Moon Lovers: The Second Chance escrita por Van Vet, Andye


Capítulo 70
Unidos somos melhores


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Tudo vem com vocês? Esperamos que sim.

Inicialmente, e como já é de costume, quero agradecer a todos que ficaram um pouquinho a mais do tempo de leitura para nos dedicar um comentário. São esses comentários que sempre nos impulsionam a fazer o melhor, então, obrigada por cada um deles!

No capítulo de hoje, dois momentos marcantes: O fim de um ciclo e o início de outro. Esse capítulo está emocionante e é bem marcante. Vamos ver o que acharão do que preparamos para vocês neste domingo. Comentem, somos curiosas!

No demais, obrigada mais uma vez.

Boa leitura!!!



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Sun estacionou o carro de qualquer jeito. Não estava interessado em parecer bom motorista, o que realmente não era, mas em chegar antes que todas as suas possibilidades escorressem em definitivo por suas mãos.

Ele correu em desespero, desviando dos carros estacionados, os pulmões doendo, seu sedentarismo atacando suas pernas e agilidade.

Esbarrou em umas duas ou três mulheres que lhe obstruíram a entrada sem muito tempo para pedir desculpas e seguiu, sob os olhos de alguns desconhecidos, transpassando alguns portões, pulando por cima de bancos, o peito batendo descompassadamente.

— Me desculpa, certo? Me desculpa por tudo o que tenho feito com você. Me desculpa por… — ele ia mencionar o beijo do dia anterior, se é que fora um beijo, mas Hea o interrompeu.

— Sun… Não peça mais desculpas, por favor. Vamos seguindo, as coisas já não são como eram… A gente precisa de tempo, e precisamos nos respeitar… respeitar o que sentimos.

— Você… tem medo… de estar comigo? — ele perguntou, a voz vacilava temendo a resposta.

— Não — ela foi direta — Mas, neste momento, eu preciso saber o que eu realmente quero. Não duvido dos seus sentimentos, longe de mim fazer algo assim, mas não sei até onde isso me afeta. Preciso pensar… Pensar bem sobre tudo antes de me posicionar definitivamente.

— Eu entendo… É tudo minha culpa.

— Não é culpa de ninguém… Apenas não é o tempo de estarmos juntos. Se dê um tempo também. Aproveite o que a vida tem te oferecido… Vamos vivendo bem, certo?

— Tudo bem…  

— Somos amigos… amigos sempre se entendem.

Mas não era a amizade de Doh Hea que Sun queria.

O seu coração martelava essas palavras dia e noite e ele precisava, de alguma forma, mostrar para ela que seus sentimentos eram reais.

Ele sabia, mesmo que Hea dissesse crer em suas palavras, que ela estava magoada com todas as coisas que ele fez, por seu envolvimento com Midori, por tratá-la como moeda de troca.

Em nenhum momento Wang Sun fora um homem que honrasse seu nome com aquela garota. Descobriu, depois de anos de convivência, que era com ela que queria estar, que era por ela que seu coração pulsava mais rápido.

Descobriu, da forma mais difícil, a verdade dos seus sentimentos e provocou o que menos desejava em sua vida: a tristeza no coração da pessoa que tanto estimava.

— Eu não sei o que fazer, mãe — a cabeça deitada sobre o colo da senhora Eun Tak recebia um cafuné — Eu fui um estúpido com ela… Eu não percebi nada todos esses anos… Queria que ela voltasse a confiar em mim…

— E se ela realmente só precisa de um tempo, filho? — a mulher falou com carinho, ele a olhou de seu colo — As coisas entre vocês nunca foram fáceis. Lembro bem de todas as discussões que você criava desde que eram crianças…

— Eu sei… sou um bobalhão idiota…

— Sim, você “era”… Mas isso não quer dizer que continua sendo. Você entendeu todas as bobagens que fez, e se arrependeu, o que é muito importante, mas as mágoas que Doh Hea alimentou são bem mais fortes que o seu remorso.

“Acredito no sentimento de vocês, acredito também que ficarão juntos em algum momento, mas você precisa dar tempo para ela. Ela está confusa… Precisa respirar e pensar. Não fique em cima, deixe que ela decida o que quer sozinha, sem pressão… ”

— O problema, mãe… É que, às vezes, eu sinto uma dor terrível no peito — ele pressionou o local com a mão — É como se eu fosse perder a Hea, para sempre… Sinto como se… Como se não pudesse permitir que isso aconteça. Como se eu estivesse com uma dívida, como se… como se… como se ela fosse embora, que eu não pudesse estar com ela… a sensação de perda dói demais… um aperto no peito que me machuca…  Eu não sei explicar, mãe… A sensação de que deveríamos estar juntos, que fomos separados… Não sei de onde esse sentimento vem, mas não posso perder a Hea…

— Você não vai perdê-la… — a mulher enxugou suas lágrimas com carinho — … a menos que o destino de vocês seja ficarem separados. Tudo na vida tem um motivo e se tiverem de ficar juntos, ficarão, independente do tempo que isso leve…

Atravessou uma multidão de pessoas com bagagens, deslizou os pés pelo chão encerado e parou ao fim da fila. No painel de embarque restava cinco minutos para que o avião com destino aos Estados Unidos levantasse voo. Ele ainda tinha tempo.

