta no quarto.
— Acho melhor você ir lá conversar com ela – Ela falou encarando Lucas que engoliu seco.
— Por que? – pediu.
— Só... confia em mim Lucas. – Ela disse dando tapinhas em seu ombro. Ele ficou em pé e sorriu para Abby – Pega leve com ela, dê o tempo dela para ela conversar.
— Você está me assustando Abigail.
— Vai logo garoto – Ela disse cruzando os braços e encarando Lucas saindo dali.
— O que houve? – pedi e ela se sentou no lugar que antes estava sendo ocupado por Lucas.
— Ela estava namorando – arregalei meus olhos em sua direção – Não me venha com essa cara de espanto, sua irmã tem 16 anos Bernardo, uma hora ou outra ela ia descobrir o que era namorar – respondeu virando os olhos – Enfim, como eu disse, ela estava namorando...
— Estava do tipo não está mais, certo?
— É, desse tipo... – ela me encarou como se o que fosse falar teria que medir as palavras – mas algo aconteceu.
— Que seria? Abby, você está me assustando.
— Promete não ter uma crise de irmão mais velho, eu já cuidei do que eu podia... você não precisa se preocupar amor. – ela colocou a mão no meu ombro.
— Calma aí, você está tentando abafar o caso... você está querendo dizer que... não, me diga que não é isso Abby – encarei-a com os olhos arregalados e ela apenas assentiu envergonhada – Ayla É SÓ UMA BEBÊ.
— AH, por favor. Amor, ela tem 16 anos. Uma hora iria acontecer. – Abby falou como se aquilo justificasse, quando eu iria responder ela me olhou repreendedora – Ela me contou, tivemos uma conversa de garota, já nos entendemos... Ela não está mais com o garoto, em resumo, disse que não havia sido bom pra ela, a relação como um todo no caso. Mas que ela havia se afastado do Lucas porque de certa forma sentia como se estivesse traindo ele.
— O que o Lucas tem com essa história toda?
— Porque sua irmãzinha gosta dele oras, só que achou que namorando outro isso iria passar, mas não passou, agora ela está arrependida.
— Isso está ficando cada vez pior – coloquei as mãos em meus cabelos abaixando a cabeça. Senti as mãos de Abby sobre as minhas e empurrando meu corpo, ela sentou em meu colo e colocou suas mãos uma em cada lado do meu rosto.
— Prefira que sua irmã fique com alguém como o Lucas do que como o cara que ela estava. O Lucas você pode pelo menos controlar, de certa forma. Ele é o seu melhor amigo, e tenho certeza que ele não faria nada de mal para a Ayla, ou que desagradasse, porque saberia que você também ia ficar puto com ele.
— Mas Abby...
— Amor, você não me vê reclamando sobre o relacionamento do Gustavo com a Soph, eu tenho noção que uma hora ou outra os dois também vão saber o que é... – ela fez uma careta como se não conseguisse terminar a frase.
— Transar? – respondi rindo e ela assentiu.
— É... – ela respondeu rindo – Eu já conversei o suficiente com a Sophie pra ela entender que quando acontecer eu vou estar do lado dela pra conversar sobre isso caso ela queira, assim como já fiz ameaças o suficientes pro Stavo caso ele faça algo de ruim pra minha bebê. – ela disse dando de ombros e começou a rir.
— Entendi seu ponto dona Abigail – ela sorriu e me abraçou enquanto eu passava meus braços sobre a cintura. – Mas mesmo assim, é difícil de aceitar que sua irmãzinha já sabe o que é isso.
— Você não poderia impedi-la pra sempre, Bernardo.
— Eu poderia tentar.
— E iria falhar miseravelmente com isso.
...
O grande dia logo chegou e à medida que o dia ia passando o frio na barriga ia aumentando. Não vi o tempo passar e quando me dei conta já era o fim da tarde e o jogo logo começaria.
Abby foi para casa se trocar e buscar Ayla para vir junto assistir o jogo. Notei que Lucas estava mais sorridente que o normal hoje.
— Ok – disse o capitão enquanto reunia todos no vestiário – Sei que treinamos duro essa semana e tenho certeza que vocês estão preparados o suficiente. Então entrem naquele campo e mostrem pra eles para o que viemos. – todos vibraram com as palavras e logo saímos do vestiário indo para o campo.
