In your dreams escrita por JM


Capítulo 16
XVI - Help


Notas iniciais do capítulo

Oii oii pessoas!!
Aqui está mais um capitulo pra vocês!
Este aqui está particularmente tenso e dramático, então espero que gostem!
Obrigaaada as queridas da Cath Locksley Mills (espero que corresponda as suas expectativas miga!) e da Edilene Queen pelos comentarios no capitulo anterior!
Obrigaada também a Ellryn, que embora não tenha comentado eu sei que esta acompanhando, e que me deu um suuper help pra saber como o capitulo anterior tinha ficado :)

De resto, espero que todos os leitores gostem e continuem a se encantar e se envolver com essa história!
Boa leitura a todos!



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— Milady? Acho melhor irmos, antes que alguém descubra que estou aqui...quanto mais nos demorarmos, maior é o risco que corremos...- a voz de Robin chegou aos seus ouvidos, suave e aveludada, fazendo com que a morena abrisse um sorriso, permanecendo de olhos fechados, uma de suas mãos entrelaçada a dele.

Como era bom aquela sensação, de estar perto dele, de saber que ele era realmente real, que estava ali, que viera busca-la. Regina sentia como se seu coração fosse explodir, tamanha era a felicidade que sentia.

Finalmente, depois de um longo tempo de inverno, no qual tudo parecia cinza e sem vida aos seus olhos, o destino estava lhe dando uma nova chance de ser feliz, de encontrar um lugar realmente seu no mundo, e ela não iria desperdiçar esta oportunidade.

Robin tinha razão. Quanto antes saíssem daquele inferno branco, mais cedo teriam seu tão sonhado recomeço, sem passados, sem julgamentos, sem obrigações com ninguém além de si mesmos.

— Você tem razão, é melhor não ficarmos muito mais por aqui, alguém pode chegar a qualquer momento. – respondeu a mulher, sentindo seu corpo estremecer com a simples possibilidade do que aconteceria com eles caso fossem descobertos.

— Como está se sentindo? A tontura já passou? Acha que consegue caminhar? – voltou a perguntar o loiro, em um tom de voz alarmado, que evidenciava a preocupação que sentia cm relação ao estado de saúde de sua amada morena.

A preocupação demonstrada por ele fez com que o sorriso de Regina aumentasse ainda mais. Como era bom sentir o amor que emanava de Robin. Como lhe fazia bem saber que era amada, que havia alguém que se preocupava verdadeiramente com o que acontecia a ela. Aquela era uma sensação maravilhosa, da qual ela não sabia que sentira tanta falta.

Levantou a cabeça do peito de Robin, onde passara alguns minutos aninhada, e fitou aquela imensidão azul que a fazia sentir como se as borboletas em seu estomago quisessem levantar voo todas ao mesmo tempo. Ergueu a mão livre a repousou no rosto dele, sentindo a barba por fazer pinicar sua mão. Por um momento permaneceu assim, seu olhar preso aos olhos e aos traços de seu amor, como se quisesse decorar cada traço dele, grava-lo em sua memória.

— O que foi, o que você está pensando? – voltou a perguntar o loiro, uma ruga de interrogação surgindo em suas feições.

— Nada...só estou me perguntando o que você viu em mim...- soltou a morena, as palavras deixando sua boca sem que ela nem mesmo tivesse pensado no significado que tinham.

Sim, era exatamente aquela pergunta que rodava sua mente como um inseto inoportuno. Como Robin pudera se interessar por ela? O que ele vira nela, além da beleza física? É claro que havia aquela misteriosa ligação entre os dois...mas, e se não fosse por isso? E se eles tivessem se conhecido em circunstancias normais, será que Robin teria se interessado por ela da mesma forma?

— Provavelmente o mesmo que você vê em mim, uma segunda chance, um amor. Além do que, você beija maravilhosamente bem. – ele respondeu, um sorriso ao mesmo tempo sincero e malicioso brotando em seus lábios. – E então, você se sente bem o suficiente para caminhar? – continuou, parecendo ansioso para deixar aquele lugar.

