In your dreams escrita por JM


Capítulo 17
XVII - Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Oiii oii pessoas!!

Aqui estou eu de novo, com um capitulo fresquinho proces! Este aqui é um ponto final, um desfecho para uma das tramas da história, então espero sinceramente que tenha ficado bom!
Obrigaaada as lindas da Cath Locksley Mills e da Natali Rempel Drews pelos comentarios no capitulo anterior, vocês me deixaram imensamente felizes!

Booa leitura a todos!!



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— Regina?? Amor...você está bem? – perguntou Robin, pegando na mão da morena com delicadeza para chamar a atenção dela.

Regina estava inquieta e agitada desde que eles haviam chegado na delegacia a quase dez minutos atrás, andando de uma lado para o outro na sala na qual foram mandados enquanto aguardavam para falar com o delegado.

Daniel e os enfermeiros haviam sido colocados em uma outra sala, e nem estando separados a morena conseguia se acalmar. Parecia estar uma pilha de nervos, a preocupação estampada em seus olhos.

Vê-la em tal estado de perturbação fez com que Robin sentisse seu coração afundar. Ele não queria que as coisas tivessem sido daquele jeito. Queria ter conseguido tirar a morena daquela clinica sem chamar a atenção, sem ter que passar pela policia, mas infelizmente seu intuito falhara, e agora eles estavam ali, sem saber o que aconteceria em seguida.

 Ao perceber que o loiro falando com ela, Regina se virou para ele, parecendo sair de um transe, como se sua mente voltasse de um lugar distante. Ela abriu a boca para responder, mas as palavras simplesmente ficaram presas em sua garganta.

A verdade era que não, ela não estava bem. Sua mente e seu coração pareciam estar passando por um furacão de emoções conflitantes. É claro que ela estava feliz, feliz por estar com Robin, feliz por finalmente terem se livrado de Daniel, mesmo que temporariamente. Mas também havia o velho e conhecido medo. O medo do desconhecido.

O que aconteceria, agora que estavam na delegacia? O que iriam dizer ao delegado? Será que seriam convincentes ao apresentar sua versão do que havia acontecido? Mais importante que tudo isso, o que aconteceria a Robin? O loiro já tinha uma ficha por conta da acusação de agressão que Marian havia feito....e se Daniel conseguisse inverter toda a situação para que parecesse que na verdade era ele quem era o bonzinho da história que só estava tentando proteger sua esposa doente?

O medo pelo que poderia acontecer a Robin, o medo de se ver separada dele novamente, se infiltrava na mente da morena, deixando-a inquieta e insegura, fazendo com que ela andasse pela sala a passos rápidos e precisos, tentando ao máximo dispersar o nervosismo que fluía por suas veias.

Novamente, ela tentou dar uma resposta a Robin, que a fitava com uma expressão preocupada, desta vez conseguindo fazer com que as palavras saíssem, mesmo que ligeiramente desconexas.

— Eu...estou...estou bem sim. Só...a droga, não consigo nem esconder meu nervosismo não é? – falou, soltando uma risada nervosa.

— Não, eu te conheço bem demais para você esconder o que sente de mim morena. O que foi? O que está te preocupando? – respondeu o loiro, aproximando-se mais um passo de Regina e pegando em sua outra mão.

— Estou com medo Robin. Estou com medo do que pode acontecer agora. – soltou Regina, finalmente dizendo às palavras que rodava sua mente durante o tempo em que estivera a caminhar pela pequena saleta em que estavam.

Com aquelas palavras de Regina, Robin soltou as mãos da morena e as colocou no rosto dela, afagando suas bochechas em um gesto carinhoso, erguendo-o até que seus olhares se encontrassem novamente.

— Ei morena, olha pra mim. – começou Robin, que fixara os olhos nos castanhos de Regina, tentando ao máximo transmitir-lhe tranquilidade e confiança, ainda que ele próprio sentisse a preocupação com o futuro deles pesar sobre seus ombros.

— Eu te prometo que vai ficar tudo bem. Você vai ver, daqui a pouco iremos embora dessa delegacia. Vamos deixar tudo para trás, todo o nosso passado problemático. Vamos nos afastar de tudo que nos fez mal por tanto tempo, vamos recomeçar. E eu te garanto que vamos ser felizes, muito felizes. – continuou o loiro, fazendo o máximo para que suas palavras soassem para Regina tão verdadeiras como eram para ele.

Regina não respondeu, ao menos não com palavras. Ao invés disso, cobriu a pouca distancia que os separava e selou seus lábios aos de Robin, em um beijo que dizia tudo que precisava ser dito. Sim, ela acreditava em cada palavra que ele havia lhe dito. Ainda passariam por momentos difíceis, ela não tinha duvida disso, mas também tinha a certeza de que permaneceriam unidos, não importasse o que acontecesse.

