Start Over escrita por MBS


Capítulo 11
Ajuda - Parte 1




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Ponto de Vista – Abigail

Já fazia duas semanas desde o fim de semana que passei com Bernardo na casa de praia. A cada dia que passava nossa relação melhorava, mas principalmente meu “trabalho” como sua tutora começou a surtir efeitos. Tivemos três provas nessas duas semanas, e em todas elas sua nota não foi inferior a A-. Fiquei orgulhosa dele.

— Foi graças a você – ele disse jogando a mochila em um canto do quarto.

— Não foi não, eu só te dei o apoio e as explicações necessárias, o mérito é todo seu moreno – falei ficando na ponta dos pés enquanto passava meus braços em torno do seu pescoço.

— Mesmo assim, a minha tutora é a melhor – ele disse findando com a distância que havia entre nós e dando inicio a um beijo nada calmo.

Senti seus braços ficando mais firmes segurando minha cintura, com suas mãos passando pelas curvas que havia em meu corpo.

— Melhor pararmos – Bernardo falou colando nossas testas e me olhando nos olhos.

— Por quê? – perguntei fazendo cara de inocência.

— Não se faça de inocente Abby – seu sorriso aumentou e ele sussurrou no meu ouvido – porque de inocente você não tem nada.

— Que absurdo. Medo de perder o autocontrole Granemann? – perguntei com um olhar desafiador em sua direção.

— Você não sabe o quanto. – dito isso ele me deu um selinho e foi pegar seus livros em sua mochila. – A propósito, amanhã tem uma festa no Mark, ele nos convidou para ir.

— Hm, acho uma boa ideia. – respondi sentando na cadeira da escrivaninha – Posso chamar as meninas?

— Acho que o Mark não verá problema em leva-las para a festa – ele deu de ombros como se fosse óbvio.

— Ok então – falei mandando uma mensagem no grupo avisando as meninas que logo responderam empolgadas com a festa. – Bem, qual a matéria de hoje? – perguntei encarando Bernardo.

— Matemática – ele disse dando um suspiro. Mesmo ele desejando fazer faculdade de engenharia, ele não conseguia entender as explicações do professor. Sinceramente, ele não era o único.

Ficamos estudando um tempo, achei alguns sites e vídeos para indicar para ele estudar também. Bernardo deixou salvo os links no computador e logo a porto do quarto foi aberta.

— Oi querido – Lucas falou entrando e logo ficou vermelho quando me notou ali – Ah, oi Abby.

— Olá – falei ficando em pé. – Bem, eu acho que essa é minha deixa para ir – comecei arrumar minha mochila guardando minhas coisas.

— Não quer ficar para janta? Vamos encomendar pizza – Bernardo falou dando um sorriso triste.

— Proposta tentadora, mas eu tenho que ir pra casa. Guilherme já tá reclamando que passo tempo demais aqui contigo. – respondi e tenho quase certeza que minhas bochechas tomaram um tom escarlate. Lucas alterou o olhar com um sorriso malicioso no rosto.

— Então vocês dois estão aproveitando a companhia um do outro além das aulas, hm. – Ele disse dando ênfase no aproveitando. Para nossos amigos nós só estávamos próximos o bastante, tínhamos combinado de ir com calma, visto que fazia pouco tempo que eu havia terminado meu antigo relacionamento.

— Não da forma que você está imaginando Lucas – Bernardo falou dando de ombros – Bem, eu vou levar a Abby para casa e ir pegar as pizzas... quer ir junto? – Ele pediu esperando resposta do amigo, que revirou os olhos com a negação.

— Vou ficar por aqui... Com a Ayla – Ele respondeu sorrindo e logo foi à vez de Bernardo revirar os olhos.

— Okay, perdi alguma coisa? – perguntei colocando a mochila nas costas.

— Eu estou gostando da Ayla, ele não aceita isso – Lucas respondeu dando de ombros e eu comecei a rir.

— Moreno, aceita. Poderia ser pior – logo um sorriso surgiu no rosto de Bernardo e eu comecei a rir com a cara de indignação de Lucas.

Me despedi dos seus irmãos e fomos em direção do carro, fazendo o trajeto com assuntos aleatórios e muita risada.

— Bem, está entregue – ele parou na frente da minha casa.

