Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 64
Os Fornecedores




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Quando eu abri meus olhos na manhã seguinte, minha cabeça parecia estar pesando uma tonelada -quase como se eu tivesse bebido ontem todas as bebidas da Boate de uma só vez-, o que me fez no mesmo segundo levar minhas mãos até o meu rosto, esfregando ele nervosamente na tentativa de aliviar um pouco aquela horrível sensação de letargia que não estava esperando nem mesmo eu me levantar da cama para me atazanar!
Porém eu não precisei de muito mais do que aquele segundo para perceber que a luz do sol já estava atravessando a janela do meu quarto, me fazendo em reação no mesmo instante levantar, nervoso, já que independente de não haver expediente na Boate hoje, ainda assim eu precisava tomar cuidado com o horário!
"A Flor da Meia-Noite não é nativa dos desertos, então provavelmente o contato de Gale é um dos Fornecedores que vêm de fora. Só que tenho que correr porque esses fornecedores chegam muito cedo nas Avenidas, e vão embora por volta de meio-dia após reabastecerem! Se eu perder eles hoje então só vou ter uma nova chance amanhã!"

Eu pensei aquilo, esfregando meus olhos -que ainda estavam cansados- e ignorando o desejo de dormir um pouquinho mais ao que eu me conhecia muito bem para saber que tentar dormir mais um pouco sequer ia dar certo de qualquer maneira -mesmo que eu tentasse!
Talvez eu não fosse a única pessoa à passar por isso, mas eu tinha dentro de mim essa enorme dificuldade de relaxar sempre que havia algo que precisava ser resolvido de imediato... e sendo hoje um dia muito cheio de prioridades, era óbvio que eu sequer iria conseguir dar essa colher de chá para o meu corpo -deixando ele descansar um pouquinho mais.

Sendo assim eu ignorei o cansaço -que com certeza iria piorar até o fim do dia-, me levantando da cama de uma vez só e esticando o meu corpo ao que logo em seguida meus olhos finalmente deram de cara com o caos em que aquele quarto estava!
"Porcaria... me esqueci disso!"
Meus poucos móveis -assim como o chão- brilhavam com o amarelo da areia sobre eles, refletindo os raios de sol que entravam pela janela. E ver aquilo me fez então automaticamente sentir como se eu tivesse voltado a viver nos Desertos Profundos mais uma vez!
Sinceramente quando você mora no deserto, você acaba MESMO aprendendo a não se importar tanto assim com as coisas sujas de areia... só que dessa vez a areia era tanta que acabei com isso me lembrando demais da época em que eu fui traficado, o que por consequência me inquietou, fazendo com que eu logo procurasse pela vassoura para poder começar a limpar aquele quarto -mesmo estando eu com pressa ou não!

É de fato que -por necessidade- todos que decidiram morar nos desertos aprenderam a fazer casas que pudessem resistir um pouco melhor à essa invasão de areia que o vento sempre trazia.
Minha tribo por exemplo fazia cabanas de taipa prensando o barro que encontravam durante algumas viagens, assim como também usavam o couro dos animais para cobrir armações que detinham os ventos mais fortes. Enquanto as cidades ao redor da fronteira por outro lado já usavam blocos de arenito em suas construções para resistir melhor às tempestades que cruzavam as dunas.
Só que ao contrário deles todos, os traficantes do deserto por sua vez eram nômades. E por isso que eles então sequer paravam para se importar com a qualidade dos barracos e cabanas que encontravam pelo caminho para passarmos as noites. Permitindo assim que a areia -sempre que ventasse- facilmente entrasse pelo vão daquelas tábuas de madeira mal colocadas, e pelas aberturas entre as camadas de feno que cobriam o teto... o que fazia cada uma das manhãs naquele inferno serem cobertas de cima a baixo por areia -assim como meu quarto também estava sendo, no momento.

