Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 89
Falsa Indiferença


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente que tanto adoro!! ヽ(・∀・)ノ
K.K. está tentando se recuperar de uma doença que pegou ela muito de jeito desde semana passada, e a deixou praticamente incapacitada de fazer mais do que dormir e fazer suas dailies em smartphones alheios! (-﹏-。) (Por isso até que eu não postei nada semana passada, realmente eu não consegui por estar de cama...) (x_x )
E acreditem ou não, K.K. está desde segunda tentando de todas as formas postar esse capítulo de hoje! (╥_╥) Só que realmente ela esteve tão mal, que não conseguiu... vish! (;⌣̀_⌣́)

Mas tudo bem, porque logo hoje que consegui, eu tive a ótima novidade de que agora temos 50 pessoas (pressupostamente) acompanhando Black Desert aqui pelo site, YAAY!! ヽ(°〇°)ノ (K.K. adora números arredondados!) (o´▽`o) O que me faz querer mais do que nunca melhorar só para poder postar mais e mais coisas para vocês, minha gente feliz~! \(≧▽≦)/
Mas *ahem*, tirando essa breve comemoração, eu vou tentar ser breve agora e adiantar que essa semana sairá mais um capítulo. (^_~) Sendo que sim, continuo devendo ainda para vocês o capítulo também da virada de ano, vish... (・_・;) Então fiquem a postos durante o fim de semana! Porque K.K. pode ter feito aniversário agora na semana passada, mas serão vocês que vão ganhar uma postagem dupla de presente! Hehehe! (b ᵔ▽ᵔ)b
Então sem mais delongas porque K.K. também precisa descansar ٩(ˊ〇ˋ*)و... Vamos à história de hoje, e uma boa leitura para todos vocês! (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧



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Ao que adentrávamos aquele corredor -menos movimentado do que o habitual-, o dessituado e solitário som de nossos passos pareceu pela primeira vez me incomodar tanto. Me recordando o balanço do pêndulo de um dos relógios que Ebraín costumava dependurar na parede de sua sala de estar. Às vezes, ecoando como o único som dentro daquele cômodo inteiro quando ele saía de casa e me deixava sozinho... Não permitindo com isso que qualquer outro som menor e diferente dele pudesse existir ali dentro -nem mesmo o dos meus pensamentos...
E mediando assim cada segundo que se passava entre mim e o silêncio, até que eu pudesse começar a considerar loucura o desejo de poder esquecer de mim mesmo -por um segundo que fosse- enquanto eu continuasse sozinho dentro daquela sala!

Só que no que -diferente daqueles dias- muitos outros sons de fora estivessem agora lentamente tentando povoar a minha mente e meus sentidos, ainda sim foi apenas esse som dos nossos passos que continuou a distintamente me fazer enrijecer o meu corpo em desconforto.
Me incomodando por dentro como se só houvesse aquele som ali dentro, ao que meus ouvidos e minha mente naquele instante pareciam estarem inteiramente dedicados a apenas dar atenção ao tenso Damian, e sua completa falta de novas palavras para mim. Mantendo-se ele sempre um passo afrente dos meus, como se as poucas luzes e o barulho em excesso já o estivessem saturando por dentro para ele apenas querer "se apressar e andar logo com tudo aquilo".

— "Haah..."

Eu suspirei de um modo desconfortável, ao que mesmo que eu quisesse tentar, ainda sim eu estava começando a notar que não iria conseguir mais tirar a minha atenção de cima dele... Pelo menos, não depois de tudo o que aconteceu lá fora. Minha mente poderia estar centrada naquele mais novo problema que surgira diante de nós dois, mas meus olhos ainda sim, continuavam teimosamente presos apenas em sua imagem. Que cruzava por entre as meninas de forma abrupta, atraindo olhares de receio em sua direção sem sequer se importar.
E no que eu passava por elas logo em seguida, seus olhares questionáveis e de reprovação pareciam também me assombrar como se apenas eu estar ali ao seu lado pudesse já ser um equívoco aos olhos de todos! Sendo que se elas já estavam me encarando assim por eu só o estar acompanhando, então-...
"Como será que todos irão me encarar caso descubram o que eu realmente estou agora sentindo por ele?..."

