As Damas Perrault escrita por Florrie


Capítulo 3
Capítulo 2




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— Capítulo 2 –

 



Alayna observava do alto da Torre Branca as terras além do muro. O mar verde formado pelas copas das árvores que se estenderia até o litoral, onde o grande mar separava esse continente do outro, ao leste, o lugar onde nasceu. Não podia ver a praia ou o mar, mas se fechasse os olhos, era capaz de sentir seu cheiro e ou a sensação do barco balançando enquanto ela vomitava a pouca comida que conseguia engolir. Ela odiou o mar, cada segundo que passou nele, mas quando sobreviveu ao naufrágio e acordou na areia da praia, com o sol nascendo e fazendo a água ficar dourada, ela pensou que não havia nada mais bonito do mundo. Estava desnutrida, machucada e sem nenhuma perspectiva, mas ela era livre novamente e todo o oceano parecia ser ouro liquido.

            Augustine tinha se transformado novamente em mulher e estava coberta por um manto de peles, sentada ao lado de Odette, que bordava mais um de seus vestidos. Alayna constantemente pensava sobre como as três, com passados tão diferentes, acabaram juntas nesse lugar. Parecia quase destino. Augustine era órfã e um meio dragão, uma criatura que existia nos contos mais sombrios da sua terra natal, alguém que raptava criancinhas para comer. Odette nasceu em uma cidade na fronteira do país, tinha apenas o dom da visão até que foi mordida por um lobo na infância, então toda lua cheia ela passou a se transformar em um lobo; um dia descobriram e tentaram caçá-la, ela fugiu e acabou aqui. Já Alayna... Ela foi uma princesa até o dia que descobriram que era diferente, uma aberração, alguém tocada pelo mal; foi assim que acabou naquele navio, escondida, rezando que desembarcasse em um lugar melhor.

            – No que está tanto pensando Alayna? – Odette não tirou os olhos do seu bordado. Os cabelos ruivos estavam presos no alto da cabeça, em um coque ornamentado com flores e uma redinha de fios de ouro. – No bonito príncipe que vai te salvar dessa torre?

            – Nós tínhamos uma história assim, no meu país. – contou, ignorando o sarcasmo de Odette. Augustine deixou a cabeça tombar na parede e colocou os pés encima do sofá, acomodando-se para ouvir a história. – Minha mãe dizia que um dia, há muito tempo, uma princesa foi raptada por um terrível mago que a prendeu em uma alta torre, sem portas ou escadas, havia apenas uma janela, onde todos os dias ela se apoiava e cantava uma canção, esperando um dia que os deuses ouvissem e mandassem alguém resgatá-la.

            “Um dia, um belo príncipe que passava por perto ouviu a sua canção e correu até a torre. Ele apaixonou-se pela a princesa e quando tentou subir, ela lhe contou sobre o terrível mago que a prendia. O príncipe disse então que voltaria a vila e traria ajuda, ele fez a princesa prometer que não contaria ao mago o plano.”

            – Deixe-me adivinhar, a princesa acaba contando. – Odette disse, desviando pela primeira vez o olhar do bordado e lançando um sorriso irônico.

            – Bem, sim, o mago voltou e a pressionou. A princesa não era uma boa mentirosa. Então ele fez uma armadilha, encontrou uma mulher muito gananciosa que desejava ser rainha e a encantou para que ficasse idêntica a princesa. A impostora encontrou o príncipe na metade do caminho com uma comitiva de aldeãos, contou que havia conseguido fugir das garras do mago e que podiam ser felizes para sempre.

            “O amor, contudo, foi mais forte e o príncipe foi capaz de enxergar além da ilusão. Ele chegou até a torre, lutou com o mago e salvou a princesa. Os dois trocaram juras de amor, casaram-se e foram felizes para sempre.”

