As Damas Perrault escrita por Florrie


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D



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— Capítulo 1 –

 

 



As altas paredes abobadadas do berçário sempre a acalmaram. Ninguém usava esta parte do castelo fazia alguns bons anos, não havia mais bebês ou crianças pequenas no castelo. Ainda assim, tudo estava sempre limpo e arejado, como se a chegada de uma nova criança fosse esperada a qualquer momento. Não era tão difícil de acontecer, sua mãe já havia acolhido cinco moças no castelo; às vezes ela saia em suas viagens misteriosas, poderia trazer uma criança pequena consigo.

            No berçário gostava de sentar na poltrona por entre os berços e olhar a antiga tapeçaria que cobria quase toda a parede. Era a única coisa que ainda existia de um tempo que sua mãe fez questão de apagar. Sempre se perguntou o que a tinha levado a poupar essa tapeçaria em especial. Já tinha analisado cada centímetro da imagem e nunca achou nada especial. Era uma grande confusão de pequenas cenas bordadas; um grupo de bailarinas dançando, um baile, um casamento, crianças voando encima de estrelas. Tinha tentado olhar por detrás, talvez achar algo escondido, mas não havia nada. Apenas uma tapeçaria normal.       

            O único detalhe curioso era um desenho bordado em meio aos outros, retratava um rei em sua armadura, ele sustentava acima da cabeça, com ambas as mãos, um pequeno bebê, ao seu lado, uma rainha vestida de branco mantinha a palma das mãos coladas como se fizesse uma oração. Não podia deixar de conjecturar que esse rei era o mesmo rei que um dia viveu nesse castelo, aquele cujo nome foi esquecido para sempre.

            Um pequeno pedacinho de um passado que ela jamais conheceria.

            Não devia passar muito tempo aqui, não com a proximidade do equinócio. Precisava treinar e treinar e então treinar mais um pouco. O equinócio era uma data importante para aqueles que tinham a habilidade de controlar a magia. O véu entre este e o Outro mundo tornava-se mais fino e era o melhor momento para se fazer grandes feitiços, uma bruxa podia chegar ao ápice do seu poder.

            Foi nesse dia, que muitos anos atrás, sua mãe subiu a torre mais alta e lançou o mais poderoso dos seus feitiços e desde então, era nessa data que ele era renovado. Quando o sol começasse a se pôr, todas as bruxas do castelo – cinco das nove mulheres que viviam aqui –; formariam um circulo no Jardim das Almas, o jardim frontal do castelo, manteriam a formação com cânticos e palavras antigas e poderosas por várias horas até que tudo estivesse acabado e a festa do equinócio começasse.

            Não era uma festa de verdade, não quando havia apenas nove convidadas. Pauline nunca considerou os servos, eles não eram realmente pessoas, apenas espectros que se sustentavam pelo poder da sua mãe. Nos livros que lia na biblioteca, ela viu que verdadeiros bailes continham dezenas ou centenas de pessoas, havia danças, cantoria, um romance selado por um beijo na sacada. Todo o tipo de emoção que nunca foi capaz de experimentar.

            Noelle, sua irmã mais velha, tinha vagas lembranças dos bailes reais que uma vez aconteceram aqui. Ela dizia que não era autorizada a ir, mas sempre escapulia do olhar vigilante da babá para observar por debaixo das mesas. Pauline ainda estava aprendendo a andar quando tudo mudou, nunca teve a chance de escapulir e observar. E provavelmente não a permitiriam tão fácil, não quando ela era o bebê amaldiçoado.

            A maldição estava marcada na sua pele como uma queimadura por ferro quente. A mancha escura e áspera cobria parte das suas costas e era apenas um lembrete de algo muito pior. Sua mãe lhe contou que foi tudo obra de uma mulher invejosa e uma bruxa cruel; a mulher já estava morta, era uma das rosas que brilhavam a noite no Jardim das Almas, mas a bruxa... Sua mãe não conseguiu matar a bruxa, mas a aprisionou em um lugar de onde jamais poderá sair. Conseguiu sua vingança, mas nunca foi capaz de acabar com a maldição.