— Obrigada por estar aqui meu amor. Você tem um dom impressionante para me acalmar sabia? – falou a morena, quando se separaram, abraçando o loiro enquanto falava. Como se sentia feliz por tê-lo ali. Robin era seu pilar, seu porto seguro, seu refugio, e ela era imensamente grata por tê-lo em sua vida. 

— Não meu anjo. Quem tem que agradecer sou eu, você não tem ideia do quanto é importante para mim, do quanto me faz bem. – respondeu Robin, falando bem baixinho, perto do ouvido da morena, e fazendo com que essa sentisse o corpo todo se arrepiar. – Mas agora, por favor, tente se acalmar está bem? Eu te garanto que logo estaremos indo embora daqui. – continuou a falar, usando o tom mais gentil e acolhedor que conseguiu encontrar.

Tudo que ele mais queria era que Regina conseguisse se acalmar, que não ficasse naquele estado de nervos, que só faria mal a ela mesma. Com suas palavras, o loiro tentava ao máximo fazer com que ela deixasse o medo de lado, e se concentra-se nas possibilidades que o futuro reservava para eles. Mais do que tudo, queria livra-la do peso da preocupação. Queria cuidar dela, fazer com que ele fosse o único a carregar o fardo da incerteza, e fazia o máximo para que isso acontecesse, mesmo sabendo tratar-se de uma tarefa praticamente impossível.

— Eu vou tentar, prometo. – respondeu a morena, desvencilhando-se do abraço e puxando Robin por uma das mãos para que fossem se sentar no único sofá que havia naquele aposento.

Ficaram algum tempo sentados em silencio, as mãos entrelaçadas, apenas aproveitando um momento na companhia um do outro. Era muito bom estarem juntos, mesmo que as circunstancias não fossem as que haviam imaginado.

Depois de alguns minutos, durante os quais Regina havia fechado os olhos, a cabeça apoiada no ombro de Robin, finalmente se entregando ao cansaço que tomava conta dela, a porta da sala se abriu e um oficial entrou, informando-lhes de que o delegado estava pronto para vê-los.

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— Vou ouvir cada um de vocês separadamente está bem? Podemos começar com a senhorita? – falou o delegado, gesticulando , quando Regina e Robin adentraram a sala na qual ele se encontrava, sendo precedidos pelo oficial que havia ido busca-los no outro aposento.

Acha isso uma boa ideia?— perguntou Regina em seus pensamentos, parecendo ligeiramente apreensiva com a ideia.

Fica tranquila meu amor. Vai dar tudo certo. Além do mais, não estaremos realmente sozinhos, não é?— respondeu o loiro, tentando tranquiliza-la. Ele também não gostava daquela ideia de deixar Regina passar por um interrogatório sozinha, mas era melhor fazer as coisas do jeito que o delgado queria, para evitar problemas desnecessários.

É, você tem razão.— foi a resposta de Regina, que pareceu assumir uma postura mais confiante e segura ao se dirigir ao delegado: - Por mim tudo bem, podemos começar então?

— Por favor, sinta-se a vontade. – respondeu o delegado, que fez um gesto para que a morena se sentasse na cadeira que havia a frente da mesa na qual se encontrava. Com um ultimo aperto na mão de Robin buscando conforto e confiança, Regina se dirigiu para o assento que lhe havia sido designado, pronta para contar a sua história e torcer para que ela fosse suficiente.

Robin foi conduzido a sala em que estava anteriormente, para aguardar sua vez, seus olhos se dividindo entre aquela pequena saleta austera, e a sala do delegado, na qual o interrogatório de Regina se iniciava.

— A senhora é Regina Mills? – começou o delegado, primeiro com uma pergunta de praxe, apenas para a qualificação.

— Sim. – respondeu a morena, tentando manter a voz o mais firme possível, embora sentisse seu coração martelar de ansiedade e nervosismo.

— Me conte dona Regina, o que aconteceu naquela clinica psiquiátrica, porque a senhora ligou para policia pedindo ajuda?

Antes de responder a pergunta que lhe havia sido feita, Regina respirou fundo, revendo em sua mente tudo pelo que havia passado nas ultimas horas, nos últimos dias. Estava na hora de colocar tudo para fora, de libertar seus monstros, ao menos em parte, chegara o tempo de se libertar, e o primeiro passo para conseguir sua liberdade era se livrar da ameaça que Daniel representava.

— O que aconteceu foi que há alguns dias atrás eu quis colocar um ponto final em meu casamento com Daniel. Eu não o amo mais, não estava feliz e nosso casamento se mantinha apenas nas aparências. Duas noites atrás nós tivemos uma discussão horrível e eu explodi. Disse a ele que iria embora, que não aguentava mais aquele casamento, aquela vida infeliz. E então....- sem conseguir se forçar a continuar, a morena simplesmente deixou sua voz morrer, lembrando-se do desespero que lhe tomara naquela noite.

Por um momento, o silencio prevaleceu, a sombra tomando conta da mente de Regina enquanto ela se recordava do desespero que sentira naquela noite, recordando-se do quanto lutara para se livrar de Daniel, até que finalmente sucumbira a inconsciência...