            – Não é muito diferente dos contos que eu ouvia quando era criança. Príncipes e princesas se encontrando, apaixonando-se tão rápido quanto um rato sumindo por um buraco na parede e então acabando felizes para sempre. – Odette terminou seu bordado e o olhou satisfeita. – Esse tipo de coisa não acontece sabe, as princesas de verdade acabam casadas com um homem que nunca conheceram, alguém que muito provavelmente nunca vai amá-las e então tem uma existência triste e cheia de imposições.

            Alayna não discordou. Ela era jovem quando fugiu, mas sabia que se tivesse continuado, teria sido casada pelo bem do país com alguém que nunca conheceu ou amou. Foi criada para esse dia, para cumprir o seu dever... Ela teria o feito se não tivesse que fugir.

            Uma mancha branca no chão chamou sua atenção. Alayna sorriu deleitada ao vê o coelhinho branco saindo do seu esconderijo debaixo do sofá. Ela o pegou no chão e o acariciou com a ponta do dedo.

            – Como vai Lady Dafne? – beijou o topo da sua cabeça com carinho.

            Odette revirou os olhos, como sempre fazia quando ela falava com algum animal enquanto Augustine soltou risadinhas. Augustine tinha um cachorro e ela também falava com ele como se esperasse uma resposta. Odette era a única que dizia não compreender esse hábito.

            – Madame Perrault disse que fará mais uma visita a cidade antes do equinócio. – Odette comentou. – Poderemos sair do castelo, passear um pouco além dos muros.

            Alayna e Augustine a olharam com um olhar incerto.

            – Mas é perigoso. – disse Alayna.

            – Ainda mais tão perto do equinócio.

            – Não sejam medrosas, as barreiras continuam fortes e solidas. Não vamos nos afastar muito. – ela dirigiu um olhar para cada uma e então continuou. – Além do mais, não é como se o equinócio estivesse para acontecer daqui alguns dias. Nada de mal vai acontecer.

            – Você teve uma visão sobre isso? – Augustine perguntou.

         – Não preciso de visões para saber o obvio. – respondeu descartando a preocupação delas com um gesto de mão. – A barreiras vão impedir qualquer pessoa que for estúpida o suficiente para vir nessa parte da floresta.






Poucas lembranças surgiram quando ele colocou os pés na cidade. Isso era estranho, ele pensou que olharia as ruas largas, as carruagens pesadas puxadas por grandes cavalos e seus cocheiros, as casas que se erguiam para o alto com as flores na janela e lembraria-se de tudo. Ao invés disso, tudo o que lembrou foram detalhes; como pequenos pedaços de memória desconexos.

            A mão da sua mãe apertando a sua.

            O gosto do pão mergulhado no mel.

            O sol batendo no seu rosto enquanto corria.

            Tentou, mas não conseguiu se lembrar de mais nada além disso.







Sonhar é o jeito de o seu coração lhe dizer o que mais deseja. Ela sonhava constantemente com sua casa. Uma casa antiga, uma construção larga, em um estilo barroco, com uma escada levando a porta da frente. Ficava no meio de uma fazenda, perto do precipício onde o mar moldava com violência as rochas lá embaixo. Nos seus sonhos seus irmãozinhos estavam todos brincando na escada, sua mãe a olhava com carinho e seu pai, um homem grande e corpulento, anunciava que naquela noite teriam festa.

            Sua mãe tocaria no piano, ela dançaria junto com os mais novos e seu pai cantaria uma de suas canções alegres.

            Claro que, isso era tudo uma mentira, uma ilusão criada pela sua mente. Por isso sonhar era tão perigoso, você podia se perder nele. Nunca houve uma casa larga e antiga, nunca houve um pai corpulento ou uma mãe gentil ou mesmo irmãozinhos com quem brincar. Ela era uma órfã desde que se lembrava, diziam que sua mãe era uma mulher isolada, vivia em uma cabana nas montanhas vermelhas. Perto demais dos dragões, lhe contaram. Foram eles que a mataram, ou pelo menos era no que acreditavam. Cuspiram o fogo que consumiu tudo.

