Era uma vez Peter e Wendy escrita por Segunda Estrela


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom, ok, mesmo os poucos comentários foram o suficiente para me animar. Obrigada, foi divertido. Eu acho realmente importante ouvir vcs, obrigada de verdade



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E pela primeira vez em muito tempo, ela voltou a sonhar com o rapaz vestido de verde. Agora, enquanto revia os detalhes, tinha certeza que era ele. O mesmo que a tinha trago para a ilha, Peter Pan. Mas não podia dizer que eram idênticos, tinham o mesmo rosto e porte, mas havia algo de diferente na versão do seu sonho. Wendy não encontrava as palavras certas para descrever exatamente o que, algo no seu jeito, ou maneiras. Talvez ele parecesse mais inocente, mais perdido.

No sonho, ele chorava na beira de sua cama e Wendy lhe perguntava o motivo. Ele não respondia, seus ombros tremiam pelos soluços. Uma preocupação e tristeza alarmantes cresciam em Wendy, e uma urgência em ajudá-lo. Ela perguntava novamente a razão dele chorar, mas ele negava e dizia que não estava chorando. Wendy dava um riso triste e perguntava seu nome, ele respondia Peter Pan.

Durante muito tempo, ela sonhou apenas com isso. Outras vezes eram relances dele em um ilha mágica e distante, mas sempre indistinto demais para reconhecer. Como os sonhos normalmente são.

No entanto, dessa vez, tudo ficou estranhamente silencioso e ele parou de chorar. Sentindo que algo ruim estava para acontecer, ela sentiu os dedos gelarem. Tentou chamar o nome Peter, mas ele não pareceu ouvir. Quando virou-se para ela, seus olhos tremiam de ódio.

Ele avançou por cima da cama, a postura selvagem, como de um leão pronto para atacar. Tirou algo de sua bolsa, e refletindo a luz da lua, Wendy viu que era um punhal. Nesse momento, a garota sentiu que devia estar assustada, ou pelo menos com medo, mas não conseguiu. Porque na brutalidade do seu rosto, havia uma tristeza infinda. E ela não sentiu nada além de compaixão e uma terrível pena.

Então tudo sumiu em uma bruma verde saudosa. E foi substituído por uma imagem de sonho, meio indefinida, de uma mulher vestida com folhas. Ela sussurrava seu nome e repetia: Só você pode salvá-lo.

Ela acordou com um grito de guerra que atravessava sua porta improvisada de madeira. Uma agitação incontrolável do lado de fora. Desceu o mais rápido que podia da sua cama, quase tropeçando nos próprios pés. Mas quando chegou ao centro do acampamento, viu que não estava acontecendo uma chacina, era apenas Peter incitando seus meninos para uma aventura diferente no dia.

— Vamos meninos! - Gritou ele como em uma ordem. - O Jolly Roger está ancorado na nossa praia, e ouvi dizer que o capitão Gancho e sua turma de piratas sanguinários trouxeram um tesouro de terras distantes. Não podemos deixar aquele bêbado ficar com tudo para ele, não é?

Todos os meninos gritaram de animação, prontos para seguir qualquer ordem que ele desse. Wendy riu da agitação dos garotos de lutar com alguns piratas. Ela só podia imaginar a grande aventura que seria. Nem por um segundo pensou que iria se unir a eles.

Peter encontrou seu olhar através da multidão, aquelas estrelas perspicazes brilhando para ela. Um sorriso travesso em seu rosto. Ele deixou os garotos de lado com algumas ordens e flutuou para bem perto dela, separados por apenas alguns centímetros.

— Já lutou com piratas antes? - Perguntou ele, aquele sorriso traiçoeiro ainda brincava em seu rosto.

— Damas não lutam com piratas. – Disse ela devolvendo um sorriso, como se explicasse o óbvio.

— Você não precisa ser uma dama aqui.