            O monstro viveria dentro dela para sempre, sendo apenas controlado pelas fortes porções que tomava todas as noites antes de dormir. Odiava lembrar-se da sua condição, da fera que se libertava e lhe tirava completamente a consciência. Havia se transformado completamente três vezes em sua vida. Na primeira transformação, quando tinha apenas nove anos. Foi durante uma forte febre, uma dor terrível a preencheu, como se todos os seus ossos se quebrassem e então voltassem ao lugar. Ela tornou-se um ser primitivo, com patas, dentes afiados e olhos vermelhos como sangue. Demorou a noite inteira até sua mãe capturá-la e prendê-la no subsolo até que voltasse ao normal. Depois disso perdeu o controle em mais dois momentos, ambos quando não conseguiu controlar a própria magia e nem mesmo a poção era capaz de refreá-la.

Os dois momentos antecederam o equinócio. Quando ela treinava tão duro que tendia a se descuidar e então perder o controle ou esquecer-se de tomar um dos seus remédios. Sua mãe explicou que era tudo culpa da maldição, o monstro dentro de si era feito de caos e onde havia caos, havia descontrole.

            Sua magia transbordava sem controle ou então, trancava-se e se recusava a sair, por mais que pedisse. Por causa disso, ela precisava treinar ainda mais que as outras para o equinócio. Não queria ser causa de algum problema, não mais do que já era.

            Um corvo pousou suavemente na janela e grasnou em sua direção. Pauline se levantou se foi até a ave, passou a mão pela a cabeça negra, o animal a bicou carinhosamente. Era um dos corvos de sua mãe, um de seus muitos olhos.

            – Diga a ela que já estou indo.

 






Ela tinha cheiro de mar, apesar de nunca ter visto a magnitude de suas ondas ou sentido a água salgada contra sua pele.

Dizer que nunca viu ou sentiu seria mentira. Adelia nasceu no mar, lá nas profundezas do oceano negro. Seu berço foi uma concha gigante cheia de perolas e todas as noites várias sereias a circulavam e cantavam, ou pelo menos achava que cantava, ela tinha pedaços de memórias sobre isso, mas nunca soube julgar se eram verdade ou fantasia. Ainda bebê, ela foi retirada do seu paraíso azul e emergiu para fora, para as mãos calejadas do seu pai, desde então, ela não tinha mais voltado. Era nova demais para se lembrar, realmente, do seu primeiro lar.

Cresceu em uma fazenda, longe do mar e da água. Seu pai proibiu que ela nadasse nos rios com as outras crianças, tinha medo que sua condição se mostrasse. Adelia continuou assim, reprimida até que um dia, um de seus irmãos, filho do seu pai com sua madrasta, a levou até o grande rio e a atirou na água rindo. Era cruel, aquele garoto, achava que por ter ganhado mais altura que os outros, ele tinha o direito de ser mau.

Adelia afundou, mas ao invés de sentir a faltar de ar, ela sentiu alivio. Como se uma parte da sua alma fosse finalmente preenchida. Ouviu uma música alegre, olhou para cima e então vislumbrou seu primeiro fragmento de lembrança, mulheres com longas caldas, nadando em círculos encima dela, a água infinita estendia-se para cima, as perolas brilhavam ao seu redor. A lembrança se foi tão rápido quanto veio e então um par de mãos a puxou para cima, como tinha sido tantos anos antes. Seu pai estava furioso quando a tirou da água, seu irmão a olhava assombrado e então ela olhou para as pernas.

No lugar delas havia uma longa calda colorida.

