Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 65
Um Encontro Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Wohooo!! Olá minha gente querida!! \(^▽^)/
K.K. está aqui de passagem para agradecer todos vocês -que sempre conseguem deixar o meu dia cada vez melhor! (✯_✯) Sinceramente eu não estava esperando chegar aqui hoje e descobrir que já temos 40 pessoas acompanhando Black Desert!! Woah!! (°ロ°) !

E sendo assim então, hoje teremos um desenho de comemoração no fim desse capítulo! Yaay! (ノ>ω<)ノ :。・:*:・゚’★ (Na realidade K.K. ia postar esse desenho de qualquer forma, já que ela se empolgou com a ilustração que fez de Damian criança e acabou também fazendo desenhos similares dos outros personagens... *ahem*) ( ̄д ̄;)
Mas de qualquer modo, hoje teremos o desenho de Gale, sendo seguido nos próximos capítulos também pelos de Saret e Yura! ( °∀°)b
Realmente espero que vocês gostem de todos eles, e nos veremos novamente mais adiante! Tenham todos uma boa leitura! -K.K. out- ( ` ω ´ )7



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Assim que dei por mim, finalmente então percebi que eu havia corrido por entre aqueles becos um pouco mais do que o necessário!
Meu fôlego estava nas últimas e meus pés doíam um pouco mais do que eu aguentava, só que nada disso ainda sim me deteve até eu ter a certeza de que não tivera sido seguido por nenhum daqueles 3 Skreas psicopatas.
"O-ok, se eles tivessem me seguido... com certeza já teriam me alcançado a esse ponto, haaah...!"

Eu pensei finalmente me inclinando então sobre uma das várias paredes escuras ao meu redor, apoiando minha mão nela ao que minha cabeça se inclinou para baixo na minha tentativa de parar para recuperar o fôlego perdido.
A adrenalina e a sensação de perigo ainda corriam pelas minhas veias, e então eu finalmente levantei minha cabeça para olhar para cima -para além dos varais de roupas esticados entre as janelas, e para além dos fios de eletricidade que cruzavam o topo dos prédios-, procurando com dificuldade o céu na tentativa de acalmar minha mente.

Quando normalmente um Humano mata um Skrea aqui dentro, isso é considerado um crime. Porém quando um Skrea mata um Humano, isso é visto como algo corriqueiro... Mesmo que eu quisesse ter ajudado aquele homem, ou mesmo que eu quisesse poder ter feito alguma coisa sobre aquilo que aconteceu, nada seria possível já que aqui dentro a única justiça realmente permitida é aquela que é feita pelas mãos da própria Lei -Lei que no caso é composta apenas por Skreas.
Sendo assim então eu engoli um pouco do meu desejo de poder ter me intrometido, grato por ter conseguido ao menos escapar ileso dessa situação já que eu não era também nenhum Justiceiro ambulante para ficar sentido prazer em intervir nos problemas de todas as pessoas dessa cidade!
"Eu também tenho que sobreviver aqui dentro... Mesmo que assistir a morte de alguém sem fazer nada a respeito seja tão difícil quanto tentar intervir."

Nisso eu então cruzei meus braços e apenas engoli o que havia testemunhado. Percebendo que minhas mãos ainda tremiam, ao que uma sensação de medo continuava à assombrar minha própria mente.
"Mas... aquela Skrea. Afinal quem era ela?"
Eu então me perguntei, admitindo finalmente para mim que aquela pessoa estranha ainda estava me fazendo sentir todo arrepiado por dentro. Isso, independente de eu ter ou não uma boa imunidade contra cenas fortes graças às lembranças da guerra civil e de todas as pessoas que foram friamente mortas diante dos meus olhos pelos Skreas daquela época...

E quanto mais eu pensava nisso, mais incomodado eu me sentia! Eu nunca havia visto aquela mulher antes pelas ruas. E ela certamente não era o tipo de pessoa que daria para se esquecer também tão facilmente!
Mesmo depois de ter saído da sacada, a lembrança de seu olhar de satisfação parecia continuar a me assombrar... quase como se eu tivesse encarado a própria morte e escapado para contar essa história!
E eu admito que sequer senti isso porque ela poderia ter tentado me matar -o que definitivamente não era o caso... não, eu senti isso porque pude perceber no seu olhar um tipo de sentimento que não deveria de haver dentro dela. Sentimentos que não eram incomodamente inexplicáveis -assim como os de Damian-, mas sim sentimentos que tanto um Humano quanto um Skrea não deveria naturalmente ter dentro de si: O sentimento do prazer, diante da morte.