E dizendo isso, ele girou suas mãos e uma espada elegante prateada apareceu diante dos seus olhos. Wendy olhou para aquele truque de mágica, maravilhada. Mas então se espantou quando percebeu que era para ela que Peter oferecia a arma.

— É curva. – Disse a menina para si mesma, nunca tinha visto uma espada curva antes.

— É uma espada scimitar persa. Costumavam usar dessas no seu mundo.

— Não perto de onde eu vivo.

Wendy se lembrava de já ter estudado sobre as maravilhas dos países do Oriente, mas, definitivamente, o tipo de espadas que usavam não era algo ensinado as jovens senhoritas. Ela hesitou antes de aceitar, mesmo que a verdade fosse que ela estava morrendo de desejo de usá-la.

Peter observou com cautela, enquanto ela se acostumava com o peso da arma em suas mãos. Depois se aproximou e segurou a mão da garota, mostrando-a o jeito certo de segurá-la. Wendy sorriu ao sentir suas mãos entrelaçadas nas suas.

Então Peter a soltou e apontou para um garoto que estava passando, despreocupadamente.

— Você, tente matá-la.

E antes que Wendy pudesse entender o que acontecia, viu um garoto de metade do seu tamanho avançar para ela com uma faca. Em seu primeiro reflexo, defendeu seu rosto, mas o garoto começou a atacá-la em um ritmo que era difícil de acompanhar. Ela se viu quase perdendo o equilíbrio enquanto se esforçava para não ser acertada. Wendy se defendeu melhor do que esperava. O garoto não parecia ser muito habilidoso, senão a garota teria perdido imediatamente.

Mas o menino girava o próprio corpo com uma raiva que ela não sabia explicar, muito mais rápido do que podia impedi-lo, com uma violência que assustava Wendy. Ele continuava girando e batendo e batendo com força, a garota sentia seu coração acelerar cada vez mais com o medo.

Ele estava mesmo tentando matá-la.

Wendy tentou buscar ajuda em Peter, mas ele mal se movia, apenas analisando a cena, com se estivesse julgando-a.

O garoto seguia com seus ataques até que Wendy não conseguiu desviar e ele desceu a espada em sua outra mão. Um corte profundo abriu-se, mas ela mal teve tempo de reagir. Tentou fugir do menino, mas ele continuava com determinação. Arfando, ela deu uma olhada para uma árvore e quando o garoto girou para lhe dar o último golpe, Wendy acompanhou seu movimento e o fez prender sua espada na madeira.

Ela não perdeu tempo, e sem pensar muito bem no que fazia, desceu sua espada no braço do rapaz.

Só quando ele gritou de dor foi que percebeu o que havia feito, soltou sua arma no chão, horrorizada. Sentiu um embrulhar no estômago ao ver as manchas de sangue na lâmina. Tinha sido uma ferida superficial, mas ainda sangrava bastante.

Peter Pan se aproximou dela rindo, e com orgulho colocou a mão em seus ombros. Por trás dela, sussurrou em seu ouvido. As palavras deslizavam por seus lábios.

— Pelo jeito você pode lutar com piratas, Wendy. – E mais uma vez ele parecia acariciar o nome dela, como se lhe desse prazer pronunciá-lo.

Mas a garota estava perdida, não conseguia entender, por que ele tinha feito aquela crueldade? Estava tão aterrorizada que não conseguiu se virar e exigir uma explicação. Ela deu uma olhada em sua mão, só agora, que sua adrenalina acabava era que começava a sentir a dor. Uma ardência incômoda que fez com que lágrimas viessem aos seus olhos. Afinal, ela era uma garota mimada que não tinha sido criada para ter ferimentos.

Peter pegou sua mão, quase com violência, e segurou seus dedos com força. Sua expressão severa, como se estivessem obrigando-o a alguma coisa. Ele passou a palma de sua mão pelo ferimento, e Wendy o sentiu formigar. Uma fraca luz roxa iluminou o sangue e ela pôde sentir um calor estranho entre seus dedos.