Antes de responder, Regina aproximou seu rosto do dele e selou seus lábios em um beijo terno e cálido, que evidenciava todos os sentimentos que nutriam um pelo outro. Quando se separaram, ela respondeu, em um tom baixo e delicado, que exalava a felicidade que estava sentindo: - Eu estou bem, não se preocupe.

A estas palavras, ela se levantou e o puxou pela mão, ficando ambos parados um de frente para o outro ao lado da cama em que antes estavam sentados. – Qual o plano? – voltou a falar a morena, parecendo pensar no assunto pela primeira vez desde que Robin entrara naquele quarto.

O loiro permaneceu em silencio por alguns segundos, como se estivesse pensando no assunto, mas logo respondeu, sua voz soando confiante e firme aos ouvidos da morena: - Vamos sair pela porta da frente, como se soubéssemos exatamente onde estamos indo. Quando as pessoas finalmente se derem conta do que está acontecendo, já estaremos longe.

— Você tem certeza de que isso dará certo? E se nos pegarem, o que vamos fazer? – questionou Regina, seu lado amedrontado se sobrepondo momentaneamente.

— Você confia em mim? – respondeu Robin, com se aquela simples pergunta fosse a solução para todos os questionamentos que ela pudesse formular. Surpreendentemente, Regina se deu conta de que sim, ela confiava nele, de que confiava com todas as suas forças. Naquele momento, tão perto da liberdade como estavam, deu-se conta de que colocaria sua vida nas mãos dele sem nem parar para pensar. - É claro que confio. – respondeu, sem hesitar.

Com a resposta dela, Robin abriu um largo sorriso e pegou na mão de Regina, afagando-a com carinho. – Então está na hora de irmos, milady. – respondeu simplesmente, começando a andar na direção dar porta.

Faltavam poucos passos para que alcançassem a porta quando esta foi aberta de forma repentina e abrupta, a figura de Daniel surgindo a sua frente um grupo de três ou quatro enfermeiros atrás dele.

— Ora, ora, ora, vejam só o que temos aqui. – começou a falar o médico, um sorriso sádico brotando em seus lábios enquanto seus olhos frios iam de Robin a Regina e de volta ao loiro.

Ao se deparar com Daniel bloqueando sua passagem, Robin se colocou a frente de Regina em uma atitude protetora, temendo uma reação violenta de Daniel, que continuava a olhar para os dois com uma expressão desvairada no olhar.

— Sabe, por algum tempo eu pensei que você fosse fruto da mente fraca dessa dai, que ela apenas estava ficando maluca de novo...mas ai, você mandou um livro para ela, e uma carta, e eu me dei conta de que tudo era real. Fico me perguntando como foi que vocês se conheceram, já que desde que ela surtou quase não sai mais de casa e nem tem celular...- Daniel continuou a falar, em um tom de voz baixo porém perigoso.

A aquelas palavras, Regina sentiu a tontura atingi-la novamente. A mera presença de Daniel era suficiente para fazê-la sentir-se mal. Não pela primeira vez, a morena se perguntou como aguentara ficar tanto tempo casada com aquele homem, o que a levara a decidir que casar com ele era a coisa certa a fazer...para evitar desabar no chão por conta da forte tontura que a atingia, a morena apertou a mão de Robin, buscando sustentação e equilíbrio.

Entendendo o gesto dela como um pedido de ajuda, Robin mudou de posição e passou um braço por trás do corpo de Regina, segurando sua cintura para apoia-la e impedir que ela caísse.

— Não acho que isto seja da sua conta. – respondeu o loiro a pergunta que Daniel havia feito, em um tom cortante.

— Aaah, olha só que bonitinho. Ele responde por você agora Regina? Achou outro para decidir as coisas por você foi? Isso não me surpreende sabia? Desde que perdeu seu pai você ficou assim...fraca, incapaz de pensar por si mesma...- falou o médico, destilando veneno e rancor a cada palavra que dizia.

— Quem é patético é você Daniel, patético e frio. Você é tão ruim que é incapaz de encontrar alguém que te ame de verdade, e tem que subjugar uma mulher com remédios e ofensas para que tenha alguém ao seu lado. Você não se cansa não? de trazer a infelicidade de todos a sua volta? Porque simplesmente não sai da frente da porta e nos deixa ir embora, pouparia muita dor de cabeça e situações desagradáveis...- explodiu Regina, sentindo a raiva que passara a nutrir por Daniel se expandir por seu corpo.