"Espero não dar o azar de cruzar novamente com aquela pessoa..."
Eu então disse para mim mesmo esfregando mais uma vez meu rosto -para me livrar daquela sensação de mau agouro- e tomando junto um longo fôlego na tentativa de garantir para mim que aquele encontro não iria ter porque se repetir -e que eu não iria então ter porque que ficar me preocupando tanto também!
O que aconteceu foi um acidente sem relação comigo, e por isso que então eu logo forcei minha atenção de volta para as outras coisas que eu tinha que fazer agora. Tentando recapitular na minha mente o assunto dos fornecedores ao que a tensão no meu corpo finalmente estava se dissolvendo diante dos meus outros -e mais importantes- problemas.

— "Haah, certo... Vou ter agora que andar pela cidade às cegas para achar aqueles caras... Bom, se for inevitável então talvez seja melhor eu aproveitar esse tempo para poder fazer também os meus próprios serviços. Acho que tinha um pedido simples de entrega no meio daqueles papéis que Rigur me deu ontem. Com sorte se eu o fizer, posso acabar sem querer cruzando com algum dos fornecedores pelo caminho."

Nisso então eu olhei mais uma vez para o céu acima de mim, concordando com a minha cabeça -ao que aquilo clareara ainda mais meus pensamentos- e decidindo com isso voltar para minha casa na Cidade Baixa, para poder pegar o dinheiro que esqueci lá assim como também o bilhete com os detalhes do serviço.
Graças ao horário de almoço, meu rumo até a Cidade Baixa foi extremamente tranquilo. Aquela região realmente tinha um clima muito diferente durante a tarde, e por isso que eu então sequer precisei me incomodar de pegar atalhos ou andar pelos becos. Permitindo que eu logo chegasse em casa sem qualquer tipo de contratempo imaginável.
Porém ao que tudo até ali estava muito tranquilo, quando eu subi as escadarias do meu prédio e entrei no vazio e longo corredor do 3º andar, finalmente então eu estranhei ao que aproximei minha mão da maçaneta e notei que a porta do meu apartamento estava aberta.

"... Eu tenho certeza de que não deixei a porta aberta quando saí! Será que alguém-...?!"
Eu concluí, fechando minha expressão e recuando minha mão com cautela sem sequer precisar terminar o meu pensamento!
Uma parte de mim queria cegamente entrar para checar se eu havia sido roubado, mas aqui dentro da Citadela era extremamente raro haver invasões e roubos às casas dos outros.
Isso porque independente de sermos uma raça meio problemática, ainda sim todos aqui compreendiam que nós estávamos juntos nas mesmas e precárias condições de vida -aonde ninguém tinha como ser melhor que o outro! E por isso que então não havia razão para haver roubos dentro de uma cidade dessas... isso é, a menos que talvez você estivesse passando muita fome pelas ruas -o que era o caso dos órfãos que às vezes furtavam as pessoas só para poder comer.

Nisso então só me restara uma coisa para poder se deduzir. Alguém havia entrado na minha casa por alguma razão suspeita, e provavelmente ainda podia estar ali dentro esperando para me emboscar!
Sendo assim eu corri para desprender meu bastão das minhas costas, empunhando-o preocupado ao que entrei lentamente por aquela porta enquanto procurava com cuidado o invasor -na tentativa de não ser surpreendido por ele!
Só que sinceramente... por mais atento que eu pudesse estar, nada iria ter me preparado para o que realmente estava me esperando ali dentro -ao que uma voz grave e tranquila vinda do meu quarto então me cumprimentou, antes mesmo de nossos olhares sequer se encontrarem.

— "Bem vindo de volta, Yura."

Eu congelei surpreso, ao que assim que passei pelo extreito corredor finalmente então pude me deparar com a pessoa que invadira a minha casa! Quase deixando com isso que minha mão no choque perdesse a sua firmeza, e derrubasse sem querer o meu bastão no chão!
Quem estava diante de mim era ninguém mais do que Gale, sentado na ponta da minha cama e me olhando com aquele seu confiante e inabalável sorriso de sempre!