Seguiu apertando-se entre as pessoas na fila para embarque de algum voo que ele desconhecia, muitos reclamando de sua intromissão, discussões sendo iniciadas pelo motivo de sua impertinência. Ele apenas desculpava-se.

— Moça, por favor… — a respiração estava agitada, difícil — Por favor, o voo para os Estados Unidos… Pare aquele avião, por favor…

— Sinto muito, mas você terá que reagendar o seu voo. O avião…

— Não… A senhora não está entendendo… A Hea… Doh Hea não pode ir embora…

Sun estava na sala de Taeyang quando Yoseob entrou com alguns formulários que ele não entendia bem. O velho homem tirou um lenço do bolso após entregar os papéis e esfregou a testa suada, os olhos distantes, entristecidos.

— Está com algum problema, Yoseob? — Taeyang perguntou interessado e Sun o focou curioso.

— Só as coisas de sempre… Nada demais…

— Mas você não parece bem — o mais jovem continuou, o senhor sentando-se à sua frente.

— Ah, Taeyang… Eu sempre admirei seu pai por não perder o juízo ao colocar oito filhos no mundo… Com apenas uma eu praticamente infarto toda semana…

— O que aconteceu com Hea? — fora Sun que perguntara, completamente interessado na história do senhor.

— De princípio foram as aulas de boxe, esgrima… nunca quis o ballet, o piano… Ai… — suspirou — Não se interessa em trabalhar com carros, só gosta de videogames… até me falou que pararia de jogar e se dedicaria mais ao administrativo, mas foi por pouco tempo… Ela não tem tino para isso… Já me conformei. O problema agora é… — limpou a testa novamente — Está pensando em desistir do curso faltando apenas dois semestres… Vai viajar para os Estados Unidos…

— O que? — Sun alarmou-se na cadeira que ocupava — Como assim?

— Disse para ela não abandonar o curso, não faltando tão pouco tempo, então ela tentou e foi aceita em uma universidade de lá… Acho que não tive rédeas com Hea…

— Acho que o senhor a criou muito bem — Taeyang comentou, preocupado com a reação do irmão — Ela é uma jovem de grande personalidade e parece ter muito caráter… Não devia se preocupar muito… Estudar nos Estados Unidos é sempre bom também…

— Mas ela está indo com o objetivo de jogar aquelas coisas loucas dela, eu sei… Vai ter um torneio na próxima semana e…

— Próxima semana? — Sun, ainda mais alarmado, perguntou.

— Sim… Ela está indo hoje…

— Hoje…?

— Por que não pediu uma folga para acompanhá-la, Yoseob? — Taeyang perguntou, mas o homem não pode responder. Sun levantou-se com pressa, a cadeira onde estava sentado virando-se e caindo em resposta ao impulso.

Correu pelos corredores da empresa, indo para a sala de Eujin, abrindo a porta com estrépito, assustando o rapaz que estava concentrado em sua proposta de marketing para apresentar na próxima reunião.

— Onde é o incêndio, garoto? — perguntou alarmado, a expressão do mais novo lhe assustando.

— Preciso do seu carro…

— Não tenho como sair agora…

— Eu quero as chaves. Me dá…

— Como assim…

— Eu preciso das chaves, droga! — exaltou-se — Vou parar de pegar carona com vocês e pegar um carro para mim — as mãos comprimiram a testa, os olhos fechados com força. Parecia sentir dor.

— O que está acontecendo? — Eujin se levantou, preocupado.

— Hea… Doh Hea está indo embora… Ela vai viajar para os Estados Unidos… Eu preciso para-la… Eu não posso perdê-la, não de novo. Por favor, me dê as chaves…

— Estão aqui… — Eujin ofereceu, segurando as mãos do irmão antes de deixá-lo ir — Tenha cuidado. Faça o que estiver ao seu alcance e não se sinta culpado se não der certo. Se precisar, me ligue. Vou te encontrar…

— Pare de falar assim… Vai dar certo. Eu vou conseguir… — falou saindo rapidamente, sem fechar a porta. Eujin encarando o mais novo correndo pelo corredor, se afastando.

— Boa sorte, meu irmão. Boa sorte.

— Senhor, não temos como parar o voo. Todos os passageiros já entraram. O avião já está se preparando para decolar e…

Sun não ouviu o resto. Saiu em disparada, correndo em direção aos portões de embarque, a comoção das pessoas na fila que ele interrompera aumentando; tentavam entender o que acontecia, se o garoto conseguiria o que viera fazer.

Ele adiantou-se, pulou o portão fechado do embarque e correu em direção à porta que daria acesso ao avião, o peito parecendo que pararia a qualquer momento. Não conseguiu chegar em tempo.