Chega, ela simplesmente não aguentava mais aquilo. Não ia permitir que Daniel continuasse a estragar sua vida. Estava cansada de estar presa a aquele casamento infeliz  e sem amor. O tempo de lamentações e lamurias havia finalmente terminado, e ela não iria permitir que o inverno voltasse para sua vida novamente.

—------

Enquanto Regina falava com Daniel e prendia a atenção do médico com suas palavras, Robin tentava pensar em um jeito de tira-los daquela situação complicada. A porta estava bloqueada pelos enfermeiros e o quarto não tinha janelas, o que significava que a única saída estava bloqueada.

A única opção que lhes restava era chamar por ajuda, mas quem poderia vir em seu socorro? Tinha certeza que nenhum funcionário da clinica viria em seu socorro, foss por medo de perder o emprego ou simplesmente não quererem se envolver...como então ele e Regina iriam se livrar daquela situação?

Como uma luz que se acendeu em sua mente, lembrou-se de que seu celular estava em seu bolso. Tinham que ligar para a policia e chamar por ajuda. É claro que, por conta da acusação de agressão que Marian fizera contra ele sua ficha não era mais limpa, o que poderia se tornar um problema caso a policia realmente viesse, mas mesmo assim, era sua melhor opção, se não por ele, por Regina. Se chamassem a policia, ao menos sua morena estaria livre de Daniel.

Com estes pensamentos em sua mente, Robin procurou focar sua mente unicamente em Regina, buscando a tão conhecida ligação que os conectava. Precisava lhe contar seus planos para que tudo saísse conforme estava imaginando.

Milady? Regina? Eu tive uma ideia para nos tirar daqui, mas preciso que faça exatamente o que eu dizer, tudo bem?— começou a falar, ainda com duvidas de que aquela ideia maluca poderia realmente dar certo.

Enquanto esperava a resposta da morena, a voz de Daniel voltou a ressoar pelo aposento, fazendo com que Robin sentisse seu estomago revirar de raiva e desprezo. Se estivessem em outra situação, uma na qual a integridade física e mental de Regina não estivesse em jogo, ele com certeza teria partido para cima daquele doutorzinho, com toda a certeza o faria pagar por todo o sofrimento que infringira a morena.

— E você acha que vai ser tão fácil assim? Que vou simplesmente permitir que vocês vão embora, que você me abandone, depois de tudo que eu fiz por você? Depois de todo o tempo, energia e dinheiro que eu gastei com você Regina? Sinto muito, mas isso não vai ser possível.

Antes que Robin pudesse reagir às palavras ditas por Daniel, a voz de Regina invadiu a sua mente, apreensiva com a situação que se apresentava diante deles: - O que vamos fazer?

No meu bolso tem um celular, preciso que você o pegue sem chamar a atenção e ligue pro 911. Eu vou tentar distrair Daniel o máximo possível, mas você vai ter poucos segundos para chamar ajuda. É um plano maluco, mas é a nossa melhor chance. Você concorda?— falou o loiro, sua voz soando tão apreensiva quanto a de Regina.

Isso parece loucura, mas tudo bem, eu concordo.— foi à resposta que recebeu da morena. Desta vez, não havia em sua voz nenhum sinal de temor ou apreensão, apenas de determinação e confiança de que aquele plano pudesse funcionar.

No instante em que as palavras dela soaram na mente de Robin, o loiro sentiu o peso de o celular ser retirado de seu bolso. Estava na hora de agir, e objetivando dar mis tempo para que Regina falasse com a policia, ele se pôs novamente a frente dela, bloqueando a visão que Daniel tinha dela.

— O que pretende com isso Daniel? O que você ganha mantendo Regina aqui? Ela não te ama e o casamento de vocês está longe de ser feliz...porque insiste em manter uma farsa como esta? – Robin começou a falar, tentando manter a atenção de Daniel voltada para si pelo máximo de tempo que conseguisse.