Nisso eu abaixei assustado a minha cabeça em uma tentativa de ignorar os meus arredores. Não sabendo dar apenas relevância para o maior dos problemas em minhas mãos, enquanto Damian ao mesmo tempo estivesse ali comigo também em público. Bem na minha frente, com aquela pose de falsa indiferença que ele sempre manteve dentro de locais muito movimentados.
Acho que entendo afinal porque ele realmente disse que precisa se afastar de mim. Exatamente, pela mesma razão que eu também vou precisar caso eu queira ter todo o meu foco direcionado em salvar a minha pele.
Só que no que eu ousei soltar um segundo suspiro pelo tamanho da minha própria impotência quando perto dele, Damian então discretamente virou seu rosto para trás. Olhando por sobre o seu ombro na minha direção, e finalmente parando aonde estava sem qualquer aviso. Ao que se não fosse pela minha atenção totalmente voltada para ele, eu então teria certamente esbarrado em suas costas!

Sendo assim seus olhos me encararam com aquele tom estranhamente perturbado -não pela boate ou pelos Humanos ao seu redor, mas sim, talvez pelos sentimentos que estavam saindo de dentro de mim-, fazendo o meu peito fisgar ao que eu não pude deixar de perceber sua preocupação, e ao mesmo tempo, temer que aquela demonstração de elo entre nós dois pudesse também ser percebido pelas pessoas passando ao nosso redor!
Acelerando o meu peito sem querer em um misto de sentimentos, que me fizeram olhar em desespero ao nosso redor e finalmente desviar em apreensão os meus olhos para frente! Para além de sua imagem, ao que por acidente eu finalmente me dei conta de quão desatento eu realmente estava sendo até então!
"Mas o quê?! Já estamos na frente da porta do camarim?! Mas quando foi que nós-..."

— "Faça o que tem que fazer. Mas se apresse."

Damian então me ordenou com certa rispidez, resgatando -não só a minha atenção, mas- sem eu sequer notar, um franzir de testa que mais do que disfarçou o estranho clima de intimidade que quase surgiu entre nós dois!
Honestamente me aliviando por dentro, já que eu entendi que daria para confiar nele mesmo que por outro lado eu não pudesse confiar tão bem em mim para disfarçar -com sua mesma habilidade- os meus sentimentos em público...
"Eu ainda não sei bem o que fazer com 'isso' que surgiu entre nós dois, mas eu sei por outro lado que isso precisa ficar só entre nós! Então é melhor eu apenas seguir a deixa dele..."
Nisso eu imitei Damian fazendo uma expressão igualmente desagradável, e apenas balancei a minha cabeça em um silêncio aborrecido. Adentrando aquele camarim sem ousar olhar para trás para ver se ele havia entendido ou não a minha desconexa atitude, ao que eu jamais havia considerado quão difícil iria ser tratá-lo daqui em diante com a mesma insensibilidade que eu havia tido por ele até então.

— "Haaah... Como foi que você se meteu nessa situação Yura? Entre todas as confusões possíveis, você escolheu logo a mais complicada delas todas!"

Eu tentei me rechaçar inutilmente, ao que meu corpo sozinho se direcionou até os cabides e começou a devolver para eles tudo aquilo que não me pertencia. Sendo que no roçar daquele véu se desenrolando do meu pescoço, eu então senti a leve fisgada gelada do tecido contra o corte que havia em meu pescoço...
A pessoa que fez isso, ela não vai desistir de terminar o que começou. E por isso eu também não posso me deixar ser tomando inteiramente pelo êxtase e as confusões de um sentimento que só vai entrar no meu caminho. Eu preciso me esforçar tanto quanto Damian está se esforçando para passar por cima disso.
"Ou então uma nova tragédia vai acontecer..."

Meus corpo travou e meus braços pararam no ar diante daquele instintivo alerta que eu me dei. Ao que se eu podia afirmar haver qualquer outro sentimento mais intenso do que o que eu estava sentindo nesse momento pelo Damian, seria então o arrependimento que até hoje me cercava sobre Sáshia...
Sáshia. Eu sei que eu também a amava. Não dessa maneira tão fora de controle, ou física, mas ainda sim eu a amava. Com uma gentileza que me cegou naquela época, e me fez acreditar que o melhor seria eu estar sempre por perto dela, mesmo que ela por outro lado precisasse estar focada na guerra. E por quê eu coloquei esses sentimentos na frente do meu racional, foi que ela acabou perdendo a vida para me proteger. Porque eu estava lá com ela, e não em um lugar seguro, longe do perigo-...