Dois seguranças surgiram do nada, lhe tomaram pelos braços e lhe arrastaram de volta para trás do portão.

Ele gritava, se debatia, desesperado, vendo através dos vidros o avião começar a mover-se na pista de voo. Seus olhos arderam, o desespero tomando conta de si.

— HEA… DOH HEA… POR FAVOR, NÃO VAI EMBORA… HEA… NÃO ME DEIXA, HEA… ME PERDOA… POR FAVOR…

Debateu-se com mais força contra os dois homens que o seguravam. Exigiu, explicou, implorou para que permitissem que ele fosse encontrá-la. Precisava tentar mais uma vez. Precisava dizer que a amava de verdade. Que não queria perdê-la, que não iria suportar que estivessem longe.

As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, seu desespero transformando-se em choro, o avião levantando voo, levando com ele a sua felicidade, a garota que ele, por tantos anos, ignorou e que, agora, ia embora em definitivo, deixando-o para trás, como ele fizera todos aqueles anos.

— Você já parou para pensar que, talvez, o universo tenha aproximado vocês para que pudessem viver algo especial juntos? Algo que, talvez, não tenham podido viver no passado e que, por isso, você sente essas coisas inexplicáveis, essa sensação constante de perda, quando pensa nela?

Ha Jin conversava com o jovem herdeiro em um parque. Ele, sem saber como lidar com os sentimentos angustiantes que sentia sobre Doh Hea, pensou na jovem sempre tão sábia para conversar.

— Vidas passadas? Você acredita nisso? — ele perguntou levemente curioso, olhando intensamente para Ha Jin.

— Sim… Eu acredito. Acredito que a vida nos proporciona a possibilidade de vivermos algo que não conseguimos, como se tivéssemos uma segunda chance para tentar o que não deu certo no passado.

— Mas isso seria complicado… Como poderíamos ter certeza que estamos tentando o certo, se estamos com a pessoa certa?

— Acho que o seu coração consegue responder isso por mim… Eu sei que você tentou esconder de si mesmo o que sentia por Doh Hea por muitos anos, sei que está sofrendo por ela estar precisando de um tempo para cuidar de si e sei que deseja demais estar com ela, que sente algo tão forte que não consegue explicar.

“Se posso te dar um conselho é: não desista! Mesmo que tudo pareça ter acabado e que não tenha mais solução, persista. Porém, não tome o espaço dela. Talvez… nessa vida passada que viveram, ela tenha se dedicado demais para você e você, talvez, não tenha percebido… ”

— Como também não percebi aqui…

— É isso — Ha Jin colocou a mão sobre o ombro do cunhado — Deixe que ela pense… mostre para ela que se importa. Não desista, se é isso o que o seu coração quer. Tenho fé que os corações de vocês baterão juntos, no mesmo compasso.

Alguns muitos minutos depois de toda aquela comoção, Sun ainda não conseguira controlar as lágrimas que caiam como cascatas de seus olhos, sentado em um dos bancos daquele aeroporto. Não percebeu a figura de uma pessoa se aproximando dele, o olhando de longe.

Sun tinha os olhos cobertos pelas mãos, mas sentiu a presença de uma segunda pessoa sentando-se ao seu lado. Com receio, temendo que seu coração o estivesse enganando, abriu os olhos lentamente, vendo pernas masculinas onde deveria estar Doh Hea.

— Eu sinto muito pelo que você passou, jovem. Imagino que não deve ser fácil perder alguém que muito se estima, ainda mais quando essa pessoa parece já ter feito tanto, sem pedir nada em troca — Sun focou o homem, nunca o havia visto antes, mas ele continuou — A perda nunca é fácil, mas ela nos ensina a sermos mais fortes, a mantermos o que realmente importa sempre por perto. Não pense nisso como um fim, mas como a possibilidade de recomeçar sem erros… sem esses que já foram cometidos.

— O senhor me conhece? — ele perguntou depois de um fungar.

— Não… Mas a situação me é familiar. Sinto muito por isso. Espero que fique bem.

O rapaz acompanhou com os olhos umedecidos o jovem senhor em um terno claro, pasta executiva e sapatos sociais, se afastar de onde ele estava, em direção aos banheiros do aeroporto.

Em seu coração, a certeza da perda, do arrependimento. A consciência de que havia colhido o que plantou durante sua vida ao lado de Doh Hea. Agora, as únicas opções que lhe restavam era aceitar e esperar...

***

Ha Jin finalmente estava se sentindo mais otimista. A apresentação do novo projeto da Wang S.A. ocorreria naquele fim de semana e, apesar de saber que estaria separada de Shin por muitos quilômetros, entendia que o lançamento do carro significava o namorado mais presente no relacionamento deles. Significava porque, mesmo com toda a insegurança e ansiedade que os herdeiros depositavam no resultado do projeto, ela tinha certeza de que seria um sucesso.

Shin observava Ha Jin devanear sobre os próximos passos do namoro dos dois - uma pequena viagem a sós, talvez - e contemplava o quão maravilhoso era estar com ela.