Daniel abriu a boca para responder aos questionamentos que lhe haviam sido dirigidos, mas então a voz nervosa de Regina ecoou pelo aposento, fazendo com que todos os presentes voltassem sua atenção para as palavras que estavam sendo proferidas por ela: - Por favor, é uma emergência. Estou sendo mantida em cárcere privado por meu marido! Socorro, venham rápido, por favor!

Por um momento a cena toda permaneceu congelada, a maioria dos presentes tentando entender o significado daquela ligação. O estado de estupefação, no entanto, não durou mais do que um minuto, e logo em seguida o silencio foi quebrado pelo grito enraivecido de Daniel, que se dirigia ao grupo de enfermeiros parados a porta: - O que estão esperando? Não fiquem ai parados! Peguem eles! Tirem aquele celular das mãos dela! Querem que a polícia apareça aqui?

Por um momento, todos permaneceram onde estavam, ainda tentando entender o que estava acontecendo. No instante seguinte, no entanto, os profissionais pareceram sair de seu estado de torpor letárgico e avançaram na direção de Robin e Regina.

O loiro, que já esperava aquela reação, permaneceu onde estava, a frente da morena, esperando que seus atacantes se aproximassem. Sabia que não teria chance de lutar com eles, mas ao menos podia tentar mantê-los longe de Regina enquanto a policia não chegava.

O primeiro enfermeiro a se aproximar do casal era forte e corpulento, com toda a certeza, treinado para lidar com pacientes complicados, difíceis de controlar. Ele tentou prender Robin, mas mesmo com toda truculência não era páreo para a velocidade do loiro, que acabou por derruba-lo no chão antes que o homem pudesse sequer entender o que estava acontecendo.

O próximo ataque, no entanto, veio em dose dupla, e por mais que tenha feito de tudo para se livrar de seus captores, estes eram extremamente fortes e bem treinados. Quando deu por si, Robin fora derrubado no chão, suas mãos presas às costas enquanto ele se debatia, tentando desesperadamente se soltar.

—------

— Robin!! – gritou Regina, em franco desespero ao ver a situação no qual o amor de sua vida se encontrava. –Soltem ele!! – continuou gritando, mesmo sabendo que suas palavras de nada adiantariam para que largassem o loiro.

Ao se deparar com aquela cena, de Robin derrubado no chão, chutando e se debatendo para tentar se livrar da pressão de seus captores, Regina sentiu seu coração se apertar de aflição e desespero.

Não, aquilo não podia estar acontecendo. Simplesmente não podia. Se algo acontecesse a ele, ela jamais se perdoaria. Robin fizera de tudo por ela, tentara protege-la e cuidar dela de todas as formas possíveis, e ela não conseguia imaginar um futuro no qual ele não estivesse. Não suportaria perde-lo, não conseguiria vê-lo ferido. Robin a protegera, e estava na hora de ela protege-lo também.

Com este pensamento em sua mente, a morena olhou ao redor, procurando algo que pudesse usar como arma, qualquer objeto pontudo ou duro, que pudesse utilizar para atingir seus captores, mas não conseguiu encontrar nada.

Regina não estava mais raciocinando direito. Tudo que ela queria era ajudar Robin, livra-lo daquele sofrimento, e como não conseguiu encontrar nada no quarto que pudesse ajuda-la em sua pretensão, simplesmente se lançou sobre o primeiro enfermeiro, jogando-se sobre ele e fazendo com que ele se desequilibrasse momentaneamente e largasse o braço de Robin.

Aquele desequilíbrio momentâneo foi suficiente para que o loiro conseguisse se livrar do aperto do outro enfermeiro e se colocasse de pé novamente. No momento em que o viu ali, a morena não parou para pensar que se aproximar podia ser um erro, que juntos eles seriam um alvo mais fácil para a captura.

Tudo que ela precisava, tudo que queria, era se certificar de que ele estava bem, de que estava inteiro. Seu maior desejo naquele momento era abraça-lo, sentir a segurança e a tranquilidade que apenas nos braços dele ela conseguia encontrar.

Movida por esta necessidade, ela cobriu em poucos segundos a distancia que os separava, pulando no pescoço de Robin e abraçando-o com força. No mesmo instante, sentiu os braços do loiro se fecharem sobre sua cintura, abraçando-a de volta.