— "Haah..."

O ar todo pareceu querer sair de mim ao que então eu me vi diante da mesma situação de 4 anos atrás. Mais uma vez eu estava tendo a chance de escolher entre seguir os meus sentimentos, ou o meu racional. Sendo que a decisão errada iria poder custar a minha vida, ou a de Damian...
Porém dessa vez eu já sabia o que fazer. Dessa vez eu tive Damian para também tomar essa decisão no meu lugar. Eu não posso deixar esse emocional ou a minha atenção nele tomar o controle do meu foco, se eu quiser dessa vez proteger quem eu-... Não, ele não está em nada errado. Eu preciso manter distância desses sentimentos por enquanto. Preciso manter distância dele fisicamente, e também em meus pensamentos! E só voltar a me importar de verdade sobre esse assunto depois que a Oráculo for embora!

Sendo assim, com essa confiança melhor restaurada dentro de mim para poder manter meus sentimentos mais contidos, eu bruscamente tomei o meu manto, o meu bastão e a amarra com os frascos dependurados que pertenciam melhor à minha cintura do que a um cabide abandonado em um camarim de boate!
Não perdendo mais tempo do que eu precisava ali dentro, ao que eu claramente me senti estar saindo de lá com a mente muito mais vazia do que quando entrei! Abrindo aquela porta mais uma vez, e não me intimidando pela presença de Damian surgindo bem de frente para mim, assim como a das 3 meninas que estavam ao longe repensando sobre seus passos em direção àquele camarim, enquanto um Skrea montava guarda bem de frente para a sua entrada!

E no que a clareza parecia ter melhor se assentado dentro da minha mente, eu também pude sentir Damian conseguir fazer o mesmo, ao que agora sua mera impaciência parecia provir do fato de que ele não estava gostado em nada de estar ali naquele lugar parado. Sendo assaltado pelos milhões de sentimentos alheios vindos do salão mais afrente.
"Heh, com esse Damian eu sei melhor lidar sem perder minha postura."
Eu tentei esconder meu riso, ao que um único balançar da minha cabeça foi mais do que o suficiente para então ele me dar passagem e me inclinar o caminho de volta para o corredor dos fundos.

— "Vamos embora logo. Não quero ficar perdendo tempo aqui dentro desse lugar, com você por perto!"

Ele tentou me sussurrar de forma discreta, mas seu claro temperamento já alterado o fez acidentalmente grunhir aquelas palavras. Fechando ainda mais sua expressão em um claro desagrado, ao que o mau humor lentamente exalando de sua postura começara a realmente assustar as meninas que por falta de sorte precisavam passar por perto dele.
Só que eu não podia só por isso ir embora dali ainda. Me restava falar com Rigur que eu iria me ausentar por um período de tempo, e por essa razão -mais importante do que realmente parecia ser-, foi que eu me vi obrigado a passar por cima de Damian novamente e o falar em um tom bem mais assertivo do que sua própria atitude já estava sendo.

— "Já estou quase acabando aqui, mas preciso que você continue tentando se manter calmo! Tenho que ir falar com o Rigur, avisá-lo de que eu não vou mais aparecer por um tempo. Se eu não fizer isso ele vai ter problemas de desfalque quando chegar a vez do meu turno no quadro de horários."
— "Grr, ele que se vire com isso! Esse não é um problema meu, ou seu!"
— "De qualquer forma eu preciso ir falar com ele Damian. Rigur também é o meu contato nessa cidade! Se eu tiver que desaparecer, ele será a melhor pessoa para tirar a atenção desnecessária da minha cola! Só que para isso eu preciso deixar ele avisado do que está acontecendo, senão, ao invés de ter só Skreas me procurando por essa cidade, eu terei também Humanos tentando saber aonde eu estou!"
— "..."

Damian com isso se calou e me olhou com uma expressão nada favorável, ao que eu podia sentir que ele estava relutando demais para concordar com aquelas minhas palavras, antes de então sua cabeça finalmente balançar em aceitação e ele com isso me responder em um tom muito mais firme e seguro do que eu poderia esperar vir agora dele.