Ficou trancada no quarto até a calda sumir e as pernas voltarem, depois, seu pai a proibiu de mesmo chegar perto do rio. Adelia tentou obedecer ao pai, mas não conseguiu. Todas as noites a água a chamava, sussurrando palavras doces no seu ouvido. Um dia ela escapuliu da cama e foi para a floresta onde o rio corria impiedoso. Adelia tirou toda a roupa e jogou-se nas águas, ansiando por sentir o contado dela com toda sua pele. A calda cresceu e novamente a sensação de preenchimento...

Mas a paz não durou muito. Havia homens na floresta e como seu pai tinha advertido, eles eram maus. Tentaram lhe capturar, atirando com suas armas na água e rindo. Uma das balas atingiu sua calda e sangrando ela nadou. Eles correram atrás dela, seguindo o rastro de sangue que deixou para trás. Adelia seguiu o rio, seguiu uma força muito maior que ela, seguiu e seguiu, deixou a casa do seu pai para trás, deixou os homens maus para trás, deixou tudo para trás... Então ela chegou a uma bifurcação, arrastou-se para a margem, exausta e então caiu. Quando acordou, estava em um quarto magnífico, como aqueles que as princesas tinham nos contos. Uma mulher bonita cuidou dela, você quer ficar aqui? Ela perguntou gentilmente, o mundo é um lugar cruel para moças como você, mas ficará em segurança aqui, as outras vão adorá-la. Ela acariciou os seus cabelos enquanto Adélia focava a visão, podem ser como irmãs, protegendo umas as outras.

Adelia nunca teve irmãs.

A mulher aproximou os lábios e beijou sua testa.

Você tem cheiro de mar, disse ela, o aroma inconfundível do oceano.

E quando a mulher perguntou novamente se ela queria ficar, Adélia murmurou um baixo, porém audível, sim.



Todos os criados do castelo eram apenas espectros, apesar de se parecerem tão humanos quanto ela. Eles não sangravam, nem sentiam dor, não expressavam emoções e não tinham força vital. Um par deles lhe acompanhava, um carregava um roupão de lã azul e o outro uma sombrinha que a protegia contra o sol, mesmo que esse estivesse fraco naquela hora da tarde.

            Foi até o rio que cortava o castelo, perto das muralhas oeste. O rio vinha de fora, um dos ramos que saia do rio principal. Esse era um ramo menor, que ao atravessar o castelo e sair pelo o outro lado, juntava-se novamente ao rio maior. Sua profundidade era apenas mediana, mas o suficiente para tardes como esta.

            Apenas mulheres moravam no castelo, então não teve pudor ao retirar a roupa, peça por peça. Deixou que caíssem no chão e então, nua, foi até a água. Primeiro mergulhou os pés e a conhecida sensação de prazer percorreu todo seu corpo. As ondas douradas do seu cabelo voaram contra o seu rosto quando o vento bateu nas suas costas e foi com a visão parcialmente bloqueada que ela jogou-se de cabeça na parte mais profunda da água.

            Não tinha mais treze anos, ela já não se transformava toda vez que mergulhava as pernas na água. Sua falta de controle sempre foi inconveniente na infância, quando ela era separada dos meios irmãos para poder tomar banho para que nenhum deles descobrisse seu segredo. Hoje ela tinha um maior controle do próprio corpo, então quando mergulhou, a cauda não apareceu imediatamente. Adelia apreciou alguns segundos da sensação das duas pernas batendo para então deixar que as escama subissem, aliviando assim a pressão que sempre sentia naquela parte do corpo ao entrar na água sem se transformar.

            Era uma nadadora ágil, mas de nada valia isso em um espaço tão pequeno. Por isso chegou em poucos segundos nas grades submersas da muralha que impediam a passagem pelo rio. Madame Perrault insistiu que Adelia não devia simplesmente sair do castelo para nadar, lembra-se dos homens maus? Havia milhares deles lá fora, todos ansiosos por pegar alguém como ela. Sabe quanto custaria uma seria? Ainda por cima uma que pode controlar a própria transformação? A madame contou histórias terríveis que ouviu na época de sua juventude, no tempo em que morava em um país frio do norte. Ela disse que de onde vinha, as sereias eram caçadas para serem vendidas em mercados subterrâneos ou então presas no aquário de algum lorde rico. A lágrima de uma sereia cura as enfermidades, a escama inferior é um ingrediente vital para poções poderosas e a escama superior é um amuleto de sorte e fortuna, além de também ser usado em poções. Até que Madame Perrault lhe explicasse isso, ela não fazia ideia que seu corpo podia carregar tanta magia.