Por um ou dois maravilhosos segundos, os dois permaneceram ali, entregues a aquele abraço, cada um se certificando de que o outro estava bem. No instante seguinte, no entanto, Regina sentia que estava sendo puxada para trás, enquanto Robin era forçado contra a parede.

— NÃAO! ME SOLTE! ME SOLTE!! – ambos gritaram ao mesmo tempo, desesperados com a separação abrupta que estavam sofrendo.

Regina se contorceu e se debateu, mas quanto mais lutava, mais forte era o apero em seu braço. Quando virou a cabeça para trás, deu-se encarando o olhar desvairado de Daniel, que a puxava com força em direção a outra extremidade do quarto, parecendo se divertir com o desespero estampado no rosto da mulher.

Em poucos segundos eles chegaram ao outro lado do quarto, e agora Robin e Regina estavam um de frente para o outro, separados pela cama, cada um olhando fundo nos olhos do outro, enxergando o desespero e o medo de se perderem.

— Você realmente se supera Regina. Chega a ser comovente o modo como vocês dois tentam proteger um ao outro? Eu estaria chorando se essa situação não fosse tão cômica. Você realmente acredita que a policia chegará aqui a tempo de salva-los? Não se engane querida...quando os policiais chegarem, você já estará dormindo...e seu amiguinho ali...bom, não posso garantir que ele continuará respirando por muito tempo. – falou Daniel, ficando de frente para a morena enquanto um de seus enfermeiros a segurava pelo braço.

Ao ouvir a ameaça a vida de Robin, ao se dar conta de que Daniel planejava mata-lo a sangue frio, Regina sentiu seu sangue gelar, o medo a invadindo por completo. Não, ela não podia permitir que aquilo acontecesse. Simplesmente não conseguiria viver em um mundo no qual seus oceanos azuis não existissem.

Sentindo uma raiva e um desprezo intensos por Daniel, Regina não conseguiu evitar ter uma reação explosiva. Antes que se desse conta das implicações de seus atos, a mão livre da morena voou em direção ao rosto do médico, fazendo um barulho de estralo metálico ao atingi-lo, enquanto ela proferia as seguintes palavras: - Não se atreva a se aproximar de Robin! Eu juro que mato você se acontecer a ele! Se algo acontecer com ele, juro que vou até o inferno atrás de você Daniel!

Apesar da surpresa com a reação da morena, o médico não pareceu incomodado com o tapa que levara, cuja marca vermelha brilhava em sua bochecha, ao contrário, apenas aumentou ainda mais seu sorriso de escárnio antes de responder as palavras que lhe haviam sido dirigidas.

— Olha só quem está toda valente defendendo o amante? Não se preocupe queridinha, quando eu colocar você para dormir, não vai se lembrar de mais nada. Não duvido que não consiga se lembrar nem mesmo de quem é. – falou, sua voz exalando divertimento e desprezo.

Com estas palavras, Daniel puxou Regina para longe da parede, posicionando-a de forma a fazê-la ficar de frente para Robin, como um artista que coloca sua atração bem no centro do palco, para ter a atenção total da plateia.

— Mas para mostrar que não sou tão mal quanto você pensa, vou permitir que você olhe para ele uma ultima vez, antes que eu a apague. – continuou a falar, tirando de dentro de suas vestes brancas uma fina seringa, preenchida por um liquido amarelo de cor doentia.

—-----

Ao deparar-se com aquela seringa, e sabendo exatamente qual era a destinação que aquele objeto teria, Robin sentiu o desespero subir por seu estomago. Aquela altura já era para a policia ter chegado. E se eles não viessem? E se chegassem tarde demais? O que aconteceria com ele? E mais importante que isso, o que aconteceria com Regina?

Daniel parecia decidido a manter a morena como sua prisioneira....o  que seria da vida de sua morena se isso realmente acontecesse? Uma vida regada a remédios e vigilância? Não, ele não podia permitir que aquilo acontecesse. Tinha que dar um jeito de livrar Regina de um destino terrível como aquele que se anunciava....