— "Você-... O que você está fazendo aqui!?"
— "Eu queria vir para ver se você estava bem."

Gale disse aquilo não se deixando intimidar pela minha postura -que indicava meu imenso desejo de partir para cima dele-, se levantando da cama e andando calmamente até a minha direção ao que sua mão tranquilamente empurrou meu bastão para fora do seu caminho.
Sem qualquer receio então ele se aproximou ainda mais de mim, esticando sua outra mão e deslizando-a pela lateral do meu rosto até ampará-lo com a sua palma -ficando assim por um instante... tudo, enquanto eu encarava-o em silêncio, esperando para ver até onde ele iria tentar chegar com isso.
Isso até que Gale finalmente fez o que ele tanto queria fazer! Esticando ainda mais seus dedos, ele finalmente alcançou o meu manto por trás, puxando-o agilmente para baixo ao que em resposta seus olhos apenas brilharam, satisfeitos por estarem agora vendo claramente o meu rosto.

— "...Pelo visto você está bem mesmo."

Ele então concluiu em meio a um contente sorriso, mantendo aquela sua atitude confiante de sempre o que me fez na mesma hora respondê-lo com nada mais do que um olhar de desaprovação! Ele realmente tinha muito abuso para dar as caras dessa maneira depois de tudo que aconteceu, e por isso que -junto a um rosnado- eu então empurrei sua mão para longe de mim! Encarando-o irritado ao que ele sequer se deixou afetar por isso!
Sinceramente ele estava apostando muito a sua sorte vindo até aqui, ao que Damian estava na sua cola e ao que eu estava querendo atrapalhá-lo de todas as formas! E aquilo me desconcertava demais, porque era como se ele estivesse subestimando a tudo e a todos. Brincando de se arriscar ao que nada o garantia que eu também não quisesse matá-lo à essa altura!
"Não acredito que continuo perdendo tempo me preocupando com ele, quando ele sequer está parecendo levar as coisas a sério!"

E com isso eu então deixei transparecer meu óbvio mau humor, empurrando-o para o lado -para poder passar- e atirando irritado ambos o meu bastão e meu manto sobre minha cama, sabendo que não tinha porque eu ficar com a guarda levantada também já que claramente Gale não ia fazer nada comigo mesmo!
"Ele pode ser um babaca, mas também nunca iria bater de frente com alguém no meio de uma conversa... Se ele não me atacou por trás ainda, é porque então ele não está aqui para brigar."
Eu disse para mim abstraindo de vez o pânico que senti quando vi a porta da entrada aberta, voltando assim à encará-lo impacientemente ao que eu queria saber o que REALMENTE ele veio fazer aqui.
E ao que eu fiz isso, Gale então automaticamente percebeu a deixa e voltou a falar com aquela sua tranquilidade que jamais desaparecia de dentro dele.

— "Eu precisava vir pessoalmente ver como você estava, depois do nosso último encontro."
— "Você diz depois que Tessa tentou me acertar com um tiro!?"
— "Ela não ia realmente te acertar. Não precisa ficar tão alarmado."
— "ELA MIROU NA MINHA CABEÇA!!"
— "... Sim, e eu até dei uma bronca nela sobre isso depois."
— "Você só pode estar brincando..."
— "Não estou, você realmente acha que eu ia te colocar em algum risco sem ter a certeza de que você iria ficar bem depois?"

Gale então disse aquilo perdendo um pouco do seu velho otimismo icônico, me encarando do nada com uma expressão séria -e até mesmo sombria- como se quisesse do fundo do seu coração me repreender por acreditar que ele iria de verdade dar um mole assim tão grande.
Só que ações falam mais alto do que palavras, e mesmo que ele estivesse me dizendo aquelas coisas com honestidade, nada ainda sim iria mudar a maneira com a qual tudo aconteceu! Me fazendo não diminuir a hostilidade em minha voz ao que eu retaliei -sem perder tempo algum- aquelas suas palavras!