— E então? – estimulou a delegado, ao perceber que a depoente se calara e parecia estar perdida em lembranças. – O que aconteceu depois da discussão de vocês?

Naquele momento, antes que Regina voltasse a si e continuasse seu relato, a voz de Robin invadiu sua mente, aquecendo seu coração e afastando as trevas que por um instante haviam tomado conta de sua mente.

Continue falando milady, coloque tudo para fora. O delegado parece estar bastante interessado na sua história, e esse é um ótimo sinal. Você está indo muito bem meu amor! Só mais um pouco e estaremos livres!— falou o loiro, em uma voz gentil e confiante de que tudo daria certo.

Bem que você disse que não estaríamos realmente sozinhos não é? Cuidado viu, eu posso acabar me acostumando com você me incentivando e apoiando em tudo, até que vai chegar o dia em que não vou conseguir mais ficar sem isso.— respondeu a morena em um tom de voz alegre e brincalhão, em seus pensamentos, antes de voltar sua atenção para o depoimento que estava prestando.

Vai se acostumando,  porque eu não consigo mais viver sem você.— foi a resposta de Robin, seu tom de voz dividido entre a brincadeira e a mais profunda declaração de amor.

Com as doces palavras de Robin ecoando em seus ouvidos, Regina voltou sua atenção ao relato ainda incompleto, e continuou a falar: - Desculpe senhor...eu acabei me perdendo nas recordações daquela discussão horrível. O que aconteceu depois de nossa briga foi que Daniel injetou algo em mim, um sonífero ou outro remédio forte, não sei dizer com certeza, e eu apaguei. Quando acordei, estava na clinica, no mesmo quarto no qual seus agentes no encontraram. Daniel estava lá também e....eu não me lembro direito, estava grogue, sentia meu corpo pesado, minha mente girava, possivelmente efeitos colaterais do que ele havia injetado em mim. Por um ou dois dias, ele me manteve inerte, a base de remédios, até que Robin apareceu e...

— E qual é exatamente a sua reação com o Sr. Locksley? – interrompeu-a o delegado, em um tom de voz neutro, que não parecia demonstrava desconfiança, mas apenas a simples necessidade de maiores informações.

— Robin é...- começou a morena, procurando as palavras certas para se referir ao loiro. A verdade era que ele era o amor de sua vida, que ela era completamente apaixonada por ele. Mas como explicar este sentimento, como explicar a relação dela com ele para um estranho sem mencionar a estranha ligação mental que os conectava?

Tentando dar o mínimo de detalhes possível, visando evitar muitas perguntas sobre aquele assunto, ela voltou a falar: - Robin e eu nos apaixonamos. Eu estava quebrada, presa a um casamento sem amor e sem alegria, e ele apareceu na minha vida. Me mostrou que eu poderia ter uma nova chance, que eu podia ser feliz de novo. – falou, ligeiramente emocionada por falar de seus sentimentos assim, de forma tão aberta.

— Entendo...e como exatamente o Sr. Locksley soube que a senhora estava sendo mantida em uma clinica? Pelas informações que me constam, ele reside em Nova York. Se a senhora esteve incomunicável estes dias, como ele soube do que estava lhe acontecendo?

Um momento de silencio se passou, durante o qual Regina tentou decidir qual era a melhor forma de responder a aquela pergunta, afinal, não podia dizer ao delegado que havia pedido ajuda a Robin por meio de sua ligação telepática.

Felizmente, a voz do loiro tornou a surgir em sua mente, dando-lhe uma solução para o impasse no qual se encontrava: - Diga a ele que você não me pediu ajuda. Diga que eu te enviei um livro e fiquei esperando sua resposta. Como não recebi noticias suas e sabia que seu marido tinha uma clinica psiquiátrica, simplesmente juntei as peças e vim em seu socorro.

Agradecendo imensamente pela ajuda dele, Regina repetiu a história do modo como Robin a contara, torcendo para que o delegado acreditasse nas palavras que estava dizendo, logo em seguida continuando a contar o que acontecera antes da chegada da policia.

— Robin apareceu na clinica, disse que era meu primo e conseguiu ter acesso ao meu quarto. Quando ele me encontrou, eu estava fraca, entorpecida por conta dos remédios que circulavam em meu sangue. Nós tentamos ir embora, sumir daquele lugar horrível, mas Daniel acabou chegando primeiro, acompanhado de alguns de seus enfermeiros. A única saída era pela porta que estava bloqueada, então nós ligamos para a policia. Antes que seus agentes chegassem, Daniel e seus capangas conseguiram nos imobilizar, e ele me disse que ia fazer com que eu apagasse de novo, que ia me dar uma dose tão forte de tranquilizante que quando eu acordasse não ia conseguir lembrar nem mesmo de quem eu era. Ele me ameaçou dizendo que....- neste ponto da história Regina simplesmente não conseguiu mais continuar, as lágrimas embaçando sua visão ao se lembrar das palavras que Daniel lhe dirigira a menos de uma hora atrás.