— "Certo... Mas não diga para ele -ou para ninguém- o porquê disso tudo. Quanto menos as outras pessoas souberem que você está fugindo de um Skrea, mais fácil vai ser evitar que essa informação caia nas mãos de quem não se deve!"
— "Tudo bem. Eu não preciso entrar nesses detalhes... mas me deixe ir conversar com ele logo."

Ao que eu assenti aquela sua -até que compreensível- proposta, foi que então Damian finalmente me deu espaço para a direção do grande salão, me cedendo também a liderança daquele caminho.
Retomando nós dois aquele caminhar dentro de um típico e desagradável silêncio que se forçava a continuar nos engolindo, tudo, pelo tempo em que nossos passos -emudecidos agora pela música alta- insistissem em ainda serem dados ali dentro daquele ambiente tão barulhento e de pouca iluminação.
Sendo que, mesmo que agora uma grande multidão de Humanos e Skreas pudesse dessa vez nos contornar por todos os lados, ainda sim nada mudou na atitude áustera de Damian -diferente da minha apreensão com o seu temperamento. Que se mantivera (agora me seguindo por trás) em um ritmo que meus olhos tentavam acompanhar de relance, completamente incólume mesmo que ao seu redor houvesse o pior que uma noite na Citadela poderia oferecer. E assim, com muita paciência, logo alcançamos a frente do bar... aonde Rigur já me esperava com uma expressão -como sempre- agradável, antes de então dele se dar conta da pessoa que estava bem atrás de mim -a pessoa que eu sabia que ele não ia gostar muito de ver ali comigo!

Sendo assim, sua mão que se estendia para mim de forma receptiva logo foi para trás do balcão defensivamente. Sua expressão se fechou por completo, e finalmente, o olhar de Rigur simplesmente me pulou, indo parar direto na pessoa que estava bem atrás de mim -como uma lança afiada atravessando o ar por cima do meu ombro!
Causando um leve arrepio que eu tentei conter pelo grau de sua animosidade, ao que eu precisei olhar para trás para também checar Damian -que obviamente não era alguém bom de se querer confrontar ali dentro.

Só que, diferente de Rigur, Damian por outro lado sequer pareceu realmente se deixar impactar por aquele gesto... reagindo com extrema ignorância à falta de amistosidade dele, ao que ele apenas decidiu dar alguns passos para trás e se virou logo em seguida de costas para nós dois. Cruzando com isso os seus braços e dando mais atenção aos clientes das mesas que estavam atrás de nós -possivelmente porque quase todos eles eram Skreas- do que por outro lado a mim e ao barman -assim como também à conversa que eu precisava agora tentar puxar com ele.

— "Yura... Mas o que é que está dando em você hoje!?"

Rigur então se debruçou sobre o balcão e se aproximou o máximo que conseguia de mim, me sussurrando aquilo com um olhar que estava longe de poder ser interpretado como qualquer outra coisa senão "muito sério"!
Só que eu não estava também tão surpreso assim, já que por outro lado eu até estava esperando mesmo por essa reação exacerbada dele -Rigur nunca me fingiu ter qualquer boa impressão de Damian, para eu pensar do contrário!
O que me fez tentar calmamente balançar a minha cabeça em uma insistente recusa quanto à sua preocupação, já que honestamente, de todos os Skreas com os quais eu estive hoje, esse era o menos pior deles!
E no que eu firmei ainda mais aquela sensação dentro de mim, foi que então eu finalmente o respondi da forma mais despreocupada possível -talvez, até mais despreocupada do que eu deveria de ter realmente respondido.