E com isso eu acabei deixando a manhã se desgastar um pouco, ao que provavelmente eu gastei 1 hora apenas recolhendo toda aquela areia e jogando ela para fora (pela janela), me dando assim não mais do que um curto espaço de tempo para poder tomar um banho frio -na tentativa de despertar um pouco mais meu corpo- e me arrumar para sair por aquela porta afora!
Minha pressa era tão notável que eu simplesmente larguei sobre a cômoda do meu quarto os papéis com os recados de ontem -que estavam até então emaranhados por entre as faixas na minha cintura-, ignorando-os ali em cima e partindo apressado ao que sequer o cheiro de pão fresco vindo das vendedoras de rua iria desviar minha atenção durante o longo caminho até as Avenidas!

A pressa e a firmeza dos meus passos era tanta que até parecia que eu estava fugindo de algo, o que talvez não fosse tão longe assim da verdade já que eu queria sinceramente ser capaz de lidar com os fornecedores antes que as lembranças sobre as coisas que me afetaram ontem pudessem voltar a me atrapalhar!
"Não posso me deixar ser afetado pelo meu pessimismo da mesma maneira que fui ontem! Ao menos, não enquanto eu ainda não tiver realmente feito nada!"
Eu repeti dentro de mim -como se aquelas fossem ordens diretas-, balançando minha cabeça em afirmação e então apertando ainda mais o meu passo, ao que com pura determinação eu logo cheguei na área dos portões da entrada da Ala Oeste!

Como nem meio-dia ainda era, aquela passagem então estava bem tumultuada com carroças e camelos passando por ali. Todos carregando diversas quinquilharias ao que grande parte dos vendedores das Avenidas se amontoavam ao redor dos viajantes procurando boas ofertas para repor seus estoques antes do dia conseguir começar!
E em meio a todos eles, alguns Skreas armados rondavam e observavam -com a mesma expressão neutra de sempre- o tumulto, procurando com seus olhos (sempre) perceptivos as mercadorias e as cargas de maior porte que pudessem precisar ser revistadas.
Na realidade era muito difícil os Skreas chegarem a barrar algum comerciante nesse tumulto diário, já que ninguém iria abertamente traficar produtos ilegais bem na frente deles. Só que ainda sim eles se forçavam a seguir suas regras rigidamente, vigiando tudo que entrava pelos portões -com a mesma desconfiança de sempre- ao que em paralelo ninguém realmente se intimidava ou dava muita bola para a presença deles. Todos ali estavam mais preocupados era com os fornecedores gritando os descontos mesmo.

"Sinceramente, eu nunca conseguiria trabalhar assim..."
Eu disse então para mim mesmo deixando um olhar de desdenho escapar, ao que cobri ainda mais o meu rosto com meu manto para poder passar desapercebido dentro daquela multidão que não parava quieta.
Como um ex-aprendiz de alquimista, eu já cheguei à arrumar e confeccionar também alguns produtos locais para esses fornecedores vindos de longe, o que me fez por muitas vezes receber convite deles para trabalhar dentro de seus comércios.
Só que sinceramente eu só virei um fornecedor local de reagentes porque eu gostava da calmaria que era poder trabalhar sozinho e sem horários, explorando os arredores sem precisar me enfiar no meio de gritaria e pessoas desagradáveis (como eu já fazia na Boate) já que meus clientes vinham até mim, e não o contrário! E era por essa razão que então eu nunca quis avançar ainda mais nessa carreira do comércio, ao que para mim isso sempre iria ser mais um hobby do que um trabalho.

Sendo assim eu então tentei andar por entre aquelas pessoas, procurando algum rosto conhecido ao que a cada novo preço sendo gritado, as pessoas se dispersavam e corriam até o fornecedor esbarrando em mim com vontade -quase me arrastando junto também, se eu não tivesse cuidado!
"Ao menos eles não comercializam animais aqui na Citadela... senão isso iria ser ainda mais desagradável!"
Eu falei comigo mesmo tentando me consolar a cada empurrão, ao que independente de quão tumultuoso esse lugar pudesse acabar sendo, ainda sim ele não possuía o mesmo fedor que os mercados abertos das outras cidades tinham.
E eu sinceramente odiava aquele cheiro, já que por alguma razão os vendedores sempre amavam colocar os porcos e as galinhas para serem vendidos ao lado dos escravos.