— A senhora está bem? Consegue continuar a falar? – perguntou o delegado, percebendo o estado de comoção e fragilidade que tomava conta da morena naquele momento.

Regina pensou em parar, em pedir para continuar em um outro momento, depois que conseguisse se acalmar, mas acabou desistindo da ideia logo de cara. Não, ela tinha que continuar a falar. Aquele era o momento certo, já passara da hora de ela parar de permitir que Daniel, suas ações e palavras, afetassem sua vida. Ela precisava seguir em frente, e para que isso acontecesse precisava ser capaz de enfrentar seus monstros.

Respirando fundo para tentar controlar a emoção que a acometida, a morena voltou a falar, esforçando-se para manter um tom de voz controlado: - Eu estou bem, só um pouco aturdida. Posso continuar depondo, não se preocupe doutor. O que Daniel disse a menos de uma hora atrás, antes que a policia chegasse ao local, foi que depois de me apagar ele iria matar Robin, que ia acabar com a vida dele e que eu nem me lembraria que ele havia passado por minha vida um dia. Depois disso, eu tentei lutar com ele, tentei de todas as formas achar uma solução...eu...eu estava desesperada. Mas ai, bem na hora em que ele estava com a seringa pronta para aplicar em mim, a policia chegou e nós fomos trazidos para cá.

Quando finalmente terminou de falar, Regina sentiu como se um grande peso tivesse sido retirado de seus ombros. Era aquilo. Estava feito. Ela tinha finalmente terminado de contar a sua história, e agora esperava o delegado se pronunciar, intimamente torcendo para que tivesse dado certo, para que ele acreditasse no que ela dissera.

— Entendo....antes de me pronunciar sobre os fatos que a senhora narrou em seu depoimento, preciso ouvir as outras pessoas envolvidas no caso. Vou pedir que a senhora retorne a sala na qual estava antes de nossa conversa, e quando eu tiver um posicionamento volto a chama-la, está bem?

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Robin se remexeu na cadeira, sentindo-se desconfortável. Era a segunda vez em um intervalo de poucos dias que ele estava diante de u delegado de policia, e a primeira vez não fora nada agradável. Intimamente, torceu para que desta vez a conversa tivesse um destino diferente.

— O senhor é Robin Locksley, morador de Nova York, correto? – perguntou o delegado, remexendo em alguns papéis que estavam sob a mesa enquanto dirigia a palavra ao loiro.

— Correto. – respondeu Robin, tentando manter o tom de voz o mais neutro que conseguia, tentando ao máximo não deixar transparecer o nervosismo que fazia com que um nó se formasse em seu estomago.

— Qual a sua história senhor Locksley? Por que acabou vindo parar em uma cidade do interior do Kansas, tão longe de sua morada? – perguntou o delegado, parecendo mais estar querendo juntar informações do que acusando de alguma coisa.

Robin não precisou pensar nem por um segundo para responder a segunda pergunta feita pelo delegado. Regina. Ela era o motivo de ele estar ali, fora por ela que ele cruzara o país. Naquele momento, sentado na sala do delegado, tentando expressar em palavras o motivo de ter ido parar ali, ele se deu conta de que não tinha arrependimentos, de que faria tudo de novo, de que faria qualquer coisa por sua amada morena.

— O motivo de eu estar aqui é por ela, Regina. É por causa dela que eu cruzei o país. Nós nos apaixonamos. Tanto eu quanto ela vivíamos em casamentos infelizes, que se pautavam apenas pela convivência e pela obrigação. Acabamos encontrando um no outro uma segunda chance. Há alguns dias atrás eu mandei um livro e uma carta a Regina, mas não obtive resposta. Como eu sabia da relação conturbada que ela tinha com o marido, decidi vir ver o que estava acontecendo com ela. 

— Simples assim? O senhor não chegou a pensar que ela poderia simplesmente ter decidido que não queria mais manter contato? – interrompeu-o o delegado, parecendo estar procurando um furo na narrativa do loiro.

A pergunta fez com que por um instante Robin voltasse à conversa devastadora que tivera com Regina logo após seu rompimento com Marian. A sua mente, voltaram às palavras duras que haviam sido ditas, a dor e a tristeza que ele sentira aquele dia por um momento sobrevindo novamente.

— Sim, simples assim. Eu conheço bem Regina, sei que se fosse este o caso ela teria me avisado, teria rompido. Mas ao invés disso eu só tinha o silencio. Então comecei a me preocupar, e decidi vir ver o que estava realmente acontecendo.

— E foi ai que o senhor a encontrou na clinica, desacordada e entorpecida por conta de medicamentos. Correto? – questionou o delegado, interrompendo novamente o relato do loiro para fazer verificações com a história que Regina havia contado.