— Só vou fazer isso uma vez.

Quando Peter a soltou, o formigamento tinha acabado e sua mão estava lisa e macia como sempre. Sentiu vontade de agradecer, mas percebeu que ainda não tinha força suficiente em sua voz para falar com ele. Era medo? Não sabia dizer. Deu uma olhada, disfarçada, no rosto do rapaz. Ele possuía uma expressão tão sombria que a fez desviar o olhar imediatamente.

Peter Pan então deu as costas e se dirigiu ao grupo de espectadores que tinham se reunido em volta da luta e Wendy nem percebera.

— Dividam-se em dois grupos, depois me encontrem na clareira azul. - E assim ele saiu voando, sem esperar que ninguém o seguisse.

O resto dos meninos marcharam atrás dele, deixando apenas Wendy para trás. Ela viu que o garoto que tinha machucado também parecia pronto para se juntar ao resto do bando, então se colocou na sua frente, impedindo-o de continuar. Sentia uma culpa terrível. Ele era apenas um garotinho, devia ter só onze anos, como era possível que tivesse feito aquilo com ele?  Tentou se aproximar, e o viu recuar e ranger os dentes, como se estivesse rosnando para ela.

Wendy não deixou que isso a intimidasse, ela sentou ao seu lado mesmo assim. Quando falou, estava sinceramente arrependida.

— Eu sinto muito por isso, eu fiquei assustada. Você parecia pronto para me matar.

— Eu estava. – Respondeu ele, entre dentes.

— Peter não deixaria. – Wendy falava com certeza.

O garoto lhe lançou um grave golpe de olhar, como se fosse mais um ataque de sua espada, mas não falou nada.

— Por favor, me deixa cuidar da sua ferida?

— Ninguém cuida das nossas feridas aqui.

— Bom, eu não estava aqui antes. - Disse ela, sorrindo. Aquele sorriso gentil e comovente. – Qual seu nome?

Ele hesitou, não sabendo se devia responder.

— Piuí. – Falou quase como um sussurro.

— Esse é um nome engraçado. Sua mãe que te deu?

— Não, Pan me deu. Eu não lembro meu nome de verdade.

Wendy ouviu aquilo com uma pontada de compaixão, não conseguia imaginar uma vida tão solitária, sem nem saber quem era sua família. E pela primeira vez, ela se pegou pensando neles, nos Darling e em Bae, com carinho e saudade. Então pensou nas coisas terríveis que teria que passar se voltasse, e pensou nas coisas lindas que veria se ficasse. Não, estava melhor ali.

 Ela sacudiu a poeira do seu vestido e esticou sua mão para o garoto, em um pedido silencioso.

Piuí não se lembrava de ter uma mãe, não se lembrava como era ser cuidado. A única coisa que ensinavam na ilha era que não se podia confiar em ninguém. Mas ali, olhando para aquela menina de sorriso gentil, ele sentia muita vontade de quebrar aquela regra. Não pôde resistir. Talvez por curiosidade, talvez ele também quisesse um pouco de afeto.

— Deixe-me ver seus machucados. – Falou Wendy com gentileza.

Mesmo desconfiado, ele esticou seus bracinhos finos e ela examinou melhor que podia.

— Olha, um lado bom, seu sangue não está saindo em um ritmo, significa que não acertou nenhuma artéria.

O garoto permaneceu calado, ele não sabia o que era uma artéria.

Ela limpou o machucado com todo o cuidado do mundo, tão concentrada que nem percebia que tudo que precisava aparecia como mágica.

— Por que Peter não curou você?

— Ele não cura os meninos perdidos. – Ele rosnou como se tivesse sido ofendido. – Seria um absurdo, nossas cicatrizes são motivo de orgulho.

Wendy franziu as sobrancelhas, imaginava quantos machucados do tipo aquelas crianças tinham.