            Sereias eram extremamente raras, especialmente no continente. Preferiam viver nos oceanos, longe dos homens e de sua civilização. ho, ho, ho, o reino embaixo do mar, todas as sereias chegam para dançar, ho, ho, ho, o reino embaixo do mar, onde os cristais brilham e o ouro é abundante, onde o marujo vem para se afogar... O reino das sereias era uma lenda conhecida, diziam que havia casas e castelos feitos de mármore, ouro e cristal; que o homem que lá pisasse teria nas mãos riquezas inimagináveis. A maior parte das sereias morava nesse reino, Madame Perrault lhe disse. Mas elas vão até a superfície enganar os marinheiros e os levarem para o fundo do mar, deve ter sido assim que sua mãe conheceu o seu pai.

            Provavelmente foi, mas seu pai não falava muito nela, especialmente quando a levou para a casa de sua esposa. Ele foi tripulante de um navio mercante até que o navio afundou quilômetros da costa. Todos morreram menos o seu pai, que apareceu na praia, intacto. Chamaram de milagre, mas ele sabia o que tinha sido e então voltou ao lugar todas as noites para procurar pela sereia que o salvou. A única vez em que lhe contou essa história – ela tinha dez anos e ele estava bêbado –, seu pai disse que costumava ouvir um canto ressoar das ondas, como se o convidasse para nadar; ele nunca aceitou o convite, até que uma noite, cansado de esperar e ansiando por algo que não sabia o que era jogou-se nas ondas. Debaixo da água sua mãe o esperava, ela o envolveu nos seus braços e o beijou. Pensei que nunca fosse vir.

            Eles se amaram. Adelia poderia dizer pelo modo como tinha flagrado seu pai cantando a música dela de noite, quando achava que ninguém estava escutando. Oh, meu marinheiro, venha, venha, venha comigo, eu o amo, amo, amo, e eu o quero aqui comigo. Ficaram juntos, em uma cabana na praia e ele lhe disse que foram os dias mais felizes de sua vida. Então, um dia, seu pai acordou e ela sumiu. Ficou fora por vários meses, quase um ano, e então ela voltou com um pequeno embrulho nas mãos e o entregou. Ela é nossa filha... Depois sua mãe pediu para que ele cuidasse dela, disse que não poderia fazer isso. O coração do seu pai quebrou naquele dia, além de qualquer reparo. Nunca confiaria em uma sereia novamente, mesmo que fosse sua própria filha.

            Deu um impulso para cima, deixando a cabeça para fora da água. Os criados continuavam lá, parados no mesmo lugar em que ela os deixou. Três corvos ultrapassaram as muralhas... Todos os corvos pertenciam a Madame, os que ficavam na Torre das Aves até os que moravam do lado de fora. Muitos olhos tem a Madame, pensou. Adelia voltou a mergulhar, indo de um lado para o outro, batendo a cauda o tanto que o limitado espaço permitia. Às vezes gostava de cantar aqui embaixo, sua voz era bonita na superfície, mas havia algo sobre cantar debaixo da água que fazia tudo parecer mais mágico, sua voz tinha uma consistência diferente, quase etérea. A voz de sereia, seu pai odiava que ela cantasse, dizia que era errado e perigoso, era assim que as sereias matavam os homens no mar.

            Voltou a emergir enquanto cantava os últimos versos. Quando acabou, ouviu palmas serem batidas na margem. Adelia sorriu para a jovem que a olha admirada. Celia era a filha caçula da Madame, uma garota de dezesseis anos, com uma curiosidade maior do que as muralhas que a cercavam. Assim como a mãe, nasceu bruxa, mas nem de longe parecia com as bruxas que sua madrasta costumava descrever em suas histórias, mulheres e homens horrendos que se entregaram a maldade e a perdição.