Foram meses pesados para os dois : O relacionamento secreto, as escapadas cheias de tensão, a primeira e inesquecível vez, depois diversos hiatos na relação, rodeados de saudade, momentos juntos que na maior parte do tempo eram distantes e a total privação, ocasionados por compromissos extenuantes dentro da empresa.

Ela merecia um namorado mais presente e ele se esforçaria para ser esse cara. Ver os negócios da família encaminhados era bom, mas nada deixava Shin mais feliz do que estar junto de Go Ha Jin. Ele daria vazão a esse sentimento assim que retornasse da China. Diminuiria a carga de obrigações e aumentaria a de alegrias. Estava decidido.

Seu celular tocou e ele notou que era uma mensagem de Taeyang anunciando que já havia chegado à rua do apartamento de Ha Jin. Ele seria sua carona até o aeroporto, o voo para a China marcado para dali a duas horas. Apesar de terem ficado a noite toda juntos, Shin já sentia saudades por deixar a garota.

— Era Taeyang… — sacudiu o celular para cima a fim de trazer a atenção de Ha Jin — Chegou a hora.

— O tempo passou rápido — ela suspirou, se levantando do chão com ele e o abraçando forte pela cintura.

— Agora é somente um fim de semana longe e, depois, nós teremos todo o tempo do mundo para compensar esses meses separados — prometeu, beijando-lhe o topo da cabeça. A jovem ergueu o rosto, corada e ansiosa, e pediu com um simples molhar de lábios um beijo de despedida na boca.

Shin se perdeu mais alguns minutos na difícil tarefa de atender as ordens da sua namorada enquanto Taeyang estacionava o carro no endereço da cunhada e aguardava com o motor desligado pelo irmão.

Imaginando que a despedida entre eles estava sendo promissora, o próprio Taeyang relembrou o quão duro fora para ele e Na Na focarem no trabalho e deixar a relação entre eles em segundo plano.

O herdeiro Wang almejava que aqueles tempos turbulentos fossem embora de vez junto com o sucesso do evento e que, com isso, uma fase sem segredos ou mentiras se descortinasse em suas vidas. Ele queria Kim Na Na para sempre ao seu lado, como sua esposa.

— Estamos atrasados? — Shin perguntou um tempo depois, após desapegar dos lábios quentes de Ha Jin e entrar no carro do irmão.

— Ainda temos tempo — Taeyang o tranquilizou acenando para Ha Jin de seu carro e manobrando o veículo em direção à avenida — Está sendo difícil para ela, imagino.

— É… Mas a gente vai resgatar o tempo perdido.

— Foi o que eu disse para Na Na agora a pouco — confessou — Estive pensando esses dias, não é engraçado que nós dois estejamos namorando duas primas?

— Acho que temos bom gosto — Shin observou cuidadosamente.

— Era o que eu ia falar — Taeyang concordou amistoso.

— Então não vamos contar vantagem sobre os outros ou eles podem ficar magoados com essa verdade — Shin completou mostrando um sorrisinho maroto.

— Não vejo a hora de fazer justamente isso — Taeyang rebateu rindo e sentindo que assim aliviava a tensão que os rodeava, o evento de logo mais.

No aeroporto, os Wang encontraram-se com o restante dos irmãos e todos partiram em um voo executivo – estavam poupando gastos para a empresa – rumo à grande China. Sook também havia pedido uma breve licença de suas responsabilidades na ISOI e decidira acompanhar os mais novos, não como um acionista da Wang S.A., mas como um membro da família. O primogênito daquele clã.

A viagem aconteceu sem nenhum transtorno, o avião sobrevoando o continente asiático pacificamente sob o entardecer que se desdobrava diante dos olhos dos passageiros. No início da noite, a aeronave tocou a pista de pouso do aeroporto de Xangai trazendo os oito filhos de Hansol para o país.

Os herdeiros se reagruparam para pedir táxis e seguiram com suas malas rumo ao hotel reservado por Na Na no centro da cidade, próximo ao local onde o evento ocorreria.

Cada um entrou em seu quarto particular, tomou uma ducha breve, comeu algo do cardápio disponível pelo serviço de quarto e se reuniram no quarto de Taeyang para repassarem o projeto, como haviam combinado antes.

Espalhados pelo quarto do irmão com papéis, livros e relatórios nas mãos, os oito destrincharam pela milésima vez o produto que apresentariam na feira. Taeyang entrou em contato com a empresa que fazia o transporte marítimo do carro apenas para confirmar e tranquilizar os demais sobre o status do automóvel que acabara de atracar no porto de Xangai.

Eujin, Sun e Jung trocavam informações com Shin e Yun Mi acerca de detalhes que cada um dominara mais durante a criação, munindo o irmão que os representaria de outros pormenores. Gun aproveitou para fazer mais uma pequena palestra sobre como seu motor funcionaria e por que ele se tornaria um destaque imediato tão logo fosse apresentado.