Olhei em direção as arquibancadas e logo consegui encontrar o grupo das meninas, assim como meus pais e irmãos que estavam sentados próximos a elas. Abby e Bianca haviam acabado de chegar acompanhadas de Guilherme e mais um homem corpulento, o qual estava com o braço por cima dos ombros de Abby.
— Parece que o sogrão também veio ver você jogar – Lucas falou batendo em meu ombro.
— Você também meu caro Lucas, olhe do lado da Ay quem está sentando – Falei e ele encarou a arquibancada, sua cara foi de divertido para amedrontado. – Como é possível uma pessoa por tanto medo em você, ein?
— Não tem graça Bernardo – ele disse revirando os olhos, e eu apenas ri.
Fomos em direção ao campo, os times se posicionaram e o juiz entregou a bola para Thomas, o capitão e oitavo do time dos Thunders. Logo ele chutou a bola para frente em direção ao nosso lado do campo com o intuito de ganhar território, mas logo deu para notar a cara de desgosto dele e dos companheiros de time quando os garotos começaram a defender o campo e logo conseguir a posse de bola.
Tomei a bola em minhas mãos e consegui avançar boa parte do campo adversário, quando seus jogadores vieram para tentar me impedir passei a bola para Jason, que estava pouco atrás de mim, dele foi para Collum e depois para Lucas, o qual conseguiu chegar à linha in-goal e tocar a bola no chão, marcando um Try para nosso time e logo após Richard deu o chute de conversão, finalizando com sete pontos para nosso time.
O jogo continuou acirrado, principalmente quando o time adversário notou que superamos suas expectativas. Eles mudaram a tática, dava para notar isso, começaram a vir para cima de nós de uma forma mais ofensiva, mas todos notaram e começamos a retribuir da mesma forma.
Logo o primeiro tempo acabou e fomos em direção ao vestiário.
— Foi impressão minha ou eles começaram a tentar jogar sujo nesses últimos minutos? – Jason, nosso scrum half, pediu.
— Não foi impressão sua. Acho que todos nós notamos – Cade, o inside centre, respondeu.
— Mas a questão é que não podemos nos abalar, se eles querem jogar sujo nós não vamos cair na deles. Somos melhores que isso e sabemos da nossa capacidade. Passamos a semana toda com treino puxado, treinamos para qualquer coisa. Então vamos voltar lá e dar o nosso melhor – após minhas palavras os garotos começaram a vibrar.
Logo voltamos a campo e começamos a jogar com mais foco do que estávamos no primeiro tempo. Um dos jogadores acabou pegando Lucas pelo pescoço em meio a uma corrida para impedi-lo de correr mais adiante com a bola, o juiz apitou e sinalizou cartão amarelo para o jogador, logo Thomas estava ao lado do juiz reclamando que aquilo era injusto. Corri até ao lado de Lucas.
— Você tá bem? – pedi e ele assentiu com a cabeça. Deu-me um tapa no ombro e voltamos as nossas posições.
Voltamos ao jogo, os Thunders voltaram de uma forma mais agressiva, e não se importavam se as pessoas estavam notando isso ou não, mas não deixamos nos abater, continuamos jogando da forma que havíamos treinado durante a semana e os outros treinos durante o mês. Logo o apito final foi dado e ganhamos com cinco pontos de diferença.
Foi uma comemoração, tanto nossa quanto nas arquibancadas. Fomos caminhando para o vestiário para nos trocarmos e logo irmos comemorar de uma forma decente com nossas famílias. Tomei um banho rápido e dei os parabéns para todo o time, que gritava e comemorava no vestiário. Logo estava pronto e resolvi esperar Lucas e Gabriel do lado de fora.
— Mas e aquela garota que você estava até esses tempos atrás Thomas? – um garoto moreno estava ao lado de Thomas, no corredor dos vestiários. Eu parei atrás de uma pilastra então eles não conseguiam me ver, mas eu os escutava perfeitamente.
— A Ayla? Nah, aquela me enjoou. Era gostosinha, mas o sexo não é a mesma coisa que uma... garota mais experiente. – escutei Thomas rindo para o colega e aquilo fez meu sangue ferver.
— Mas e quem eram as garotas que estavam com ela na arquibancada. Aquela loira e a morena. Aquelas sim parecem gostosas.
— A morena é a Cortez, a rainha das rachas. Melhor não mexer com ela, ela estava acompanhada do namorado. Mas a loira, ela é irmã do rei, a... Abigail, esse é o nome dela. Depois que ela terminou com o Carter ficou mais gostosa, queria saber se é tão boa de cama como a sua fama. – não esperei mais nenhuma palavra.