— Exatamente. – continuou Robin, sem se deixar intimidar com a nova interrupção. Comparado ao outro delegado para o qual tivera que prestar depoimento, aquele que estava a sua frente parecia até amigável. – Quando a encontrei, Regina estava desfalecida em uma cama, pálida e cheia de escoriações, provavelmente provenientes da luta dela com Daniel. Quando a vi naquele estado, tudo que eu quis foi tira-la de lá, mas não deu tempo, e bom, acho que o resto da história o senhor já conhece.

— Sim, conheço o restante da história sim. Agora vamos falar de outro assunto Sr. Locksley, apenas para deixarmos as coisas às claras. O que o senhor tem a dizer sobre a acusação por agressão que consta em sua ficha?

Robin não se surpreendeu com a pergunta que lhe fora feita. Na realidade, estava à espera dela desde que sentara naquela cadeira para prestar depoimento. A verdade era que enquanto esperava a sua vez de prestar depoimento ele tentara pensar no que iria dizer, mas simplesmente não conseguira formular nada.

Antes que se decidisse sobre o que dizer, no entanto, a voz de Regina soou em sua mente, recheada com palavras de incentivo e confiança: - Não se preocupe com isso. Marian já retirou a queixa contra você, eles não podem mais te punir por esta acusação. Apenas tente mostrar que nada disso aconteceu, que ela é louca e você é inocente. Vai dar tudo certo, eu confio em você!

    - Obrigada pelo apoio morena. Vamos ver se consigo convencer nosso amiguinho aqui.— respondeu Robin, ligeiramente mais tranquilo ao ouvir a voz dela apoiando-o e o incentivando a continuar.

   - Esta é uma acusação sem fundamento, e que já foi retirada pela pessoa que a proferiu. Eu nunca agredi minha ex-mulher, e a prova disso é que ela retirou a queixa temendo que se continuasse poderia ser condenada por falso testemunho e denunciação caluniosa. Eu e Marian tivemos muitos problemas durante nosso casamento, mas posso lhe garantir que agressão nunca foi um deles. – respondeu ao delegado, tentando ao máximo mostrar veracidade em suas palavras.

  - Entendo...e o rompimento de seu casamento, se deu por conta de seu envolvimento amoroso com a Sra. Mills? – questionou o delegado, que parecia ter se convencido quanto à inocência de Robin na acusação de agressão e quisesse apenas amarrar todos os fatos.

    -Sim e não. A verdade é que meu casamento já estava morto há muito tempo. Eu já estava envolvido com Regina sim, já me apaixonara por ela, só não tinha coragem de admitir o que estava sentindo. Mas a gota d´agua para o termino de meu casamento não foi exatamente oque eu sentia por outra pessoa, ao menos não somente. Eu peguei Marian me traindo senhor delegado, e este foi o estopim para o fim de meu casamento fracassado.

    - Entendo...muito bem Sr. Locksley. Vou pedir para que o senhor retorne para a sala onde estava anteriormente. Vou terminar de colher os depoimentos e depois voltarei a chamar ao senhor e a sra. Mills para uma acareação com Daniel e os enfermeiros caso ache necessário. De qualquer forma, os senhores serão avisados dos próximos passos.

      Com aquelas palavras, Robin se levantou e saiu da sala do delegado, indo encontrar Regina na sala onde estavam antes de prestarem depoimento. Enquanto preenchia a curta distancia até lá, o loiro intimamente rogava para que tudo acabasse bem, para que ele e a morena conseguissem finalmente se tornarem livres e pudessem recomeçar.

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 - Não vi necessidade de acareação entre vocês e os detidos. Os enfermeiros acabaram confessando que agiram por ordem de Daniel. Confirmaram que tinham a intenção de mantê-la presa na clinica senhora. E também me disseram que tinham ordens para por fim a vida do senhor, sr.Locksley. Já Daniel...ele não confessou nada. A história dele foi completamente inverossímil e difere das demais versões.

   - E o que foi que ele disse? – Regina não conseguiu controlar a curiosidade sobre o conteúdo do depoimento de Daniel. Desde que haviam voltado para a sala do delegado ela estava esperando que ele tocasse no assunto, queria saber o que o ex-marido havia dito, que tipo de história absurda ele havia inventado.

   - Segundo Daniel, a senhora sofre de graves transtornos psiquiátricos, e ele só estava tentando protege-la. Disse que a tinha internado para o seu próprio bem estar, e que seria temporário. Quanto aos fatos narrados sobre o que aconteceu hoje mais cedo, a informação que ele passou é que tinha conhecimento do envolvimento existente entre vocês, e que o Sr. Locksley é uma pessoa perigosa, de temperamento violento. – respondeu o delegado, a quem não passou despercebido a expressão de indignação que o rosto da morena assumiu ao ouvir suas palavras.

 - E o que vai acontecer agora? – perguntou Robin, tentando desviar o foco da conversa. Sabia muito em que as palavras do delegado a respeito de Daniel haviam afetado Regina, e queria fazer o possível para que aquele tormento terminasse de uma vez.