Sook, que não pôde participar de boa parte da criação daquilo, apenas observava atento a sinergia entre os irmãos e escondia da melhor forma que conseguia a emoção de ver o sonho de seu pai realizado. Todos trabalhando juntos, de verdade. Entre eles não havia mais disputas, mágoas ou prepotências.

O primogênito percebera que o sentimento entre eles era genuíno e, emocionado, pensou que o pai, onde quer que estivesse, deveria estar inflado de tanto orgulho.

Aquela noite terminou com os herdeiros exaustos e ansiosos, e o dia seguinte, o dia do evento, começou cheio de expectativas. Na Na ligou bem cedo para Taeyang e começou seu longo processo de mandar mensagens positivas a ele.

Em seus pensamentos, o desejo de ter ido também, mas o mal estar persistente, aquele inconveniente início de gripe, a colocara de molho na cama bem nas vésperas da viagem.

O CEO interino, em seguida, encontrou com alguns dos irmãos no café da manhã e combinaram de repassar mais uma vez os relatórios. Ninguém parecia fraquejar perante a grande quantidade de trabalho. Nem Sun, Jung e Eujin mostravam sinais de desinteresse por mais que suas olheiras, e tristezas, revelassem o cansaço de tudo aquilo.

Como se houvesse passado poucas horas desde que pousaram no país, o dia novamente terminou seu destaque e começou a esconder o Sol por detrás dos luxuosos arranha-céus da cidade chinesa. O grupo viu a noite surgindo pelas janelas suntuosas do quarto de Taeyang e, recolhendo os documentos, se direcionou aos quartos para se arrumarem para o evento.

Após um banho quente, Taeyang vestiu um smoking novo, presente de Na Na, e, gostando do resultado diante do espelho, ponderou que não importava se tudo fosse um fracasso, ele manteria aquela expressão otimista, porque o verdadeiro sucesso já havia sido alcançado, eles todos unidos. Deixou seu quarto.

No belíssimo e iluminado saguão do hotel, os irmãos já aguardavam Taeyang. Todos os rapazes dentro de ternos muito bem recortados, dando destaque ao porte longilíneo típico dos Wang. O apoio da bengala de Gun fora trocado e agora uma cabeça de lobo reluzia em ouro debaixo de sua mão.

Do mesmo modo, tão brilhante quanto o objeto que dava auxílio ao irmão, era o vestido dourado de Yun Mi. Para Taeyang, ela não era nada igual à garota sombria e amargurada do fracassado evento do P02. A Yun Mi do presente guardava uma centelha de empolgação e felicidade refletida nos olhos perfeitamente delineados.

— Pedi dois carros particulares para nós. Eles devem estar na entrada principal nos aguardando — Shin informou consultando o relógio assim que Taeyang chegou.

— Eu vou de táxi, não se preocupem — disse Gun diminuindo o passo para ficar para trás.

— Mas não vai mesmo — Jung o cortou, pegando-o pelo braço.

— Pare de me encher, Jung.

— Isso não é encher — Eujin foi em auxílio do irmão mais novo, pegando Gun pelo outro braço, o constrangendo de leve pela aproximação repentina — Vai pegar muito mal, a imprensa toda estará por lá, se nós chegarmos de carrão e você, minutos depois, dentro de um táxi obscuro.

— Não vai ser um táxi obscuro…

— Pare de ser reclamão e vamos logo, Gun — Yun Mi suspirou cheia de desdém caminhando pelo mármore em cima de seu salto alto em direção a saída.

— Eu? Reclamão? Olha quem fala…— Gun resmungou se deixando arrastar pelos mais novos.

— Vamos tentar ficar vinte e quatro horas sem implicâncias, que tal? Apostando uma semana de férias quando voltarmos para a Coreia — Taeyang sugeriu.

— Eu vou pegar férias independente de qualquer aposta — Shin se adiantou pensando momentaneamente em Ha Jin.

— Estou vendo que o escritório vai ficar às moscas na próxima semana — Sun observou — Que bom! Preciso colocar meus jogos em dia.

— Você só pensa nisso, hein garoto! — Gun ralhou já conduzido (e vencido) por Eujin e Jung na questão do transporte.

— Ah, essas crianças… — Sook sorriu atrás de todos, orgulhoso.

Xangai era conhecida por ser o maior centro financeiro da China Continental e exalava todo o poderio capital que a precedia. Originalmente uma vila de pescadores, a cidade costeira atualmente contava com mais de vinte milhões de habitantes e ostentava monumentos cosmopolitas emblemáticos como o Shangai Tower e a Torre Pérola Oriental.

Era a primeira vez dos mais novos naquela cidade e eles ficaram boquiabertos com a exuberância da mesma. Em determinado ponto da viagem, quando a ansiedade os deixava raciocinar um pouco, Eujin, Sun e Jung se comprometeram a passear pelas ruas iluminadas de Xangai se houvesse alguma vitória para comemorar. Sook então rebateu que eles iriam, mesmo que a feira não fosse como o esperado.

Trinta minutos depois, os Wang se posicionavam dentro de um elevador panorâmico com vista para o mar, subindo algumas dezenas de andares rumo a cobertura da construção.