            A única coisa que tinha sobrado era ela, um bebê rosado chorando copiosamente em meio aos escombros. Sem nenhum machucado. Um milagre! Ela, porém, sabia a verdade. Um dragão talvez tivesse colocado fogo na cabana de sua mãe, mas também foi um dragão que lhe concebeu. Contavam histórias sobre isso, sobre monstros que se disfarçavam de humanos, seduziam mulheres e davam a luz a mestiços. As Irmãs que cuidavam do orfanato jamais suspeitaram disso até que um dia suas escamas cresceram, ela tentou esconder com os vestidos, fazê-las desaparecer, mas nessa época não tinha controle sob seu próprio corpo.

             Acabou sendo descoberta e o seu desespero a fez transformar completamente. Ela voou por um dia inteiro, até cair na floresta, exausta. Foi lá onde Madame Perrault a achou. Sozinha e assustada. Disse que ela tinha um lugar onde poderia viver segura, onde poderia ter irmãs, onde ninguém, jamais, a machucaria.

            – Qual o seu nome querida? – Ela perguntou.

            – Augustine.

            – Que nome mais bonito. Venha querida, tem muitos perigos na floresta, não devemos nos demorar muito.



Ela tinha um quarto só para si e mesmo depois de tanto tempo vivendo no castelo, ainda achava esquisito. No passado costumava dormir com mais uma dúzia de outras meninas e agora parecia uma princesa com sua própria cama de dossel. Havia um pequeno quartinho adjacente que servia de guarda-roupa. Tinha muitos vestidos, calças para montaria, sapatos confortáveis, saltos de festas, botas.

            Também tinha um roupão, para os dias em que sentia necessidade de voar. Não havia porque estragar roupas tão bonitas na sua transformação.

            A nudez foi um problema no inicio, mas o pudor foi sumido à medida que o tempo passava. Odette nunca pareceu tímida quanto à própria nudez, quando era noite de lua cheia e seu corpo implorava pela transformação, ela saia sem uma peça de roupa sequer, vagueava pelos jardins até se transformar, então sumia a noite inteira para aparecer no café da manhã do dia seguinte. Às vezes ela até comia nua, Madame Perrault não se importava.

            Como tinha voado ontem, ela decidiu que ficaria no chão hoje. Vestiu um dos seus muitos vestidos, aquele com perolas e esmeraldas, e saiu do quarto, encontrando Odette no corredor. Ela tinha aquele cabelo vermelho que chamava atenção por onde passasse, tinha também um sorriso cheio de segundas intenções. Contava que já tinha ido à cidade escondida uma vez, sem que a Madame soubesse. Achava difícil de acreditar, pois a Madame sabia de tudo.

            Odette, contudo, insistia na história, dizia que tinha conhecido muitos rapazes. São todos tão interessantes. Augustine não interagia com um rapaz há tanto tempo que suspeitava que talvez nem reconhecesse um se o visse de perto. Madame Perrault tinha muitas coisas ruins para dizer sobre os homens, mas Odette os fazia parecer bastante divertidos.

            – Sonhei com um caçador hoje. – contou Odette, indo até ela e enlaçando o braço no seu. As duas passaram a andar juntas, na mesma passada. – Ele corria atrás de mim, com sua arma, havia muito ódio no seu rosto.

            Os sonhos de Odette quase sempre significavam algo a mais, por isso prestou bastante atenção.

            – Eu o enganei, escondi-me nos arbusto e o observei rondar a área atrás de mim. Então muitas flores se abriram de seus botões e o ar se encheu de doçura. – Odette parou, olhou para os lados e aproximou o rosto como se fosse contar um segredo. – Eu me transformei de volta em mulher, estava nua e o ar estava frio. O caçador me viu, correu até mim. Ele tinha um rosto bonito, olhos claros como as águas de um rio. Carregava um saco de pedras na mão, para costurar dentro da minha barriga, ele apontou a arma na minha direção.