  - Bom...agora eles serão indiciados por associação criminosa, cárcere privado e lesão corporal. Por enquanto permanecerão sob custódia, ao menos até que seus advogados consigam “habeas corpus”. Depois, serão julgados por conta dos crimes que cometeram.

  - E o que acontece conosco, doutor? – questionou Regina, que parecia tão ansiosa quanto Robin para dar um fim aquela história.

 - Vocês provavelmente serão chamados para serem testemunhas, mas por hora estão liberados. Minha única recomendação é para que não deixem o país. – falou o delegado, parecendo de certa forma feliz por dar uma noticia boa ao casal.

 - Estamos livres!— a voz de Robin soou na mente de Regina, fazendo com que a morena abrisse um leve sorriso. Sim, eles haviam conseguido. Depois de dias de sofrimento, depois dos momentos de horror e desespero pelas quais haviam passado, estavam finalmente livre para recomeçar, ou quase isso.

  Por mais que estivesse feliz em saber que havia conseguido se livrar do julgo de Daniel, mesmo que seu coração estivesse dando pulos de alegria em saber que poderia construir um futuro com Robin, algo ainda a incomodava. Uma parte dela ainda se mantinha presa ao passado, presa a sua relação com Daniel, e ela sabia exatamente o que teria que fazer para se livrar desta ultima amarra.

  Sabendo que sua ideia muito provavelmente não seria bem recebida pelo delegado, e menos ainda por Robin, a morena respirou fundo e falou o mais rápido que conseguiu, sem dar tempo para que fosse interrompida em sua pretensão: - Doutor, antes de nós irmos embora...será que eu poderia falar com Daniel?

  - O que?? Regina, por que você ainda quer falar com esse homem, depois de todo o mal que ele te causou??— a voz de Robin irrompeu na mente da morena, soando alarmado e muito preocupado com a ideia que ela tivera.

   - A senhora tem certeza do que está me pedindo? Não sei se esta é uma boa ideia...- falou o delegado, parecendo receoso com a possibilidade de colocar Daniel e Regina para conversarem frente a frente.

 Antes que a morena conseguisse responder a qualquer um deles, a voz de Robin voltou a soar em sua mente, o loiro parecendo cada vez mais alarmado: - Você não pode falar com ele sozinha Regina! E se ele der um jeito de te fazer algum mal? Não meu amor, eu não vou me perdoar se algo de ruim te acontecer.

Sem responder aos questionamentos formulados por Robin, a morena pegou na mão dele, em um gesto que pedia que ele confiasse, que ela sabia o que estava fazendo. Como o loiro não voltou a protestar, ela voltou à atenção para o delegado: - Eu sei que parece loucura, mas eu posso falar com ele do lado de fora da cela mesmo. Tudo que preciso é que ele escute tudo que eu tenho para dizer.

— Isso pode ser arranjado...mas ainda acho que essa não é uma boa ideia. – tentou protestar novamente o delegado, mesmo sabendo que de nada adiantaria, já que a mulher parecia firme em sua decisão de conversar com o ex-marido.

 - Sim, eu tenho certeza. – respondeu Regina, impondo em sua voz uma firmeza que não deixava margem para duvidas ou objeções.

— Muito bem então. Vou providenciar para que esta conversa aconteça então. Vocês podem esperar aqui, volto em um instante. – respondeu o delegado, resignado diante da determinação que Regina demonstrava.

Quando foram deixados sozinhos, a morena se virou para Robin, pronta para enfrentar objeções e descrença, mas quando encarou seus amados oceanos azuis, tudo que conseguiu encontrar foi a preocupação.

— Meu amor...por favor, confie em mim está bem? Eu sei que você acha que essa é uma ideia maluca e  perigosa, e talvez realmente seja, mas eu preciso disso. Para recomeçar de verdade, deixar tudo para trás, preciso dizer a Daniel tudo que está guardado a tanto tempo dentro de mim. Preciso conseguir me libertar desse fantasma. Por favor, tente me entender....- falou Regina, torcendo para que suas palavras fossem suficientes para aplacar a preocupação estampada no rosto de Robin.

— Eu...entendo que você precise conversar com ele morena. De verdade, eu sei que você tem muita coisa guardada ai dentro que precisa ser dita. Mas isso não impede de me preocupar com você. Daniel é cruel, e tenho medo que você saia desta conversa pior do que entrou, entende? Não quero dar a chance para que Daniel te machuque ainda mais...você não merece mais sofrimento. – respondeu o loiro, finalmente colocando em palavras a principal preocupação que sentia em relação a aquela conversa.

— Não se preocupe. Daniel já não me afeta mais como antigamente. Além do mais, eu não vou estar realmente sozinha não é? Você vai estar o tempo todo comigo, nós dois sabemos disso. Tenho certeza que esta conversa trará mais benefícios do que dores. Será um marco, um ponto final entende?

— Eu não vou conseguir tirar essa ideia da sua cabeça não é? – questionou Robin, sua voz dividida entre a preocupação e o riso.