— Você podia ter me matado, sabe? Pan ia deixar. - Resmungou o garoto.

Ela interrompeu seu trabalho, horrorizada com o que o menino sugeria.

— É claro que não deixaria, ele se importa com todos vocês. São a família dele.

Piuí ficou em silêncio, não queria questioná-la ou fazê-la ficar com raiva.

— Ele é bom, eu sei que é. – Repetia ela, quase como um mantra, para si mesma.

 E Peter Pan, que devia estar longe, liderando um ataque aos piratas, estava sentado em um galho de árvore acima de suas cabeças. Não pôde evitar ouvir a conversa. Não quando estava tão curioso em relação à garota. Curiosidade que não se mostrava por fora, seu rosto era só uma máscara de seriedade. Ele se perguntava de onde vinha aquela fé que ela depositava nele. Ela acreditava nele, acreditava de verdade, e isso ele não conseguia entender.

Deu de ombros, e girou no ar mais uma vez antes de pousar no acampamento, surpreendendo os dois com sua chegada.

— Estamos esperando vocês. – Disse ele com uma sobrancelha levantada.

Wendy ainda parecia aterrorizada e ainda mais aterrorizada por ver aqueles olhos penetrando seu cérebro, como se fizessem buracos nas suas órbitas, para examinar cada canto da sua cabeça. Peter mantinha seu sorriso, no fundo, ele sabia que a garota reprimida queria participar do ataque.

— O que foi? Não está com medo de alguns piratas, está? – E ele carregava tanto deboche na voz.

Wendy não aceitou bem a provocação, virou seu rosto para ele em desafio. O queixo empinado para cima, erguendo seus ombros, ela parecia um pássaro exibindo suas penas.

— Eu não tenho medo.

Peter gostou da quão determinada ela pareceu e deixou que um sorriso cínico se espalhasse por seu rosto. E num piscar de olhos, ele estava a apenas alguns centímetros de distância dela, a mesma espada de antes em suas mãos.

— Então vá em frente.

Dessa vez, ela não hesitou em pegá-la, um pouco mais acostumada que antes. Peter deu sua risada árida e a guiou em direção à clareira. Enquanto ela se distraía no caminho a frente, o garoto ficou para trás com Piuí. Ele se divertiu ao notar a tensão do rapazinho quando se aproximou.

— Então você foi ferido por uma garota e agora quer lutar com os piratas?

— Não se preocupe, senhor. Eu vou conseguir. – Ele falava olhando para frente, tentando esconder o medo que crescia no peito.

— Não vai não.

Peter levantou bruscamente sua mão e o garoto levantou os braços para se proteger de um ataque, que surpreendentemente não chegou. Quando teve coragem de abaixá-los de novo, viu o olhar astuto de Peter pairando sobre sua cabeça. Ele segurou os dois braços de Piuí em um aperto firme, e em menos de alguns segundos os soltou de novo.

Quase com medo, o menino examinou-os e viu com surpresa que tinha sido curado. Peter ainda mantinha aquela expressão penetrante, como se esperasse alguma coisa.

 - Obrigado, senhor. – Respondeu ele, esquecendo-se de toda a honra das cicatrizes e simplesmente aliviado que não precisaria lutar com seus braços feridos.

— Você agiu bem hoje com sua mãe. – E dizendo aquelas palavras, deixou o menino e foi se juntar a Wendy.

O motivo do ato de bondade de Peter Pan, Piuí não sabia, sua mentezinha infantil não conseguia acompanhar as cordas que Pan matinha sobre todos eles. Ele não tinha feito aquilo por ele porque estava preocupado com o que aconteceria com o menino, estava curioso com o que Wendy pensaria sobre seu ato.