Nisso então ao que a manhã foi se desenrolando, eu fui procurando entre aquelas várias pessoas os fornecedores que lidavam exclusivamente com plantas, assim como alguns que eu sabia -graças à BlackHole- que gostavam de lidar também com produtos ilegais.
Só que quanto mais eu tentava cuidadosamente sondar todos eles sobre a Flor da Meia-Noite ou sobre Gale, mais ainda eu me sentia afastar de uma pista concreta. Aqueles fornecedores pareciam sempre reagir assustados, evadindo seus olhares e tentando se afastar de mim ao que qualquer um daqueles assuntos significava perigo demais para uma pessoa só. E por essa razão foi que então eu continuei por ali, até que aquela multidão se dispersasse por completo. Abaixando por fim a minha cabeça e esfregando o rosto em frustração, ao que minha busca não resultara em nada!

— "É inútil, nenhum desses comerciantes sabe de nada!... Sendo assim, só me resta acreditar que quem aparentemente forneceu Gale foi uma pessoa local!"

Eu afirmei ao que depois de um tempo já não tinha mesmo como eu continuar com minhas buscas por conta do horário. A maioria dos fornecedores haviam se dispersado, e os poucos que ainda estavam ali já estavam preparando seus camelos e suas carroças para a longa jornada de volta.
Agora minha única chance era realmente ir atrás dos fornecedores locais. O lado bom era que essas pessoas ao menos não se afastavam muito da Citadela, podendo ser encontrados aqui dentro em qualquer hora do dia! Porém o lado ruim disso era, bem... literalmente conseguir encontrar algum deles aqui dentro.
Assim como eu, esses fornecedores eram um pouco elusivos e se emaranhavam pelas ruas menos conhecidas, procurando clientes e trabalhando em horários muito atípicos -sem deixarem para trás qualquer pista ou registro de suas atividades. O que poderia ser um problema ainda maior se eu já não conhecesse vários deles, podendo assim abusar um pouco dos meus contatos -e do meu bom senso- para quem sabe encontrá-los por aí.

Mas ao que eu então decidi por esse novo "plano", meu pé -no mesmo instante- em resposta travou no chão, se recusando a prosseguir ainda mais enquanto eu não me desse conta de que já estava há um tempo com fome, e que precisava dar uma pausa antes de recomeçar com as buscas!
"Ugh, é melhor eu comprar algo antes que-..."
Eu pensei comigo procurando então o dinheiro que eu prendia entre os meus panos, só para descobrir que eu acabei esquecendo todo o meu salário dentro do envelope, na cômoda do meu quarto hoje cedo! Agora só me restavam em mãos não mais do que algumas moedas, e como tudo nas Avenidas eram um pouco mais caro do que o normal, eu então não me vi com outra opção que não fosse ter que comprar algo bem simples, só para enganar meu estômago mesmo.

Com isso eu então segui pelas lojas até encontrar um vendedor de frutas frescas, comprando na mesma hora algumas Tâmaras ao que -matando minha fome ou não- eu sinceramente não conseguia resistir à coisas doces!
E ao que eu carreguei comigo aquele pequeno pacote cheio de tâmaras, lentamente eu as fui comendo até encontrar uma região bem vazia das Avenidas. Ninguém parecia passar por ali já que era horário de almoço, e aproveitando isso, eu então decidi por mim subir até uma -das várias- sacadas abertas que existiam ao seu redor, me debruçando sobre a grossa mureta de pedra que a contornava e voltando a comer enquanto apreciava a calmaria daquele momento... isso, até meus pensamentos finalmente decidirem viajar para longe.