— Diga adeus ao seu amantezinho Regina, esta provavelmente vai ser a ultima vez que vocês irão se ver...- falou Daniel, parecendo estar se divertindo cada vez mais com o sofrimento que estava impondo a eles.

Buscando uma forma de confortar e tranquilizar Regina, mesmo que a situação em que se encontravam fosse desesperadora, o loiro voltou a falar com ela, com a voz mais calma que conseguiu encontrar: - Fique calma morena! Isso não vai acontecer, não acredite nas ameaças dele! A polícia logo vai aparecer, e nós estaremos livres. Prometo a você que tudo vai terminar bem.

Ao contrario do que pretendera, no entanto, suas palavras pareceram servir apenas para que a morena ficasse ainda mais nervosa, as lágrimas rolando por sua face enquanto ela tentava desesperadamente se libertar do aperto em seu braço.

Daniel destampou a seringa e a aproximou do braço de Regina, pronto para fazê-la apagar. Antes que a seringa encostasse na pele da morena, entretanto,  Robin não conseguiu se conter e gritou para que Daniel a largasse: - NÃO! DEIXE-A EM PAZ! - O médico estacou com a agulha da seringa a centímetros do braço de Regina, que continuava a se contorcer, tentando se livrar do sonífero que queriam lhe aplicar.

— Desista, você não pode fazer mais nada por ela. Prometo que não vai demorar muito para a sua vez chegar. – respondeu Daniel, dirigindo seu olhar enlouquecido para o loiro, parecendo extremamente feliz e satisfeito com a aflição que enxergou nos olhos de seu oponente.

Naquele momento, ouviu-se uma barulheira no corredor e logo em seguida uma turba de policiais, uniformizados e armados, apareceram a porta do quarto, invadindo o aposento com suas botas pesadas, as armas apontadas para os presentes, procurando identificar o que estava acontecendo ali.

No momento em que notaram a presença dos policiais, tanto os enfermeiros quanto Daniel largaram Robin e Regina, virando-se para encarar os recém chegados com uma mascara de inocência e surpresa que não enganava nem a mais ingênua das criaturas.

Ao se ver livre, Regina e Robin não se importaram com a presença dos policiais e cobriram a distancia que os separava, abraçando-se com força, ambos aliviados por terem conseguido escapar daquela situação horrível.

Robin afundou a cabeça no pescoço de Regina, sentindo o inebriante cheiro de maçã que ela exalava, e agradeceu imensamente por tê-la de volta em seus braços. A morena, por sua vez, apertou o corpo de Robin contra o seu, chorando descontroladamente, aliviada por ainda poder abraça-lo, por saber que ele estava bem.

— Eu...eu...achei que fosse te perder. – falou a morena, entre soluços, enquanto se soltava do abraço e encarava os olhos azuis do loiro.

Robin, por sua vez, sentia o mesmo alivio que ela. Não teria se perdoado se algo de pior tivesse acontecido a ela, simplesmente não poderia suportar. Encostou sua testa a dela e afagou suas bochechas, tentando ao máximo fazer com que ela se acalmasse.

— Ssshhhh...não se preocupe meu amor, você nunca ira me perder. Agora tudo vai ficar bem, eu prometo! Nada de ruim vai acontecer com a gente. Vamos ficar bem, e juntos. – falou, utilizando o tom de voz mais tranquilizador e confiante que conseguiu encontrar.

Regina abriu a boca, prestes a dizer alguma coisa, mas não chegou a pronunciar nenhuma palavra, já que os dois tiveram seu momento interrompido por um dos policiais. – O que está acontecendo aqui? Quem foi que ligou para o resgate pedindo ajuda?

A aquelas palavras, Regina se virou para encarar o oficial que falara, entrelaçando seus dedos aos de Robin em busca de conforto e confiança: - Fui eu, senhor. Aquele homem é meu marido e está me mantendo presa aqui contra a minha vontade. Está me controlando a base de remédios...pode olhar na mão dele, há um seringa com um sonífero fortíssimo. Ele pretendia aplica-la em mim. – falou a morena, gesticulando na direção de Daniel enquanto falava.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Odiaram?
Aguardando ansiosamente para saber a opinião de vocês e para saber o que vcs esperam para o proximo capitulo!



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