O edifício escolhido para a Grande Feira Asiática de Autos exalava uma luxuosidade que a feira da Coreia do Sul não fora capaz de proporcionar. Gigantes de todo o mercado automobilístico, não apenas os asiáticos, se inscreveram para apresentar seus novos modelos ao mundo, portanto os níveis de suntuosidade estavam às alturas para atender a tão diferenciado público.

O elevador parou diante de um salão imenso e ostensivamente iluminado. Pé direito altíssimo coberto por arabescos geométricos e lustres formados por centenas de gotinhas de cristais cobriam as cabeças dos vários convidados. Ao fundo do ambiente, a muitos metros de distância, três palcos guardavam fileiras de veículos ocultos por panos vermelhos: os lançamentos da noite.

Os herdeiros espalharam-se pelo salão. Taeyang, como representante do grupo, não demorou para ser abordado pelos repórteres credenciados que circulavam entre os empresários. Shin, mesmo não gostando da tarefa de falar em público, ajudou-o como pôde.

Yun Mi encontrou um séquito dos novos investidores japoneses e, na companhia de Sook, também fluente no idioma, começou a conversar. Eujin, Sun e Jung perambulavam juntos, como os três mosqueteiros, provando as bebidas e as comidas que eram servidas e tentando adivinhar, através dos contornos dos veículos, onde o projeto deles aguardava.

Gun simplesmente pegou uma taça de champanhe e tratou de se sentar em uma poltrona da mesa reservada nominalmente para cada um dos representantes da noite. O quadril e o joelho direito ardiam toda vez que ele abusava das andanças e o rapaz sentia que seu corpo estava prestes a reclamar.

O importante, ponderou, era que a melhora era expressiva. Os médicos ainda não tinham uma data certa para quando ele poderia abandonar a bengala, o marco final de sua invalidez, mas era correto dizer que este dia chegaria.

Vá ver, pensou bebericando a bebida gelada, que tudo aquilo fazia parte do processo para transformá-lo em outro alguém, como se o acidente fosse a linha divisória entre o velho e o novo Wang Gun, e as sequelas, as provas de que ele havia mesmo ultrapassado essa linha.

Às vezes, somente às vezes, ele sentia vontade de ligar para sua mãe e contar como andavam as coisas. Então se lembrava de toda a influência que Min-joo fora em sua vida e das palavras dolorosamente verdadeiras na carta do pai e, assim, a vontade passava. Uma saudade ficava, mas logo ia também.

Ele teria que recorrer às novas (e velhas) pessoas de sua vida se quisesse escapar da solidão. Era tudo inédito. Não competir com Taeyang, não desdenhar de Yun Mi, não menosprezar os mais novos, não odiar Shin… e teve um momento em que ele achou que preferiria morrer a agir diferente do seu eu automático.

Esse tempo passara também.

Era inacreditável a liderança de Taeyang. Admirável a inteligência de Yun Mi. Louvável o esforço de Eujin, Jung e Sun. Respeitável o engajamento de Shin.

Era bom, ele achava, finalmente conseguir enxergar o que eles realmente eram e bem poderia ser que, em algum momento, os mesmos irmãos para quem ele direcionou tantos sentimentos negativos o tirassem daquela solidão.

Jung deixou Sun e Eujin perambulando pelo salão e se sentou à mesa ao ver que Gun estava lá sozinho com seus pensamentos. Escolhendo uma bebida não alcoólica para acompanhá-lo, prometera a Mi Ok que ficaria totalmente sóbrio para contar os detalhes da feira (mesmo ele afirmando que não costumava beber até perder a memória igual a ela), e tentou puxar conversa.

— Que festança!

— Pois é… Está tudo bem bonito — Gun concordou bebericando.

— O que você pegou aí para beber?

— Champanhe. E você?

— Ah, eu? Bem, o meu é champanhe sem álcool — Jung exibiu um sorrisinho amarelo.

Gun sorriu, suspirou e então apoiou a mão no ombro do mais novo. Jung encarou-o com cautela enquanto a mente corria veloz para formular algum jogo de palavras que o tirasse do estranho desconforto gerado pelo toque do outro. Entretanto, foi Gun quem disse:

— Jung, eu preciso te agradecer por tudo, sabe…

— Hã… Andou bebendo demais, maninho?

— Não, estou bastante sóbrio — Gun respondeu com serenidade — Eu talvez não estivesse em todas as vezes que te xinguei e te destratei, e eu sei que elas foram muitas. Olha… me desculp…

— Não fala isso.

— É preciso.

— Não é não — Jung balançou a cabeça bruscamente, com medo de se comover indevidamente perante aquela interação — Só vamos passar uma borracha nas coisas que não foram legais e destacar as que foram… As que estão sendo. Que tal?

Gun o encarou profunda e intensamente por alguns instantes. Em seguida, retirou a mão do ombro de Jung e retornou para a sua bebida.

— Você cresceu, moleque.