            Augustine tapou a boca com a mão, esperando o resto, mas Odette nada disse.

            – O que aconteceu? – perguntou quando não pôde mais conter a curiosidade.

            – Eu não sei, eu acordei. – respondeu dando de ombros. – Ainda estava de noite, então voltei a dormir, mas não vi o caçador novamente, ao invés disso, vi nosso castelo, mas estava diferente, em ruínas e o inverno tinha chegado, estava tudo muito frio, com neve por todo lugar e todas as flores estavam murchas, como se a vida não fosse mais capaz de florescer dentro desses muros.

            Apesar do sonho pessimista, Odette não transparecia isso. Ela ainda sorria quando as duas desceram para a sala de refeição. A comida já tinha sido posta na longa mesa. Sentaram-se uma do lado da outra, Augustine comeu bolinhos de canela e bebeu leite com mel enquanto ouvia Odette que tentava convencê-la a escapulir do castelo. Isso era fácil, podia se transformar em dragão a qualquer segundo e voar pelos arredores. Contanto que se mantivesse longe da cidade Madame Perrault não tendia a brigar. Elas não eram prisioneiras, só precisavam te cuidado e permanecer discretas.

            – Tente Adelia, tenho certeza de que ela vai querer nadar no rio. – disse encerrando a questão e então se afastando.

            Augustine saiu da sala de refeição, indo em direção da ala oeste.

O castelo era enorme, como os que descreviam em contos de fadas. A ala oeste tinha uma enorme biblioteca, uma coleção de livros impressionante. Augustine não sabia ler quando foi acolhida e mesmo tento aprendido com o tempo, ela cultivava o hábito de apenas observar as enormes estantes ao invés de tirar um livro e ler. Quem estava sempre naquele cômodo era Ava e Célia. Ava lia todos os tipos de livros enquanto Célia amava os romances com princesas, príncipes, heróis e uma épica jornada. Encontrou as duas ali, sentadas em travesseiros no chão, cada uma com um livro, comentando entre si de vez em quando. Deixou-as em paz e andou pelas estantes.

            Às vezes se perguntava se aquela biblioteca era uma herança do antes. Não conhecia a história a fundo, não mais do que as outras. Um Rei muito mal, uma Rainha ambiciosa, o feitiço para proteger suas filhas... Era assim que Madame Perrault relatava os acontecimentos. Nenhum detalhe, apenas a história por alto. Celia ainda não era nascida e Pauline muito nova para se lembrar de algo... Talvez Noelle tivesse algum tipo de recordação, mas nunca disse nada.

            Algo que sabia por certeza era que não havia livros sobre o passado aqui. Alayna tentou encontrá-los uma vez, curiosa por respostas. Disse que achou livros de história, quase sempre sobre um passado muito distante, mas nada que desse uma pista sobre quem costumava viver ali.

            O mais próximo que chegou de uma pista foi quando achou um trecho que falava sobre as Rainhas de Damegh, um pequeno país perto do Golfo das Sereias. Alayna levou o livro para o seu quarto, acompanhada de Odette, e as três leram o trecho grifado pela antiga princesa.

A Rainha Janessa expulsou os corsários do Golfo da Seria, mas a paz não durou muito, pois o lendário pirata Olho Negro voltou com uma horda de piratas e tomou o Golfo com uma centena de navios. A bela cidade de Nigash foi atacada e saqueada, mas uma ajuda inesperada chegou. Um homem das Terras Verdes que visitava a Rainha providenciou, usando apenas dez homens, a explosão de vários navios dos corsários e então comandou as tropas da cidade para expulsar os piratas das ruas.