Os três seguiram por um caminho sinuoso até finalmente alcançarem a clareira perto de onde o Jolly Roger estava aportado. Os meninos perdidos pareciam confusos pela demora de Peter, mas nenhum deles questionou nada. Nunca questionavam nada. Pan voou até o topo de uma pedra e começou seu plano de ataque, explicando com detalhes como queria que fosse executado.

Wendy tentava acompanhar tudo, mas não conseguia se imaginar fazendo nada daquilo.

— O segundo grupo vai esperar pelo meu sinal. O primeiro, enquanto eles descem com o tesouro para pegar providências, vai esperar nas copas das árvores, com a neblina, eles não vão conseguir nos ver.

— Que neblina? – Perguntou Wendy.

— Essa.

E com um estalar de dedos, uma névoa escura tomou conta da praia. A fumaça se espalhando e penetrando entre as árvores.

— Nossos inimigos não conhecem a floresta como nós. A vantagem é nossa.

Wendy segurou sua espada com as duas mãos, fazendo tanta força que viu seus dedos ficarem brancos. Seu coração martelava no peito. Será que corria algum perigo? Será que Peter deixaria ela se machucar? Por algum motivo, a ideia do risco incitava algo dentro dela, talvez uma vontade reprimida de aventura.

Peter gritou e os meninos partiram em corrida. Wendy estava perdida, mas tentava acompanhar. Com seus pés descalços e passos delicados, ela corria atrás da multidão de garotos.

Ela teria continuado correndo se Peter não tivesse surgido na sua frente, como tinha feito outras vezes antes. A menina tomou um leve susto, mas não demorou nem um segundo para se recuperar. E então se pegou analisando mais alguns detalhes dele que não tinha visto antes. Viu que seu cabelo, embora parecesse escuro, brilhava com tons dourados no sol.

E seus olhos, que acreditava que eram verdes como a primavera nascendo através da neve, tinham pequenos toques de um azul elétrico. Os olhos deles não eram como as florestas, eram como os lagos. Os lagos da Terra do Nunca, que alternavam entre lindos tons de azul e verde, como se respirassem e acompanhassem toda a vida em volta. Ela podia ver tudo isso naquelas duas estrelas cadentes que a analisavam de perto. E ainda assim, via aquele mesmo brilho perverso que tentava ignorar. Seu corpo tremia enquanto ela sabia o quão dissimulado eles conseguiam ser.

— Seus olhos queimam. – Disse ela, timidamente, sem perceber exatamente o que falava.

Ele franziu aquelas sobrancelhas bem delineadas, olhando para os lábios rosados de Wendy, que desenhavam uma curva triste.

— Talvez alguma coisa dentro de mim faça eles queimarem. – Sua voz era insinuante e ameaçadora, como se qualquer que fosse o motivo, Wendy não ia querer saber.

Ela engoliu em seco, enquanto esperava que ele desse sua ordem final.

— Você não vai com os outros garotos, eu tenho um trabalho especial para você. Quando todos descerem do barco, eu quero que entre no convés e pegue um desenho que fica em um baú em cima da mesa do capitão.

— Por que você quer um desenho?

Ele deu um sorriso, um sorriso que cresceu na ponta dos lábios antes de se perceber que realmente sorria.

— Não se preocupe, não vai fazer falta. Fique escondida onde eu mandar e espere que eu diga que pode ir.

Sem trocar mais nenhuma palavra, eles continuaram juntos até todos estarem em seus postos. A verdade era que Wendy não entendia realmente porque estavam roubando os piratas. Todos os dias eram como aqueles? Eles roubavam e lutavam pela simples diversão de roubar e lutar?

Parecia emocionante.


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Notas finais do capítulo

Existe uma razão específica para o Peter estar sendo mais legal com a Wendy agora do que na série, mas isso só vai se explicar depois.
Piuí é um dos meninos perdidos do livro, é ele quem acerta a flecha na Wendy.
Por favor, se você gostou, me conte, eu fico mesmo toda animada quando vejo que tem comentários. É muito divertido ouvir a opinião de vocês.



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