— "Sim eu acho! Você sempre arrisca a minha vida para poder fugir das situações complicadas! Quando Damian ameaçou me matar naquela vez, e agora deixando Tessa atirar em mim para cobrir a sua fuga!"
— "Yura, eu não teria feito nada disso se não tivesse a certeza de que você iria ficar bem."
— "Como pode dizer isso!? Em ambas as vezes você apostou a minha vida sem ter a menor prova de como as coisas iriam terminar! Afinal de contas não tinha como você ter qualquer certeza de que Damian iria te deixar fugir só para poder me salvar daquele tiro!!"
— "Não é verdade. Eu tinha mais do que certeza de que ele iria fazer aquilo. E foi só por isso que deixei Tessa prosseguir com o plano."
— "E de onde afinal você tirou essa certeza!? Porque estamos falando aqui de um Skrea que, até onde sabemos, só está preocupado em te matar!!"
— "Espera... Não me diga que você então ainda não percebeu?"

De repente Gale interrompeu seus próprios argumentos só para me questionar, ao que seus olhos então me encararam com uma surpresa muito sincera. Só que enquanto ele parecia ansiosamente me dar um tempo para respondê-lo, eu por outro lado sequer consegui entender do que ele estava falando, me obrigando a reagir em completa confusão diante da sua pergunta ao que eu apenas pisquei algumas vezes meus olhos em perplexão.

— "Perceber o quê?"
— "Não acredito, você realmente ainda não percebeu!? Hahaha! E eu aqui perdendo meu sono atoa!!"

Gale disse aquilo sem conseguir controlar seu riso, ao que sua mão passava pelos seus curtos cabelos e sua cabeça balançava em negação. Tudo acompanhado de um aliviado sorriso que ficara estampado em seu rosto.
Sinceramente se eu estava perdido antes, agora então eu estava ainda mais! Perdendo até mesmo minha seriedade no processo ao que eu percebi que Gale propositalmente não estava querendo ser claro comigo! Só que antes que eu pudesse continuar sendo engolido pela minha própria confusão, Gale então voltou ao seu descontraído e ambíguo desabafo.

— "Fiquei realmente aliviado agora... Mas então me diga, por que razão você continua andando por aí com aquele Skrea?"
— "'Andando por aí'...?"
— "Sim, eu soube que mesmo depois das sacadas você ainda continua se encontrando com aquele Skrea, e resolvi então que já era hora de te perguntar pessoalmente sobre isso. Não que eu realmente ache que você iria ser capaz de se aliar a alguém daquela raça, mas sinto que precisava de qualquer modo ouvir isso diretamente de você."
— "..."
— "Então Yura, você está trabalhando com ele agora para poder me pegar?"

Gale me perguntou aquilo com uma intensidade em seu olhar da qual eu não tive como desviar. Mesmo dizendo já imaginar a resposta para aquela pergunta, ainda sim sua voz e sua postura claramente transbordavam cautela -mostrando que ele não estava levando aquela questão na brincadeira.
Na verdade era até inusitado ver ele se preocupar tanto, ao que raramente ele se deixava abalar por mim. E por isso que então eu não consegui levar a sua preocupação na brincadeira também...
Desviando então meu olhar para o lado, eu desabafei de um modo incomodado a resposta que ele tanto queria ouvir -guardando para mim mesmo o fato de que por outro lado Damian estava tentando me convencer à fazer exatamente isso.

— "Você mesmo disse que eu não seria capaz de me aliar a um Skrea. Então porque está aqui me perguntando isso?"
— "Porque gente demais depende de mim para tomar decisões importantes. Sendo assim eu não posso cometer erros agora. Preciso saber da verdade diretamente de você!"
— "Tsc, se eu sinceramente quisesse te pegar, eu já teria te atacado no instante em que te vi! Então não, é claro que eu não me juntei ao Damian para poder tentar te matar!"
— "Certo, ufa..."

Gale suspirou muito aliviado, perdendo totalmente aquela pose séria que estivera fazendo e apenas voltando a sorrir para mim, ao que sua mão então foi até seu rosto mais uma vez para esfregar aquele seu curto e arrepiado cabelo castanho.
Assim sendo, ele despreocupadamente então começou à caminhar até a minha cama enquanto eu o encarava desconfiado, se sentando novamente na beirada dela e claramente relaxando sem sequer se importar com as caras ameaçadoras que eu ainda fazia para ele.