            Celia era uma menina doce e gentil, não havia nada de ruim ou perdido no seu coração.

            – Como eu queria cantar bonito desse jeito. – ela trazia um livro nas mãos. Um dos romances que tanto gostava de ler. Havia muitos desses na grande biblioteca e a Madame, quando saia para a cidade, sempre trazia alguns títulos novos para a filha caçula. – Perguntei a mamãe se existia uma poção para isso, mas ela disse que não era nada que fosse durar muito e que o preço não era nada agradável.

            – Você tem uma voz bonita. – disse, saindo do lago. Sua nudez não provocou nenhuma reação, a não ser por parte dos criados, que vieram até ela e a ajudaram a vestir o roupão.

            – Noelle disse que é apenas razoável.

            – Noelle só quer perturbá-la.

            Adelia afundou os dedos no cabelo castanho dela e lhe deu um beijinho na ponta do nariz.

            – Eu sei disso e ela sempre consegue. – respondeu a menina para então mudar de assunto. – Você queria nadar lá fora?

            Ela olhou por trás do ombro, vendo o céu que sumia por detrás dos muros. Ela queria? Sempre.

            – Podemos ir. – adiantou-se Celia, adivinhando sua resposta. – Vamos até o grande lago e ficamos até anoitecer, podemos ver as estrelas.

            – Talvez amanhã, a Madame não vai permitir hoje. – falou Adelia, pondo o braço nos ombros da menina. – Você sabe como ela fica com a proximidade do equinócio.

            – Exagerada?

            – Cuidadosa.

            Celia tinha grandes olhos marrons que transbordavam sinceridade. Ela piscou e soltou uma risadinha.

            – Vamos para dentro? – perguntou Adelia. – Você pode me contar sobre esse livro ou sobre a prática com as outras.

            Além da Madame e suas três filha, havia ainda mais uma bruxa no castelo, Ava. Eram elas que realizavam o ritual no equinócio para renovar as defesas do castelo. Isso exigia prática, especialmente agora. Celia sempre tinha uma história interessante para contar sobre as praticas.

            – Pauline jogou Noelle uns dois metros para trás. Ela perdeu o controle e então as duas brigaram e eu e Ava ficamos assistindo. – disse enquanto voltavam para o castelo. Uma ruga de irritação surgiu na sua testa. – Foi bem divertido até que mamãe parou as duas e nos fez treinar ainda mais duro todo o resto do tempo.

            – Sinto muito. – apesar das palavras, não conseguiu esconder seu divertimento.

            A ruga na testa de Celia sumiu e novamente ela mudou de assunto.

            – Vou falar sobre o livro então, é muito mais interessante. Na história tem uma princesa que se transforma em um gambá.

            – Gambá? Não um sapo ou uma cobra ou mesmo um lobo?

            Celia girou a cabeça negativamente.

            – Um gambá. – respondeu. – Deixe-me continuar... Então, um gambá, ela se transformava nisso todas as noites que não tinha lua. Então um dia, ela conheceu um príncipe...

            E ela continuou a contar a estranha história da princesa gambá e do seu príncipe encantado. Sempre havia um príncipe encantado em todos os contos, um homem valente, bonito e honrado, que lutaria com o pior dos monstros para salvar sua amada. Encima da torre mais alta, as duas viram Augustine, em sua forma de dragão, pousar suavemente, segurando a ponta da torre com suas terríveis garras. Adelia não podia parar de imaginar que se um príncipe encantado de fato chegasse aqui, ele sairia correndo e amaldiçoando o destino que colocaram em seu caminho donzelas tão peculiares para salvar.

 


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Notas finais do capítulo

Comentários são sempre estimulantes.
Muito obrigada por ler.
Beijos ;*



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