— Sinto te informar que você nunca irá saber como a Abby é, Thomas – minha voz era cheio de desprezo e logo o empurrei contra a parede.
— Ficou nervosinho é Granemann? Vai fazer o que? – não deixei falar mais nenhuma palavra e logo fechei o punho contra seu rosto. Logo ele foi para o chão.
— Isso, é pra você aprender a ter mais respeito com qualquer garota. – dei mais um soco do outro lado do seu rosto – Isso é pela minha irmã – continuei batendo em seu rosto – E isso é pra aprender a ter mais respeito com a minha namorada.
Senti alguém puxando meu corpo para longe do corpo de Thomas, sua boca e nariz sangravam, e seu olho esquerdo estava inchado. Olhei para trás e encarei Gabriel e Lucas, um de cada lado.
— Alguém pode me explicar o que houve aqui? – Nosso treinador falou enfurecido. Logo o treinador dos Thunders chegou, expliquei o que havia acontecido e logo levou Thomas dali erguido por uma orelha, o chamando de irresponsável pelo que estava acontecendo, principalmente pela sua disciplina, visto que era o capitão do time e deveria dar exemplo. – Bernardo?
— Eu sei treinador. Foi errado agir assim, mas eu não poderia deixa-lo falando da minha irmã e da minha namorada assim sem fazer nada. – Minha voz saiu com total desgosto só de imaginar novamente as palavras que ele falou.
— Sinto muito. Mas mesmo assim terei que te suspender pela sua atitude. Assim como o treinador deles disse, vocês são os capitães, deveriam dar o exemplo. – O treinador deu um sorriso triste e se retirou.
Virei andando em direção à saída, colocando minha sacola entre os ombros. Quando Ayla e Abby tiveram visão que eu estava indo em sua direção vieram correndo comemorando, mas a expressão de Abby logo mudou e ela veio correndo tocando meu rosto.
— O que houve? Por que você está com um corte aqui? – ela disse tocando no canto do meu olho e logo dei um suspiro de dor.
— Ai... Não precisa se preocupar, já está resolvido.
— Calma, não foi no jogo?
— Não, foi agora na saída do vestiário.
— Como assim? – Ayla perguntou. Notei que da nossa família estavam ao nosso redor.
— O que foi que aconteceu? – Gustavo pediu, estava ao lado de Sophia com o braço em sua cintura.
— Thomas – notei Ayla engolindo seco enquanto abria e fechava a boca – Ele começou a falar sobre você – aprontei com a cabeça para Ayla – e você – olhei para baixo para encarar Abby.
— Eu? Que que eu tenho a ver com isso tudo? – Ela pediu com um olhar de quem não estava entendendo nada.
— Fizeram alguns comentários... desnecessários de vocês duas, e totalmente sem respeito algum. Eu só dei uma lição nele – falei dando de ombro.
— Ele não deu só uma lição, ele arrebentou com o rosto do Thomas – Lucas surgiu atrás de nós e parou ao lado de Ayla, que sorriu envergonhada.
— Ele mereceu – o encarei.
— Teria feito o mesmo se eu tivesse escutado desde o começo – Lucas sorriu e deu de ombros.
— Mas com isso tudo eu acabei sendo suspenso – disse encarando todos ali.
— O QUE? NÃO, O TREINADOR NÃO PODE. – Abby gritou ao meu lado.
— Ele pode sim, loirinha.
— Não, você tava só defendendo nós duas. – Ela disse apontando para o vestiário – Eu vou lá conversar com ele – nisso ela começou a andar em direção ao vestiário e eu fui atrás dela segurando-a pela cintura.
— Não precisa ir. Tá tudo bem, Abby.
— Não, é injusto. – ela virou o corpo me encarando com um olhar decepcionado.
— Tá tudo bem Abby, logo eu já volto. – dei de ombros e depositei um beijo em sua testa. – Agora, onde está o famoso Major Montgomery? – encarei as pessoas que estavam ali e não o encontrei.
— Ele vai nos encontrar no restaurante – ela disse sorrindo – Preparado?
— Pra conhecer o sogro? Moleza. Já defendi você hoje, o que é ser ameaçado por ele, não é?! – respondi rindo passando meu braço por cima de seus ombros e indo em direção ao carro.
Essa noite ia ser longa.
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