— Obrigada – falei soltando o sinto e inclinando para dar-lhe um beijo demorado. Desci do carro e entrei na sala, escutei um barulho no meu quarto e quando fui em direção do mesmo havia um Guilherme revirando minhas maquiagens. – Nossa mona, resolveu se revelar durante a luz do dia é?! – comecei a rir da careta que ele me fez.

— Sem graça você ein – ele respondeu sentando na cadeira e me fazendo ter uma visão do seu pescoço, que estava com diversas marcas de chupões.

— Noite foi foda ein – soltei a mochila em cima da escrivaninha e me apoiei na penteadeira.

— Você não sabe o quanto... mas eu preciso da sua ajuda. Preciso esconder essas marcas. – Ele disse ficando vermelho.

— Iiii, você nunca se envergonhou de aparecer para uma transa qualquer com marcas de outra. – comecei a rir da cara que Guilherme fez.

— Ela é diferente Abby – ele suspirou jogando a cabeça para trás.

— Alguém conseguiu achar o seu coração então? Abaixo de todas essas camadas de gelo ai – falei dando pulinhos – Quem é minha cunhada?

— Ela ainda não é sua cunhada. Eu vou leva-la para jantar e depois vamos para um racha. – revirei os olhos quando ele disse a palavra racha.

— Sério que ela também corre? – ele concordou com a cabeça – Eu mereço mesmo.

Peguei alguns corretivos e base e passei em seu pescoço, após alguns minutos não existia mais marcas ali.

— Eu sei que sou foda – falei encarando o resultado.

— Você é meu anjo – ele disse ficando em pé e indo em direção ao seu quarto se trocar.

Deitei em minha cama e fiquei mexendo no celular até que meu irmão surge na porta. Diferente do seu habitual ele estava com uma camisa polo verde escuro e uma calça jeans. Seus cabelos sempre bagunçados agora estavam arrumados.

— Como estou? – ele disse apontando para o corpo.

— Ual, tá lindo. – falei indo em sua direção e arrumando a gola que estava torta – Agora sim, aproveita a noite. – dei um sorriso singelo em sua direção.

— E você se cuida. Qualquer coisa me liga, ou trás seu novo amigo aqui até eu chegar... Não gosto da ideia de você ficar sozinha. – Ele tomou um tom preocupado na voz.

— Você não se importava até um tempo atrás – dei de ombros em um tom acusador.

— Eu sei, e foi errado. Bem, eu vou indo agora loirinha. Me promete que não vai ficar sozinha. – Ele disse pegando a chave do carro.

— Prometo, prometo. Agora vai lá – ele deu um beijo em minha testa e saiu.

Puxei meu celular e mandei uma mensagem para Bianca que logo me respondeu dizendo que tinha um compromisso com a família, já Alice respondeu que estava saindo com o namorado e não poderia. Jéssica por sua vez disse que iria sair com um dos seus contatos e que quem sabe mais tarde ela passasse por lá. Só me restou Bernardo agora, que logo respondeu com risadas e falando “eu avisei que era para jantar aqui”.

Após alguns minutos a campainha da casa foi tocada e quando cheguei à porta Bernardo estava com uma caixa de pizza na mão e um sorriso no rosto. Sua mochila estava nas costas então provavelmente ele já havia vindo preparado para passar a noite.

— Não precisava trazer pizza – Falei pegando a bandeja da sua mão e dando um selinho nele, que logo fechou a porta e a trancou.

— Claro que precisava. Você já jantou? – ele perguntou arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços sobre o peito. Neguei com a cabeça, eu realmente ainda não havia jantado – Viu, fiz certo em trazer então.

Fomos até a cozinha e servi em um prato pizza para mim. Seguimos até a sala e ligamos a TV, enquanto eu comia, Bernardo pegou um livro e começou a ler. Joguei minhas pernas em cima do seu colo e ele ficou fazendo carinho, mesmo estando concentrado no livro.

Levantei e fui levar minhas coisas na cozinha, voltei para a sala e deitei em seu colo, eu estava cansada e por algum motivo a minha bipolaridade havia me deixado para baixo.

— O que foi? – notei que Bernardo soltou o livro e ficou fazendo carinho no meu cabelo. Apernas neguei com a cabeça e me encolhi mais em seu colo. – Ei... Pequena, me diz o que houve?