— "Só estou passando por uma noite longa demais Rigur... nada muito além disso."
— "Noite longa?! Primeiro esse aí aparece e começa a tentar se meter entre você e os clientes -literalmente! Aí então do nada, você decide que vai arrastar aquele velho que você odeia para os fundos sem dizer nada para ninguém, como se fosse uma dessas meninas desesperadas por dinheiro fácil! Sendo que quando então eu começo a ter que esperar pelo pior, aquele cliente me volta sozinho dos fundos, machucado, e não muito tempo depois eu vejo você novamente com esse cara, que agora está te seguindo por aí como se fosse a sua sombra!!"
— "Você ficou me sondando a noite inteira?"
— "É claro que fiquei! Porque até onde me lembro, você odeia Skreas e nunca te faltaram razões para isso! Então Yura, tente me vir com a desculpa que você quiser para poder me explicar o que está acontecendo... só que eu não vou cair nessa de 'foi uma noite longa demais'!"
— "Haah, tudo bem. Eu passei um pouco da linha hoje (de várias formas), é verdade."
— "Só 'um pouco'?!"
— "... Mas, aquela confusão toda já se resolveu também!"
— "Tsc... Se já se resolveu, então por quê esse aí continua com você?"
— "... Porque Damian veio me ajudar. Ele está aqui para-..."
— "Yura, você está ouvindo o que você mesmo está dizendo!? Skreas não ajudam Humanos! Eles nos usam, nos manipulam, se aproveitam de nós... mas os únicos que no fim eles ajudam, são a si mesmos!"
— "Então eu vou dizer que é do interesse dele me ajudar! Porque eu sei que ele não está mentindo para mim quando disse que-...!"

Antes de eu continuar com aquela frase e acidentalmente escorregar dizendo tudo que eu disse para Damian que não iria contar à Rigur, minha boca simplesmente se fechou! Desafiando ainda mais a impaciência daquele que estava me cobrando por respostas, antes de então eu sentir sua sobrancelha arquear em dúvida, e ele me questionar com uma suspeita ainda maior em seu olhar.

— "... Te disse o quê?"
— "N-nada-... Quero dizer, se você não quer acreditar nas minhas razões para confiar nele, então por quê eu te diria qualquer coisa a mais?"
— "Haah... inacreditável. Então você realmente está confiando em um Skrea agora, e quer que eu aceite de boa vontade isso... não é?"

Ouvindo aquela pergunta que mais escapou de sua boca como uma difícil desistência de sua parte, eu então concordei com Rigur balançando a minha cabeça sem deixar transparecer qualquer tipo de abalo pela forma que a verdade soava através de sua voz.
"Eu sei que ele não está errado por desconfiar tanto assim do que estou dizendo..."
Eu confidenciei para mim mesmo, ao que meus olhos nisso acabaram indo de relance para Damian. Escondendo só para mim o quão admitir aquilo também não era exatamente algo confortável para mim, já que eu claramente sabia o quanto estava me contrariando diante de tudo que até então eu já admitira firmemente para todos -que eu odiava Skreas. E Rigur era o que talvez melhor soubesse disso. Aliás, era ele agora que estava tentando me lembrar disso!

Só que no que minha teimosa confirmação por outro lado se persistiu demais contra ele, foi que finalmente eu o vi recuar de cima daquele balcão e se calar por um longo instante... observando Damian pelas suas costas com um olhar ainda muito desconfiado, até que sua expressão então finalmente se suavizou, e ele voltou a me olhar de uma forma bem mais relaxada.

— "Tá... entendi. Eu estava disposto à enfiar um pouco de juízo aí dentro caso você tivesse ao menos um pouquinho de dúvida ainda no que estava me dizendo, mas-... Dá para ver nos seus olhos que você sabe o que está fazendo (dessa vez), então eu vou deixar passar -e rezar para Grivah que você não esteja ficando maluco!"
— "Obrigado Rigur. Acredite, se eu tivesse ao menos uma razão para desconfiar dele, eu iria desconfiar."
— "Haah, não acredito que você realmente está conseguindo (ou pelo menos tentando) me convencer disso... Mas tenha certeza de uma coisa! Não é só porque você resolveu virar amigo desse Skrea, que eu vou mudar a minha opinião sobre ele, entendeu?! Mesmo ele estando com você, eu ainda não gosto da presença dele aqui dentro -afinal, ele não consome nada e ainda fica assustando as meninas!"
— "Tudo bem, eu não estava também esperando que você fosse mudar de opinião sobre ele ou algo assim -se bem que eu também não gosto muito que ele fique aqui dentro..."
— "Heh, que bom então que nós dois nos entendemos sobre isso! Por isso me diga, por que realmente você veio aqui falar comigo? Afinal, eu duvido muito que seja só para me apresentar esse cara aí como seu mais novo colega de rua!"
— "... É, você está certo. Rigur, eu vou ter que dar uma desaparecida por um tempo."
— "...?!"


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