"Eu preciso conseguir achar esse fornecedor de algum modo... Mesmo que Damian tenha me incentivado, ainda sim eu sei que a expectativa dele é de que eu não tenha sucesso. E se eu falhar, vou apenas estar reforçando ainda mais a veracidade de tudo que ele disse ontem...!"
Eu falei para mim mesmo enquanto comia uma das Tâmaras, tentando evadir um pouco as lembranças da noite anterior sobre ele -sem na realidade ter qualquer sucesso nisso.
Assim que eu me lembrei de suas palavras de afronta -que me motivavam e ao mesmo tempo desmotivavam- meus olhos então muito facilmente foram atraídos até o meu pulso que não estava mais visivelmente marcado.
Ele ainda doía um pouquinho, mas eu estava realmente tentando não pensar sobre isso ao que automaticamente me vinha junto também a lembrança de sua mão gentilmente me tocando. Relembrar daquilo me assustava, e não era para pouco, porque eu acho que jamais me sentira tão fora de mim quanto me senti quando ele fez isso comigo ontem.

— "Haaah..."

Eu então suspirei, fechando meus olhos e cobrindo um pouco mais meu rosto com o meu manto por timidez, ao que folgadamente ele se enrolava e caía por sobre meus ombros.
Eu já estava evitando encarar Damian tinha um tempo, porém foi apenas depois de ontem que eu finalmente entendi realmente a razão por trás disso... Eu estava com medo. Medo de perder mais e mais o controle dos meus sentimentos, das minhas reações e dos meus pensamentos cada vez que estivesse perto dele.
"Isso nunca me aconteceu estando junto de outras pessoas... então porque logo agora?! E porque logo com um Skre-?!..."

Eu então virei minha cabeça para o lado em irritação. Era muito mais fácil escapar desses pensamentos estranhos enquanto eu não estava sabendo que Damian era metade Humano. Agora eu sequer podia mais insistir que os únicos sentimentos que eu poderia ter por ele eram ódio e desprezo, sem acabar junto me questionando sobre o que estou tentando esconder de mim mesmo ao ainda fingir acreditar nessa mentira.
"Já é difícil saber o que pensar de um Híbrido. Mas isso sequer chega perto da dificuldade de saber o que eu deveria realmente estar pensando sobre Damian agora..."

Sendo assim eu então sacudi um pouco minha cabeça na tentativa de dispersar esse conflito. Não me importando muito de resolvê-lo agora -já que não dá para resolver algo que eu não consigo entender-, e me confortando com o fato de que se eu conseguir ao menos lidar com Gale da minha própria maneira, não haverá então razão para eu precisar continuar a encarar essas questões todas de frente. Já que assim, eu então não iria ter porquê me reencontrar com Damian novamente também!
Isso era tudo que eu precisava fazer! Encontrar esse fornecedor, provar para Damian que ele está errado sobre eu precisar dele, e me isentar dessa história de matar Gale antes que eu perca completamente toda a noção de v-...!

— "S-Socorro!!"

De repente então -sem qualquer aviso-, uma voz de pânico vinda das ruas à minha frente quebraram o silêncio daquela região em um rompante, roubando minha atenção para a cena de um homem atravessando em pânico aquela deserta e larga avenida -quase como se estivesse fugindo de algo! E ao que ele nervosamente olhava para trás enquanto tentava correr, em sequência 3 figuras estranhas também surgiram, vindo elas da mesma direção que o Homem ao que pareciam segui-lo sem qualquer esforço!
O Homem parecia estar tão nervoso que foi só uma questão de tempo para que ele tropeçasse em seus pés e caísse no chão, o que fez com que aquelas 3 figuras calmamente caminhassem até sua direção, cercando-o antes que ele sequer pudesse ter a chance de se levantar novamente!

— "M-me deixem em paz!! Eu não fiz nada!!"

O Homem suplicava ao chão, gritando em um desespero ao que eu atonitamente observava-o de longe, assim como àquelas 3 figuras. Eu estava completamente incerto do que estava acontecendo ali, e por isso então que fiquei completamente estático -sem saber o que fazer-, podendo apenas assistir àquela cena até que minha percepção finalmente constatasse o óbvio!
"Espera, aqueles 3 são... Skreas!?"
Eu percebi surpreso -e com um certo desassossego-, ao que diante de mim estavam nada mais do que 2 grandes Skreas armados e mal-encarados, sendo eles acompanhados de uma figura menor e toda coberta -porém ainda sim com seus distintos chifres visíveis no topo de sua cabeça.