— Não deu nada – falei sentindo as lágrimas se formando. Que porra tava acontecendo comigo, não era para eu estar assim. Era pra eu estar feliz.

— Então por que tá chorando? – ele disse sorrindo.

— Eu não to chorando – falei fungando e o encarando, ele sorriu e deu uma risada abafada, enquanto secava as lágrimas que caíram.

— Claro, isso tudo é emoção de me ter aqui então – ele deu de ombros e eu apenas revirei os olhos sorrindo – Ae, consegui te fazer sorrir.

— Idiota – resmunguei e ele me puxou para um beijo. Quando notei Bernardo estava deitado embaixo do meu corpo e nosso beijo era de puro desejo.

O moreno já estava sem camisa, e suas mãos vagavam por debaixo da minha. Quando esta foi puxada para fora do meu corpo acabei encolhendo os ombros, notei que o garoto encarava as marcas, agora esverdeadas, que havia.

— Amor, você é linda – ele tocou com delicadeza meu rosto e eu dei uma risada abafada.

— Se não fosse pelas marcas, talvez. – dei de ombros – Mas espera ai, você me chamou de amor? – meu sorriso se ampliou e ele apenas concordou com a cabeça – Foi fofo – falei voltando a beija-lo. Senti meu corpo sendo prensado ao dele e Bernardo invertendo as posições, ficando acima de mim.

— Eu sempre sou – ele sorriu maroto para mim. Ele continuou com os beijos, minhas mãos foram parar em suas costas, tenho quase certeza que amanhã estariam alguns riscos vermelhos. Logo senti minha calça sendo aberta e retirada, assim como a dele, me dando uma ótima visão da box preta que ele estava, mordi meus lábios em desejo.

Notei que seu olhar estava fixo em mim. Eu não tinha vergonha do meu corpo, até eu achava ele bonito, tinha seios médios, que comparado com de outras meninas poderia ser julgado como pequenos, mas era proporcional ao meu corpo, meu quadril era avantajado, assim como minhas coxas e bunda. A única coisa que em envergonhava no meu corpo eram as marcas. Lembranças que Carter havia deixado.

Bernardo deitou novamente em cima de mim, descendo seus beijos do meu pescoço até meus seios, que logo perderam o sutiã que os protegia. Suas mãos continuavam vagando por meu corpo, assim como as minhas em seu corpo. Quando encostei minha mão sobre seu membro, ele colocou a cabeça na volta do meu pescoço e deu um gemido abafado. Como retribuição a sua mão vagou até a parte interna de minhas coxas, puxando minha calcinha para o lado e iniciando um movimento vai vem com os dedos. Para tentar abafar o gemido acabei mordendo o seu ombro, além de deixar um chupão sobre o mesmo.

— Você tem que me parar Abby – Bernardo falou com a voz abafada. Suas bochechas estavam vermelhas e seus lábios levemente inchados. Suas mãos pousaram sobre minhas coxas, fazendo carinho sobre as mesmas até que pararam em cima das cicatrizes que ali havia.

— Às vezes nossos demônios ganham – respondi o encarando.

— Você fez isso? – ele perguntou preocupado, tocando agora com atenção e cuidado as cicatrizes dos cortes. Elas não doíam mais, já estavam quase fechadas totalmente. Apenas concordei com a cabeça, envergonhada. – Eu te prometo que isso não vai mais acontecer. Eu vou cuidar de você.

— Eu sei que você vai – sorri tímida em sua direção. Ele deu inicio a um beijo calmo e cheio de carinho, que logo foi encerrado. Colamos nossas testas e ele me deu um beijo sobre a mesma, enquanto sentava no sofá. – Acho melhor irmos dormir. – ele assentiu e me entregou a camiseta que ele estava, quando a coloquei ela ficou quase um vestido no meu corpo. Juntamos as outras peças e fomos para o quarto.

Bernardo decidiu que precisava de um banho gelado, pegou as coisas que ele havia trazido e foi em direção ao banheiro do meu quarto. Fiquei deitada na cama esperando ele voltar. Quando eu estava quase caindo no sono senti a cama sendo mexida e ele deitando ao meu lado, puxando meu corpo para deitar próxima e com a cabeça em seu peito.


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