— É, disso nós podemos falar — o mais novo riu para espantar a pequena lágrima que tentara sair pelo seu olho direito.

Uma hora depois, todos os herdeiros foram se aconchegando nas outras poltronas da mesa e Taeyang conseguiu se desprender do último repórter bem a tempo para se sentar e ligar para Na Na dizendo que o anúncio do projeto novo estava prestes a acontecer. A moça, muito nervosa do lado de lá da linha, respondeu que aguardaria sua ligação com as boas notícias e, mais uma vez, desejou sorte.

Todos os Wang prenderam a respiração ao ver o carro criado por eles, intitulado de Impacta, ser libertado do pano que o cobria e exposto para o mundo. Uma chuva de flashes e exclamações empolgadas vieram a seguir e o carro sport branco girou com elegância pelo piso móvel, encantando todos os olhares.

Taeyang foi chamado ao palco, as pernas tremendo e as mãos geladas, para apresentar as particularidades do veículo. Como Gun havia prometido, o motor, após a surpresa do design diferente, era o que mais chamaria a atenção dos presentes.

Conforme o CEO da Wang S.A. contava sobre as particularidades do Impacta, sobre os seus duzentos e sessenta cavalos de potência, os microfones se empunhavam mais e a plateia ficava estarrecida. Nem os modelos italianos e norte-americanos da noite alcançaram tamanha magnitude.

No fim do seu discurso, Taeyang informou que o projeto acontecera como resultado de um esforço conjunto e era uma homenagem a Wang Hansol.

Taeyang terminou sua apresentação e deixou o palco muito ovacionado. Os empresários do meio conheciam a história dos Wang desde o fracasso do ano passado e a descoberta de como aqueles jovens rapazes e moça se reergueram em poucos meses, mesmo com a morte prematura do pai, não ficou em branco.

O jovem CEO interino mal alcançara a mesa e já podia escutar celulares trabalhando freneticamente para conseguir um horário com os Wang. Na Coreia do Sul, em Busan, as secretárias realizavam uma extenuante hora extra, lotando a agenda do rapaz com contatos de empresários de todo o mundo.

O restante da noite teve outra cara para os irmãos. Alívio era o sentimento reinante.

Yun Mi abandonou a mesa em certo ponto da noite e foi sussurrar em seu telefone com alguém que parecia muito querido. Sook, Shin, Taeyang e Jung ligaram para as garotas de suas vidas, Sook tendo de contar as novas para duas delas.

Eujin e Sun se revezaram no celular do mais novo para informar à mãe sobre a grande conquista. Sun ainda cogitou ligar para Hea, mas depois da forma como ela se fora, imaginou que, talvez, ela não quereria ouvi-lo, não enquanto estava tão magoada. Ele iria esperar o tempo dela.

Gun ficou muito contente em apenas curtir a nova realidade, a de que ele era capaz de criar algo bom e admirável. A sensação de que ele era um ótimo engenheiro como o pai confiara.

Terminadas as boas notícias para os entes queridos na Coreia do Sul, os irmãos notaram que Yun Mi ainda não havia retornado. Eujin sugeriu que todos fossem curtir um pouco a varanda e aproveitar para descobrir o que a irmã fazia por lá. Os outros aceitaram o convite, dóceis e risonhos, cada um ao seu tempo, chegando na área externa da cobertura.

A vista estupenda os encantou. Os prédios iluminados em púrpura e azul. O oceano platinado pelas luzes da metrópole. A vida agitada e faraônica que se desenrolava muitos metros abaixo, nas ruas e avenidas. Após tal visão, apenas a de Yun Mi sorrindo sonhadoramente para o céu fora a que os impressionou.

— Tinha que dar a notícia para quem? À senhora Ah Ra ou… Choi Jin In? — Eujin perguntou com atrevimento.

Yun Mi olhou assustada para o irmão e corou um pouco ao perceber que não era apenas ele, mas todos os outros, a encarando. Com um floreio nos cabelos e um dar de ombros, desconversou:

— E isso lá te interessa?

— Ah, não sei. Você é nossa irmã.

Yun Mi olhou com cuidado para eles. Shin deitou a mão sobre o parapeito da varanda, exatamente em cima da mão da irmã, e trouxe a atenção do grupo para outro foco. Yun Mi que escondesse seus segredos até quando achasse certo escondê-los.

— O que interessa é que tudo deu certo. Como nosso pai gostaria… unidos — disse Shin. Yun Mi olhou para ele agradecida.

— Eu quase não acredito que foi esse sucesso — Sun respirou aliviado, relaxando os ombros — Agora poderei voltar sem culpa para meu videogame.

— Sinto que o trabalho ficará mais pesado — Gun comentou — Na verdade, não vejo a hora disso acontecer.

— Você sempre foi um workaholic assustador mesmo! — Eujin exclamou fazendo uma careta. Os outros, e até Gun, riram do modo repentino como Eujin dissera aquilo.

— Olhem lá, daqui do alto podemos ver como o céu está estrelado — Sook chamou-lhes a atenção — Uma coisa curiosa, aquela constelação, não me lembro o nome… Papai sempre dizia que ela brilhava no céu quando algo dava certo para um Wang.