— "P-por favor, n-não, não-...!!"

De repente então -cortando a voz de desespero daquele homem assim como também os meus inquietos pensamentos- o distinto som de uma lâmina atravessando um corpo ecoou agudamente por aquela rua vazia, sendo ele acompanhado por uma engasgada tentativa de grito e pelo molhado som do sangue caindo sobre a terra seca... tudo quase ao mesmo tempo.
Sinceramente eu congelei bem ali. Ao que a obnóxia sensação do sangue sendo derramado fez meus poderes na mesma hora se alterarem e se retorcerem dentro de mim em resposta, me forçando à encarar aquela cena sem sequer conseguir desviar meu olhar para o outro lado!
"Eles-...! Assassinato!?"

Eu tentei juntar meus pensamentos com dificuldade, ao que mesmo eu já tendo visto Skreas matando outros Humanos, eu sabia que eles jamais faziam aquilo tão abertamente no meio das ruas assim! E normalmente eles só atacavam quando atacados! Só que aquele homem claramente não estava armado e nem estava lutando também contra eles! Ele só estava fugindo, fugindo para tentar ficar vivo!... Então, porque eles-...?!
Só que ao que eu não conseguia encarar aquela cena sem acabar travando de nervoso, os 3 Skreas por outro lado sequer pareceram estar abalados! Eles apenas sorriram. Sorriram satisfeitos, enquanto rodeavam aquele cadáver caído no chão.
"Ugh, não importa o tempo que passe, eu nunca vou conseguir me acostumar com essa indiferença deles!!"

Nisso um deles então puxou de volta a espada do corpo daquele pobre Homem sem sequer se importar, limpando com um pano sua lâmina enquanto o outro pareceu começar a avaliar o cadáver sobre seus pés, conversando com o Skrea menor ao que despreocupadamente ele pegava algum tipo de dispositivo por entre suas roupas.
Só que no segundo em que aqueles dois Skreas maiores pareceram se distrair com algo, subitamente então o Skrea menor levantou sua cabeça voltando seu rosto para a minha direção sem qualquer aviso, como se tivesse finalmente percebido a minha presença ali naquela sacada -mesmo estando nós dois tão afastados um do outro!

No mesmo instante nossos olhos então se encontraram, o que me fez instintivamente recuar um passo graças ao calafrio que eu senti quando aquele rosto -que na realidade parecia ser feminino e bem velho- sorrira para mim!
Seu sorriso parecia ser tão natural e tão ingênuo que eu travei no mesmo segundo, sendo acertado por um arrepio que percorreu o meu corpo inteiro de cima a baixo! E com isso aquela mesma Skrea -que despreocupadamente pisava sobre uma poça de sangue- do nada então levantou sua mão, acenando para mim e me cumprimentando ao que eu só pude engolir o ar a seco!
Era como estar diante uma serpente! Sua presença era muito estranha -chegando a ser quase que ominosa-, e aquele seu sorriso para mim não transmitia nada além da frieza de alguém que jamais se importara com a vida ou a morte.
Ser encarado por aqueles olhos vermelhos e sádicos realmente era inquietante, e por isso que eu então trinquei meus dentes, nervoso por querer muito sair dali mesmo que meus pés não estivessem querendo me obedecer no momento!

Só que por sorte não demorou muito também para eu logo encontrar uma oportunidade para correr! Fugindo dali ao que aquela mulher deu suas costas para mim, no instante em que teve a sua atenção roubada por um daqueles outros dois grandes Skreas.
Sem pensar duas vezes eu parti então em disparada para fora daquela sacada, fugindo pelas escadas que davam para o beco de trás e me afastando das ruas principais ao que eu não ia dar nenhum tipo de mole para aquelas 3 pessoas!
Essa raça pode não matar humanos atoa, mas eu tive a sensação de que para aqueles 3 isso sequer iria importar se eu resolvesse entrar no caminho deles!!

  


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