Em um combate singular ele matou Olho Negro e livrou Nigash da ameaça pirata. Como forma de agradecimento, a Rainha Janessa ofereceu sua filha mais nova para se casar com o herdeiro do homem, que era um Rei nas Terras Verdes. O casamento foi arranjado e uma auspiciosa amizade entre as duas famílias se iniciou. Contudo, não durou muito tempo, pois o filho dessa união e neto da Rainha Janessa se casou com uma mulher que pertencia a uma Casa inimiga a família real de Nigash. Sabe-se que dessa união se deu apenas um filho vivo na idade adulta, mas depois dele, quase nada se sabe da sua descendência.

            As três tinham quase certeza que esse trecho se referia ao passado desse lugar, mas nenhuma delas havia estudado a história das Terras Verdes antes para ter completa certeza.

            Augustine passou os olhos por alguns títulos, sendo alguns escritos em línguas diferentes. Deixou que os dedos passeassem pela textura das capas, cantarolou uma canção. As estantes formavam corredores que formavam labirintos, achava quase impossível achar algum livro naquele lugar, os livros não obedeciam nenhuma ordem. Os servos não pareciam ligar para isso quando arrumavam os livros nas prateleiras. Isso também nunca a incomodou de fato, ela raramente procurava por um livro.

            Também gostava das surpresas que encontrava ao perambular pelas estantes.

            Tendo adentrado ainda mais, ela chegou a um dos extremos da biblioteca, em um pequeno corredor escuro que era formado pela parede e uma estante. Augustine seguiu até o fim, estava completamente oculta.  Um ótimo lugar para se esconder, caso conseguisse achar novamente, às vezes ela tinha certeza que o labirinto da biblioteca movia-se a bel prazer.

            Chegou ao fundo do corredor e tocou a parede, mas foi surpreendida por outra textura. Era oco, percebeu ao dar algumas batidinhas e então tentou empurrar, para seu espanto, a parede abriu como uma porta. Ora uma passagem secreta... Lá para dentro era escuro e frio, uma escada descia em uma curva, mas ela mal conseguia vê seus degraus. Augustine deu um passo para frente e uma tocha na parede acendeu como se respondesse a sua proximidade. Ela arfou e retrocedeu. Não era uma bruxa, mas seu instinto de dragão remexia-se inquieto dentro dela, como se houvesse algum tipo de perigo no fim daquela escada.

            Rapidamente fechou a porta, respirando lentamente, ela saiu dali, assim que tornou a virar à estante deu de cara com Noelle. Ela tinha o castelo escuro da mãe – e das irmãs – junto com um par de olhos que era um pouco mais claro, uma mistura entre o castanho e o dourado.

            – Procurando por algum livro? Eu posso ajudar. – disse Noelle, que então estendeu a mão com a palma virada para cima e disse alta e claramente. – O princípio da Astrologia, por Luccas Veridas.

            Momentos depois, um pesado livro azul escuro com pequenas estrelas amarelas e prateadas pousou na sua mão, vindo por cima das estantes respondendo ao seu chamado. Era um truque que Madame Perrault, suas filhas e Ava eram capazes de fazer. Augustine tentou pensar em algum título, mas nada lhe veio na cabeça. Não seja tola, pensou, não havia motivos para todo esse pavor. Não estava fazendo nada de errado e Noelle, apesar de parecer um pouco intimidante com sua autoconfiança, era uma boa pessoa.

            Ela respondeu passando os dedos no cabelo fazendo uma onda de fios dourados deslizarem para trás.

            – Só estava explorando.

            Noelle acenou um sim com a cabeça.

            – Pois bem... Se precisar de ajuda com algum livro basta pedir a mim ou então a Ava, ela ainda está lá fora com a minha irmã. – ela saiu andando, mas se virou pouco depois e comentou: – Isso aqui pode ser tão confuso. Mamãe deveria rever a organização desse lugar.



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Notas finais do capítulo

Podem comentar, não precisa ser tímido :D
O que acharam das outras meninas?



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