 - Não. Você vai descobrir que posso ser uma pessoa bem insistente quando quero. – respondeu à morena, também dividindo a voz entre o riso e a seriedade. De certa forma estava aliviada por ter percebido que mesmo sem gostar da ideia, Robin iria apoia-la.

— Acho que estou começando a perceber isso. – começou a responder o loiro, sorrindo para ela. – Se acha que esta conversa vai te fazer bem, então vá em frente milady. Só me prometa que vai tomar cuidado está bem? Me prometa que não vai permitir que as ofensas de Daniel te atinjam.

 Feliz por ver que teria o apoio de Robin para aquela conversa, que ela tinha certeza que não seria fácil, mas que era extremamente necessária, Regina abriu um grande sorriso e respondeu sem ter que pensar: - Eu prometo.

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Alguns minutos tinham se passado desde a conversa dela com Robin, e agora Regina estava ali, do lado de fora do local onde ficavam as celas, uma de suas mãos no metal frio da maçaneta, tomando coragem para gira-la e encarar o que a esperava do lado de dentro.

 Não tinha ilusões. Sabia muito bem que aquela não seria uma conversa fácil, sabia que iria reabrir feridas que nunca chegaram a cicatrizar. Mas também tinha plena convicção que aquele era um passo vital para que pudesse finalmente recomeçar. Precisava conseguir enfrentar suas angustias e decepções para que pudesse seguir em frente.

Respirando fundo uma ultima vez para tentar acalmar as batidas de seu coração, ela girou a maçaneta e abriu a porta, revelando um corredor cumprido e muito claro, quase tão branco quanto a clinica de Daniel. As grades das celas, chegavam a reluzir, o negro das barras de ferro contrastando com as paredes brancas.

Dos dois lados haviam câmeras e em cada canto havia uma dupla de agentes penitenciários que vigiavam cada movimento dos detentos. A maioria das celas estava vazia, com exceção das que eram ocupadas por Daniel e seus enfermeiros, e a ultima do fundo, que era ocupado por outro detido.

Quando a morena entrou, seus passos ecoaram pelo espaço silencioso daquele corredor, o que fez com que todos os presentes se virassem para encara-la. O carcereiro que estava mais perto da porta foi até ela para passar instruções: - A senhora é a dona que vai conversar com o doutorzinho ali, não é?

Com um sinal de cabeça afirmativo dela, o oficial prosseguiu em sua fala: - Pois muito bem. Nós o colocamos na ultima cela, afastado dos demais, assim vocês terão certa privacidade. Quando terminar, avise a um dos agentes tudo bem.

— Ok. – respondeu Regina, que sentiu sua garganta seca e o estomago embrulhado. Aquele era um lugar realmente sufocante, e se não fosse o fato de que realmente precisava conversar com Daniel, ela teria dado meia volta e ido embora dali sem pensar duas vezes.

Tentando controlar a tremedeira que tomara conta de seu corpo, a morena foi conduzida para perto da cela de Daniel e parou em frente as grades negras desta, tentando pensar no que queria dizer primeiro.

Antes que ela conseguisse formular qualquer frase para dizer, Daniel se adiantou até as grades, ficando de frente para ela, seus olhos brilhando de raiva, e começou a falar: - O que quer aqui? Veio tripudiar minha desgraça foi? – o médico falou baixo, mas seu tom era extremamente frio e perigoso.

 - Não Daniel, eu não vim espezinha-lo. Ao contrario de você, eu não tenho o costume de pisar nas pessoas. Tudo que eu quero é conversar, colocar um ponto final na nossa história, por tudo em pratos limpos. – respondeu Regina, surpreendendo-se pelo tom calmo e controlado com o qual conseguiu falar, apesar de internamente estar sentindo um turbilhão de emoções.

 - Ah, mas que beleza. Agora você vai bancar a civilizada, depois de ter destruído a minha vida? Por causa do que você fez eu vou passar anos em uma prisão e nunca mais vou poder exercer a medicina, sabia Regina? – a voz de Daniel soou cheia de rancor e desprezo aos ouvidos da morena, que pela primeira vez se questionou se aquela fora mesmo uma boa ideia.

 A duvida, no entanto foi logo superada. Não, Daniel estava errado. Não fora ela quem estragara a vida dele. Daniel havia feito isso consigo mesmo, ao escolher fazer de tudo para mantê-la presa a ele. Se ele mesmo a tivesse deixado partir, nada daquilo estaria acontecendo, e cada um deles poderia ter seguido normalmente com sua vida.

— Não Daniel. Quem causou isso a sua vida foi você mesmo, não eu. Nós não éramos felizes, me arrisco a dizer que talvez nunca tenhamos sido, e você insistiu em manter esse casamento de fachada. E tudo por quê? Para assegurar as aparências de um médico bem sucedido e que tem uma família perfeita? – explodiu Regina, finalmente colocando em palavras algumas perguntas que já há algum tempo rondavam sua mente.