— Então hoje ela vai cegar a todos que olharem para ela por muito tempo — Taeyang falou, surgindo atrás deles. Havia sido abordado por dois repórteres no caminho para a varanda e somente agora conseguira estar com os irmãos.

— Que cegue. A gente merece esse brilho — Shin opinou.

— É, a gente merece! — Jung concordou. E Sook. E Yun Mi. E Eujin. E Sun. E Gun.

Taeyang também concordou, na alma uma leveza imensurável e na mente as últimas palavras de seu pai para ele…

Taeyang, meu filho engajado…

Como vai, querido? Agora que parti, em particular, posso dizer que sempre vi em você muito de mim.? Posso sim. Talvez você esteja achando que esta é uma ofensa sem tamanho visto todas as atitudes terríveis que seu pai cometeu durante a vida, mas acredite, não nos comparo nos atos ruins, mas nas virtudes.

Meu filho, você tem muito do nosso tino, o tino Wang, para os negócios. Você se entrega com paixão ao que se propõe a fazer e, se pareceu em algum momento, saiba agora que jamais me desapontou, seja por preguiça, imprudência ou levianidade.

Eu sou muito grato por cada um dos meus filhos, mas sou mais grato ainda em saber que, pelo menos para um deles, passei o gene da liderança. Você faz isso melhor do que eu, aliás. Faz com uma diplomacia que nunca existiu em mim ou em seu avô. Você é justo e íntegro. Você é engajado.

Sei que a empresa estará em boas mãos, muito embora te dê todo meu apoio caso queira abandonar a Wang S.A., vendê-la se achar melhor, e seguir com a vida que achar mais adequada.

Lembra que você dizia quando era bem pequeno que queria ser vendedor de sorvetes? Assim o faça, se isso te fizer feliz! Se bem que, te conhecendo como conheço, sei que mesmo como vendedor de sorvetes numa praia, em pouco tempo você lucraria tanto que não demoraria para se tornar um empresário novamente…

Mas não estou aqui apenas para falar de negócios e possibilidades extremas. Chega disso. Quero falar de você e dizer que sou totalmente a favor e abençoo seu relacionamento com Kim Na Na. Ela é uma garota espetacular e nada me deixaria mais realizado do que unir os Kim e os Wang.

Quanto aos seus irmãos, sei que você não é o mais velho, mas pode ser que tenha mais proximidade com boa parte deles.

Cuide de Yun Mi para mim. Faça com que ela tome uma boa decisão referente ao casamento terrível no qual eu a coloquei. Se ela quiser se separar, a proteja e incentive. Não a deixe só.

Fique próximo de Shin também, não o deixe sumir no mundo novamente sem dar notícias. Ele precisa de vocês tanto quanto vocês precisam dele.

Liberte os meninos da empresa se eles quiserem vender suas ações para serem jogadores de videogame, lutadores ou músicos. Não me importo, não os prenda. Deixe que sejam felizes, os incentive e os ajude em tudo o que precisarem.

Tenha paciência com Gun e nunca jogue na cara dele os erros do passado. Ele já sofreu o suficiente por tudo o que fez de errado e precisa encontrar em vocês apoio para se tornar alguém melhor, mais confiante.

Deixe Sook lhe dar sermões de vez em quando, mesmo que te pareça sem sentido ou desnecessário. Ele também conhece sua sabedoria e o admira, mas tem que fazer o papel de irmão mais velho às vezes.

E, acima de tudo, seja feliz lembrando sempre que a chave para o sucesso da nossa família é a união. Somente a união.

Te amo, Hansol.

***


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Notas finais do capítulo

Aguardando os comentários, tanto em relação a Sun e Hea, casal sempre lembrado por aqui, como em relação ao novo rumo da Empresa Wang S.A. e de seus filhos. Palpites?
Deem todos ♥

Annieong!
—______

Glossário:

Concubina Oh - Nyeo Hin Hee
Hae Soo - Go Ha Jin
Hwangbo Yeon-hwa - Wang Yun Mi
Imperatriz Hwangbo - Woo Ah Ra
Ji Eun Tak (OC) - 4ª esposa de Wang Hansol
Khan Mi-Ok (OC)- amiga de Ha Jin
Lady Hae - Kim Na Na
Li Chang Ru (OC) - 1ª esposa de Wang Hansol
Park Soon-duk - Doh Hea
Park Soo-kyung - Doh Yoseob
Park Sun Hee (OC) - Esposa de Sook
Sung Ryung (OC) - empregada/amiga de Ha Jin
Taejo - Wang Hansol
Wang Baek Ah - Wang Eujin
Wang Eun - Wang Sun
Wang Yo - Wang Gun
Wang Ha Na - filha de Wang Sook
Wang Jung - Wang Jung
Wang Mu - Wang Sook
Wang So - Wang Shin
Wang Wook - Wang Taeyang
Yoon Min-joo - Imperatriz Yoo



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