— "Foi um alívio ouvir isso. Eu consigo me garantir contra um Skrea a solto pela cidade tentando me matar. Mas se você entrasse nessa também, não sei como eu iria conseguir me safar. Não existe um método fácil de garantir minha vida se eu tiver que enfrentar um feiticeiro d'água... vocês são perigosos demais para o meu próprio bem."
— "Humph, então era isso que estava te preocupando caso eu me voltasse contra você?"
— "Bem, não, não era SÓ isso-..."

Gale disse aquilo brevemente, corrigindo sua expressão como se ele se lembrasse de algo importante e me encarando de uma forma muito estranha. Sendo assim -sem aviso- ele então se levantou daquela cama, dirigindo-se até a minha direção com uma passada rápida demais que sequer me permitiu reagir! Quase que atoa meu corpo então procurou se inclinar para trás na tentativa de evitá-lo, só que ao que eu mal tentei fazer aquilo, suas mãos me ampararam e me puxaram de volta para ele, fazendo nossos rostos se aproximarem muito um do outro -e me obrigando assim a encarar de frente aqueles seus olhos verdes viciosos.
Durante tudo aquilo, por hábito eu apenas estava me mantendo calmo e indiferente... só que isso sequer me ajudou em algo ao que um desconforto me rendeu no segundo em que Gale se aproximou ainda mais da minha boca, sussurrando novas palavras carregadas de tentação que se misturaram ao seu interesseiro e imprevisível sorriso.

— "Eu também estava preocupado em perder a chance de poder fazer isso novamente."
— "Você não toma jeito."
— "E nunca vou tomar, enquanto você existir."
— "Pare de brincar...!"

Finalmente então eu falei aquilo empurrando ele para trás, o que o fez me soltar sem muita relutância! Aquilo sequer fizera Gale perder o sorriso -ao que cada rejeição minha parecia apenas diverti-lo ainda mais-, e sabendo disso foi que eu então me mantive ali em pé parado, encarando-o na tentativa de ameaça-lo caso tentasse fazer aquilo novamente!
Só que ao invés dele ficar insistindo em me assediar, dessa vez por alguma razão Gale então apenas resolveu balançar a sua cabeça, me olhando admirado e recuando alguns passos até finalmente poder inclinar o seu corpo sobre a parede ao lado da janela -sem fazer muito mais do que isso.
Ele parecia um pouco estranho, cruzando os seus braços e obedientemente mantendo uma distância de mim ao que ele ainda parecia estar admirado com alguma coisa. E sendo assim ele então me retificou.

— "Quem disse que eu estou brincado? Um dia ainda vou conseguir roubar o seu coração."
— "Claro... Porque isso realmente está na sua lista de tarefas da semana, junto com começar uma nova guerra contra os Skreas."
— "E se estiver?"
— "Então recomendo você incluir uma nova linha nessa lista: 'desistir de tudo isso'. Porque eu posso não estar do lado do Damian, mas isso não significa também que não estou disposto a te impedir de alguma forma!"
— "Tsc, eu estava tentando ignorar, mas você realmente está insistindo em chamar aquele Skrea pelo próprio nome, não é...?"
— "Sim, por quê? Existe algum problema nisso?"
— "Não... Não existe, esqueça."

Gale então me respondeu, desviando seu olhar para a janela ao que um semblante sério contornara as suas feições... ele claramente estava guardando alguma preocupação apenas para si. Só que isso não tinha como sequer atrair muito da minha atenção, já que nada que pudesse dizer respeito a Damian parecia soar mais como uma novidade para mim -falhando assim em atiçar a minha curiosidade.
No momento, tudo que podia me incomodar eram apenas as coisas que o próprio Gale estava tentando fazer dentro dessa cidade sem que os outros soubessem... E por isso foi que então -sem que eu pudesse me controlar- o assunto sobre o veneno e a flor acabaram mais uma vez dominando os meus pensamentos! Não me dando outra escolha senão trazer isso finalmente à tona, já que não havia motivo algum para eu esconder essa história logo do próprio Gale!

— "Gale..."
— "Um?"
— "Eu sei que você está usando a Flor da Meia-Noite."
— "Já imaginava que à essa altura você teria descoberto sobre ela."
— "Afinal... Quem foi que te arrumou essa flor?"



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