 - Você é patética Regina. Sinceramente, não sei como aguentei ficar tanto tempo do seu lado. Você se perdeu, virou um fantoche. De verdade, duvido muito que você consiga viver muito tempo nessa bolha de felicidade que construiu. Esse seu amantezinho logo vai se cansar de você e te trocar por outra, e ai, você vai se arrepender amargamente do que fez comigo. Se quer mesmo saber, no começo fiquei com você por pena...mas depois, você se tornou uma casca vazia, um rosto bonito que saia bem nas fotos dos jantares beneficentes que eu participava.

 Ao ouvir aquelas palavras, Regina sentiu seu coração afundar. Não porque ela ainda nutrisse qualquer tipo de sentimento com relação a Daniel, mas sim por constatar que durante todo aquele tempo em que estiveram juntos, ela não passara de um objeto, um bibelô que ele usava como lhe convinha.

Mas em uma coisa Daniel se enganara. Ela era muito mais que um simples rosto bonito, e o sentimento que nutria por Robin era o mais puro e verdadeiro possível, assim como ela tinha certeza que era o sentimento que o loiro mantinha por ela. Não, a história deles com certeza não acabaria da forma como o médico estava prevendo, ela tinha certeza disso.

— Sabe Daniel, a principal razão por eu ter vindo aqui foi para dizer que agradeço imensamente por ter me livrado de você. Para dizer que eu não aguentava mais nosso casamento infeliz, movido pelas aparências. Tudo que quero é que você saiba que nossa união foi um erro, um erro que custou alguns anos de minha vida e um pouco de minha essência, mas do qual eu vou conseguir me reerguer, um passo de cada vez, vou expulsar os monstros que vivem dentro de mim, a começar por você.

— Duvido muito que isso aconteça Regina. Você é dependente demais para conseguir caminhar por si mesma. Na certa que você vai grudar nesse seu amante até sufoca-lo e ele se cansar de você. – retrucou Daniel, seu tom de voz aumentando gradativamente a medida que ele percebia estar perdendo a discussão.

 - Você não sabe o que diz. Não é só por causa de meu envolvimento com Robin que nosso casamento acabou Daniel, não seja ridículo. Nós dois sabemos que nosso relacionamento estava morto muito antes de outra pessoa surgir em minha vida. E quer saber do que mais? Eu não tenho medo de suas ameaças, de suas previsões. Isso nunca vai acontecer. E sabe por quê? Porque o que eu e Robin temos é amor. Amor verdadeiro, um sentimento que eu duvido muito que você consiga compreender.

— Amor verdadeiro? Mas que coisa mais romântica! Acredite querida, esse amor todo que você diz sentir tem prazo de validade, e quando ele acabar, você irá se lembrar de minhas palavras. Sabe que até me surpreendo em ver você falando de amor verdadeiro? Logo você, que não conseguiu despertar o amor nem na própria mãe, que a culpa pelo que aconteceu com seu pai....

 - Não ouse colocar a história com minha família no meio dessa conversa Daniel! Esse é outro problema, que não lhe diz respeito. Além disso, acho que no fim você está enganado não é? Afinal, se eu fosse tão patética como você diz, não teria recebido do destino uma nova chance para tentar ser feliz. Enquanto você Daniel, vai passar anos trancafiado, amargurando suas decisões. No fim das contas, o patético aqui não sou eu não é?

Naquele momento, vendo que não conseguiria tirar nada de mais produtivo daquela conversa e sentindo que já havia dito tudo que precisava ser dito, cansada de ouvir as ofensas e impropérios de Daniel, Regina proferiu suas palavras finais, sem dar chance para que o outro a retrucasse e se virou para o carcereiro, informando que estava pronta para sair dali: - Chega Daniel. Eu já disse tudo que precisava, e sinceramente, tenho muito mais a fazer do que ficar ouvindo suas ofensas. Foi-se o tempo que suas palavras me atingiam. Adeus, espero que seu tempo atrás das grades seja produtivo.

Enquanto caminhava de volta a porta de saída do corredor das celas, Regina sentiu seu coração mais leve, como se um grande peso tivesse sido retirado de cima dele. Estava feito, aquele capitulo de sua história estava terminado. É claro que as palavras duras de Daniel a tinham ferido, principalmente aquelas que haviam se referido a sua família, mas as feridas já não doíam tanto quanto antes.

 É claro que ela ainda tinha questões a resolver, monstros para enfrentar, mas por hora, ao menos por aquele momento, ela se sentiu inexplicavelmente livre. Estava pronta para recomeçar, e percebeu que sua antiga força estava renascendo dentro dela. A velha Regina, aquela que existia antes da morte de seu pai, parecia estar renascendo das cinzas, tal como uma fênix.  


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Notas finais do capítulo

E então?
Gostaram? Odiaram?
O que será que o futuro reserva pra esse nosso casal??
Aguardando ansiosamente pelo reviews, para saber o que vcs acharam e o que esperam para o proximo capitulo!

Beijooos



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